The Road escrita por LelahBallu


Capítulo 4
Capítulo 03


Notas iniciais do capítulo

Minha mente está meio bugada e tinha postado o capítulo em Mr. Queen, desculpem.



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No capítulo anterior:

– Mesmo assim, Oliver se eu fosse sua noiva eu não gostaria de saber que você passou a noite no mesmo quarto com outra mulher. – Ele piscou surpreso. – O quê?

– Felicity. – Sua voz havia assumido um tom suave. – Eu não vou me casar.

***

– Oh. – Foi tudo que pude emitir ao escutar o que ele disse. Ele franziu o cenho e se mexeu inquieto, então eu saí da minha inercia e caminhei indo em direção ao carro, ele me seguiu, abriu a porta do carro e entrou. – Quem vai se casar? – Perguntei por fim.

– Meu melhor amigo. – Respondeu enquanto ligava o carro, passaram-se mais alguns momentos, ele só voltou a falar quando saímos do estacionamento. – Tommy. Eu sou o padrinho.

– Laurel mandou você pegar as alianças? – Perguntei o encarando. Ele negou prontamente.

– Tommy pediu. – Explicou. – A verdade é que se eu aparecer sem as alianças Tommy vai perguntar o que aconteceu e rir da minha cara por eu ter sido enganado por uma garota. – Sorriu. – Ele nunca me deixará esquecer sobre isso, Laurel, no entanto. - Meneou a cabeça ainda com um sorriso. - Ela vai ficar uma fera, ela é apegada os detalhes, por Tommy eles amarrariam uma linha no dedo e pronto, estariam casados, o que importa para ele é casar com Laurel.

–Soa como um homem apaixonado. – Comentei com um sorriso.

– Eles são. – Confirmou. – Tommy é louco por Laurel e vice-versa.

– Você não tem cara de quem casa mesmo. – Comentei. Seguimos pelo resto do caminho em silêncio, quando chegamos ao hotel subimos no elevador ainda em silêncio.

– Você não parecia muito contente com meu suposto casamento. – Observou, enquanto eu olhava para os números à medida que o elevador subia.

– Apenas analisando que tipo de cara viaja tão perto do seu casamento. – Menti.

– Você estava me julgando? – Perguntou em tom sério embora seu rosto o traísse, um sorriso brincava em seus lábios, ele tinha virado o corpo ficando em minha frente, eu havia desviado minha atenção do painel e tinha voltado meu corpo em sua direção inconsciente, e de repente o ar tinha mudado, estava mais carregado, seus olhos desceram pelos meus lábios, e antes que eu percebesse os meus voltaram sua atenção para os lábios masculinos, voltei a encara-lo notando seus olhos mais escuros, e neste momento percebi que eu deveria tomar cuidado com Oliver, não por que ele fosse um psicopata ou serial killer, mas por eu estava terrivelmente atraída por ele. Dei um passo para trás quando as portas se abriram de repente indicando que havíamos chegado ao nosso andar. Oliver que antes tinha a expressão compenetrada voltou a sorrir como se não tivesse havido qualquer tensão segundos antes, será que realmente houve? Ou seria apenas minha imaginação?

Eu o segui tomando uma profunda respiração. Resolvi ser a primeira a tomar banho, e me vesti no banheiro, me peguei desejando ter trazido algum roube, e não apenas minha camisola, não era nada muito reveladora, mas é natural se sentir intimidada estando dividindo um quarto com um desconhecido. Caminhei até a cama com passos rápidos e me cobri rapidamente. Oliver tomou seu tempo no banho e suspirei quando o observei sair do banheiro.

– Você tem algo contra vestir uma camisa? – Perguntei não conseguindo me conter.

– Saiba que estou com essa calça apenas em respeito a sua sensibilidade feminina. – Provocou. Eu quase cometi o erro de dizer “Não se prenda por mim”. Por algum milagre consegui permanecer em silêncio. – Só isso? – Perguntou surpreso. – Nenhuma réplica, ou provocação? Nem mesmo uma frase irônica? – Perguntou.

– Vá dormir Oliver. – Falei me virando.

