~Pov Hermione

Acordei cedo, me troquei e Blás já estava me esperando para irmos buscar Draco. Fomos até a ala hospitalar antes do café e ele já estava de pé.

–Bom dia, Morena. –Ele me beijou.

–Bom dia Loiro. –Respondi beijando-o mais uma vez.

–E eu? Não ganho apelido carinhoso não? –Blás disse nos fazendo rir.

–Antes de tudo: Ela comeu? – Draco perguntou me abraçando.

–Comeu. –Respondeu Blás e eu revirei os olhos.

–Olha pra mim. –Eu levantei os olhos e cruzei os braços. –Isso mesmo, nada de olheiras. Se tiver feito algum feitiço...

–Eu dormi essa noite okay!!

–Bom mesmo, se não eu te obrigaria a faltar.

–Você vai á aula hoje? –Perguntou Blás.

–Claro que ele vai, já perdeu muitos dias de aula, não vai perder mais um! –Respondi por ele.

–Sabe-tudo irritante. –Os dois disseram juntos e eu cruzei os braços.

–Isso é um complô?

–Talvez seja. –Draco respondeu.

–E sua cabeça? Ainda está doendo?

–Madame Pomfrey me deu algumas poções, eu estou bem.

–Tem certeza?

–Absoluta.

–Madame Pomfrey, eu quero te agradecer por me deixar vir fora dos horários de visita. Muito obrigada mesmo.

–Sem problemas, querida. Você estava muito ocupada essa semana, chegava aqui exausta!

Depois de conversarmos nós voltamos para o quarto e colocamos nossas vestes. Blás foi para o Salão sozinho, deixando-me sozinha com Draco.

–Merlin, como eu senti saudade de você aqui! –Falei abraçando-o e beijando.

–Só não quero que deixe de comer ou dormir quando algo acontece comigo. –Eu o olhei nervosa. –Hermione, você poderia ter ficado mal por isso!

–Eu sei meu amor, me desculpe! Mas mesmo se eu tivesse ficado mal não seria nem a metade do que eu estava sentindo por não saber se você estava realmente bem! –Só de pensar em como seria se algo tivesse acontecido a ele meus olhos se encheram de lágrimas.

–Não gosto de te ver mal pequena. –Ele me beijou. –Eu te a...

–Não fala. – Eu disse o interrompendo e levanto um dedo aos seus lábios, pedindo silêncio. –Não sem antes conversarmos sobre isso.

–Você é doida. –Draco afirmou rindo e revirando os olhos.

–Senti saudade do seu beijo. – Murmurei beijando-o.

–Sinta-se livre pra matar a saudade quando quiser. –Ele sorriu e me beijou de novo. –Vamos?

–Vamos. –Ele me pegou pela mão e nós seguimos para o salão principal. Eu lhe dei um selinho e segui para a mesa da Grifinória, enquanto ele ia para a da Sonserina.

–Ele parece bem. –Disse Luna sorrindo e sentando-se conosco.

–Isso porque você não viu quando e como ele acordou, quase morri de tão sem ar que eu fiquei. –Falei a ultima parte para mim mesma e todos riram. –Luna, você conversou com Blásio? Com tudo o que aconteceu nem tive tempo de perguntar.

–Sim, nós já conversamos muito, mas desde que ele beijou a Pansy não nos vemos muito, e eu nem quero.

–Huum... –Isso sim é estranho.

~Pov Draco

–Nosso campeão finalmente melhorou! –Nott falou se sentando ao lado de Blás.

–Olá Nott.

–Deu poção do amor pra Granger? Por que é o que parece, ela não saiu de perto de você enquanto você não acordou! –Eu sorri.

–Sabe que não preciso de poção do amor Nott.

–Senhor Malfoy. –Disse Minerva, parada atrás de mim. –Fico muito feliz que esteja bem.

–Obrigado. –Murmurei estranhando.

–Tenho que falar com o senhor, pode vir até a minha sala?

–Claro. – Respondi me levantando.

–Mal acordou e já fez merda?

–Não que eu saiba Blás.

–Vamos? –Eu assenti, seguindo-a até sua sala.

Quando entramos, Minerva sentou-se e fez um gesto para que eu me sentasse também. Eu a obedeci e ela voltou a falar:

–Senhor Malfoy, seu pai mandou uma carta ao professor Dumbledore pedindo para que o senhor fosse liberado das aulas de amanhã. Disse que está preocupado com o senhor pelo balaço que levou e que precisa resolver alguns assuntos. Segundo ele é urgente. –Era o que eu temia.

