Forever And Always escrita por Girl of Stories


Capítulo 15
Historias E Passado...


Notas iniciais do capítulo

1° B.P BFF *---* Obrigado pela linda recomendação, eu adorei, quer dizer, amei, foi perfeito. Tive que me segurar para não chorar, gritar e sair correndo pela casa que nem uma doida kkkkk estou aceitando premios sim e claro kkkkkk TE ADORO! E obg por este apoio incrível a minha historia! :3
Agora/leitores:
OIE! Não disse que estaria de volta antes do ano novo? Então, cá estou eu, cumprindo minha promessa, feita aos melhores leitores do mundo! Queria agradecer todos os comentarios lindos dos caps anteriores, fiquei com sorrisos bobos e lagrimas contidas a cada comentario, não tem como escolher qual mais perfeito, vocês são todos perfeitos!
Enfim, voltando a estória, vi um comentario que imaginaram a Charlie como e cupido (S2) e tudo bem, mas fiz uma referencia a seu nome neste cap, se alguem acompanha SPN imagine-a como a Char da serie, por que vou fazer umas ligações bem complexas e Carrie Cutter pode acabar aparecendo na fic, então, seria melhor imaginar a Charlie como uma prima dela rsrs
Sobre o cap: preparem seus corações. Eu espero que gostem e que não(...) estou a mil de nervos, então desejo a vocês uma boa leitura e nos vemos em baixo... (olhem as notas finais, vai ter uma explicação sobre algo ai, ok, bye!)



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Oliver estava com o rosto enterrado nas mãos tentando assimilar as coisas, sentado em um bar qualquer, o primeiro que achou depois de sair da frente daquela casa, depois de ter visto Felicity, ou ter pensando isso.

Sua cabeça estava uma bagunça, não sabia se era real ou só sua imaginação lhe pregando uma peça, pois naquela noite tudo que ele queria era ter Felicity perto dele, tudo o queria era sentir ela e por isso decidiu passar por lá.

Por um momento a sentiu, sentiu seu aroma, sua respiração, sua essência, sua presença, mas se de fato ela estava aí porque não abriu a porta?

Porque ela não quis falar com ele e não lhe deu uma chance de explicar-se? Ou será só a vontade de tê-la perto que estava fazendo imaginar tudo isso, e de fato estava enlouquecendo?

Pediu mais uma dose de bebida mais forte, já perdera a conta de quanto havia bebido. Tudo para esquecer, para preencher o vazio em seu coração, mais de nada adiantou.

Saiu do bar atordoado, sentia que seus pulmões iriam explodir a qualquer momento, ele precisava de ar.

Caminhou por um longo tempo, ate avistar a praça da cidade e se sentar num banco qualquer, fechou os olhos e viu sua imagem na janela, estava tão linda, seus cabelos reluzentes sob a luz da lua, sua pele estava um pouco mais alva, seu corpo e suas curvas ficaram mais definidas, mas seu rosto continuava o mesmo. Ela continuava sendo a personificação de um anjo, tão perfeita...

******

Estou no meu segundo ano na faculdade, não posso e não quero reprovar. Meu pai estava prestes a me matar. Minha mãe se ofereceu para pagar aqueles professores chatos de faculdades supercultas para me ensinar, mas eu não entendo o que aqueles velhos amargados dizem. Então pedi para meu melhor amigo me ajudar, porque de alguma forma ele tirava notas altas e eu sei que não conseguiu sozinho, é quase tão fútil quanto eu e só pensa em farra, assim como eu.

Tommy me indicou uma super nerd que ensina na faculdade como voluntaria, coisas de nerd. E segundo ele, ela é muito boa explicando, paciente, engraçada e legal, assim espero.

Peguei alguns materiais do Tommy e caminhei ate a sala que ele me indicou, antes de ver uma moça passando e decidir me abandonar para sair correndo atrás de um rabo de saia, típico.

Entrei na sala esperando ver uma nerd do tipo nerd mesmo, mas o que vi foi uma moça que estava sentada de costas, seus cabelos amarrados num rabo de cavalo baixo e usava uma roupa recatada, camisa rosa bebe e saia listrada, olhei ao redor e estava repleto de livros e cadernos, ela deve fazer isso todo dia, voltei a olhar para ela que nem pareceu notar minha presença.

