Cambridge/Massachusetts - quatro meses depois:

Faltava só mais umas semanas pra Felicity descobrir o sexo do bebe, Barry a levou ao hospital esta semana. Depois que eles se conheceram na faculdade, em pouco tempo Barry tornou-se seu melhor amigo. Tinham muito em comum. Barry Allen, além de muito inteligente, era doce e carinhoso com ela, diferente dos outros colegas da faculdade que não faziam amizade com ela por esta ser uma mãe solteira, um grande preconceito ela pensava, ela não precisava de um homem para criar seu filho, ela poderia muito bem fazer isso sozinha, mesmo contando com a ajuda de sua mãe e seu padrasto, ela queria tirar seu filho adiante sozinha, dar o melhor para seu pequeno anjo. Ela é e sempre será uma mulher independente.

Barry havia se mudado para Central City depois de receber uma proposta de seu tio adotivo, Joe West, para trabalhar como funcionário da Policia Cientifica da cidade por ter habilidades de notar pequenas pistas que geralmente passam despercebidas. Mesmo vivendo em cidades diferente ambos não perderam o contato e, sempre que podia, Barry visitava sua amiga em Cambridge.

Barry viu como a cidade de Central City estava crescendo e com ela grandes oportunidades. Em pouco tempo ele propôs que Felicity fosse morar com ele em Central City, pois lá havia mais possibilidades dela conseguir um bom emprego, com um bom salário.

Mesmo não querendo morar tão perto da cidade da qual ela fugira, se viu obrigada a aceitar. Ela prometeu que faria tudo para dar o melhor para seu bebe, e se isso significava ter que fazer alguns sacrifícios ela o faria sem cogitação.

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Oliver guiava Felicity por um corredor longo, ela estava com os olhos vendados enquanto segurava firmemente nele.

– Oliver, para onde você esta me levando? – sussurrou Felicity com um sorriso bobo enquanto dava passos cautelosos.

– Você ira ver. – Oliver disse com o tom de voz arteiro. Eles caminharam até chegar para a porta de um quarto imenso, Oliver tirou as vendas de Felicity que olhava assombrada para a vista a sua frente. Pétalas vermelhas de rosas cobria todo o quarto, havia inúmeras velas espalhadas pelo local dando uma iluminação romântica para o ambiente. Uma cama com o lençol dourado se destacava no centro do dormitório com algumas pétalas de rosas brancas em cima dela, do lado da cama havia uma mesa pequena e redonda com um mantel também dourado, encima dela havia uma refeição bem apetitosa acompanhada de um champanhe e duas taças.

– É lindo – Felicity arrastava seu olhar admirando todo o local de boca aberta. Oliver a abraçou por trás dando um beijo em seu pescoço, ela sentiu um arrepio intenso correr por todo seu corpo – então esse é seu plano maligno para me seduzir? – ela sorriu se virando de frente para ele.

– Esta funcionando? – perguntou Oliver a puxando pela cintura para mais perto do seu corpo e depositando um beijo intenso em seus lábios. Afastaram-se depois de alguns minutos, Felicity sorriu balançando a cabeça em negativo.

– Vai ter que se esforçar mais... – provocou caminhando entre as pétalas ate chegar perto da cama.

Ele observou como ela deslizava graciosamente pelo quarto, estava com um vestido curto de cor vermelha, era colado ate a cintura e depois solto até a metade da sua coxa, tinha uma abertura nas costas em forma de V revelando parte de sua pele branca que estava levemente dourada sob a iluminação das velas. Sentiu-se tão atraído por Felicity, ela estava sexy e delicada ao mesmo tempo. Ele não aguentou ficar muito tempo longe dela, foi em sua direção e juntou seu corpo ao dela enquanto a beijava apaixonadamente, ele a deitou carinhosamente sobre a cama, acariciou suas pernas subindo para suas coxas pressionando seus corpos que ardiam de paixão. Felicity afastou seus lábios do dele com um sorriso carinhoso, ele adorava quando ela sorria assim para ele, seu sorriso era iluminado e cheio de ternura.

–Oliver... – Felicity o tirou de seu devaneio – a comida, vai esfriar! – avisou olhando para a mesa perto deles.

