CONFIDENCIAL - Draco & Hermione escrita por AppleFran


Capítulo 3
230, Manhattan.


Notas iniciais do capítulo

DESCULPEM A DEMORA! Não vai se repetir! Prometo! A fic já está toda escrita! Só está me faltando tempo!



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Era cedo quando deixou o quarto de Ivy May antes que ela acordasse. Pegou o elevador e desceu para o andar de salões. Não tivera uma noite de descanso. Além de gastar suas energias com a mulher, não conseguira pregar os olhos. Sabia muito bem do que agentes da S.I. eram capazes e não queria se dar o luxo de ter alguém rondando ao seu lado enquanto estivesse dormindo. Por mais que seus sentidos fossem aguçados, aquele homem havia o seguido e ele nem mesmo reparara, não podia confiar em si mesmo porque se alguém havia o seguido sem que ele notasse, esse alguém certamente era muito sorrateiro.

O andar já estava cheio quando ele chegou. Havia no mínimo uma dúzia de investidores acomodados em uma antessala com um delicioso buffet de café da manhã. Todos esperavam ansiosos pelo poderoso George Salter e os membros de sua companhia.

Draco procurou primeiro passar o olhar por cada um ali. Se lembrou dos nomes e rostos que estudara na noite anterior. Os quatro investidores que também estiveram na cobertura do hotel estavam lá. A maioria estava acompanhado de assistentes que faziam anotações, mas que não poderiam entrar na reunião.

Como aquela missão poderia ser falsa? Poderia mesmo todas aquelas pessoas serem nada mais do que figurantes? A S.I. investiria tanto assim apenas para eliminá-lo? Ou talvez a S.I. tivesse o enfiado no meio de trouxas para ocupar seu tempo e torna-lo um alvo fácil para Lynch.

“Hei!” a voz foi para ele e Draco se virou. Quase travou a mandíbula, mas tentou parecer surpreso. A última pessoa que queria ver era Nigel Lynch. Aliás, o que ele estava fazendo ali? Ele também era um investidor? “Não sabia que era um investidor.”

Outra vez ele havia aparecido sem que Draco sequer percebesse a aproximação. Lynch era definitivamente um agente.

“E me parece que você também é um.” Disse em resposta.

Não havia dúvidas de que que aquele homem o tinha como alvo.

“Quando você é dono de uma fortuna, precisa aplicar em algo que vá te render mais. Dinheiro nunca é suficiente e vamos confessar que a promessa desse novo laboratório de Salter é bem tentadora para o meu dinheiro. Quero dizer, cura para câncer e esses vírus loucos que surgem todos os dias. Me parece até utópico. O que acha que os fizeram chegar até tais remédios?”

Magia. Pensou Draco. Com certeza a equipe de Salter tinha contato com algum fornecedor bruxo.

“Não sei.” Respondeu enquanto enchia um copo de café e pegava um bagel recheado. Sua missão na verdade era encontrar o fornecedor de Salter e por um fim a vida dele.

“E vamos combinar que é bastante tentador.” Finalizou Lynch procurando a tampa do tamanho do copo de café que pegara. “Mas me diga, como foi a noite? Se é que me entende.” Riu ele.

Draco queria socar a cara daquele homem.

“Ela é instrutora de yoga.” Disse procurando ao máximo soar de maneira que desse a entender que estava aproveitando a conversa. “Se é que me entende.”

Lynch riu com vontade dessa vez. Draco queria lhe arrancar dente por dente.

“Elas são as melhores. Uma vez quando estive em Paris...” e ele começou um longo discurso sobre suas viagens, suas riquezas, sua vida de ostentação e luxo. Draco procurou se mostrar o mais interessado que conseguiu.