– Felicity Smoak? – a moça virou-se enquanto segurava uma caneta vermelha na boca, me fitou surpresa, e notei que só o que tinha de nerd eram suas lentes modernas. Ela tinha uma face angelical, olhos intensos de um azul claro e uma boca carnuda contornada por um labial rosa pink, era definitivamente a nerd mais gata que eu conheci – Oi. Sou Oliver Queen!

– É claro! – ela murmurou com um sorriso tímido, não pude evitar devolver o sorriso – Eu sei que você é, Queen!

– Não, dizem Queen pro meu pai. – assenti olhando direto em seus olhos – me chame apenas de Oliver.

– Claro, é por que ele esta velho. – ela fechou os olhos e balançou a cabeça em negativo rápido – Quer dizer, é um senhor de idade... – arqueei uma sobrancelha tentando não soltar uma risada – Mas isso não vem ao caso. – ela balança a caneta em direção a ela e a mim e depois começou a bater na mesa com ela – e você não precisa me ver tagarelando coisas sem sentido, o que vai acabar em três – olhou para lado e posicionou-se direito – dois, um... – sorri instintivamente, um sorriso verdadeiro, o que era raro, eu não costumava sorrir para as garotas por motivos tão banais.

É, ela é muito legal e engraçada, mas aquele desgraçado não me disse que ela era tão gata.

– Tommy disse que você pode me ajudar... – estava meio receoso por pedir ajuda a uma garota que parece bem mais jovem do que eu – Tenho alguns problemas com certas matérias.

– É, eu posso... – ela arrumou umas pastas e voltou a me olhar – Quais são as matérias que você precisa de ajuda?

– Quase todas... – confessei envergonhado, ela inclinou a cabeça um pouco, droga, deve estar pensando que sou um burro – Se puder me ajudar, serei muito grato por isso – sorri tentando ser galanteador, mas ela nem notou ou não se importou.

– Uhum... – ela apenas assentiu e me mostrou o banco ao lado dela para que eu me sente.

Pensei que ia ser mais difícil aprender com ela do que com os professores chatos, porque eles não me causavam uma vontade repentina de beija-los, como ela fazia enquanto movimentavam sua boca explicando os conteúdos, estava batalhando com meus instintos de predador.

Mas incrivelmente as coisas que ela me disse eu entendi perfeitamente, tudo, isso devido a sua grande paciência em me explicar mais de uma vez e também por minha vontade de surpreendê-la mostrando que aprendi, que coisa boba.

– Obrigado por me ajudar... – sorri e me levantei relutante, queria permanecer mais tempo estudando, que bruxaria é essa?

– Sempre que precisar, estou à disposição, no mesmo lugar de sempre. – ela fechou os livros sem olhar para mim.

– Felicity... – seu nome parece musica em minha boca – Você é notável! – toquei em seu ombro com o dedo indicador fazendo com que ela desviasse seu olhar para mim com um sorriso amplo, sorri naturalmente e caminhei ate a porta.

– Obrigado por notar isso...

******

Oliver ouviu alguém murmurando seu nome em meio a baques estrondosos na madeira do banco em que adormecera, abriu seus olhos vagarosamente enquanto piscava para se acostumar com a luz solar ofuscante em seu rosto. Aos poucos foi notando a figura de uma pessoa, um homem e logo viu de quem se tratara.

– Detetive Lance? – levantou-se meio grogue – O que aconteceu?

– É o que eu quero saber. – ele disse com uma expressão duvidosa – Porque está adormecido no meio da Praça States, Oliver?

– Eu... – ele piscou se levantando meio zonzo.

– Você bebeu? – Quentin o fitou incrédulo – Sabe que seu padrasto esta te procurando? Desde ontem, algo relacionado à sua mãe.

– Qual o problema com minha mãe? – Oliver ficou tenso e sentiu uma dor intensa nas costas, talvez por ter dormido num banco amadeirado e muito desconfortável.

– Eu não sei, apenas recebi uma ligação de Thea... – o detetive suspirou e começaram a caminhar – ela parecia preocupada, posso te dar uma carona se quiser.

