The Road escrita por LelahBallu


Capítulo 5
Capítulo 04


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou novamente, nem demorei não foi?

Como de praxe quero agradecer a todas que acompanham e o pelo incentivo que são seus comentários, um xoxo especial para Camila, Bruna, Rafa e Aline que não me deixam largar essa fic por muito tempo ;)



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– Eu posso ficar no chão. – Oliver sugeriu após observar meu rosto.

– Não seja idiota Oliver. – Dispensei sua sugestão. – Eu não vou colocar o cara que está me dando carona no chão.

– O que sugere?

– O óbvio. – Dei de ombros. – Dividimos a cama, é enorme, com toda certeza conseguimos dividi-la sem invadir o espaço pessoal um do outro.

– Tem certeza que não se importa? – Perguntou indeciso.

– Basta manter suas mãos para você. – Respondi.

– Não se preocupe. – Sorriu. – Posso inclusive vestir uma camisa. – Segurei meu intuito de fazer algo infantil com sua réplica.

– Você não devia ligar para o seu amigo? – Perguntei precisando que ele me desse o máximo de espaço possível antes de irmos para cama. – Ele não está preocupado com essas alianças?

– Ele ficará amanhã à noite, quando eu não chegar no horário previsto.

– Você não avisou que a viajem atrasou? – Perguntei descrente.

– Não. – Olhou para mim, como se eu tivesse sugerido algo irracional. – Amanhã eu ligo dizendo que o carro quebrou. – Deu de ombros. – Quando pensei nessa desculpa não imaginei que iria acontecer de fato.

– Não vai admitir que roubaram seu carro não é? – Sorri apenas com o pensamento de Oliver contando isso alguém. – Nem que foi uma mulher. – Ele balançou a cabeça em negativa. – Está bem. Vou usar o banheiro primeiro então... – Falei já mexendo em minha coisas. Ele assentiu em acordo e se jogou na cama cruzando os braços atrás da sua cabeça, ignorei seu sorriso provocante e caminhei até o banheiro, quando por fim voltei ele já estava em pé em frente a janela aguardando que eu saísse, vi uma pequena chama brilhar em seus olhos quando me encarou, desviei meus olhos do seus e fui até a cama, resistir a tentação de fazer uma barreira de travesseiros, quando ele entrou no banheiro em silêncio, quando voltou e deitou na cama ao meu lado, percebi que eu estava errada, a cama não era tão grande quanto eu imaginava, não com Oliver deitado ao meu lado. Virei-me de costas para ele e tentei a todo custo ignorar sua presença, já havia perdido as esperanças de uma noite de sono bem dormida quando finalmente sentir o sono me dominar.

Acordei com o som de um celular tocando, não dei muita atenção imaginando que finalmente o amigo de Olive havia entrado em contato. Aconcheguei-me mais no travesseiro notando em meio a névoa de sono o quanto ele era quente e macio.

– Alô. – Escutei a voz masculina murmurar em tom baixo, mantive meus olhos fechados tentando voltar a dormir. – Oliver Queen. – Respondeu. – Lentamente minha mente por fim fez uma varredura das coisas que eu sentia ao redor, a voz de Oliver soava estranhamente próxima, foi com choque que percebi que minhas pernas estavam entrelaçadas as suas, e que sem dúvida nenhuma o travesseiro se tratava do seu peito coberto pela camiseta branca que havia posto. Meu corpo estava rígido imaginando uma maneira menos constrangedora de sair de cima dele sem ter que pedir desculpa por te praticamente subido em cima dele enquanto dormia – Sim. – Respondeu novamente. – Ela está dormindo. – Franzi o cenho estranhamente quando notei que falava de mim. – Eu não vou acorda-la, posso passar um recardo se quiser. – Abri os olhos em susto percebendo que o telefonema era para mim, e que Oliver havia atendido meu celular, me ergui rapidamente o surpreendendo enquanto puxava o celular de suas mãos.

– Alô? – Falei sem olhar a tela e temendo quem estivesse do outro lado da linha, se fosse minha mãe ela jamais me deixaria esquecer isso.

