Evanna Black escrita por MaahXD


Capítulo 6
Flashback - When we first met


Notas iniciais do capítulo

Hello babies! Estou aqui quebrando minha "grade de horários" vamos dizer assim. Eu já falei que não posto de domingo, então fique claro que esse cap é um BÔNUS, e não se acostumem com essas quebras, serão bem raras.
Amanhã será normal, vai ter capítulo novo como disse que vai ter toda segunda, quarta e sábado.

Esse aqui é o segundo flashback, esse é o último flashback que eu tenho escrito, então não sei se vai ter mais, isso veremos mais pra frente.



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01 de Setembro de 1991

Sinceramente, plataforma 9³/4? Quem inventou isso? Criativo e interessante, admito, mas foi um pouco idiota colocar a passagem para a plataforma na estação de King’s Cross, a estação de trem mais movimentada de Londres. Achei que toda essa coisa de bruxos era pra ser... secreta.

Enfim, segundo o papel que o velho barbudo que eu não decorei o nome me deu, eu tenho que passar pela parede que fica entre as plataformas 9 e 10. Eu devo estar louca ou querendo morrer, mas...

Tracei em minha mente uma linha reta da minha atual localização até a parede que preciso atravessar. Segurei meu carrinho firmemente, olhei para minha coruja que estava em cima dele (comprei ela no beco diagonal, dei o nome de Nyx), e comecei a correr em direção ao muro aparentemente sólido.

Fechei os olhos ao me aproximar, já me preparava psicologicamente para a colisão.

...

Nada aconteceu. Quando abri meus olhos me encontrei em um lugar diferente de onde esperava me encontrar. Vi uma placa com os dizeres “Plataforma 9³/4 Hogwarts Express”.

– Uau... – Me peguei dizendo involuntariamente.

Tirei meu malão e minha coruja do carrinho e entrei no trem. Cheguei relativamente cedo. O trem sai às 11 horas, e agora são 10h30min. A maioria das cabines estavam vazias, então escolhi uma mais ao fundo do trem. Me sentei ao lado da janela, peguei meu celular e meus fones, comecei a ouvir música. O sol, que estava bem na minha cara, começou a me incomodar, então coloquei meus óculos escuros. Pareço uma antissocial, sim ou claro?

Fechei os olhos e comecei a me envolver com as músicas. Perdi a noção do tempo e só “acordei do meu transe” quando ouvi batidas na porta da cabine.

– Com licença, posso me sentar aqui? As outras cabines estão cheias. – Disse um menino que parecia ter a mesma idade que eu. Ele tinha cabelos castanhos, olhos bem verdes, usava óculos com armação redonda e tinha uma cicatriz um tanto curiosa na testa em forma de raio. Ele parecia um tanto intimidado, talvez sejam os óculos escuros.

– Claro. – Digo sem emoção. Volto a encostar a cabeça na janela e a “mergulhar em minhas músicas”, logo o trem começa a andar. Não muito tempo depois, ouço o garoto, que havia se sentado na minha frente, se manifestar.

– Meu nome é Harry Potter, e o seu?

– Eu disse que você podia se sentar aqui, não que podíamos conversar. – Ele abaixou a cabeça um tanto sem graça, não sei se é timidez ou se ele realmente está se sentindo intimidado.

Não dá nem tempo de mergulhar em minhas músicas novamente quando ouço outra batida na porta da cabine.

– Oi com licença – Diz um garoto ruivo, também aparentando ter minha idade, com sardas no rosto. – Posso me sentar aqui? As outras cabines...

– Estão cheias – digo meio sem paciência, interrompendo-o – Entra logo.

Ele entra um tanto cabisbaixo, será que óculos escuros intimidam tanto assim? Um silêncio constrangedor se instalou no recinto, e já que os dois pareciam estar com medo de quebrá-lo por minha causa, eu decidi me manifestar.

– Evanna Black.

– O que? – Perguntou o garoto que já tinha se apresentado a mim como Harry.

– Meu nome.

– Ah.

– Sou Ronald, Ronald Weasley. – Disse o garoto ruivo.

– Sou Harry, Harry Potter. – O queixo de Ronald caiu tanto que eu achei que ia bater no chão.

– Você é mesmo Harry Potter? – Disse o ruivo, e o moreno assentiu meio sem graça.

– O que tem de mais ele ser Harry Potter? – Eu perguntei. O ruivo me olhou um tanto indignado, já o moreno me olhou um tanto surpreso.

– Você não sabe quem é Harry Potter? – O ruivo me perguntou.

– Sei sim, é ele. – Disse e apontei para o moreno.

– Mas você não sabe da história dele?

– Claro que não. Porque raios eu saberia da história de alguém que acabei de conhecer?

– Você é filha de trouxas? – Para os que não sabem, trouxa é o nome que se dá aos não-bruxos.

– Pelo que me contaram, meus pais eram bruxos. Mas eu sou órfã, cresci em um orfanato trouxa desde que tinha um ano de idade. Descobri que era bruxa semana passada. – Eu respondi enquanto tirava os óculos escuros, pois o sol já não me incomodava mais. Então eu encarei o ruivo, ele pareceu mais intimidado pelo meu olhar do que antes, com os óculos escuros. Na verdade foi minha intenção. Não é sempre que você ouve a história de uma triste órfã. Encarei o moreno.