– Claro... – Oliver passou as mãos pelo rosto sentindo um gosto amargo em sua boca, limpou seu rosto e forçou um sorriso – Eu agradeceria muito!

– É o mínimo que posso fazer...

****************************************

Felicity e Charlie estavam sentados perto de uma parede de vidro em uma cafeteria no centro de Starling City.

Observando as pessoas caminhando de um lado a outro, dirigindo-se a seus trabalhos ou outros locais de compromissos, e poucas pessoas apenas passeando, uma adolescente passou tranquilamente pela janela de bicicleta fazendo Felicity sorrir ao se lembrar de que era algo que costumava fazer.

A cidade sempre foi corrida, pessoas de um lado a outro como formigas num formigueiro, sempre um lugar para ir, sempre alguém para encontrar, e ela tinha esse alguém...

– Então, vamos? – Charlie chamou a atenção de Felicity e fez beicinho, sua amiga a olhou franzindo a testa – Ah, por favor, você prometeu!

– Claro... – Felicity revirou os olhos, isto era uma coisa que ela odiava, ter que contar a triste trágica historia de sua adolescência. Só o fez três vezes, para Barry, Sara e Caitlin, e foram os piores momentos dela em Central City, pois teve que relembrar todo o sofrimento daquela noite, toda a dor e magoa que permaneciam enterrados em seu peito, mas vez ou outra vinham à tona. – Não tem escapatória não é? – Charlie negou com um sorriso animado e Felicity inspirou profundo – Não tem outro jeito mesmo! – ela reprimiu os lábios pensando em como começar.

Era tão doloroso começar a linda historia de seu primeiro amor e terminar com o trágico dia em que partiram seu coração.

Tentando não se abalar, tentando ser forte para não chorar, ela bloqueou seus sentimentos, era difícil, mas com esforço às vezes conseguia.

Charlie assentiu animada e depositou seu queixo entre as mãos esperando pela narração.

(...)

Depois de Felicity narrar tudo para Charlie, porem omitindo seu grande segredo, sua amiga ficou boquiaberta e o silencio permaneceu, por dez segundo.

– Isso parece coisa de cinema! – Charlie comentou impressionada. – Vocês parecem um casal feito para um livro de Nicholas Spark...

– Na parte romanticamente trágica? Claro! – Felicity bufou.

– Sempre soube que a Sra. Queen era uma pessoa fria, pelos tabloides podia se ver sua prepotência e arrogância, mas não imaginei que toda sua família fosse tão – ela gesticulou com a mão e uma feição de dor – Assim!

– Tem muitas coisas que você não imagina sobre essa família. – Felicity murmurou para si, perdendo-se em outra lembrança...

***Flashback***

Quando voltamos da fazenda, Oliver me levou para sua casa e me apresentou a sua governanta, Gertrudes, e também a mulher que o criou, de certa forma.

Ela é uma mulher realmente incrível, gentil e carinhosa, principalmente com Oliver.

Gertrudes nos preparou um lanche, quando íamos começar nossa refeição Oliver recebeu uma ligação de Tommy dizendo que estava em frente à mansão e precisava conversar com ele. Imediatamente ele foi a seu encontro, parecia tenso e disse para eu esperar ele aqui, eu apenas assenti.

Quando terminei a torta de framboesa, especialidade de Gertrudes, senti um mal estar. Estava com ânsia de vomito, como se um redemoinho estivesse dando mil voltas por segundo no meu estomago, isso é horrível.

– Gertrudes, onde esta Oliver? – perguntei tentando conter o que estava dentro do meu estomago, dentro dele. – Não estou me sentindo bem...

– Eu o vi se dirigindo com o jovem Tommy para o escritório. – Gertrudes informou com a expressão preocupada – A senhorita esta pálida, miss Smoak.

– Não, por favor, me chame de Felicity! – sorri repreensiva para ela – É, acho que vou passar à tarde no hospital tomando soro, deve ser algum tipo de intoxicação alimentar.

– Esta bem, eu posso acompanha-la até Oliver... – se oferece Gertrudes com um sorriso cálido.

