The Road escrita por LelahBallu


Capítulo 6
Capítulo 05


Notas iniciais do capítulo

Este é o penúltimo capítulo da fic meus lindos, como eu já havia dito em um dos comentários a fic vai durar o quanto a viajem dura ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/560250/chapter/6

No capítulo Anterior:

– Oliver. – Respirei fundo. – Por favor, diga-me que você não deixou a aliança cair na pia. – Fechei os olhos não querendo acreditar. – Por favor, diga que não. – Encarei seu rosto que exibia linhas duras, a mandíbula cerrada, e soube que não se tratava de uma brincadeira, a aliança havia caído, emiti um suspiro de desalento, eu esperava que os noivos estivessem tendo pelo menos um terço do trabalho que estávamos tendo, não podia ser justo se não tivessem, por que neste momento eu me sentia a própria noiva azarenta.

***

– Para onde você está indo? – Perguntei quando ele deu as costas. Ele virou-se novamente.

– Vou atrás do dono disso... – Fez um gesto com a mão abrangendo o local. – Depois vou derrubar isso abaixo.

– Você poderia apenas chamar um encanador. – Sugeri. Ele piscou como se tivesse pensado apenas naquele momento na opção.

– Eu vou. – Assentiu. – Eu estava apenas brincando.

– Claro. – Concordei, embora soubesse que essa não era realidade.

– De qualquer jeito, eu preciso entrar em contato com o dono. – Deu de ombros. – Ele não vai gostar de ter desconhecidos mexendo em seu banheiro. Eu preciso dar um incentivo para que ele não se importe. – Assenti quando finalmente entendi do que ele falava. – Não deixe ninguém usar essa pia.

– Vai me deixar de guarda de pia? – Ele me lançou um olhar duro. – Ok. Com prazer.

Oliver saiu apressado enquanto eu encarava a maldita pia, já estava cansada de barrar quem quisesse lavar as mãos na bendita pia quando meu celular começou a tocar, suspirei sem paciência quando vi de quem se tratava.

– Ray. – O cumprimentei.

– Felicity. – Sua voz trazia sua habitual empolgação e ainda assim soava diferente. – Eu estou ligando por que acho que... – Soluçou. – Desculpe... – Pediu. – Eu acho que devemos terminar. – Foi neste exato momento que eu percebi que pela primeira vez eu estava vendo, ou melhor ouvindo Ray Palmer bêbado.

– Ray, você não pode terminar comigo... – Olhei uma moça entrar no banheiro e sorri em cumprimento.

– Eu sei que é difícil, e que não deveria ser por telefone. – Interrompeu-me. – Mas é o melhor para nós dois.

– Ray você não pode terminar comigo. – Repeti sem paciência, a moça que havia entrado estava prestes a usar a pia. – Esta quebrada. – Falei para ela, ela fez uma careta e mudou para a outra. – Ray nos já terminamos, faz um mês. E foi eu quem terminei com você. – O informei.

– Mas eu não tinha terminado com você... – Fechei meus olhos brevemente, minha paciência se esgotando, Oliver entrou no banheiro com um senhor, eu cobri o celular com a mão e fiz gesto para que Oliver viesse até a mim. Ele pareceu confuso e se afastou.

– Que foi?

– Eu preciso que você faça o namorado ciumento. – Falei. Ele piscou surpreso. Entreguei o celular a ele. – Agora. – Ele pegou o celular das minhas mãos ainda sem entender o que estava acontecendo.

– Alô – Sua voz saiu mais baixa quase ameaçadora. Ray deve ter falado algo irritante, pois seu semblante se tornou mais sombrio – O namorado dela. – Respondeu após alguns segundos. – Ela nunca me falou sobre você. – Lançou-me um olhar acusador, era para ele ser o namorado ciumento, não o traído. – Não ligue para ela novamente. – Quem eu sou? – Soltou uma risada sarcástica. – Oliver Queen. – Respondeu frio. Então desligou. – Quem era? – Perguntou me devolvendo o celular.

– Meu ex-namorado. – Respondi. Ele comprimiu os lábios assentindo e ergueu a sobrancelha como se esperando algo mais. Finalmente entendi que ele queria o nome. – Ray Palmer. – Respondi. No momento em que terminei de dizer o nome sua expressão se fechou, os olhos ficaram ainda mais frios.

– Ray Palmer?

– Sim.

– Com quem estou tentando fazer um acordo que vale milhões? – Perguntou.

– Disso eu não sabia. – Respondi hesitante.

– Você namora ele?

– Eu namorava ele. – Corrigi. – Eu terminei com ele.

– Então por que ele me disse que estava terminando com você?

– Percebeu que ele estava bêbado? – Perguntei antes de escutar o pigarro de alguém chamando atenção.