Ele estava fazendo o papel de rico empolgado com a vida. Descontraído, amigável, divertido. Ele era exatamente a pessoa que Draco procuraria para se entrosar e mostrar que tinha contatos. Alguém que fosse muito alheio ao submundo da espionagem, aos perigos do laboratório de Salter. E Lynch fingia muito bem, como um verdadeiro espião que sabia colocar sua máscara. Draco se perguntava o que estaria pensando daquele homem se Granger não tivesse o alertado de que ele era o agente destinado a matá-lo.

Os investidores foram convidados a se moverem para a sala de palestra minutos depois e ele foi seguido de Lynch para o lado de dentro. Lynch era uma perca de tempo. Ele deveria estar tentando encontrar uma forma de se aproximar dos investidores do ciclo de Salter. Os homens que já estavam envolvidos em outros projetos que levavam o sobrenome poderoso de Salter, mas tudo que fazia era escutar as mentiras de Nigel Lynch.

Toda a apresentação começou. O marketing era pesado. Tudo era muito bem feito, muito bonito aos olhos. A apresentação do laboratório era carregado de depoimentos de funcionários felizes e satisfeitos. Cientistas faziam suas declarações sobre uma nova era da biomedicina, sobre novas descobertas, sobre quebrar barreiras. Draco sabia que tudo aquilo comprometia o mundo bruxo se realmente havia fornecimento de magia a eles. Talvez a história de Granger fosse uma mentira. Talvez Lynch fosse apenas uma terrível coincidência. Talvez sua missão fosse realmente verdadeira e importante.

Tudo acabou de modo que não chegasse a ficar cansativo. George Salter, um homem pálido, já de cabelos brancos, rechonchudo e de testa oleosa teve o momento para suas palavras. Informou que precisava de investimentos altos pela magnitude do projeto e que o retorno era garantido visto que não havia concorrência e que assim que lançado ao mercado a revolução aconteceria sem dúvidas.

Draco fugiu de Lynch assim que pode e começou a se infiltrar no meio dos investidores que a S.I. lhe passara o nome. Conseguiu números e soube quais eram os contatos mais próximos de Salter que certamente conseguiriam uma cadeira dentro das ações do projeto. Quando teve certeza da média que era discutida ela lançou o triplo para garantir sua cadeira entre os investidores que seriam escolhidos. Quando se deu conta Lynch também estava entre eles e marotamente tentava diminuir ou colocar os projetos de Salter no campo do duvidoso. Draco não se importava se era duvidoso ou não, ele precisava estar dentro, e de acordo com a média que era exposta ali certamente conseguiria. Mesmo que duvidasse que aqueles homens importantes jogariam tão pouca grana em um projeto tão revolucionário, mas sabia que eles estavam jogando como homens de negócios e cada um ali lutava pelo seu lugar dentro da ideia de Salter. Blefes eram evidentes e muito esperados.

Deixou o hotel depois de todo aquele circo. Receberia uma resposta em vinte e quatro horas. Entrou dentro de seu carro privado que havia chamado mais cedo para busca-lo naquele endereço e seguiu para seu hotel. Seu coordenador de missão o ligou no meio no caminho e ele teve que se esforçar para convencê-lo de que não havia jogado um número baixo. Falou que não poderia exagerar ou então ficaria muito exposto. Disse que o número estava dentro de uma faixa aceitável e que se Salter não o escolhesse como investidor ele era definitivamente um idiota.

Quando desceu na entrada de seu hotel fez questão de procurar por algum sinal de Lynch da maneira mais discreta que pode. Dessa vez ele não havia o seguido e se tivesse, ele era realmente bom, o que assustava Draco. Em seu quarto Hermione ainda ocupava a cama de bruços, abraçando um travesseiro inerte no melhor sono que parecia tirar em anos.

Ele se aproximou, puxou o lençol que mal lhe cobria sem delicadeza. Hermione se colocou em alerta em menos de um segundo empunhando uma faca que tirara de debaixo do travesseiro. Draco precisou segurá-la pelo pulso para impedir que ela avançasse contra ele.

“Hora de você sumir.” Não estava com paciência para ela.

