~Pov Hermione

Lucy estava a minha frente com os braços cruzados e um sorriso superior no rosto. Logo em seguida entraram Lilá e Pansy trancando a porta e parando ao lado da Lucy.

–Quando vai largar o nosso Draquinho? –Lilá perguntou e eu não consegui segurar a risada, elas ficaram me olhando com raiva enquanto eu continuava gargalhando.

–Seu Draquinho? –Quando eu disse aquilo ri mais ainda. –Tem certeza?

–Dá pra parar de rir? –Pansy falou cruzando os braços.

–Só mais um minuto. –Comecei a rir de novo. –Acho que vocês deviam virar comediantes, são realmente muito boas, já pensaram nisso? Merecem até palmas. –Eu aplaudi e elas me fuzilaram com o olhar. -Muito boa a piada, realmente gostei. Agora se me dão licença, eu tenho que comprar doces.

Tentei sair, mas me lembrei que a porta estava trancada e minha varinha ficou com Draco. Me virei novamente de braços cruzados e as três sorriam.

–Que poção do amor deu pra ele Granger?

–Lucy, eu não sou igual a vocês, não preciso disso. Agora podem, por favor, abrir a porta?

–Ainda não terminamos Granger. –Parkinson falou me empurrando. –Você ter dado uma poção a ele é a única explicação que encontramos pra isso tudo.

–Afinal a sabe-tudo e sangue-ruim da escola deve conhecer uma poção bem forte.

–Prefiro ser conhecida por estudar a ser pelo motivo que vocês são.

–E qual seria esse motivo? –Lucy disse. Já vi que vou ter que desenhar pra essas vadias.

–Enquanto eu sou conhecida por saber a matéria vocês três são conhecidas pelas coisas que fazem na cama. –Agora é minha vez de dar o sorriso superior. –Pansy e Lilá já rodaram na mão de todos da escola e você Lucy, querida você mal chegou e já dormiu com o que? Todos os Sonserinos? Aah me desculpe, eu quis dizer QUASE todos os Sonserinos, já que Blás e Draco nem ligam pra você. –Comecei a rir, deixando-as vermelhas de raiva. – E essas roupas de vadias que vocês usam, não vão trazer dignidade a vocês. Coisa que por sinal, eu tenho. AGORA PODEM ABRIR ESSA PORCARIA DE PORTA?! –Gritei e elas se assustaram. As três estavam com os punhos fechados me encarando e não responderam.

–Por que sangue-ruim? –Lucy chegou mais perto de mim, percebi toda a sua raiva em seu olhar. - Vamos fazer uma viajem divertida e caso não percebeu, somos três e você uma. E nós estamos com nossas varinhas, você não.

–Okay, mas eu sou a sabe-tudo aqui. Até as portas daquela escola sabem mais feitiços que vocês. –Olhei para todas três com um sorriso, o fato de que elas não abriram a porta pra mim me deixou muito nervosa.

Peguei Lucy pelo cabelo e a prendi na parede, tomando a varinha dela enquanto Pansy e Lilá puxavam meus braços me arranhando. Soltei Lucy com força, ela escorregou e as duas foram ajudá-la a se levantar. Abri a porta e joguei a varinha no chão perto delas sorrindo.

–Boa viajem queridas. –Acenei e mandei um beijo.

Comprei três sapos de chocolates, um pra mim, um para o Rony já que sei que ele vai me pedir e um para o Draco.

–Mione você... –Como esperado Rony começou, mas eu o interrompi.

–Toma aqui Rony. –O entreguei. –Meu amor, toma o seu. –Entreguei o do loiro e ele sorriu, logo após comer o meu percebi que Draco havia dormido em meu ombro.

Eu acariciei seus cabelos e beijei seu rosto, mas ele nem se moveu, continuou dormindo calmamente. Talvez fosse isso que ele precisava, dormir um pouco para esquecer que estava indo pra casa. Eu sabia que era isso que o havia atormentado durante toda a viajem.

–Ei Herms, belo anel. –Disse Rony indicando o anel que Draco havia me dado.

–Obrigada. –Eu sorri.

–Aah, o Draco já te entregou? –Perguntou Blás. Era óbvio que ele sabia, eu me pergunto se tem algo que ele não saiba sobre Draco. Acho que não.

–Draco?

–Quem você acha que deu pra ela cabeça de cenoura?

