Sem pé, nem cabeça escrita por Lola Maiotto
Notas iniciais do capítulo
Aqui não tinha o personagem para colocar, mas a historia se baseia no chapeleiro maluco e no coelho branco ♥ espero que gostem.
- Eu já disse que você é irritante? – perguntou o coelho.
- Já te perguntei o que um relógio tem em comum com uma panela? – perguntou o chapeleiro.
Quando ele fez a pergunta, o coelho ficou quieto e pensou que aquela pergunta poderia ser uma dica para chegar ao destino, que a rainha havia lhe pedido.
- Não... – respondeu o coelho.
- E sabe qual é? – perguntou animado.
- Não! – respondeu o coelho impaciente.
- Tenta adivinhar! – dizia manhoso o chapeleiro ficando atrás do coelho brincando com suas orelhas.
- É um tipo de charada?
- E! – assentiu com a cabeça.
O coelho então parou, colocou a mão no queixo e pensou. “cabo? Corpo, metal, tempo...?
- O tempo e a panela? – perguntou ele na dúvida.
- De onde tirou isso? – perguntou o chapeleiro.
- Não sei, estou pensando que nem louco, acertei? – perguntou esperançoso.
- Não! – disse ele incrédulo. – nem chegou perto!
- Uhn... – ele então pensou mais. – O metal? – e mais uma vez ouviu um não do chapeleiro. – A cor? Tamanho? Cheiro? – a cada resposta, por mais ridícula que fosse, ou mais bizarra, que era a cara do chapeleiro, ele só escutava um não bem grande.
- Vamos! Pense mais! – incentivada o chapeleiro.
- Não, desisto se esgotaram minhas idéias! Qual é a coisa em comum?
- Não sei, perguntei pra ver se você sabia!
- Ta me tirando, né? – falou o coelho frustrado.
- Não, você continua no mesmo lugar! Nem te toquei!
- Não foi isso que eu quis dizer! – falou impaciente o coelho.
- Então o que?
- O que? – perguntou o coelho.
- O que? O que?
- Você disse “o que”, e eu perguntei o que! – explicou o coelho.
- Quem perguntou o que?
- Você! – respondia irritado.
- Mas você que perguntou o que, Ok?
- O que? – perguntou o coelho confuso.
- O que não, O. K.
- Ok o que? – perguntou o coelho totalmente confuso.
- Ok, o que, o que?
- Ah! Desisto!
- Do que? – perguntou o chapeleiro.
- Ah! Calado! Perdi a paciência!
De repente o chapeleiro começou a andar, olhando de baixo de pedras, folhas, atrás de árvores.
- O que está fazendo? – perguntou o coelho curioso.
- Procurando! Não vê?
- Procurando o que? E não vejo o que?
- Ué? Sua paciência, não está vendo?
- Sim eu vejo, mas não é isso... – disse frustrando-se mais uma vez.
- Ah, então você a está vendo! Então por que disse que perdeu? Me fez procurar a toa!
-Ah meus bigodes! Quando eu digo que perdi não quero dizer literalmente, quero dizer que se esgotou!
- Ah, entendi, mas já pensou em comprar um estoque? Assim não se esgota tão fácil.
- NÃO DÁ! – disse irritado.
- Não vendem mais?
- Não é isso! – rosnava, puxando as orelhas para baixo.
- Ah já sei! Perdeu a loja onde compra!
- Eu não posso... COMPRAR PACIENCIA!
- Ah, ta sem dinheiro... Sei como é...
- Você deve amar tirar uma da minha cara, só pode ser! – falava o coelho conformado com a situação.
- Nem te toquei! Para de insistir nisso de que tirei uma da sua cara!
- Eu não disse isso!
- Então o que?- perguntou o chapeleiro bravo.
- O que? O que?
- Que? – perguntou o chapeleiro agora distraidamente.
- Ah! – o coelho foi embora quase arrancando seus pequenos e brancos bigodes.
- Credo, ele precisa tomar um chá de camomila, está tão estressado...
Fim
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