The Road escrita por LelahBallu


Capítulo 7
Capítulo 06 – Último Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo meus amores, quero agradecer a paciência de todos vocês, vocês são ótimos leitores, os melhores, eu espero que quem tenha gostado da fic, e tenha interesse de ler outra minha, acompanhe a próxima que estarei lançando amanhã (Hoje?), dependendo da recepção de vocês, aproveitem!



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Acordei com um clique suave. Apenas quando abri os olhos e procurei inconsciente por Oliver percebi que havia sido da porta quando fechada. Emiti um suspiro de decepção mesclado à insegurança. Como seria agora? Ainda tínhamos algumas horas de viajem, chegaríamos a Central City no final da tarde, e então ele partiria para Starling City. Depois do que havia acontecido entre nós eu não sabia muito bem como seria agora em diante. Levantei-me sem conseguir mais ficar apenas pensando sobre e como, então me apressei em me arrumar. Quando sai do banheiro Oliver estava sentado na cama com a cabeça de Tommy em seu colo acariciando as orelhas peludas.

– Hey. – Falou suavemente. – Eu pensei em te surpreender com um café da manhã na cama, mas quando cheguei você já tinha se levantado. – Olhei para a bandeja que estava em cima da mesa que ficava alguns passos da cama. Encarou-me com um sorriso leve aguardando alguma resposta de mim.

– Eu... Bom dia. – Murmurei me aproximando. Ele se ergueu deixando o cachorro deitado na cama. Em algumas passadas sua mão havia encontrado a minha e me puxado para seus braços, beijou-me de leve, apenas um comprimento, algo estalou dentro de mim, algo que eu precisava ignorar.

– Bom dia. – Sussurrou de volta, sua respiração morna na minha garganta.

– Quando partimos? – Perguntei.

– Ansiosa? – Algo em seu tom mostrava decepção.

– Eu preciso ir para casa. – Dei de ombros, e para suavizar meu tom brusco ergui-me na ponta dos pés para beija-lo como eu realmente queria, como eu precisava. Quando sua mão deslizou da base da minha coluna para baixo e o beijo começou a crescer em algo mais, decidi interrompe-lo. Oliver me encarou confuso, enquanto eu apenas esbocei um sorriso forçado e caminhei até a mesa. – Estou com fome. – Respondi a sua pergunta silenciosa.

– A ideia era para ser na cama, mas acho que podemos pular essa parte. – Seu tom não era mais suave e brincalhão, era apenas monótono.

– Ele tomou banho? – Perguntei quando passei a mão pela cabeça do cachorro, o pelo estava mais suave e macio, sem falar em brilhante, virei-me para Oliver que assentiu ainda sem sorrir. Possuía uma coleira adornando seu pescoço.

– Deixei ordens ontem. – Limitou-se a responder. Sem qualquer outra palavra ele sentou-se e passou a comer, sentei-me a sua frente sem muita fome, apenas beliscando uma coisa ou outra. Apenas quando saímos do hotel e colocamos alguns Km de distância, que seu humor melhorou, conversávamos como antes, nos provocávamos e riamos. A conversa saia natural quando colocamos certa distância da cama em que havíamos dormido.

Fizemos mais paradas do que o normal por Oliver temer que seu novo amigo fizesse algo em seu carro, quando paramos para almoçar acabamos passando alguns minutos em uma feirinha de artesanato e só então voltamos a cair na estrada. À medida que as horas passavam e eu me aproximava cada vez mais de Central City sentia uma estranha sensação de perda. Pisquei surpresa quando percebi que estávamos parando.

– O que há de errado? – Perguntei o encarando.

– Só vou levar Tommy para passear um pouco. – Deu de ombros. – Serão apenas alguns metros. – Informou-me.

– Ok. – Concordei. Resolvi acompanha-los e esticar um pouco as pernas, quando cheguei ao seu lado ele me encarou fixamente, ficava difícil imaginar o que ele pensava, pois seus olhos, a parte mais expressiva de si, estavam ocultos atrás dos óculos escuros.

– Você se arrependeu? – Perguntou de repente. – Do que aconteceu ontem?

– Não. – Respondi sem hesitar. – Nunca. – Acrescentei. Ele inclinou a cabeça avaliando a veracidade do que eu dizia.

– Então por que está estranha? – Perguntou por fim. – Somos adultos, ambos solteiros, não foi nada do qual deveria se envergonhar.