Granger piscou os olhos dourados confusa e se deixou cair de volta no colchão quando ele a soltou sem cuidado também.

“Ainda não está cedo?” A voz dela saiu quase como um miado rouco.

“Já são quase meio dia.” Ele retrucou. “Você tem cinco minutos para sumir, Granger.” Disse e jogou para ela a camisa que ele havia a feito tirar na noite anterior. Vê-la apenas em suas peças intimas era tentador demais e não precisava de distrações.

“Eu não fui clara o suficiente ontem, Malfoy?” Ela disse se levantando e passando os braços pela manga da camisa a vestindo.

“Eu não preciso de você. Eu não quero uma fugitiva por perto.” Deu as costas.

“Você encontrou Nigel Lynch?” ela tentou mudar de assunto.

“Granger, eu disse que tem cinco minutos para sumir! Está muito difícil de entender?” ele foi ríspido enquanto puxava um laptop de uma das maletas que trouxera.

“Eu não vou embora!” Ela saiu do colchão colocando os pés descalços contra o piso novamente. “Pelo menos não agora!” Havia uma indignação no tom dela por estar sendo tratada com ignorância. Os cabelos dela haviam voltado ao formato que ele se lembrava, só que longos. Eles caiam em cascatas pelo seu ombro até o meio da cintura em cachos largos, macios e castanhos. Ela não havia se dado ao trabalho de fechar os botões da maldita camisa. “Você precisa de mim! Eu não fui clara o suficiente?”

“Posso fazer isso sozinho.”

“Não! Você não entende!” Ela se aproximou. “Eu posso ajudar...”

“Eu não quero sua ajuda!” Ele a cortou grosseiramente aumentando o tom de voz e usando de um ritmo pausado para fazê-la entender cada palavra com clareza. “Tudo que você quer aqui é comida e um bom lugar para dormir. Um lugar onde a S.I. não vai procurar por você! Eu não tenho a mínima intenção de esconder uma fugitiva. Uma traidora perigosa. Portanto trate de pegar seus pertences e ir embora sem deixar pistas de que passou por aqui! Eu já tenho muito com o que me preocupar agora, não preciso de mais problema!” Jogou-se contra a poltrona mais próxima e abriu o computador sobre uma mesa.

Ela estava realmente indignada agora.

“Não vai nem mesmo agradecer?” ela tinha uma expressão de desgosto gritando em seu rosto. “Eu te dei a informação que pode salvar sua vida!”

“Acredito que eu já tenha feito isso quando paguei sua comida e te deixei dormir em minha cama. Mas se for lhe fazer ir embora: Obrigado, mas posso fazer isso sozinho.” Disse entretido em digitar sua senha e abrir seu programa de rastreio.

“Claro! Estúpido o suficiente para achar que pode ir contra a S.I sozinho!” ela exclamou.

“Não é o que você faz?”

“Eu já te disse como trabalho! E diferente de você eu não faço coisas estúpidas! O que acha que pode fazer, Draco? Seguir como sua missão e de brinde tentar se salvar no final? Eu já disse que é uma missão falsa!”

“Sim, entendi o recado!” Levantou os olhos para ela irritado. “Agora está na hora de você entender que eu trabalho sozinho. Sempre. Além do mais, não vejo o porque agora quer ser a Madre Tereza. Se formos medir quem é mais santo aqui você perde, Granger. Não daria bem pra contar quantos matou em cinco anos de programa, daria? Aliás, tem certeza que não eliminou ninguém depois que saiu da S.I.? Porque eu sei o nome de todos os agentes que já apagou.”

Ela apertou os dentes parecendo verdadeiramente furiosa. Foi até ele, pisou no computador fazendo o se fechar e inclinou-se para ele.

“O problema com você, Malfoy, é que se acha melhor do que realmente é.” Vociferou ela enquanto tirava a blusa, embolava e a lançava contra ele. “Espero que diga o meu nome no seu último suspiro de vida.”