Felicity. – Suspirei em alívio ao escutar a voz de Caitlin. – Por que Oliver Queen atendeu seu telefone a está hora? Vocês estão...

– Caitlin! – Interrompi me afastando da cama, e do olhar confuso de Oliver. – Como você está?

Nem pense em mudar de assunto, eu nem sabia que vocês se conheciam. – Comentou. – Como vocês se conheceram? Quando vocês se conheceram? Quanto tempo durou até que vocês transaram? Foi bom?

– Eu posso falar com você mais tarde? – Pedi atônita com suas perguntas, e bastante constrangida também. – Bem mais tarde, tipo quando eu chegar em Central City? – Sugeri.

– Era por isso que estou ligando. – Suspirou. – Quando você chega? Precisamos de você aqui, Cisco precisa de ajuda com um programa.

– Amanhã à noite. – Respondi. – Eu juro que conto tudo sobre a viajem. E você me fala mais sobre esse programa.

– É melhor mesmo. – Alertou.

– Tchau. – Murmurei antes de desligar rapidamente e me virar para encarar Oliver que continuava na cama, os braços cruzados sobre o peito. Um sorriso insolente nos lábios, que fez com que eu sentisse meu rosto esquentar. – Bom dia. – Falei por fim - Eu... É... – Suspirei. – Sinto muito por ter invadido seu espaço pessoal.

– Tudo bem. – Sorriu.

– Eu realmente não queria...

– Está tudo bem Felicity. – Interrompeu-me. – Eu não me importo. – Claro que não, Oliver Queen deveria acordar com uma mulher diferente a cada manhã babando em seu peito, não que eu estivesse babando. – Engoli em seco quando ergueu-se da cama e se aproximou de mim, muito próximo, seus olhos me fascinavam, seu perfume próprio e masculino me embriagava, eu não sabia por quanto tempo eu aguentaria estar em sua companhia sem fazer algo estúpido, se não considerarmos as coisas que fiz até agora como estúpidas. – Vamos apenas nos certificar que da próxima vez estejamos despidos. – Pisquei atônita ao escutar seu gracejo, me atendo ao som rouco de sua voz e como seus olhos pareceram mais escuros, ele sorriu e se afastou abrindo a porta que dava no corredor, falou algo envolvendo Steve, mas eu ainda estava abalado por sua aproximação para assimilar qualquer coisa por completo.

Descobri do que se tratava quando desci já arrumada, e encontrei a esposa de David conversando com seus sogros, que me informaram que Oliver e Steve tinham ido até o carro e que logo ele retornaria, quando Oliver voltou exibiu um sorriso de empolgação e me surpreendeu ao meu beijar rapidamente nos lábios antes de dizer que o carro já estava pronto, ele subiu os degraus rapidamente dizendo que tomaria o banho e que após o café da manhã poderíamos partir. Não pude protestar pelo gesto de carinho tendo audiência, então apenas esbocei um sorriso. Desculpei-me com os presentes e subi as escadas atrás dele. Parei em brusco quando lembrei-me que ele iria tomar banho, então aguardei enquanto ele tomava banho para reclamar, mas quando ele saiu o aborrecimento momentâneo já havia passado.

– Tudo pronto? – Perguntou enquanto pegava sua mala e abaixava-se para pegar minha mochila.

– Quase. – Ergui a mão mostrando a aliança que ainda estava no meu dedo. – Preciso tira-la.

– Não pode fazer isso aqui. – Negou prontamente. – No caminho paramos em algum lugar, e usamos sabão, manteiga, óleo, qualquer coisa que faça com que essa aliança saia do seu dedo.

– Eu não entendo como ela ficou presa. – Murmurei comigo mesma.

– Laurel possui o dedo mais fino. – Respondeu.

– Como é que é? – Perguntei um indicio de irritação saindo em minha voz. – Você está me chamando de gorda?

– Não há maneira de eu responder essa pergunta sem ser agredido. – Falou apreensivo.

– Você realmente está me chamando de gorda?

– Não. – Negou firmemente. – Eu apenas disse que Laurel possui o dedo mais fino.