– Eu não tenho vergonha Oliver. – Sorri apesar de me sentir um pouco irritada. – Eu só não sou assim, eu não sou do tipo que transa com um cara que conheceu há três dias, e que está me dando uma carona para casa, e ainda assim eu o fiz, e isso me faz pergunta por quê. – Terminei meneando a cabeça, ele permaneceu em silêncio me observando. – Eu realmente estou ansiosa para ir para casa, podemos voltar? – Não esperei sua resposta, apenas me virei e voltei para o carro. Ele voltou alguns minutos depois, Tommy assumiu seu lugar no banco traseiro, os olhos tristes como se sentisse que houvesse algo de errado. O resto da viajem seguiu na atmosfera tensa, quando por fim entramos em Central City o clima não estava mais tão pesado, mas agora era apenas os mesmo estranhos do inicio da viajem. Ele insistiu em me deixar em casa, mas resolvi passar na casa de Caitlin antes. Sai do carro, e aguardei que ele pegasse minha mochila no porta-malas.

– Obrigada. – Falei quando ele parou em minha frente e me entregou a mochila. – Pela carona. – Acrescentei. – E desculpe, por... Tudo. – Estendi minha mão. – Espero que faça uma boa viajem e desejo felicidades para os noivos. – Ele observou minha mão estendida com desgosto e relutante a pegou.

– Obrigado. – Comprimiu os lábios e assentiu, sua mão quente deu um último aperto delicado e deslizou para longe da minha, eu não queria que nos despedíssemos assim, como estranhos, não éramos estranhos, não mais. As chances de nos vermos novamente eram escassas, mas merecíamos mais do que isso. Foi pensando nisso que soltei minha mochila no chão e o puxei pelo casaco, seus olhos transmitiam surpresa antes que eu envolvesse o seu rosto com as mãos e o beijasse, sua surpresa logo foi superada e transformada em desejo, nos beijávamos como se nossa última chance, como se fosse nossa última oportunidade de fazê-lo, o que era verdade, meus amigos, minha vida estava aqui, a dele não. A intensidade foi gradualmente diminuindo até que terminamos com nossas testas encostadas seus olhos tão próximos dos meus, sorri e fui retribuída com o que agora havia se tornado o meu sorriso preferido no mundo.

– Adeus olhos azuis. – Murmurei ainda em seus braços.

– Adeus lindo polegar. – Retrucou seu sorriso se estendendo, memórias do nosso primeiro encontro presente, soltei-me delicadamente dos seus braços e caminhei até a janela do carro para dar um último abraço em Tommy e com um último aceno despedi-me do seu dono.

[...]

– Oh Deus que frio. – Caitlin resmungou ao meu lado.

– Eu sei. – A fitei sem paciência. – Você já disse isso antes.

– Por que você insiste em sair para tomar café hoje, um dos dias mais frios que Central City já viu. – Retrucou.

– Você já disse também. – Suspirei. – Mas você sabe que eu preciso de uma xicara de café pela manhã, mesmo em um sábado frio. Principalmente em um sábado frio. – Acrescentei.

– Poderíamos fazer isso na sua casa, ou na minha. – Deu de ombros. Éramos vizinhas e frequentemente tomávamos café juntas, apenas revezando em que casa seria.

– Já estamos chegando.

– Eu sei.

– Bom dia. – Iris nos cumprimentou assim que entramos no café em que ela trabalhava.

– Olá. – Caitlin sorriu.

– Eu não achei que vocês fossem vir hoje. – Comentou com as mãos na cintura, Caitlin me encarou com sua melhor expressão de “Eu não disse”.

– Bom dia Iris. – Devolvi o cumprimento ignorando Caitlin.

– O de sempre? – Perguntou parecendo notar que meu humor não estava um dos melhores.

– Por favor. – Sussurrei dessa vez com um sorriso, ela assentiu e saiu. Caitlin e eu buscamos uma mesa para nos acomodarmos. – O que você está fazendo? – Perguntei quando depois de alguns minutos ela começou a digitar em seu celular.

– Convidando Barry e Cisco para se juntar a nós mais tarde. –Informou.

– Mais tarde? – Repeti sem compreender.

– Sim. – Sorriu. – Você e eu vamos sair hoje à noite, vamos para algum bar. – Sorriu dessa vez para Iris que deixava as nossas xícaras, e nos encarou interessada. – O que acha Iris, você vem?

– Eu teria que falar com Eddie, mas sim. – Concordou. – Acho que ele não tem nenhum plano para hoje. – Ela olhou para a porta que acabava de ser aberta. – Tenho que atender garotas, me passe o local e a hora por celular. – Pediu a Caitlin.