– Eu não me importo – disse com um sorriso travesso dando beijos provocantes por todo seu rosto – no momento estou com fome de outra coisa – ele juntou seu lábio com os dela enquanto abria o fecho do vestido, ela desabotoava sua camisa tirando a com cuidado enquanto ele deslizava seu vestido pelo seu corpo.

Minutos depois ele estava só com sua cueca Boxer, ela por sua vez, estava só com seu lingerie vermelho sobre o corpo. Ele ficou observando como seu corpo era perfeito e sentiu uma vontade imensa de toma-la para si. Ele começou a beijar seu pescoço percorrendo ate sua barriga enquanto dava leves mordiscadas. Ela se contorcia de prazer soltando pequenos gemidos e então ele tirou sua calcinha. Ficou observando seu corpo nu por um momento, era tão bela, ele a desejou mais que nunca nesse momento, deitou sobre ela dando um beijo profundo em seus lábios, ele começou a penetrar dentro dela num ritmo lento, a cada movimento ele aprofundava mais dentro dela, os ritmos lentos começaram a ficar mais rápido, ate que sua vontade dela se tornou frenético, ele sussurrava o nome dela enquanto se movia para dentro e para fora dela com veracidade sentindo todo seu desejo fluir entre eles.

Oliver acordou com a respiração ofegante, esse sonho foi tão real e vivido que seu corpo havia reagido a ele. Seu corpo estava suado e sua pele mantinha uma temperatura muito alta.

Ele olhou para seu lado e viu Laurel adormecida, ficou aliviado por ela não ter notado seu estado. Ele permaneceu acordado perdido em seus pensamentos, lembrando-se dos momentos em que esteve com Felicity ele descobriu não era um sonho e sim uma lembrança o que ele teve com ela enquanto dormia.

Ficou se perguntando por que estava tendo sonhos com ela ultimamente, ele estava se sentindo culpado? Será que ele sentia algo mais forte do que só carinho por ela? Ou será só uma peça que sua cabeça estava lhe pregando por causa dos nervos pelo casamento? Em menos de dois meses ele deixaria de ser Oliver Queen, o playboy mais cobiçado da cidade para ser Oliver Queen, esposo e futuro pai de família. Talvez fossem os nervos ou talvez ele não estivesse tão seguro do que sente por Laurel.

Sua cabeça estava cheia de perguntas sem respostas, não conseguia descrever o que estava sentindo e não conseguia desvendar o motivo pelo qual estava sonhando com Felicity. Ele decidiu pedir conselhos a seu melhor amigo.

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– Então... Você tem tido esses sonhos com Felicity frequentemente? – Perguntou Tommy enquanto observava seu amigo sentado em sua frente com a expressão culpada. Oliver assentiu e depois passou a mão pelos cabelos. – Tipo todas as noites?

– Não são apenas sonhos – Oliver olhou para Tommy que estava confuso – Alguns são lembranças de algo que aconteceu enquanto estávamos juntos, como memórias de quando a gente brigava, quando fazíamos as pazes, quando nos conhecemos. – Oliver fez uma pausa percebendo o quão estranho era dizer isso, estava prestes a se casar e estava tendo sonhos com outra mulher!

– Olha meu amigo... – Tommy fez uma careta – Seu caso é mais grave do que pensei que era. –Oliver olhou para seu amigo com a expressão confusa.

– Olha... – Tommy parou tentando achar um jeito de explicar as coisas o mais claro possível para Oliver – uma vez meu professor de filosofia da faculdade disse que quando estamos dormindo, apenas nosso corpo é quem descansa, mas nossa mente continua trabalhando... – Oliver olhou para seu amigo assentindo enquanto tentava compreender o que Tommy quis dizer com isso.

– E o que isso tem a ver com o que esta acontecendo comigo? – perguntou Oliver ainda mais confuso.

