~Pov Hermione

Acordei um pouco mais cedo e corri para o quarto de Draco. O loiro dormia calmo, parecia não se preocupar com absolutamente nada no mundo. Eu me sentei ao seu lado em sua cama e acariciei seus cabelos.

Ele abriu os olhos sorrindo quando me viu ali e arredando um pouco mais pra perto de mim. O loiro deitou de novo e fechou os olhos mais uma vez.

–Não pensei que teria um anjo na minha cama quando eu acordasse. –Ele disse ainda de olhos fechados e sorrindo. Eu lhe dei um beijo no rosto.

–Bom dia. –Falei e ele se levantou me beijando.

–Bom dia. –Ele disse me puxando pra deitar também. –Pronto morena, agora você não vai sair nunca mais. –Eu sorri e ele ficou por cima de mim colocando uma mão de cada lado do meu corpo pra que eu não saísse.

–Eu amo você. –Sussurrei e quando eu estava prestes a beijá-lo eu ouvi alguém entrar, se nos pegassem assim teríamos de dar adeus ao plano de fingir que não estávamos mais juntos. Pensa Hermione, pensa. Então eu me virei rapidamente ficando por cima dele. –SEU IDIOTA! EU VOU TE MATAR! –Comecei a bater nele, que se assustou no início, mas assim que Nott entrou no quarto ele entendeu bem o motivo. –VOCÊ É PATÉTICO DRACO MALFOY! PATÉTICO!

–PARA COM ISSO GRANGER! FICOU LOUCA?! –Draco gritou tentando segurar meus braços.

–O que é isso?! –Disse Nott nos encarando assustados.

–ONDE ESTÁ?! FIQUEI HORAS FAZENDO AQUELE TRABALHO! ONDE ESTÁ?!

–EU SÓ TE FIZ UM FAVOR, ESTAVA UMA DROGA! –Ele respondeu quando finalmente conseguiu segurar meus braços.

–EU VOU TE MATAR! –Eu comecei a tentar me soltar, mas Nott me tirou de cima dele e eu gritei alto.

–Calma Granger! –Disse Nott.

–CALMA?! ELE É UM IMBECIL! –Falei pra Nott que ainda me segurava fazendo Draco ficar realmente com raiva. Por Merlin Draco controle seu ataque de ciúmes. –TEM CINCO SEGUNDOS PRA ACHAR MEU TRABALHO SE NÃO EU ARRANCO OS SEUS OLHOS!

–É uma pena que eu o joguei no lixo. –Ele disse após respirar fundo e dar um sorriso.

–VOCÊ O QUÊ?!

–Malfoy está difícil segurar ela aqui. O que acha de se trocar, assim podemos ir embora? –Perguntou Nott.

–Claro. –Draco respondeu sério. –Leve-a pra sala, eu não quero deixa-la feliz me apreciando enquanto troco de roupa. –Ele deu um sorriso de canto quase me fazendo perder o ar.

–Você tem sorte dele estar aqui. –Falei séria pra Draco enquanto Nott me levava pra sala.

–Se acalma Granger! –Pediu Nott me soltando quando Draco fechou a porta.

–ME ACALMAR?! NÃO É VOCÊ QUE TEM QUE ATURAR ESSE IDIOTA! –Respirei fundo. –Quer saber, eu vou descer pra tomar o meu café, assim eu ganho mais. –Falei tentando sair de lá, mas ele me puxou de volta. –O que foi?

–Eu queria saber se quer ir à Hogsmeade comigo. –Perguntou Nott.

–Vamos Nott! –Disse Draco saindo do quarto, ele estava vermelho de raiva.

–Só um minuto. –Draco bufou irritado e cruzou os braços. –O que acha Granger? -Eu lancei um rápido olhar para o loiro que nos encarava.

–E-eu acho melhor não, acabei de sair de um relacionamento complicado. Vamos devagar okay Nott? –Falei fazendo-o soltar o meu braço.

–Como quiser. –Ele sorriu.

–Nos vemos a noite Draco Malfoy, lembrando que você dorme com a porta aberta e não pode fazer feitiços quando está dormindo. –Falei saindo do apartamento. Assim que virei o corredor caí na gargalhada.

No meio do café da manhã Dumbledore se levantou da mesa e imediatamente todos pararam de conversar.

–Alunos, hoje eu gostaria de lhes dizer que teremos a honra de receber aqui na nossa escola um de nossos campeões Tribruxo! –A não ser que tenham conseguido trazer Cedrico de volta isso não é bom. –Vitor Krum!

Várias pessoas se levantaram para aplaudir Vitor, que vinha entrando no Salão Principal. Quando ele passou por mim sorriu e piscou o olho fazendo Draco ficar ainda mais irritado e vermelho. O búlgaro foi até a mesa dos professores apertando a mão de Dumbledore e em seguida de todos os professores.

Da última vez que veio até a escola estava com os cabelos curtos, não sabia falar tão bem nossa língua e se sentou com os Sonserinos. Dessa vez foi diferente. Os cabelos estavam maiores, ele se sentou entre mim e Harry e estava falando nossa língua perfeitamente bem, até aprendeu a dizer corretamente o meu nome!

Conversamos sobre tudo, principalmente sobre como ele estava diferente e as mudanças após se formar. Ficamos conversando por um bom tempo, ainda mais porque tínhamos horário vago hoje.