– Podemos? – O senhor perguntou, ao seu lado se encontrava um rapaz desajeitado que carregava uma caixa. Ele assentiu com um sorriso forçado e caminhou para o lado do senhor, o jovem me encarou por alguns segundos e passou a fazer o seu trabalho, uma hora depois tínhamos a aliança lavada e segura guardada entre as coisas de Oliver, eu não chego perto dela novamente nem tão cedo no que dependia de mim.

– Está chateado comigo por que namorei Ray Palmer? – Perguntei após não aguentar mais o seu silêncio acusador por muito tempo, estávamos de volta à estrada e minha paciência já havia ido embora.

–Humhum. – Negou embora continuasse obviamente aborrecido.

– Oliver? – O chamei, ele me lançou um olhar rápido. – O que foi?

– Eu tenho uma reunião com ele no final do mês. – Respondeu. – Eu não o conheço, mas o que parece já tenho uma conversa para quebrar o gelo, basta perguntar pela “nossa” ex-namorada.

– Ray estava bêbado. – Tentei acalma-lo. – Ele não vai lembrar dessa conversa, desde que terminamos ele liga pelo menos duas vezes por semana, apesar de eu essa foi a primeira vez bêbado...

– Duas vezes? – Repetiu incrédulo. – Vocês mantêm amizade ou...

– Ray consegue ser um perseguidor quando quer. – Limitei-me a responder.

– Você não sente nada mais por ele? – Perguntou de repente.

– Não. – Dei de ombros. – Não mais, não como antes.

– Com tudo que vem acontecendo... – Ele tomou voz após alguns segundos em silêncio. – Você acha que conseguimos chegar em casa sã e salvos? – Sorri ao perceber que seu humor já havia melhorado.

– Eu não sei. – Dei de ombros. – Você tem certeza que este casamento é para acontecer? Por que essa aliança com certeza vem dando trabalho. – Acrescentei.

– Eu estava pensando o mesmo. – Brincou. – Acho que vou ter uma conversinha com Tommy antes de entrarmos na igreja, talvez você deva ser a noiva, eu não sei, a aliança foi bem resistente em sair do seu dedo. – Piscou. Empurrei seu ombro rindo, ele me encarou o riso perceptível em todos os seus traços, desde os lábios até os olhos que pareciam ainda mais brilhantes, embora eu não soubesse como isso seria possível.

Paramos para comprar algumas coisas para comer e nos distraímos um pouco com um cachorro que nos seguiu. Era um vira lata de rua.

– Ele gostou de você. – Comentei enquanto observava Oliver jogar um biscoito para o cachorro. Eu estava encostada na lateral enquanto o aguardava.

– Ele gostaria mais de você, se você fizesse carinho nele. – Retrucou. – E o alimentasse.

– Não posso. – Neguei prontamente. – Não quero me apegar. – Ele parou por alguns segundos, o ar culpado, o cachorro puxava sua calça querendo retornar a brincadeira. – Oliver?

– Eu quero leva-lo. – Confessou.

– Você não pode pegar um cachorro e leva-lo em uma viajem. – Neguei prontamente embora soubesse que apenas ele tinha a decisão. Ambos me encaram, cachorro e homem com olhares carentes como se me pedissem permissão. – Oliver. Não! – Repeti e rapidamente prosseguimos com a viajem. A paisagem havia mudado, era lindo, tomei meu tempo apenas observando-a o sol exibindo seus últimos vestígios de raios, o céu tomado em cores formando um gradiente de amarelo laranja, e rosa. Um espetáculo da natureza que raramente parávamos para observar. Minha contemplação foi interrompida quando senti uma respiração quente no pescoço virei-me e encarei doces olhos castanhos, o rabo balançando em alegria.

– Já pensou em um nome? – Perguntei depois de alisar o pelo do animal.

– Sim. – Sorriu. – Vou chama-lo de Tommy.

– Tommy? – Repeti, não acreditando que havia escutado certo.

– Sim. – Assentiu.

– Como seu amigo Tommy? – Preferi esclarecer.

– Sim. – Assentiu novamente.

– Por quê? – Perguntei por fim.

– Por que isso vai irrita-lo como o inferno. – Sorriu.

– Você dois tem uma linda amizade. – Debochei.

– Eu sei. – Concordou, como se tivesse escutado um elogio de verdade.

– Nossa última noite de hotel. – Oliver comentou assim que entramos. Oliver com toda sua influência e dinheiro havia conseguido com que o gerente achasse um lugar para Tommy ficar, tão logo nos registramos, subimos para nossos respectivos quartos comigo perdida em pensamentos, só a ideia de estarmos chegando ao fim me trazia um misto de alegria e decepção, a viajem vinha sendo uma das problemáticas e loucas que eu já havia tido, mas conhecer Oliver fazia com que tudo fosse mais... Doce. Ele tinha todos os motivos para está uma fera comigo, mas ao contrário de todas as ideias pré-concebidas que eu havia tido dele ele vinha sendo uma pessoa incrível do tipo que você conhece apenas uma vez, mas que fica para sempre em sua mente, um tipo raro que deveríamos manter em nossas vidas, é uma pena que nossas vidas fossem totalmente opostas e que no fim apenas nos despediríamos com um aperto de mão amigável.