– Se eu soubesse que par mantê-la calada era apenas tirar a camisa, teria feito antes. – Falou sentando na sua cama.

– Terei isso em mente. – Não resisti e soltei. – Boa noite Oliver.

– Boa noite Felicity. – Devolveu.

[...]

– Você acha que ela conseguiu? – Perguntei assim que Oliver saiu do banheiro no dia seguinte, a maldita toalha enrolada na cintura desafiando minha sanidade. – É tão difícil assim vestir uma camiseta?

– Sim. Para as duas perguntas. – Sorriu. – Parece que Helena é boa em conseguir o que quer, e se andar sem camisa a deixa desconcertada, estarei fazendo isso.

– Quem é irritante agora? – Perguntei o fuzilando. – O que acontece se ela não consegue essas alianças?

– Nós pegamos a estrada do mesmo jeito. – Deu de ombros. – Eu não vou adiar mais essa viajem. – Então me encarou fixamente. - Ao menos que você queira vê um pouco mais de pele, sugiro que me dê um pouco de privacidade. – Ergueu uma sobrancelha. Senti minhas bochechas esquentarem ao mesmo tempo em que lançava uma última olhada para o seu torso.

– Eu vou esperar você lá em abaixo. É bom trazer minhas coisas. – Murmurei me afastando. Assim que desci pude vê de imediato Helena entrando no saguão do hotel, caminhei apressadamente.

– Olha ai você! – Sorriu. – Onde está o bonitão?

Oliver, está se trocando. – A informei. – Trouxe as alianças? – Perguntei sem rodeios.

– Ainda chateada porque peguei o carro, ou por que seu namorado vai casar com outra garota? – Perguntou sem alterar o bom humor.

– Primeiro: Ele não é meu namorado. – A informei. – Segundo: Ele não vai se casar e terceiro: sequer é da sua conta.

– Ainda pelo carro então. – Comentou.

– As aliança Helena? – Perguntei.

– Ah. Sim. – Começou a abrir sua bolsa. – Foi como tirar doce de uma criança. – Falou me entregando. – Homens. – Meneou a cabeça. - Basta saber apertar os botões certo. – Piscou com malicia.

– Obrigada. – Agradeci apesar de ter sido ela que nos meteu naquela confusão em primeiro.

– De nada. – Sorriu. – Você parece ser uma boa pessoa Felicity, então aqui vai meu conselho: garanta que o bonitão coloque uma dessas em seu dedo, se esse negócio de destino existe, acho que o seu acabou de te empurrar um belo de espécime masculino.

– Bem. Aqui vai meu conselho para você. – Falei sorrindo apesar de tudo. – Não se mete mais em confusões, e larga esse seu namorado, não parecer ser muito um cara de futuro.

– Anotado. – Falou, então abriu um sorriso e acenou para alguém as minhas costas. – Ai vem seu bonitão.

– Ele não é meu. – Corrigi.

– Mas você quer que seja. – Deu de ombros.

– Conseguiu? – Oliver perguntou parando ao meu lado e a encarando. Ela acenou a passo que eu o entregava a caixinha, ele me entregou minha mochila que trazia no ombro. – Do que vocês estavam falando? – Perguntou franzindo o cenho.

– Você. – Falamos ao mesmo tempo o surpreendendo.

– Eu? – Perguntou apreensivo.

– Relaxe garoto bonito, apenas relacionado ao casamento. – Helena falou com um sorriso. – Eu vou indo, foi bom conhecer vocês.

– Tchau. – Falei enquanto Oliver apenas acenou com a cabeça.

– Vocês estavam falando realmente sobre mim? – Perguntou me lançando um olhar curioso.

– Pronto para cair na estrada?

– Você não respondeu minha pergunta. – Cruzou os braços.

– Você sabe a resposta. – Comecei a andar, ele me acompanhou com um sorriso arrogante no rosto. – Vamos tomar café no caminho?

– Sim. – Confirmou. – Não ouso parar para comer aqui novamente.

– Vejo que aprendeu a lição. – Sorri.

– Com toda certeza. – Reafirmou. – Vamos cair na estrada?