Deu as costas, buscou suas roupas que estavam no chão, entrou para o banheiro e bateu a porta sem a mínima piedade. Draco soltou o ar sem paciência, jogou a blusa em seu colo para longe e abriu novamente o computador esperando que nada estivesse danificado porque ele não poderia usar sua varinha para concertar e aquelas malditas tecnologias trouxas não ajudavam nem um pouco. Teria muito mais domínio sobre toda aquela operação se pudesse usar magia.

Não demorou para conseguir rastrear os dispositivos que havia colocado nos principais homens que deveria ficar atento. Os homens que ele tinha certeza que entrariam como investidores daquele projeto independente da quantia de dinheiro que pretendiam investir.

Passou o resto do dia monitorando o movimento de cada um deles, para onde iam, com quem se encontravam, onde moravam ou onde estavam hospedados. Pediu pelo relatório de Nigel Lynch e mais alguns outros homens que colocara os olhos naquele pequeno encontro pela manhã. Assim que retornou para seu hotel os recebeu na recepção. Se atentou mais a estudar sobre Lynch, sem deixar de lado a missão que tinha. Não podia confiar totalmente em Granger afinal. Mesmo que ela estivesse se provando bem certa. Principalmente quando seu telefone tocou e ele foi obrigado a atender Nigel Lynch.

O homem o chamava para a festa que Draco havia sugerido quando estavam sentados no bar do hotel. Se Lynch fosse mesmo um agente, ele sabia que Draco, também como um, não iria recusar a oportunidade de se aproximar de um alvo tão usável como ele havia se apresentado. Aquela pequena saída iria lhe custar tempo, afinal ele tinha uma missão para trabalhar, ou poderia lhe custar sua vida, se Hermione estivesse realmente certa.

Informou que o encontraria na frente do local visto que recusar aquela saída levantaria suspeitas da S.I. e sabia que nenhuma desculpa colaria para seu coordenador de missão. Era inaceitável dispensar um alvo como Lynch. Rangeu os dentes assim que desligou o telefone. Se a S.I. estivesse por trás disso, eles estavam fazendo um excelente trabalho colocando-o contra a parede daquela forma.

Se arrumou considerando que teria que improvisar se Lynch estivesse o levando para o matadouro. Ficaria bem atento a qualquer detalhe. Quando pegou o taxi já havia chegado a conclusão de que seu plano era perceber quais eram as intenções de Lynch o levando para aquele lugar para se esquivar da maneira mais discreta possível. Se realmente a intenção fosse matá-lo, Draco teria que tirar a vida dele e confrontar a S.I. em busca de uma explicação. Ele não tinha a intenção de trair a divisão em primeiro lugar, acreditava que não. Ele ainda queria buscar respostas sobre seus alvos. Conhecia as pessoas para quem trabalhava. Pelo menos pensava que conhecia. O importante era que confiava mais nelas do que em toda a baboseira sobre Lynch e a história de Granger.

Desceu de frente a 230. A fila estava absolutamente gigantesca, mas Nigel Lynch já estava o esperando e havia reservado uma mesa, o que os fez pegar uma fila muito menor. Enquanto subiam para a cobertura o homem começou um longo monólogo sobre como fora difícil conseguir uma mesa de última hora. Draco tentou parecer interessado da melhor forma possível enquanto analisava cada esquina pela qual passava, cada olhar que se dirigia a ele, cada ser humano que seus olhos conseguiam alcançar.

O lugar continuava exatamente como ele se lembrava então não precisou gastar energia o mapeando. Informou a Lynch que ele gostaria de visitar primeiro o andar superior e assim seguiram para o terraço aberto ao céu de Nova York. O Empire State Building brilhava no que parecia ser poucos metros de distância a frente deles e Lynch logo tirou a câmera do bolso para fazer seu excelente papel de turista maravilhado.