–O quê?! –Era bom demais pra ser verdade... –Malfoy te deu isto?

–Deu. –Respondi olhando para o loiro.

–Isso significa que...?!

–Não! Somos novos demais Ronald! Achei que tinha parado com toda essa loucura!!

–E eu parei, mas é que... –Eu cruzei os braços, irritada e arqueei as sobrancelhas. –Tá, me desculpe eu estava sendo um idiota mais uma vez.

–Estava mesmo. –Murmurei revirando os olhos.

–Aconteceu alguma coisa? –A voz de Draco soou baixa e eu balacei minha cabeça negando. Foi o suficiente para ele voltar a dormir.

–Vocês vão nos visitar na’ Toca não é? –Gina disse sorrindo. – Quero todos lá. –Todos nós assentimos e a conversa seguiu.

Depois de um tempo Draco já havia acordado e estava pensativo, acariciado meus cabelos, o que me fez pegar rapidamente no sono.

–Morena... Meu amor... –Draco sussurrava pra mim e eu abri os olhos vendo que todos já haviam saído. –Chegamos linda, vai dormir o dia todo?

–Que culpa eu tenho se alguém não me deixou dormir? –Eu olhei pra ele e ele deu um sorriso de canto pra mim pegando minha mão fazendo-me levantar.

–Vamos? –Eu assenti e saímos de mãos dadas.

Logo que saímos nós vimos Cissa e Lucius. Eu abracei Cissa e Lucius foi conversar com os pais de Nott para não falar comigo.

–Querida, já sabe que dia vai nos visitar?

–Não, mas prometo que apareço.

–Claro, estaremos esperando você.

Vi meus pais ao lado do senhor e da senhora Weasley, ele sorriam pra mim. Que saudade eu estava sentindo.

–Com licença. –Saí e corri até eles, pulei no colo do meu pai como uma criança de cinco anos e o abracei, logo depois foi a vez de minha mãe. –Eu estava morrendo de saudades! –Abracei os dois juntos e vi que Draco estava atrás de nós. –Mãe, pai esse é o meu namorado Draco Malfoy.

–É um prazer. –Minha mãe disse dando nele um abraço e meu pai apertou sua mão.

–O prazer é meu e... –Ele ficou um pouco calado. –Me desculpem por... Tudo. –Ele disse olhando pra mim.

–Tudo bem querido, isso ficou no passado não é? –Disse minha mãe.

–Também brigávamos antes de nos casar. – Meu pai falou e nós rimos.

–Draco VAMOS! –Lucius gritava.

–Me desculpem por isso também, foi um prazer conhecê-los. –Ele abraçou minha mãe e apertou a mão de meu pai de novo. – Morena, mande notícias. –Ele segurou em minha cintura e me deu um beijo na testa. – Amo você. –Eu corei, ele me deu um selinho e me soltou.

–Amo você também. Não se esqueça do que prometeu. –Ele balançou a cabeça assentindo.

Minha mãe estava sorrindo pra mim e meu pai, um tanto ciumento fingiu não ver o que acabou de acontecer. Me virei para o senhor e a senhora Weasley e os abracei.

–Hermione querida! Vai nos visitar não é? –Molly perguntou.

–Claro que sim. –Respondi.

–Nós estamos esperando todos vocês lá em casa. Harry e Luna, nós também queremos vocês lá. –O senhor Weasley disse.

Depois de uma conversa com todos nós saímos para tomar um café. Quando finalmente cheguei em casa, cansada pela viajem eu subi até o meu quarto. Minha mãe foi atrás de mim, com certeza ansiosa para perguntar tudo sobre Draco.

–Filha, eu posso entrar? –Eu assenti e nós nos sentamos em minha cama. –Como você disse na carta, ele realmente é muito bonito. –Eu sorri.

–Muito.

–Aposto que está sendo difícil na escola.

–Você não faz idéia. –Ela sorriu. –Quando descobriram que estávamos namorando eles acharam que estávamos loucos já que nos odiavamos desde sempre. E pra piorar tem o fã clube “Amamos o Draquinho e Vamos Acabar com a Paciência da Namorada Dele”.

–O que?

–Tem três garotas insuportáveis na escola, que são obcecadas por ele. Ficam perseguindo-o por toda a escola.

Contei a ela sobre o baile, sobre Lucius me odiar e Cissa querer que eu faça uma visita, sobre a trégua entre ele e Harry, enfim contei sobre tudo.