– Eu não quero sair Caitlin. – Ela fez careta quando falei.

– Felicity você precisa sair. – Protestou. – Todos os dias essa é nossa rotina, saímos apenas para o trabalho ou aqui, este café. – Ela me encarou por alguns segundos e diminuiu o tom quase temendo o que falaria. – Já se passaram dois meses. – Respirei fundo quando ela falou.

– Eu não triste, ou depressiva, eu só não tenho vontade de sair. – Dei de ombros. – Eu sei que passou dois meses ok? Mas, eu não sei, eu nunca pensei que seria assim, sempre que ando no meio da rua e esbarro em alguém encaro com esperanças que seja ele, por causa de uma conversa boba que tive com ele, é ridículo, é insano e sem sentido...

– Você se apaixonou por ele. – Observou. Meneei a cabeça sentindo o peso de suas palavras.

– Eu me apaixonei. – Confirmei. – E eu não consigo acreditar nisso, eu não consigo acreditar que me apaixonei tão rapidamente assim por alguém com quem convivi apenas quatro dias, Caitlin eu não sou mais uma garotinha, eu nunca acreditei em amor à primeira vista...

– E ainda assim foi o que aconteceu. – Sorriu.

– É patético. – Conclui. – Eu me sinto patética.

– Homens tendem a fazer isso conosco. – Uma voz feminina falou ao meu lado, me virei para encara-la e abri a boca tentando falar algo, mas eu apenas analisei em choque a figura feminina a minha frente.

– Você... O que... Como? – Gaguejei.

– Também é bom rever você, Felicity. – Helena falou puxando a cadeira ao meu lado e sentando-se. – Olá. – Cumprimentou Caitlin que a encarava curiosa.

– Caitlin está Helena Bertinelli. – A apresentei, Caitlin assentiu e então sua expressão passou de curiosidade a surpresa.

– Foi você que roubou o carro. – Caitlin falou animada, como se estivesse conhecendo uma pessoa famosa.

– Você ouviu falar sobre mim. – Sorriu.

– O que você está fazendo aqui? – Perguntei curiosidade também me dominando.

–Foi você que sabotou o carro? – Caitlin perguntou antes que Helena me respondesse. – Por que quando ela me contou que o carro “Quebrou” eu tinha certeza que foi você.

– Meu ex-namorado é mecânico. – Deu de ombros.

– Sabia. – Caitlin comemorou. Ela parou quando viu meu olhar de advertência.

– Foi perigoso e ilegal. – Acusei.

– Ele sabia o que estava fazendo. – Referiu-se ao ex. – Mas confesso que depois fiquei preocupada em que lugar vocês tiveram que parar.

– Deu tudo certo. – Cailtin tomou voz. – Eles tiveram que dividir um quarto...

–Eu me arrependo tanto de ter contado todos os detalhes a você. – Repreendi-a.

– Então, onde está Oliver? – Helena perguntou olhando de uma para outra.

– Onde mais? Em sua cidade, eu acho.

– Vocês não estão juntos?

– Por que estaríamos Helena? – Perguntei sem paciência. – Você não pode aparecer de repente e com ares de cupido perguntar... – Parei notado meu tom brusco. – Deixa para lá.

– Felicity. – Chamou-me em tom suave. – Eu posso ter um péssimo gosto para homens, meus homens. – Sorriu. – Mas eu sei reconhecer um casal em potencial quando vejo um.

– É muito tarde. – Dei de ombros. Ergui meus olhos observando Iris se se aproximar. – E eu não quero mais falar sobre isso. – Acrescentei.

– Oi. – Iris encarou Helena. – Desculpe a demora, eu não pensei que hoje seria um dia de casa cheia. – Qual o pedido? – Helena olhou rapidamente para nossas xicaras.

– O mesmo que o delas. – Informou.

– Essa é nossa amiga Iris. – A informei. – Iris, essa é Helena, uma amiga. – Falei ganhando um sorriso de Helena.

– Então você vai estar no bar hoje à noite? - Iris perguntou.

– Vamos nos encontrar a noite em um bar aqui perto. – Caitlin esclareceu para Helena. – Caso você não esteja saindo da cidade...

– Seria ótimo. – Concordou. – Estou aqui acompanhando meu pai. – Explicou. – Ele está a negócios, então estou livre a noite. – Iris assentiu contente e foi buscar o pedido de Helena.

– Eu respondi se iria. – Protestei.