– Não precisa. Eu sei o caminho! – Devolvi o sorriso e sai da cozinha, a passos largos subi pela escada, isso me faz sentir cada vez pior.

Quando chego ao corredor, caminho e paro em frente ao escritório, a porta estava entreaberta, mas não era Oliver que estava ai.

– Moira eu preciso saber... – eu conhecia essa voz, de algum lugar, mas eu conhecia – Thea é minha...?

– Não! – a voz de Moira é fria, nada que me surpreende-se, mas o que Thea tem a ver com isto? – Malcolm, não se atreva a chegar perto da minha filha... – sua voz saiu carregada de ameaça, eu queria sair desse lugar, sei que é errado escutar conversa alheia, mas meu corpo permaneceu imóvel, sempre acontece quando eu fico em choque – Se você fizer qualquer coisa para se aproximar dela, eu vou destruir você!

– Se Thea é minha filha, eu tenho o direito de saber, eu não vou parar até descobrir a verdade... – Malcolm? Esse nome... Ele não é pai do Tommy? Mas como ele poderia ser pai de Thea? Oh, meu, deus!

– Se você se atrever, Rob e eu vamos contar toda a verdade. Você não vai querer que seu filho saiba o que você fez, que você... – senti meu estomago embrulhando e sem querer dei uma passo a frente fazendo o chão ranger – O que foi isso?

Tentei sair dai, mas antes de dar outro passo, Moira já estava parada em frente a mim.

– Desculpa, estou procurando por Oliver... – tentei parecer casual, mas minha voz saiu falha.

– Parece que Oliver esta aqui? – sua voz saiu rude, Moira me fitou dos pés a cabeça com o olhar desconfiado.

– Não, é... Acho que ele esta no seu quarto, estou indo... – ela pegou meu braço e apertou forte, engoli em seco sentindo meu corpo fraquejar.

– Se você dizer. Uma. Palavra. – sua voz saiu cheia de ódio e ameaça possível, senti o pavor percorrer todo meu corpo, estava quase gritando por ajuda, sua expressão era totalmente assustadora, de uma serial killer... – Eu vou acabar com sua vida!

– Dizer o que? – perguntei franzindo a testa pra parecer desentendida, não sabia mais o que fazer então eu resolvi fingir. Puxei meus braços abruptamente e me coloquei com a postura rígida – Não sei do que você esta falando, apenas vim procurar Oliver porque não estou me sentindo bem. – estreitei meus olhos – Eu sei que não gosta de mim Moira, não precisa fingir que eu fiz algo de errado para logo dizer a Oliver esperando que ele termine comigo. Porque isso não vai acontecer!

Sua feição ficou mais calma, ela suspirou e se virou, me ignorando, voltou a entrar no escritório e trancou a porta. Essa foi por pouco!

Senti toda a tensão espalhando pelo meu corpo com uma armadura de ferro pesando mil toneladas, joguei minha cabeça para trás, senti cada músculo meu se contrair e comecei a caminhar para longe desse local.

O que eu vou fazer agora? Vou dizer a Oliver o que ouvi, ou não? Esse não é meu segredo para contar, mas eu não vou conseguir esconde isso dele. É sobre sua irmã, sobre a prepotente da sua mãe, sobre o pai do melhor amigo dele. Por Deus! Mas isso pode acabar com duas famílias e eu não sei se consigo fazer isso.

Quando me dei por mim, já estava parada na frente do quarto de Oliver e pude escutar burburinhos.

– Ela esta de volta na cidade... – era a voz de Tommy – E quer te ver meu amigo!

– O que você quer que eu faça? – a voz de Oliver era agonizante, o que aconteceu? Será que esse mulherengo do Tommy esta querendo que ele saia com uma de suas “amigas” modelos?

– Que tal marcar um... – entrei no quarto interrompendo Tommy que ficou com a expressão assustada, mas logo fingiu um sorriso – Licy!

– Algum problema? – perguntei olhando para os dois, Oliver permaneceu com a expressão agonizante e a postura tensa. – Porque essa cara?

– Nada! – Tommy soltou uma risada nervosa – Oliver não quer me ajudar com um projeto da faculdade, mas não importa, vou achar outra pessoa... – fingiu um sorriso e passou por mim tocando meu ombro.