– Finalmente. – O provoquei. – Espero que não resolva para novamente para uma garota bonita.

– Confie em mim, eu aprendi a minha lição já na primeira para quem eu parei. – Falou com um sorriso. Resolvi ignora-lo e entrar no carro em silêncio, não durou muito, logo estávamos nos provocando ou apenas conversando, sobre tudo um pouco, Oliver era na dele, mas após alguns momento me escutando passou a falar sobre sua vida, família e amigos, nem de longe ele soava o mimado que eu havia acusado, ao menos não mais, a vida de Oliver Queen já foi bastante exposta em jornais e afins, não era segredo a o estilo playboy que levava antes. Paramos apenas duas vezes mais além da parada para o café da manhã, a segunda para o almoço e a terceira para abastecer e ir rapidamente ao banheiro. A tarde já estava chegando ao fim, e estávamos apenas esperando entrar em uma nova cidade para pararmos em um hotel.

– Tanta confusão por isso. – Comentei após abrir o porta-luvas e tirar a caixinha com as alianças. – Ele olhou rapidamente para vê ao que eu me referia e com um sorriso nos lábios voltou sua atenção para a estada. Foi um gesto estúpido, imprudente e impulsivo, em um momento eu estava encarando as alianças no outro estava com uma na minha mão esquerda a testando.

– Oliver. – Murmurei apreensiva sabendo que ele não gostaria nada do que iria falar.

– Oi. – Perguntou ainda concentrado.

– A aliança ficou presa no meu dedo. – Confessei. Ele rapidamente me encarou exibindo choque, raiva e confusão ao mesmo tempo.

– Como ela foi parar no seu dedo? – Perguntou em tom ríspido.

– Mágica. – Desdenhei. – O que você acha? Eu a coloquei.

– Por que você colocou a porcaria da aliança Felicity? – Gritou.

– Não grita comigo. – Gritei em retorno. Ele respirou fundo, sem dúvida alguma buscando algum resquício de paciência.

– Ok. – Amenizou o tom. – Tenta tirar novamente.

– Isso é tudo o que faço. – Falei baixando o tom também e puxando a aliança do meu dedo.

– Puxa com força. – Falou seu tom voltando a ser ríspido.

– Eu estou puxando. – Falei também voltando a ser ríspida.

– Por que diabos você colocou essa maldita aliança no dedo? – Repetiu.

– Oliver. Concentra na maldita estrada. – Murmurei entre dentes, mal terminei a frase e escutei um som familiar vindo do motor. – Oh não, não, isso não é bom. – Sussurrei antes do motor da o último suspiro.

– Isso não pode está acontecendo. – Oliver murmurou encostando a cabeça no volante. Por que nós dois sabíamos o que estava acontecendo, o motor havia falhado e estávamos parados no meio do nada, sem ajuda, e estava anoitecendo. Não sei o que fiz em minha vida passada, mas isso soa como carma para mim.

– Eu pensei que esse carro era novo. – Falei abrindo a porta do carro.

– Ele é. – Afirmou também saindo. – Eu tenho certeza que isso é obra daquela maluca. – Abriu o capô do carro o observando.

– Helena? – Franzi o cenho. – Ela é louca, mas não acho que faria isso, é perigoso. – Arrisquei um olhar para seu perfil, sua mandíbula estava rígida em sinal de aborrecimento, estava sério e compenetrado, após terminar minha avaliação, lancei um olhar para o motor, então o encarei de novo. - Então?

– Então o quê? – Perguntou ainda encarando o motor.

– O que está errado? – Perguntei sem paciência.

– Eu não tenho ideia. – Confessou. – O que você diz? – Apontou.

– O quê? – Lancei um olhar exasperado. – Em nenhum momento me ensinaram a concertar motor de carro nas minhas aulas. – Se rosto exibia linhas de aborrecimento extremo quando me encarou. – Não fique com raiva de mim, eu não quebrei seu carro.

– Eu sei. – Suspirou. – Desculpe por ter gritado com você. – Pediu em tom suave me surpreendendo.

– Desculpe-me por ter colocado a aliança. – Ergui a mão esquerda mostrando, ele assentiu com um pequeno sorriso.