– Então Harry Potter, me conta aí qual o seu, aparentemente, GENIAL passado.

– Ãh... bem, nem eu sei exatamente o que aconteceu – ele disse um pouco sem graça. – Assim como você eu descobri que era bruxo semana passada, e pelo que me contaram, quando eu tinha um ano de idade, um bruxo muito poderoso e perigoso chamado Voldemort – Ronald estremeceu ao ouvir esse nome, não entendi o porquê – invadiu a casa em que eu estava com meus pais. Dizem que se ele decidia matar alguém, a pessoa certamente morreria. Ele matou meu pai, que tentou proteger a minha mãe e a mim, depois matou minha mãe, que tentou me proteger. Então ele tentou me matar, mas alguma coisa aconteceu e ele não conseguiu. O feitiço acabou ricocheteando e o atingiu. Por isso eu tenho a cicatriz. E tenho vivido com meus tios trouxas desde então.

– Então você está me dizendo que você era um bebê extremamente foda que matou o bruxo mais perigoso do mundo, sem fazer absolutamente nada?

– Ei, foi isso que Hagrid me contou. - Disse ele - Hagrid é o homem que apareceu na minha casa e me contou que eu era bruxo, ele me acompanhou até o beco diagonal. – Ele acrescentou quando viu as expressões de dúvida minha e do ruivo.

– Te acompanharam até lá? Comigo simplesmente me entregaram papéis que explicavam sobre o lugar e eu tive que me virar pra chegar lá sozinha! Que favoritismo é esse aí, hein? – Disse me fingindo de indignada.

– E-eu não sei – Harry gaguejou acreditando que eu realmente estava indignada com ele.

– Afe, é brincadeira! – Eu disse rindo, mas eles continuavam a parecer que tinham medo de mim. Bufei ao perceber isso. – Olha, não é só porque eu estava usando óculos escuros e porque eu sou um pouquinho grossa as vezes que eu sou o assassino da machadinha! – Dessa vez eles riram do comentário. – Nunca ouviram falar em astigmatismo? Bem, eu tenho isso!

– O que é isso? – Eles perguntaram em uníssono.

– É uma doença que faz com que o sol incomode as retinas. – Disse uma garota de cabelos cacheados castanhos bem armados, na porta da cabine. – Desculpe me intrometer assim no meio da conversa, mas algum de vocês viu um sapo? Um menino chamado Neville perdeu o dele. – Ela disse. Nós balançamos a cabeça em discordância. Seu olhar passou por cada um de nós, então parou no Harry. – Você... você é Harry Potter! – Ela disse surpresa.

– Nossa, você é bem famosinho, né? – Eu falei.

– Qualquer um que não seja filho de trouxas, ou órfão, como no seu caso, sabe quem é Harry Potter! – Ronald disse, e Harry pareceu mais sem graça do que nunca.

– Eu sou filha de trouxas, algum problema com isso? – A garota disse.

– Meus parabéns, ruivo. Acabou de deixar uma garota ofendida e um garoto desconfortável com um único comentário! – Eu disse.

– Desculpe, não sabia. Mas eu não tenho nenhum preconceito com nascidos trouxas, por favor, não pense isso de mim! – Disse Ronald tentando se desculpar – Eu realmente acho toda essa classificação de “sangue” uma coisa muito ridícula!

– Tudo bem. – Disse a garota. – Sou Hermione Granger.

– Ronald Weasley.

– Evanna Black.

– Tipo Sirius Black? – Disse Hermione.

– Pelo que o velho barbudo me contou, é meu pai.

– Que velho barbudo?

– Sei lá, ele apareceu no meu quarto e me explicou que eu era bruxa. Dum alguma coisa. Diretor de Hogwarts.

– Ah, sim, Alvo Dumbledore! Ele também apareceu na minha casa para explicar sobre o mundo bruxo pra mim e para meus pais.

– Porque eu não recebi a visita de ninguém e vocês sim? – Disse Ronald.

– Achei que seus pais eram bruxos. Por que você iria precisar de explicações? – Eu disse, depois me virei para Hermione. – O quê sabe sobre Sirius Black? E como sabe?

– Bem, quando descobri que era bruxa comecei a ler vários livros sobre diversos assuntos desse mundo. Em um deles constava que Sirius Black, no momento preso em Azkaban, era um assassino muito perigoso. Mas foi só isso.

Eu assenti sem nenhuma expressão, me virei para a janela pensativa, as palavras de Dumbledore voltando à minha cabeça. “seu pai foi preso por um crime que não cometeu”.

– Assim vou achar mesmo que você é o assassino da machadinha – Disse Ronald para quebrar o clima tenso. O quê deu certo, porque eu comecei a gargalhar, contagiando os outros da cabine. Eu posso até ser grosseira, mas me fazer rir não é uma tarefa impossível.

Depois daquele dia, nós quatro nos tornamos grandes amigos.


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Notas finais do capítulo

Sim, a Mione é amiga deles desde o primeiro dia no trem, porque a história é minha e eu quero assim u.u
Agora vocês sabem como eles se conheceram e viraram amigos :) e também sabem como a Evanna é uma pessoa muito simpática :) e que eu adoro usar essa carinha :)

Enfim, nos vemos amanhã com o próximo capítulo, beijos



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