– Oliver... – cheguei perto dele, que ainda permanecia imóvel, com o olhar perdido – O que aconteceu?

– Nada... – sussurrou e sorriu, mas sei que é um sorriso fingido, o sorriso que diz que ele não esta bem.

– Eu conheço você Oliver, e sei quando não esta bem. – suspiro e me aproximo com uma mão em seu braço afagando carinhosamente – Se é porque Tommy veio com as galinhagens dele, e as modelos que ele vive esbanjando pra cima de você. Não se sinta mal por dar um fora nele, Tommy é muito imaturo e...

– É isso que você pensa dele? – Oliver me lançou um olhar severo – Por que eu cresci com Tommy, e nós somos muito parecidos. Se é o que pensa dele, não imagino o que pensa de mim – bufou.

– O que? – me afastei fitando-o com surpresa – Oliver, você não é como Tommy. Sei que se convenceu disso de tanto repetir para sua rodinha de amigos. Mas você não é assim, e eu conheci a verdadeira parte de você. Eu sei que você é alguém melhor...

– Talvez eu não seja! – retrucou abrindo os braços e caminhando para longe de mim – Talvez você decidiu criar essa maravilhosa imagem de mim porque é difícil pra você aceitar que eu sou exatamente igual Tommy e minha rodinha de amigos – murmurou com sorriso sarcástico, isso fez meu coração se reprimir – E se você não pode me aceitar como eu sou, não sei por que continua ficando comigo?

– Qual seu problema? – sussurrei com a voz falha, um par de lagrimas rodou por minha face, tudo o que ele disse estava me magoando mais do que eu imaginei – Hoje nós estávamos tão bem, porque esta agindo assim agora?

– Felicity... – ele tentou caminhar em minha direção, mas eu o parei com a mão... – Me desculpe, eu não queria te magoar, eu...

– Não importa. – disse limpando minhas lagrimas, suspirei e caminhei ate a porta, mas antes de sair parei e voltei a olhar nele – Se você não consegue ver essa parte de você, Oliver, eu sinto muito. – levantei meu dedo indicador em sua direção – Porque eu sei quem é você, mas pelo visto você não sabe, ou não se aceita dessa forma. Você pode ser melhor Oliver... – minha voz saiu num som fino e suave – Basta acreditar em você, e no que você quer...

***OFF***

– Ele estava certo, ele era como todos os seus amigos... – murmurou sentindo seus olhos marejarem e sua respiração falhar – Mas eu preferi acreditar que toda aquela arrogância, irresponsabilidade e seu estilo playboy cafajeste era só uma fachada que ele usava para esconder quem de fato era. Eu estava enganada, e no fim, eu terminei com o coração partido.

Fechou seus olhos e afastou as lagrimas contidas, Charlie pegou sua mão e a fitou com pena, Felicity apenas sorriu e se recompôs.

– Agora eu vejo, esse homem te fez muito mal, não é? – Felicity suspirou e desviou seu olhar para a janela, notou que estava garoando e o céu estava nublado. – Homens não prestam, e desse tipo, são os piores. Não merecem uma lagrima sequer nossa... – Charlie fez careta e arrancou um pequeno sorriso de sua amiga – Mas ele vai pagar, de um jeito ou outro, eles acabam pagando por tudo que fizeram.

– Não importa, o passado é passado, porque eu não sinto mais nada por ele... – ela suspirou com um sorriso, era sempre o que repetia para si e, de certa forma, às vezes acreditava nisso. Arrumou umas mechas de cabelo atrás da orelha e abriu seu laptop vermelho – Bom, chega de historias e passado. Temos muito para fazer...

*******************************************

Oliver entrou na mansão com o coração acelerado, escutou murmúrios na parte da sala e caminhou apressadamente até lá, viu sua irmã sentada no sofá chorando e Walter perto da lareira com a expressão agonizada.

– O que esta acontecendo? – ele deu alguns passos entrando um pouco mais – O que há de errado?