Draco considerou o potencial daquele lugar. Aquilo era um excelente matadouro. Muita gente, música alta, bebidas. Havia muita distração ali. Ele teria que estar pronto para chamar o máximo de atenção possível se pressentisse que o momento estava chegando.

Quando voltaram para o andar inferior e ocuparam a mesa que Lynch havia reservado, Draco logo tratou de informar que iria buscar sua própria bebida antes que Lynch resolvesse deixar que fossem servidos. Ele não gostava da ideia de não ver sua bebida sendo preparada. Não ali.

Pegou seu copo de Long Island após ter prestado atenção a cada detalhe do modo de preparo e quando virou em direção da mesa que divida com Lynch notou que ele já havia atraído duas mulheres para fazer companhia. Distração. Ótimo trabalho o dele. Draco continuou seu caminho quando alguém passou muito próximo.

“Não beba.” Escutou uma voz feminina. “ O bartender.” Ela alertou e sumiu muito rápido. Era Hermione Granger e ele notou pelos cabelos quando teve um último relance dela de costas.

Seus olhos voaram por cima dos ombros em direção ao bartender e conseguiu o pegar desviando os olhos que estavam sobre ele com uma rapidez quase imperceptível. Draco sentiu os dedos formigarem. Lynch não estava sozinho. Num segundo ele passou a desconfiar de cada pessoa que estava ali. Quando tornou a sentar-se com Lynch e as mulheres que ele havia atraído soube que tinha que atuar em sua melhor performance.

Tentou parecer o mais descontraído e distraído possível, mas Lynch como um agente sabia que tudo aquilo era só uma maquiagem. Eles conversaram sobre negócios, sobre suas vidas falsa, flertaram com as mulheres e Draco em nenhum momento tocou na bebida que havia ido buscar, nem nas que Lynch havia mandado servir. Pegou os olhos dele observando aquilo umas duas vezes.

“Você me parece distraído.” Comentou a morena que havia trocado o lugar para se sentar ao seu lado quando Draco tentou encontrar Granger com os olhos pela milésima vez.

Draco sorriu de modo tentador ao saber a conversa que andava levando com a mulher ao seu lado.

“Acredito ter visto alguém que conheço.” Respondeu ele.

“Esse alguém é uma mulher?” A mulher usou o mesmo tom sedutor que vinha usando. “Porque eu não acho que seria interessante te dividir.”

Ele ergueu uma das sobrancelhas já achando bastante ousado da mulher dizer aquilo.

“Conhece alguém aqui?” Lynch perguntou a ele.

“Acredito ter visto alguém que conheço apenas.” Ele não queria se aprofundar naquilo. “Na verdade.” Ele se levantou. “Talvez se eu der mais uma volta.” Foi tudo o que disse e deixou a mesa antes que alguém tivesse tempo de protestar.

Tentou encontrar Granger no andar que estava. Seis olhos eram bons e ele chegou a conclusão que ela só poderia estar no andar superior com rapidez. Subiu as escadas e se enfiou na multidão apertada da cobertura. Andou pelos espaços que encontrou achando difícil conseguir fazer seus olhos alcançarem muito longe.

Parou frustrado. Ela deveria estar em algum lugar. Ele tinha que achá-la. O que ela pensava que estava fazendo o seguindo daquela forma? Ele já havia dito que iria lidar com aquilo sozinho.

“Long Island.” Pediu ao chegando ao bar. Dessa vez teria certeza de que veria o bartender buscar o copo da pilha na estante e não debaixo do balcão.

“Cosmopolitan.” Pediu a mulher que ocupou seu lado direito. Draco quase sentiu a necessidade de estralar os dedos de sua mão ao virar-se para ela. Sua mandíbula travou e ele quis chama-la de um péssimo nome, mas ela não deixou que ele tivesse tempo. “Acredito já ter te falado para tomar cuidado com a bebida.” Granger forçou um sorriso para ele e se aproximou mais. “Acaso é louco ou o que?” Usou um tom de voz baixo. “Esse lugar está cheio de agentes da S.I.? Será que não mediu o potencial que esse lugar tem para cobrir uma morte antes de se arrastar para cá? Você precisa sair daqui agora!”