– Ele me disse que nossa mente continua trabalhando, certo? – Oliver esperou que ele continuasse e Tommy por sua vez revirou os olhos com a tamanha ignorância de seu amigo – Ele disse que nossa mente continua a fazer seu trabalho, guardando o importante no nosso subconsciente e deletando o que não nos é útil, é enquanto nosso subconsciente armazena nossas memórias e desejos que nós temos o chamado sonho... – concluiu fazendo com que seu amigo compreendesse o que estava dizendo, Oliver assentiu de forma que tivesse entendido o que ouviu – Bem, você a vê quando dorme. A grande pergunta meu caro amigo é – ele fez uma pausa com a expressão curiosa– A que ponto essa mulher é importante para você?

Oliver se viu em duvida ao que responder, ele não tinha ideia do que realmente sentia em relação à Felicity, esses sonhos tinham confundido sua cabeça. Fazendo o reviver sentimentos que ele mesmo não sabia que havia sentido quando estava com ela. Tudo ficou de cabeça para baixo, ele se viu questionando todas as decisões que ele tomou até agora. Será que se casar com Laurel era o certo? Será que ele cometeu um erro ao deixar Felicity por uma paixão que ele tivera no colegial? Será que ela o amava? Será que ele a ama?

As perguntas surgiam deixando o com mais duvidas. Então ele respondeu única resposta que poderia dar no momento:

– Eu não sei! – falou com a voz falha.

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Central City - três semanas depois:

– Parece que seu bebe não esta a fim de revelar para nós seu sexo tão cedo – disse a medica enquanto passava o aparelho da maquina de ultrassonografia na barriga de Felicity, ela tinha um sorriso alegre estampado em seu rosto enquanto Barry parecia uma criança boba olhando para o monitor observando cada movimento do bebe– mais a criança esta muito bem de saúde, vocês são pais de sorte – Disse a doutora com um sorriso sincero enquanto olhava para Felicity e Barry.

– Ah, não! – Felicity balançou a cabeça em negativo – Ele é só um amigo.

– Melhor amigo – Barry falou enquanto apontava para si mesmo e depois ficou sem graça – só para constar.

A doutora sorriu e olhou para Felicity – então, mãe solteira não é?

Felicity assentiu – Sim, e com muito orgulho.

– Claro! – disse a medica com um sorriso compreensivo – Tenho certeza de que será uma boa mãe. – Felicity sorriu gentilmente para ela.

Minutos depois, Barry e ela estavam caminhando pelas ruas da cidade. Felicity mantinha um sorriso feliz enquanto acariciava sua barriga que já era mais visível. Barry pegou em sua mão e a guiou por um caminho onde ela não conhecia.

– Onde estamos indo? – ela perguntou curiosa enquanto o seguia.

– Vamos comprar um presente para seu pequeno anjinho – Barry sorria de orelha a orelha quando colocou a mão na barriga de Felicity – o tio Barry vai comprar um presentão pra você.

– Mais agente não sabe nem o sexo ainda – Felicity sorriu com o gesto de seu melhor amigo, ele pegou na sua mão e a puxou – não importa, vamos comprar algo para estimular a mente do pequeno futuro Einstein, ou pequena – Ele sorriu divertido – Tenho certeza que será tão inteligente quanto à mãe – ele afirmou.

– Seu bobo – Felicity sorriu e depois alguns minutos caminhando eles pararam em frente a uma loja para enxoval de bebe.

Os dois entraram e ficaram bobos com tanta coisa linda que viam. Caminharam pelos extensos corredores que tinha várias prateleiras repletas de coisas para bebes, eles vasculharam toda a loja. Barry ficou em duvida sobre qual presente optar, Felicity queria comprar tudo, dar o melhor para seu bebe. Eles continuaram caminhando pelos corredores da loja, vendo roupas e brinquedos, um mais lindo que o outro. Felicity colocou a mão em seu ventre e se sentiu a mulher mais feliz do mundo.

Mesmo depois do que Oliver tinha feito com ela, e ela ter se convencido de que nenhum amor durava para sempre, ela sentiu um amor tão grande pelo ser que tinha dentro de si, e ela soube a partir dai que estava enganada. Ela soube que o único amor que é eterno, é o amor de uma mãe. E ela amava seu bebe com todas as suas forças! Naquele momento prometeu para seu anjinho que não importa o que aconteça, ela sempre estaria do seu lado, para sempre e todo sempre.