– Mamãe, ela... – Thea soluçava com as mãos entre os rostos, levantou sua face e fitou Oliver com uma expressão de sofrimento, ele sentiu um aperto em seu coração e temeu pelo pior. – Ela não esta curada, ela piorou e esta no hospital de novo.

– O que? – ele caminhou e parou na frente de seu padrasto, sua voz saiu rouca, quase sem som – Achei que tinha dito que o tumor se foi, que ela esta cem por cento livre dele... Porque não esta?

– Nós fomos estafados... – Walter murmurou com a voz carregada de preocupação – Moira teve uma convulsão ontem à noite e a levei para o hospital Central de Starling. A doutora Shado Fei, que havia diagnosticado o tumor em sua mãe, nos disse que seu estado se agravou. – ele suspirou com a respiração pesada.

– Isso não pode ser verdade... – Oliver sentiu seus olhos marejarem, mas conteve as lagrimas, Walter colocou uma mão em seu ombro e olhou sem seus olhos deixando transparecer todo seu sofrimento – E agora? O que vamos fazer?

– Shado nos disse que aquele... – Walter fechou os olhos e uma lagrima rodou por sua face, inspirou e voltou a olhar para Oliver – O suposto doutor Ivo na verdade é um meliante procurado por sete estados, pela CIA, pelo FBI e pela ARGUS. O sujeito é um químico que faz experimentos perigosos com pessoas, procurando uma cura para doenças terminais. Porem é inescrupuloso e não se abstém as consequências colaterais, causando assim uma morte em massa por onde passa.

– Onde. Esta. Aquele. Desgraçado. – Oliver sentiu uma ira tomando conta de seu corpo, tudo que queria era ter aquele homem em suas mãos e fazer o pior com ele.

– Ele esta em Texas. Oliver, por favor, precisamos nos acalmar agora. Moira precisa de nós... – Walter olhou em seus olhos, podia ver a raiva contida neles, mas este não era o momento para isso... – Eu preciso que se faça responsável pela QC...

– Walter! – Oliver respirou profundamente e fitou seu padrasto serio – Eu não vou deixar minha mãe neste momento, eu não posso me preocupar com a empresa quando ela esta entre a vida e a morte, eu não pos...

– Oliver! – Walter o interrompeu com o tom autoritário – Sua mãe não esta entre a vida e a morte. Pare de pensar nisso. – ele sentou-se na poltrona e Oliver fez o mesmo ao lado de sua irmã que ouvia atentamente – Shado me disse que seu estado se agravou, porem com os novos tratamentos iniciados recentemente no hospital da cidade, pode reverter o caso. Vai levar tempo, e precisa da colaboração de todos.

– Eu não entendo... – Oliver fecha os olhos e tenta compreender a situação – O que a empresa tem a ver com isto?

– Capturaram aquele desgraçado e abriram um caso legal em Texas contra ele – Walter olhou para ambos com um sorriso fraco – Ele vai pagar pelo que fez a Moira e a todas as famílias que destruiu. Eu me certificarei disto, mas preciso da colaboração de ambos, dos dois. – Oliver e Thea assentem dando passagem para que ele continue – Vou ficar um tempo ausente, preciso que você – ele aponta para Thea – fique com sua mãe no hospital, ela precisa do nosso apoio e você tem que estar com ela nos tratamentos, passar a força que ela precisa. – Thea assentiu com um sorriso triste e apreensivo.

– E eu? – perguntou Oliver intrigado.

– E você – ele aponta para seu enteado – Oliver, eu preciso que assuma a Queen Consolidated. Com todo esse problema a mídia ira atacar e pode agravar a situação da empresa e isso vai afetar o estado emocional de sua mãe, alem do mais, estamos com um projeto muito importante e isso precisa de atenção. – Oliver assentiu compreendendo a gravidade da situação – Com minha ausência, você será responsável direto pelo projeto junto com os representantes da empresa que o arquitetou. Vocês irão trabalhar juntos, mas preciso que se dedique completamente ao projeto, você tem que ter foco. Não permita que esta situação abale seu profissionalismo.

******************

Felicity acordou e foi correr um pouco pela manha, perdida em seus pensamentos, relembrando cada lugar no qual já esteve, não percebeu o tempo passar. Olhou para seu relógio e um pouco estava faltava pouco para a reunião começar. Deu meia volta e correu ate sua antiga agora provisória casa e pode chegar um pouco mais rápido.