– O que acontece se você me encontra no meio da rua? – Perguntei durante o jantar, ele parou com o gafo no meio do caminho, surpreso com minha pergunta, baixou o garfo e me encarou com intensidade. – Eu não sei, e se eu estiver andando apressada na calçada e trombo em você? Você me reconheceria?

– Como esqueceria a garota que com quem dividi a viajem mais louca que tive. – Perguntou risonho, dei de ombros sem ter certeza do que responder, ele ficou sério e seus olhos me avaliaram atentamente. – Então nos conheceremos novamente. – Sua resposta foi simples, como se fosse o óbvio. – Me apresentarei novamente, por que tenho certeza que não deixaria você passar sem querer conhece-la, isso se eu fosse estúpido o suficiente para esquece-la. – Minha mente ficou em branco, eu não tinha nenhuma resposta inteligente para dar, as palavras chegavam a minha boca, mas eram incapaz de serem ditas, fugiam antes que eu pudesse dize-las. Então fiquei em silêncio, fiquei em silêncio quando subimos mais tarde para o nosso andar, e fiquei em silêncio quando chegamos aos nossos quartos, o dele ficava em frente ao meu, ele ficou parado em frente a sua porta, enquanto fiquei parada o encarando fixamente.

– Boa noite. – Desejou quando eu abri a porta do meu apartamento, demorei a responder por que não tinha certeza se queria que a noite acabasse agora, não desse jeito. Ele pareceu lê o desejo nos meus olhos por que o seus ficaram mais escuros, meu corpo vibrou em expectativa aguardando algo, qualquer ação de sua parte, a tensão era tangível e por um momento desapontamento me cercou quando pensei que ele apenas daria meia volta, mas então sua boca estava sobre a minha, provando, dominando, provocando, com alguns passos saímos do corredor sem nos soltarmos e entramos em meu quarto, emiti um protesto de dor quando minhas costas atingiram a parede quando fechou a porta com um baque, seu corpo quente encostou ao meu com força, seu calor passando através das camadas de nossas roupas para o meu. Mordisquei seu lábio inferior puxando-o levemente e umedecendo com a língua em uma leve carícia enquanto sua mão serpenteava por baixo da minha blusa, passando por meu abdome até chegar aborda do meu soutien o delineando o com o dedo. Em segundos eu já não vestia nada sob meus seios, estremeci internamente com o desejo que lia-se em seus olhos antes de se inclinar e abocanhar o seio direito enquanto com a mãos acariciava o esquerdo. Encostei minha cabeça na parede fria enquanto meus dedos enredaram-se nos fios de cabelos de sua cabeça o aproximando ainda mais, impedindo que se afasta-se. Não demorou muito e os restantes de nossas roupas sumiram, com a mão apertando minha coxa enganchei uma perna no seu quadril enquanto ele em um movimento rápido e sem aviso penetrava com uma forte investida, tão logo meu corpo se acostumou ao seus suas investida ficaram mais fortes e intensas, uma enorme pressão veio do meu ventre e dominou todo o meu corpo, ao mesmo tempo em que sentia sua liberação.

Encostei meu rosto em seu ombro, tomando profundas respirações, enquanto sentia ainda espasmos por todo o meu corpo, sentia sua leve caricia na parte interna da minha coxa, sua respiração forte no meu ouvido, quando finalmente levantei-me meu rosto, encontrei seu olhar cálido me contemplando, então novamente estávamos nos beijando, ele abraçou minha cintura erguendo-me delicadamente até levar-me até a cama espaçosa, me inclinou lentamente sobre a cama enquanto seus lábios trabalhavam sua mágica sobre os meus, empurrei seus ombros afastando-o apenas para empurra-lo sobre o colchão macio, subi em seu colo me inclinando, roçando seu peito com meus seios o provocando, suas mãos seguraram com força minha cintura, sem dúvidas deixando marcas perceptíveis mais tarde, apertei fortemente seus quadris com minhas pernas me erguendo apenas para guia-lo até a mim, o beijei profunda e intensamente enquanto assumia o ritmo, sua voz rouca emitia grunhidos de agonia e prazer, estávamos perto de chegar ao ápice, tão perto que bastou que ele me virasse de volta com as costas contra o colchão, e acelerado o ritmo para então logo explodirmos em um novo clímax. Meu último pensamento antes de adormecer com a cabeça encostada em seu peito foi de como diabos eu seria capaz de esquecer Oliver Queen após uma noite como essa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acho que o próximo não vai demorar também, aguardo o feedback de vocês... Xoxo LelahBallu