– Não foi uma pergunta. – Caitlin sorriu. Então ficou séria ao perceber que eu não respondia ao sorriso. – Felicity quando você terminou seu namoro de dois anos com Ray você lembra como me contou? – Neguei. – Em apenas uma frase você me disse que havia acabado com Ray e se eu queria pizza na janta, em uma só frase, você não sofreu, você nos levou para comer em uma pizzaria no mesmo dia, mas com Oliver...

– Eu vou. – Concordei a contra gosto.

– Ótimo!

[...]

Encarei abismada do balcão em que eu estava à figura masculina cantando no palco. Iris havia se aproximado do palco para ficar próxima do namorado.

– Você não está se divertindo. – A afirmação veio de Caitlin que estava sentada ao meu lado.

– Caitlin, eu estou encarando Eddie bêbado e cantando, acredite em mim, eu estou me divertindo. – Falei segurando o celular a minha frente. – E vou usar esse vídeo para barganhar caso eu precise de algo.

– Eu conheço você Felicity. – Encarou-me com olhar triste. – Você está se divertindo, mas você não está completamente aqui.

– Essa coisa chamada amor é uma bosta. – Helena soltou de repente do meu lado esquerdo. – Veja o meu caso, eu me apaixono fácil e escolho sempre os garotos errados, a senhorita certinha aqui tem um perfeito e deixou escapar... Idiota. – A encarei com um sorriso, pois ela estava mais bêbada que Eddie, e já havia me chamado de idiota inúmeras vezes, sempre contando como decidiu terminar com seu ex graças ao meu conselho, e quando se sentia arrependida culpava a mim.

– Onde está Barry? – Perguntei a Catlin que me lançou um olhar contrariado.

– Atrasado. – Respondeu.

– Bem garotas, eu tenho que ir. – Helena falou se erguendo e pegando seu casaco. – Eu volto para casa amanhã cedo. – Explicou.

– É uma pena. – Caitlin sorriu. – Foi bom te conhecer Helena.

– O mesmo para mim. – Devolveu. Levantei-me para abraça-la.

– Foi bom te ver novamente Helena. – Murmurei. Então, antes que se afastasse perguntei. – Ainda estou com minhas chaves?- Rimos da brincadeira e ela assentiu.

– Feliciity? – Chamou-me após dar apenas três passos.

– O quê?

– De nada. - Falou antes de volta-se novamente e se afastar. Franzi o cenho não compreendendo ao certo que significava.

– Pelo o quê? – Caitlin deu voz aos meus pensamentos.

– Acho que em sua mente tenho que agradecer pelo tempo que tive com Oliver. – Dei de ombros. Então fechei brevemente os olhos. – Oh Deus preciso parar de falar dele como se tivesse morrido. – Olhei para o copo de bebida em minhas mãos imaginando se eu mesma não havia bebido demais.

– Eu concordo com isso. – Caitlin assentiu. Então ela olhou para o meu colo. – Seu celular está tocando.

– Deve ser minha mãe de novo. – Fiz careta. Ela vivia mudando de número, e vinha ligando recentemente com frequência planejando outra visita minha. Não estava ansiosa para falar com minha mãe sobre ir até sua casa, mas era a desculpa perfeita para me afastar do barulho e de os olhares constantes de preocupação de Caitlin. – Eu vou atender lá fora. – Avisei me erguendo. Levei o celular ao meu ouvido assim que me afastei do balcão.

– Espere um pouco mãe. – Pedi antes que ela pudesse falar algo. – Estou indo para um local mais calmo. – Acrescentei. Sai do bar estremecendo pelo ar frio me arrependendo rapidamente por não ter trazido meu casaco comigo. – Pode falar.

Hey. – Minha respiração parou em suspenso ao reconhecer a voz masculina, fechei os olhos perguntando-me se era apenas mais uma peça pregada pela minha mente.

– Oliver. – Sussurrei seu nome quase temendo que não passasse de uma ilusão.

Felicity. – Havia emoção em sua voz, meu nome dito com uma maciez que só ele poderia aplicar. – Tudo bem?

– Você não me ligou agora para perguntar se eu estava bem, ligou. – Perguntei sem acreditar, embora meu tom ainda fosse baixo, uma parte minha perguntando-se como ele havia conseguido meu número.

Não. – Concordou. – Eu liguei por que eu me peguei pensando em você, em nós dois. – Sua voz soou mais forte. – Pensar em você já virou uma rotina, eu venho feito isso desde que a deixei em frente à porta de sua casa, pensei horas depois quando cheguei em casa, e novamente quando Tommy colocou a aliança no dedo de Laurel, e todos os dias eu penso como seria se você trabalhasse aqui... – Dei as costas aos carros estacionados e me apoiei no capô de um, era surreal escuta-lo agora. – E estava pensando em você quando sair do almoço que tinha com alguns acionistas, então algo engraçado aconteceu, meu celular tocou e tenho certeza que você riria da minha cara quando atendi e descobri que era Helena, você lembra de Helena, certo?