– Hey, vinte minutos, a reunião já vai começar! – Charlie abriu a porta e Felicity correu pelas escadas ate chegar a seu quarto, tomou uma ducha breve e vestiu a roupa que havia arrumado na noite anterior.

Quando desceu pegou um copo de café apressada e num descuido o liquido caiu em sua roupa, causando um ardor em sua pele...

– Ai, ai... – ela praguejou tentando enquanto se desfazia da roupa – Droga! Porque essas coisas só acontecem comigo?

– Hey, calma! – Charlie a ajudou – Os planos e o slide já estão todos no carro, que por sorte eu aluguei ontem quando sai do shopping... – ela sorriu e acompanhou sua amiga ate seu quarto, abriu o guarda roupa e pegou um vestido roxo com um decote discreto e comprimento médio, um pouco rodado, um sapato preto e um Sobretudo da mesma cor – Pronto, discreto, sexy e confiante. Como uma mega empresaria muito vadia que arrasa tudo! – sorriu animada e Felicity revirou os olhos pegando a roupa e indo ao banheiro.

– Ele é casado para sua informação – Felicity murmurou do banheiro, causando uma risada em sua amiga – E é muito respeitoso, eu pesquisei. Walter Steele é um homem de negócios e nada mais.

– Que pena, pelo que você me disse... – Charlie suspirou – Deve ser um idoso.

Felicity saiu entre risos e Charlie a fitaou com um brilho nos olhos – O que foi?

– Nada, é só que, é uma pena ele ser um velho por que... –Charlie riu parando em frente à porta – Acho que você vai causar um infarto nele!

– Serio! – Felicity ficou pálida olhando dos seus pés a cabeça – Acho melhor eu me trocar, eu vou...

– Vem logo! – Charlie puxou sua amiga pela mão entre risos – A gente já vai chegar atrasada, que vala a pena então...

*********

No outro dia Oliver acordou cedo para se arrumar e chegar na hora da reunião. Prometeu a Walter que seria responsável e manteria o foco no projeto, tudo para ajudar no tratamento de sua mãe. Vestiu um terno preto e uma gravata roxa, depois foi para empresa.

Ao chegar lá cumprimentou todos e viu um rosto familiar, um sorriso formou-se em seu rosto e caminhou em sua direção. Aproximou-se e colocou uma mão em seu ombro.

– John? – um homem moreno, alto e esbelto virou-se com a expressão confusa, mas logo que o viu abriu um sorriso cálido – John Diggle!

– Ei, amigo! Apenas Dig, lembre-se... – os dois apertaram a mão em cumprimento, seguido de um breve abraço – Eu disse a você que iríamos nos ver novamente.

– É, disse... – Oliver sorriu alegre, um sorriso que se desfez lembrando-se do motivo que os levou a se conhecerem, ele franziu a testa. – O que faz aqui?

– Depois que sai do quartel. Fui contratado para ser chefe do departamento de armamento dos Bratva, e fui designado para acompanhar o aprimoramento do projeto e a proteção dela cabe a mim... – informou com um sorriso tranquilo – Oliver Queen, não é? A futura cabeça de um império.

– Há! Não é algo pelo que anseio... – confessou com um sorriso descontraído enquanto ambos se sentaram, junto com os outros acionistas. – Então, podemos começar?

– Não... – Dig informou enquanto abria uma pasta – Falta a arquiteta do projeto...

– Desculpem o atraso – uma ruiva sorridente entrou – O transito estava horrível! – mentindo descaradamente – Sou Charlie Cutter, e esta é – uma jovem loira entrou parecendo desconfortável – Felicity Smoak!

– Eu vou matar você... – Felicity murmurou perto de seu ouvido, depois se virou fingindo um sorriso – Oi, eu sou... – seus olhos pararam nele e ela travou, seu sorriso se desfez e sua feição se tornou dura ‘O que ele esta fazendo aqui?’