Quando as aulas terminaram nós ainda estávamos conversando. Vitor disse que ficaria aqui por uns dias porque está afastado do Quadribol por um tempo e como gostou da escola pediu para Dumbledore que o deixasse ficar.

–Eu ainda acho que Harry poderia jogar em um time. Como demonstrou no torneio, ele voa muito bem. –Vitor disse deixando Harry tão vermelho quanto os cabelos de Gina.

–Granger vem cá! –Disse Draco me puxando pela mão direita.

–Solta ela. –Falou Vitor deixando Draco com mais raiva, parando onde estava.

–Quem você acha que é pra simplesmente puxá-la daqui Malfoy? –Disse Rony pegando minha mão que Draco não segurava. Merlin o que eu faço?! –Que eu saiba vocês não tem mais nada.

–E o que você tem a ver com isso Weasleyzinho?! Eu estou chamando a Granger e não você!

–CHEGA! –Gritei soltando a mão dos dois. –Eu vou com você Malfoy, pode ser coisa da monitoria. –Eu o segui até a sala vazia mais próxima. Estava tão escura. –O que pensa que está fazendo?! –Se eu gritasse todos poderiam ouvir.

–Isso eu pergunto pra você! –Ele respondeu se sentando em uma das mesas com os braços cruzados. –Eu vi você e o Kum se beijando naquele baile do quarto ano, acha que eu vou deixar você conversando com ele muito tempo?! Estão assim desde que ele chegou!

–Draco foram só uns beijos e estávamos no quarto ano! Você ficou com a escola toda e nem por isso eu o mando se isolar da sociedade. Daqui a pouco eles vão desconfiar e a Lucy pode contar que voltamos!

–E desde quando o Weasley pode segurar a sua mão?! –Ele disse ignorando completamente o que eu disse.

–Draco, meu amor, o Rony só me segurou porque achou que você iria fazer alguma coisa comigo. Pare com esse ciúme bobo!

–Não estou com ciúmes, se chama egoísmo e cuidado, é diferente. –Eu revirei os olhos. –Aposto que o Krum acha que tem chance com você.

–Mas ele não tem! –Que Sonserino ciumento Merlin! –Confia em mim, não vai acontecer nada. –Falei lhe dando um selinho, mas mesmo assim ele não descruzou os braços.

–Em você eu confio, meu problema é ele! –Okay Draco Malfoy, se você quer sentir ciúmes você vai sentir ciúmes.

–Relaxa, o Vitinho não vai fazer nada. –Falei sorrindo e me sentando ao lado dele na mesa.

–Vitinho?! –Eu comecei a rir, fica muito mais engraçado com ele falando. –Vitinho?! –Ele repetiu e eu assenti gargalhando. Foi então que ele percebeu o que eu estava fazendo já que se levantou e trancou a porta com a varinha.

–Vitinho é o apelido que eu dei pra ele. –Falei e Draco veio andando em minha direção com um sorriso malicioso no rosto. –Você gostou?

–Por favor, nada de apelido pra mim. –Ele pediu rindo e logo depois colocando as mãos em minhas coxas, prendendo-me em sua cintura.

–Que tal Draquito? –Perguntei e ele fez uma careta.

–Não inventa Hermione, só falta você falar que ele beija melhor que eu.

–Eu não sei. –Falei fazendo cara de pensativa e colocando uma das mãos no queixo. Ele me olhou como se eu tivesse dito algo absurdo. –Eu preciso me lembrar.

Draco me puxou pra mais perto tomando meus lábios de forma apaixonada e delirante. Ele aprofundava o beijo cada vez mais. Sua mão direita me puxava pra mais perto, colando nosso corpo um no outro enquanto a mão esquerda estava em minha nuca. Ele sabia que era um dos meus pontos fracos e não pensou duas vezes antes de ir direto lá.

Eu arranhava sua nuca com força percebendo que seu corpo estava quente, mas suas mãos estavam frias como gelo. O loiro colocou a mão que estava em minha cintura por dentro da minha blusa fazendo-me ficar completamente arrepiada. Eu soltei um gemido em sua boca e ele me soltou ofegante.

–E então? –Ele disse ofegante. –Quem beija melhor?

Todos nós sabemos que Draco é e sempre vai ser o melhor, mas vamos provocar um pouquinho mais, ele merece.

–Ainda não sei. –Falei e ele cruzou os braços. –Acho que vai ser difícil escolher.

Ele me puxou de novo, continuando o beijo anterior. Agora estava mais ardente, voraz. Com as penas ainda presas a sua cintura ele foi me deitando devagar em cima da mesa fria ficando por cima de mim e pressionando seu corpo mais ao meu, fazendo-me gemer sem larga-lo. Levei minhas mãos até sua nuca, logo depois suas costas, arranhando devagar e sentindo-o se arrepiar ao meu toque.

Ele apoiou uma das mãos ao lado de minha cabeça e segurou minha outra mão fazendo carinho com o polegar A cada toque dele eu sentia correntes elétricas correndo por todo o meu corpo. Draco segurava minha mão firmemente e ao passar um dos dedos pelo anel que me deu eu o senti sorrir. Quando perdemos o fôlego por completo ele encostou sua testa na minha e mordeu meu lábio inferior.

–Eu sou melhor e você sabe. –Ele disse me dando um selinho e se levantando, me ajudando a levantar logo depois.