– Eu tenho dedos gordos?

– Você não tem os dedos gordos. – Suspirou. – Seus dedos são perfeitos ok? Seu corpo é perfeito. – Observei seu rosto em busca de algum indicio de brincadeira ou mentira, mas ele parecia extremamente sério, então assenti ficando corada agora, por sua resposta. Passei por ele sem falar nada mais, embora sorrisse internamente pelo elogio que ele acabava de ter me dado, mesmo que a força.

Após o café da manhã nos despedimos dos nossos anfitriões e agradecemos pelo carinho, e o conforto com o qual fomos acolhidos. Só após termos dirigido parte da manhã, e termos almoçado tive a chance de tirar a bendita aliança.

– Eu vou com você. – Oliver falou já me acompanhando.

– Estou indo ao banheiro feminino. – Lembrei. – Você não vai entrar comigo.

– Essa aliança já me deu tantos problemas... – Reclamou.

– Eu não vou perdê-la. - Prometi. – Eu juro. – Falei quando ele ergueu uma sobrancelha.

– Vou esperar na porta. – Concedeu-me.

– Como você é generoso. – Ironizei. Ele me ignorou e continuou andando a passos largos até a porta do banheiro feminino, passei por ele com um bufo pouco feminino e entrei no banheiro.

– Vamos lá bebê. – Falei encarando a aliança no meu dedo. – Você não foi feita para este dedo.

– Quer parar de falar com a aliança e tira-la logo? – Gritou por trás da porta.

– Você vai ficar escutando atrás da porta? – Gritei de volta. Uma senhora que saia de uma das divisórias me olhou curiosa e confusa pelo diálogo.

– Apenas tire-a de uma vez. – A senhora meneou a cabeça ainda sem compreender e saiu fechando a porta na cara de Oliver que havia tentado colocar a cabeça dentro. Resolvi não responder e fazer o que ele ditava por que verdade seja dita, dessa vez fui eu que coloquei a gente em uma má situação. Passei o máximo de sabão envolta do meu dedo e a puxei com força, suspirei quando o resultado foi desfavorável, então puxei novamente, novamente não houve sucesso.

– Oliver? – O chamei.

– Conseguiu? – Perguntou com esperanças.

– Preciso de sua ajuda. – Assim que terminei a frase ele abriu a e entrou ignorando a possibilidade que houvesse mais alguém.

– Que foi? – Perguntou preocupado.

– Não consigo tirar. – Estendi minha mão para ele. - Tenta puxar, talvez seja por que minhas duas mãos estão com sabão. Ele segurou minhas mãos e passou a puxar a aliança. – Ai! – Reclamei.

– Desculpe. – Pediu. Fez uma segunda tentativa, mais delicado e ainda sim firme, sorri em comemoração quando vi que a aliança deslizava.

– Oh graças a Deus. – Murmurei. – Nunca pensei que ficaria feliz por tirar uma aliança de casamento do meu dedo.

– Vou lavar e guardar essa maldita fábrica de problemas. – Informou-me com um sorriso caminhando até a pia, abriu a torneira e passou a lava-la. Caminhei até o espelho e passei a ajeitar meus cabelos. – Merda. – Virei-me rapidamente ao escuta-lo praguejando.

– O que foi? – Perguntei já imaginado o que havia acontecido, mas implorando que fosse alguma pegadinha.

– Você não vai gostar da resposta. – Falou em tom culpado.

– Oliver. – Respirei fundo. – Por favor, diga-me que você não deixou a aliança cair na pia. – Fechei os olhos não querendo acreditar. – Por favor, diga que não. – Encarei seu rosto que exibia linhas duras, a mandíbula cerrada, e soube que não se tratava de uma brincadeira, a aliança havia caído, emiti um suspiro desalento, eu esperava que os noivos estivessem tendo pelo menos um terço do trabalho que estávamos tendo, não podia ser justo se não tivessem, por que neste momento eu me sentia a própria noiva azarenta.


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Notas finais do capítulo

Prontinho, já estou no aguardo pelos comentários... Xoxo LelahBallu.