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Notas finais do capítulo

Próximo capitulo:
Senti minha respiração falhar, não podia ser. Eu estou alucinando outra vez ou isso de fato é real? Ela esta na minha frente e esta mais linda do que nunca, eu não consigo acreditar...
*************
Agora ela esta aqui tão perto, mas tão longe ao mesmo tempo, eu preciso que ela olhe em meus olhos e saiba tudo o que eu sinto. Toda a dor que sua ausência me causou, eu preciso que ela saiba, que eu a amo.
**********
Peguei o celular e vi a foto da minha pequena na tela, senti um aperto no coração, estar longe dela é tão doloroso quanto perder um órgão vital sem anestesia, ou mais ainda. Tudo o que eu precisava era ouvir sua voz melódica e saber se estava bem.
*******
— Felicity! – sua voz ecoou, ele ainda estava um pouco longe, prendi o ar e senti uma pontada no peito, apressei meus passos e entrei, Charlie apertou o botão fazendo com que a porta se feche, pude ver sua feição triste antes dele nos alcançar...
***************************************
Oi minha gente, não me matem, eu queria ter feito um reencontro todo nesse cap, mas acabou ficando muito comprido e eu não consegui terminar o cap16 para um melhor spoiler, então decidi dividir e deixar parte do reencontro pro próximo cap.
Agora uma nota importante: vi que teve gente que pegou raiva da Felicity pela sua decisão e pensamentos, ok, até entendo. Mas acho que interpretaram mal ou eu dei a interpretam mal o porquê dela sentir tanta magoa por Oliver. Então vim esclarecer, FS sente magoa por OQ simplesmente porque ele a machucou muito, foi seu primeiro amor e sua primeira decepção, vulgo pai de sua filha (e como meu cap2 disse “cuidado com as palavras, elas machucam e quem as ouve nunca esquece” foi referente a isto) ele disse com todas as letras que não se vê como pai de outro filho que não seja da zzz, e isso mexeu com a Fê, vem ai o medo dela que sua filha seja rejeitada por OQ, como ela, praticamente, foi por seu pai. Além de ser um dos fatores que eu planejei desde o inicio para o enredo desta fic, explicarei do melhor jeito possível, se Felicity não guardasse magoa de Oliver seria como ela ter esquecido o passado, ou seja o amor por Oliver, então esse rancor que ela sente por ele será um tipo de mascara para esconder que ela é ainda loucamente apaixonada por OLIVER QUEEN (eu contando spoiler mega gigante da fic kkkkk) e aos poucos essa mascara vai caindo.
Bom, ela não conta a verdade para ele, alem das razões que já citei, porque como viram neste cap, ela tem medo de Moira e sua influência e sua crueldade. Deixei desde cedo isso esclarecido, Moira não gosta dela, e com todas as influencias ela poderia tirar a guarda legal de Sofia e proibi-la de ver a própria filha, é algo que irei trabalhar logo depois e vocês entenderam, mesmo que Oliver quisesse sua filha, Moira poderia arranjar um jeito de tirar permanentemente Sofia de Felicity. Algo que uma mãe, que ama seu filho verdadeiramente, jamais suportaria. E devem ter notado todo o profundo amor da Fê pela filha, do jeito que narrei, e é o temor de perder sua pequena que não a permitira contar por certo tempo à verdade a Oliver (outro grande spoiler, me matem ou me amem kkkkk).
Então é isso, só queria explicar a todos que leram a fic e se não entenderam algo ou interpretaram errado, ou não gostaram da atitude de minha amada Felicity, esta tudo interligado com algo para dar uma grande boa trama e sequencia aos capítulos, como o cap16 que esta por vir. Ehhhhh!
Ansiosos? Espero que sim! Espero que tenham gostado, este cap que deu um trabalhito a mais por eu não estar mentalmente descançada...
Obrigado por terem lido até aqui, espero ter ajudado a entender melhor o enredo.
E não esqueçam, comentem sua opinião, é muito importante. Se gostaram, espero que acompanhem e ou favoritem, seria de grande ajuda! Se eu conseguir terminar o cap16(que estou planejando um final grandioso e emocionante) junto com partes do cap17, posto o cap 1ro de janeiro, pra comemorar o novo ano chegando ai!
(nossa, isso deu mais um cap de FAF kkkkk)