–E vocês me liberaram?

–Claro que sim, seu pai parecia muito preocupado na carta.

–Preocupado, claro. –Falei bufando e revirando os olhos. –Muito obrigado professora. –Ela sorriu e eu me levantei, voltando ao salão principal, onde Hermione, Blás e Nott vieram até mim.

–Em que encrenca se meteu? –Blás disse cruzando os braços.

–Nenhuma. –Respondi com rispidez.

–Então o que McGonagall queria com você? –Nott perguntou.

–Nada.

–Anda, fala!

–Só disse que tenho que ir pra casa amanhã, nada de mais!

–Draco, vem comigo? –Pediu Hermione pegando minha mão. Nós dois seguimos para um corredor vazio e afastado. –O que houve?

–Nada, está tudo bem. –Menti. –Droga de dor de cabeça!

–Aqui. –Ela disse tirando do bolso um frasco da poção que Madame Pomfrey havia me dito para tomar.

–Obrigado. –Murmurei, bebendo-a rapidamente. -Que gosto horrível.

–Tem certeza que está bem?

–Tenho, não poderia estar melhor.

–Draco, não seja irônico, por favor.

–Temos aula. –Falei lhe dando um selinho.

Na aula de poções eu não consegui prestar atenção em nada. Minha mente estava na provável reunião de família de amanhã. “Preocupado”, com certeza meu pai não estava preocupado. Se eu tivesse morrido não faria diferença pra ele.

“Mesmo que sua mãe seja contra a ideia de você se tornar um de nós isso irá acontecer, e será esse ano. Está quase na hora de nos reunirmos. Ele nos aguarda.

Daqui uns dias ou até meses eu deixarei uma autorização para você sair da escola e vir direto pra casa. Há um grande plano, e você está envolvido nele. Não me decepcione moleque!”

Era um trecho da carta que ele me fez queimar ficou em minha cabeça por dias. Tudo o que ele sempre quis, que eu me tornasse um Comensal da Morte assim como ele e tia Bella.

Minha mãe não era de fato uma, já que não possuía a marca, mas ela também servia a Lord Voldemort. Não sei se era por realmente acreditar no que ele dizia e querer um mundo longe de trouxas ou se era por meu pai. Aposto na segunda opção.

Fui para o jantar, mas não toquei na comida. Fiquei apenas parado pensando o que seria de mim depois de amanhã.

–Malfoy está tudo bem? –Nott perguntou.

–O quê? –Perguntei voltando dos meus devaneios.

–O que houve com você? Está desligado, não responde o que a gente pergunta. –Blás disse.

–Nada.

–Qual é cara, somos amigos. –Nott insistiu.

–Já disse que não é nada okay! –Falei nervoso me levantando e saindo de lá o mais rápido possível.

Fui ao apartamento já com dor de cabeça e tomei um banho. Quando saí peguei a poção e a bebi de uma vez. Droga Madame Pomfrey, não tinha uma poção com um gosto melhor não?

–O que houve com você? –Me virei e lá estava Hermione encostada na porta.

–O quê? –Perguntei pegando o resto de minhas roupas no guarda-roupa já que eu estava somente de cueca.

–Por que está assim?

–Assim como?

–Não aja como se eu não tivesse notado. –Ela cruzou os braços, brava e eu me joguei na cama, me deitando. –Desde que a Minerva te chamou você está assim.

–Meu pai não dá a mínima pra mim, acha que ele me chamou por preocupação? Acha que ele estava preocupado quando veio aqui com a minha mãe?

–Draco não fale assim, ele é seu pai!

–Ele pareceu preocupado pra você? –Perguntei e ela abaixou a cabeça sem responder. –Ele não me chamou lá pra boa coisa morena.

–Talvez algo mudou ou essa seja a forma que ele tem de mostrar preocupação.

–Saberemos amanhã. –Eu suspirei cansado e ela veio até mim, deitando-se na cama comigo.

Hermione colocou sua mão em meu peito e foi cada vez descendo mais, arranhando-me devagar e parando no cós de minha cueca. Eu acompanhava com os olhos.

–O que pretende? –Perguntei e ela se sentou, tirando sua gravata e seus sapatos, jogando-os para um canto qualquer no quarto.

–Cale a boca. –Ela sorriu, corando um pouco.