– Lidamos com isso depois. – Ainda falou.

– O que fazemos? – Perguntei olhando ao redor, em meia hora o sol iria embora, eu não estava ansiosa por isso.

– Esperamos. – Deu de ombros. – Ainda falta muito para a próxima cidade, não posso sair e te deixar para trás quando está prestes a escurecer.

– Talvez não precisamos. – Falei batendo em seu peito de leve, e apontei para o carro que vinha atrás do nosso, empolgada por encontrar ajuda tão rápido eu já ia acenar para a caminhonete, Oliver segurou minha mão rapidamente me detendo. – Oliver! – Protestei.

– Eu lido com isso. – Falou em tom firme ainda sem soltar minha mão caminhou até a caminhonete que parou atrás do carro.

– Olá. – Um rapaz saiu do carro e sorriu cortês. – O que aconteceu?

– Nosso carro. – Oliver acenou com a cabeça em direção. – Não tenho certeza qual o problema.

– Eu sou David. – O rapaz me encarou brevemente e estendeu a mão para Oliver que por fim soltou a minha.

– Oliver. – Respondeu de volta.

– Meu irmão Steve conhece bem carros, acho que ele poderá ajudar, moramos em uma fazenda aqui perto. – Sorriu simpático. – Eu e minha mulher podemos dar uma carona para vocês até lá. – Olhei para a mulher que permanecia dentro do carro. Podemos oferecer um quarto de hóspedes para você e sua esposa, assim que chegarmos em casa pedirei para o Steve dá uma olhada. Conhecendo o Steve amanhã cedo o carro de vocês estará pronto.

– Obrigado, mas... – Segurei o braço de Oliver com força o interrompendo.

– Querido. – Ele me encarou confuso com o apelido carinhoso. – Podemos conversar um minuto? – Ele assentiu a contra gosto, sorri brevemente para David e puxei Oliver pelo braço o afastando.

– Querido? – Perguntou erguendo uma sobrancelha em divertimento.

– Como explicar que não somos casados, se possuo uma aliança no dedo. – Lembrei. – Por que está querendo negar ajuda?

–Por que a última vez que confiei em alguém no meio da estrada fomos roubados. – Lembrou.

– Não podemos ficar aqui esperando alguém confiável. – Reclamei. - E eu acho que eles são boas pessoas. – Acrescentei.

– Está bem. – Concordou. – Mas se algo acontecer, a responsabilidade é sua. – Assenti agora um pouco insegura da minha decisão, voltamos até David e o agradecemos pela ajuda, pegamos nossas coisas e após vinte minutos entrando em uma pequena estrada chegamos à fazenda de David.

– Meus pais moram conosco. – Informou-nos. – Eles são meio antiquados, teriam problemas em hospeda-los se não fossem casados. – Olhou de relance para a mão de Oliver. – Perdeu a aliança? – Perguntou em tom baixo, pensando que eu não ouviria por estar encarando os quadros. – Está em apuros amigo, perdi uma vez e tive que inventar uma história e tanto, o que você disse a ela?

– A verdade. – Oliver respondeu. – Ela não aceitaria outra coisa que não fosse à verdade.

– Oliver. – Chamei temendo que David perguntasse qual seria a verdade.

– Sim, querida?- Se aproximou. David me encarou constrangido por está cochichando e se apressou a nos apresentar aos seus pais e seu irmão que se prontificou a dá uma olhada no carro, eram pessoas simples, a mãe deles era alegre e não mostrou aborrecimento por hospedar estranhos, elogiou Oliver e disse que eu era sortuda, o pai era mais calado, apenas nos observava atento, ela insistiu que jantássemos todos juntos antes que Steve fosse até o local do carro e interrompeu Oliver quando ele falou que acompanharia Steve, argumentou que estávamos cansados da viajem e que deveríamos logo nos deitar, eu não refleti no que significava até que passamos pela porta do quarto e terminamos parados, ambos constrangidos analisando atentamente a cama de casal a nossa frente. Como eu disse antes, tudo se tratava de carma.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, aguardo o feedback de vocês nos comentários, Xoxo LelahBallu.