“Eu disse que vou cuidar disso sozinho, Granger! Você quem precisa ir. Se há mesmo tantos agentes aqui quem deveria realmente sair agora é você!” Ele rebateu com os dentes cerrados.

“Não seja tão ingrato, Malfoy! Quantas vezes vai me obrigar a salvar sua vida? Estou te avisando, tem que ir embora daqui agora! Se não for embora, terei que ser um pouco mais indiscreta e não vai gostar se me forçar a isso!” Ela roubou a bebida do vizinho, deu as costas e sumiu.

Draco rangeu os dentes novamente. Esperou por sua bebida e teimosamente a bebeu, mesmo tendo perdido alguns passos do processo de mistura. Ele simplesmente odiava o que ela estava fazendo. Ele odiava ser tratado como se não fosse capaz de lidar com os desafios que lhe eram lançados. Foi assim com seu pai, foi assim com Voldemort e não podia ser assim com a S.I., não podia ser assim nem mesmo com Hermione Granger. Ele sabia cuidar de si mesmo. Desceu e tornou a se juntar com Lynch.

“Encontrou o que estava procurando?” Lynch abriu um sorriso assim que o viu se sentar em seu lugar novamente. A mulher que lhe fazia companhia antes havia sumido, mas a de Lynch continuava ali.

“Não.” Draco informou. “Mas descobri que a área externa está bem mais movimentada que a interna. Deveríamos ir para lá. Acredito ter entendido que você gosta de bastante gente ao redor.”

Lynch riu e tomou mais um gole de sua bebida.

“Prefiro a área interna. A música está melhor.” Ele disse.

Draco se viu rindo. O que quer que ele estivesse planejando, ele estava planejando para a área interna.

“Como quiser.” Comentou e pensou em acrescentar qualquer dica que levasse Lynch a pensar que ele sabia sobre todo o esquema de matá-lo, mas não teve tempo de realmente ponderar se deveria ou não porque desfez o sorriso que havia colocado no rosto no momento em que a brilhante figura de Hermione Granger em seu magnífico vestido de noite fez sombra sobre a mesa deles.

“Olá, cavalheiros.” Ela se pronunciou. O sorriso de Lynch murchou instantaneamente. “Olá, Mike.” Ela sorriu para Lynch e logo depois seus olhos se voltaram para Draco. “Pensei ter lhe dito para sair daqui.” Ela cruzou os braços. “Mas agora não importa mais, não é? Agora você irá saber que tem apenas duas escolhas e terá só alguns segundos para decidir qual delas tomar.” Voltou-se para Lynch. “Vá em frente.” Ela disse a ele e Lynch se levantou no mesmo instante, puxou uma arma e apontou diretamente para ela. A mulher que o fazia companhia gritou. Granger apenas piscou os olhos calmamente em resposta.

“Hermione Granger está aqui.” Lynch anunciou completamente sério para a gola de sua blusa e a encarou severamente. “Você nem ouse se mover.”


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Notas finais do capítulo

Meu Deus! Mil desculpas pela demora! A culpa é toda da minha vida corrida. Os capítulos estão prontos, difícil está conseguir tempo para usar o computador e postar! Essa época do ano é sempre corrida então me desculpem pela ausencia. Sério, o máximo que eu consigo é trocar mensagem e checar o e-mail do celular. Abrir o computador é fora de cogitação, mas prometo q consigo tempo para postar o próximo capítulo semana que vem SEM FALTA! Deixem seus comentários e suas espectativas para o próximo capítulo!! Parece que a coisa vai pegar fogo agora que a S.I. inteira sabe onde a Hermione está graças a Nigel Lynch ou... Mike...? Esses agentes e seus nomes falsos... tsc tsc.