Então Hermione me beijou. Aquela sabe-tudo sabia muito bem que um beijo dela era tudo o que me acalmava. Eu coloquei uma de minhas mãos em sua nuca e a outra em sua cintura puxando-a pra mim.

Ela rolou, ficando por cima, mas sem me largar. Eu apertei seu corpo contra o meu e ela suspirou. Uma de minhas mãos subiu por dentro de sua blusa enquanto ela apenas arranhava meu peito, dessa vez com um pouco mais de força.

Hermione desceu os beijos para o meu pescoço e eu tirei sua saia. Agora a única peça que cobria seu corpo eram suas roupas intimas e sua blusa, que eu fui desabotoando lentamente e em seguida jogando no chão do quarto.

Eu desci a mão que estava em sua cintura para sua coxa, apertando-a. Meus lábios voltaram a tocar os seus de uma forma intensa. A cada toque, cada beijo, toda a raiva de Lucius e o medo de ir para casa e ser obrigado a me tornar um comensal ia sumindo. Tudo se resumia apenas a Hermione Granger. Era a única que fazia com que eu me sentisse assim, a única que me importava.

O beijo foi cada vez mais aprofundado. Hermione arqueou as costas e eu tirei seu sutiã, levando uma de minhas mãos até seus seios. Ela suspirou.

A morena então foi descendo as mãos por meu abdômen e tirou minha cueca. Eu cobri seu corpo com o meu e desci meus beijos, até seu pescoço e depois seus seios.

–Draco... –Ela gemeu e eu sorri, beijando-a mais uma vez.

Logo em seguida eu retirei sua calcinha e penetrei, começando com alguns movimentos lentos. Seus gemidos foram abafados pelos meus beijos. Hermione levou suas mãos ao meu cabelo, bagunçando-o, mas ainda sim tomando cuidado para não me machucar, já que sabia onde o balaço havia me acertado.

Eu amentei minhas investidas depois de um tempo e ela mordeu os lábios, descendo as mãos pelas minhas costas me arranhando com força dessa vez, mas eu não estava me importando.

Quando terminamos, Hermione estava aninhada em meu peito, ambos ofegantes e eu abraçava sua cintura. Ficamos a noite inteira acordados e o Sol já estava quase nascendo. Logo eu teria de ir pra casa.

–Draco, por que não me deu tempo de resposta?

–Vai voltar nessa história mais uma vez?

–Vou. –Ela respondeu olhando nos meus olhos.

–Não te dei tempo de resposta porque eu fiquei com medo do que pudesse responder.

–Medo? Não é óbvio o que eu responderia?

–É que nenhuma das vezes que eu ouvi essas palavras elas pareciam verdadeiras pra mim.

–Lilá e Pansy?

–Lilá e Pansy, exatamente. –Falei rindo.

–Sabe qual era a coisa que eu mais dizia pra você enquanto estava naquela enfermaria? Eu dizia que te amava, todos os dias eu dizia. Tive medo de te perder e você não saber o que eu sentia. –Eu lhe dei um selinho e olhei em seus lindos olhos cor de avelã. –Eu amo você Draco Black Malfoy.

Eu sorri e a beijei. Pela primeira vez aquelas palavras pareceram verdadeiras pra mim, eu sentia como se fosse, e tê-la em meus braços era a melhor sensação do mundo.

–Eu também amo você Hermione Jean Granger. –Sussurrei. –Minha pequena.

–Já disse que sou alta. –Ela cruzou os braços e eu gargalhei, beijando seu rosto.

–Não se iluda meu amor. –Ela me deu um tapa no braço, mas logo em seguida riu também, me beijando.

–Por mim nós podemos ficar o dia todo aqui.

–Sabe que não podemos. Eu tenho aula e não querendo estragar sua felicidade, mas já estragando, você tem que ir ver seus pais.

–Verdade. –Disse desanimado. –Mas acho que ainda temos umas horinhas. –Sorri maliciosamente e ela mordeu o lábio de um jeito sexy. Fiquei por cima dela de novo e a beijei.

–Não, depois continuamos. Agora eu vou tomar meu banho, depois você vai tomar o seu. Sei que ainda falta tempo para o café, então eu vou terminar o meu dever de DCAT, que já é pra semana que vem e não quero ficar atrasada.

Revirei os olhos e dei um selinho demorado nela, que saiu da cama enrolando o lençol em seu corpo.