– Sim. – Sussurrei me movendo inquieta agora.

Ela falou comigo, e ela disse algo que me trouxe esperanças. – Fechei meus olhos tentando a todo custo controlar as estúpidas lágrimas que insistiam em vir, em nenhum momento eu havia chorado, eu sentia sua falta, eu estava triste por não estarmos juntos, mas as malditas lágrimas eu estava determinada a controlar. – Ela me disse que você também pensava em mim, ela falou que você sente minha falta e que assim como eu, por mais idiota que soe por termos tido tão pouco tempo juntos, que você havia se apaixonado profundamente, é verdade?

– Eu acho que você é um covarde Oliver Queen. – Retruquei com a voz embargada. – Eu acho que você poderia ter feito essa pergunta a mim, não por telefone, não escutando através de terceiros, mas você se esconde atrás de km de distâncias para não ter que lidar com a perda. - Por alguns segundos escutei apenas sua respiração.

Então você também é. – Sua voz soava até mesmo mais divertida. – Mas isso podemos resolver, não é mesmo? – Franzi o cenho quando escutei a linha sendo desligada, observei meu celular por alguns segundos, e me arrependi de ter sido tão dura, quando eu mesma não fiz muito para mudar nossa situação.

– Eu não sou mais covarde. – Virei-me bruscamente em direção a sua voz. Observei entre choque e admiração ele se aproximar. – Eu não estou me escondendo mais atrás da distância, você pode fazer o mesmo?

– Oliver. – Murmurei sem fôlego, como se tivesse corrido mil maratonas sem nem ao menos ter saído do lugar.

– Eu não estou mais me escondendo atrás de um telefone. – Ficou tão próximo que tudo que pude fazer foi encarar seus olhos, olhos que me encantaram desde o primeiro momento. – Eu me lembro do nosso primeiro dia de viajem, de você falando sobre as razões de não ter aceitado o cargo na QC. – Assenti assimilando suas palavras de forma vaga. – Você disse que não tinha nada que a prendesse a Starling City, que não tinha nada para você lá.

– Oliver eu...

– Eu discordo. – Interrompeu-me, tão próximo agora que minha respiração mesclava a sua, fitei seus lábios, por que era impossível não fazê-lo quando o tinha tão perto de mim. – Você tem a mim. Eu te amo. – Segurei minha respiração enquanto absorvia suas palavras, então me dei conta de algo, meneei a cabeça e sorri o surpreendendo.

– Ela tinha razão. – Falei embora ele ainda não pudesse compreender. – Agora eu vou ter que agradecê-la. – Acrescentei antes de me jogar em seus braços, ele deu um passo para trás com o impacto e demorou alguns segundos antes envolver seus braços em minha cintura.

– Eu acho que isso significa que é reciproco. – Brincou quando eu me afastei apenas para encarar seu rosto novamente. Ergui-me na ponta dos pés para plantar um delicado beijo em seus lábios.

– Eu te amo. – Sussurrei. – Eu não saberia dize como, quando ou por que, mas eu te amo. E você tem razão, eu também fui covarde por que eu temia algo que estava além da minha compreensão. Eu te amo, Oliver. – Repeti, seus olhos se iluminaram, e desceram até meus lábios, e os cobriu com o seu em um beijo apaixonado, minhas costas foram de contra a porta de um carro, e eu não me preocupei se alguém poderia está nos observando ou com o frio, por que desde o momento em que ele aparecera o frio havia sumido. Senti a primeira gota quando nos beijamos novamente, e logo inúmeras delas caíram. Oliver ergueu seu rosto para o céu, enquanto a chuva nos encharcava. Ri apesar de tudo.

– Bem, este é o final perfeito. – Inclinei meu rosto analisando seu rosto molhado.

– Não poderia ser melhor. – Concordou, antes de voltar a me beijar, por que a chuva não nos incomodava, não agora, não juntos, e depois tinha a vantagem que mais tarde eu poderia contar a Caitlin que eu já fui beijada na chuva. Inúmeras vezes.


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Notas finais do capítulo

Foi um prazer passar esse tempo com vocês, lendo seus comentários, recomendações e mensagens sobre a fic, espero que vocês tenham algo a dizer sobre esse capítulo também... Xoxo LelahBallu