Forever And Always escrita por Girl of Stories


Capítulo 12
Chegam devagar e passam muito rápido...


Notas iniciais do capítulo

Oi de novo! Desculpem o atraso, estou me desculpando muito ultimamente e isso esta cansativo, então já vou avisando que postarei os capitulos só quando puder porque não posso ser muito presente e viver 24x48 no computador, infelizmente, graças a minha familia... Então, queria também pedir, se não for muito incomodo, que leiam uma fic minha "Keepping Secrets" sobre Arrow e, se gostarem, comentem e acompanhem, porque estou pensando em abandona-la visto que tem pouco retorno(acomp., fav. e comentarios). Mas se isso mudar irei continuar com ela. Ok, já deixarei de incomodar e bom, obrigado pela atenção :3 Enfim, boa leitura e espero que gostem do cap de hoje!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/560170/chapter/12

“(...) Só sabe que estava bem quando esta se sentindo pra baixo.

Só odeia a estrada quando esta com saudades de casa.

(...) Olhando para o fundo do seu copo.

Esperando que um dia faça um sonho durar.

Mas sonhos chegam devagar

E passam muito rápido...

CINCO ANOS DEPOIS...

Felicity entrou na sua antiga casa do bairro Glades, cada canto dela tinha memórias que nunca poderia esquecer. Quando se mudaram, redecoraram todos os quartos, todas as paredes, todos os móveis escolhidos a dedo, tudo junto com sua mãe. E ela permaneceu exatamente como elas o haviam deixado.

Tudo intacto, o mesmo aroma amadeirado, o mesmo ar aconchegante, a única casa que, mesmo em pouco tempo morando lá, ela chegou a considerar um lar. Nunca pensou que sentiria tanta saudade de casa...

Deu passos vacilantes em direção à escada, estava confusa por estar ai novamente e podia escutar gargalhadas vindas do andar de cima. Um minuto depois seus olhos se encontraram com dois pares pequenos e arredondados de olhos azuis, uma menininha loira, pele muito branca, como menos de um metro, correu em sua direção, sorridente enquanto cantarolava:

– Mamãe! Mamãe! Mamãe!– a menininha desceu pelas escadas dando pulinhos até chegar perto dela e abraça-la por baixo, Felicity não conteve o sorriso que se formou em seus lábios e alargou-se ao ver sua pequena garotinha – Papai estava esperando você...

Nesse momento ela desviou sua atenção a ele que desceu pelas escadas devagar com um sorriso iluminando seu rosto. Seus olhos azuis brilhavam enquanto a fitava com amor. E apesar dos anos ele continuava o mesmo, lindo, sexy, com esse ar misterioso que o deixava mais atrativo e aqueles olhos azuis que penetravam sua alma. E ainda causava o mesmo efeito nela desde quando se conheceram. Um aperto em seu peito, um calafrio percorreu todo seu corpo e ela sentiu o ar faltar enquanto o observava descer ate seu encontro.

– Felicity! – murmurou com um sorriso alegre em seus lábios – nós estávamos te esperando...

– Oi... – ela ficou atordoada admirando esse sorriso que há anos não via, mas que nunca pode esquecer. Pois via esse mesmo sorriso no rosto de sua pequena, uma mistura do dela com o dele, um sorriso perfeito que lhe causava nostalgia e lhe trazia recordações. Sofia pediu para seu pai erguê-la enquanto Felicity o fitava ainda com encanto. – Oliver eu...

– Por quê? – Oliver perguntou tornando sua feição triste, o seu sorriso já não estava aí, seus olhos perderam o brilho e uma lagrima rodou por sua face – Por que você fez isso?

– Por quê? – Felicity devolveu a pergunta sem entendê-la, tudo a sua volta foi ficando escuro, e Oliver mantinha a mesma expressão de dor e tristeza.

– Você escondeu de mim, você escondeu nossa filha! – ele a acusou com a voz dura demonstrando uma decepção profunda.

– Você a tiraria de mim... – tentou explicar Felicity sua voz saiu num sussurro de desespero – eu não poderia deixar, eu não poderia perdê-la.

– E você a tirou de mim. – ele a acusou novamente ficando mais longe, a escuridão se aproximando a eles – nós poderíamos ser felizes juntos, mas você não deixou... – sua voz era distante e por mais que ela tentasse alcança-lo não conseguia, seu corpo permanecia imóvel – Você matou nosso amor e tirou o fruto dele de mim, você é a culpada por tudo isso...

– Não, eu não queria esconder, foi você me fez fazer isso... – Felicity tentava mais não conseguia sair do lugar e a cada vez que ele se afastava mais lentamente, ela lutava tentando pegar sua filha que chorava enquanto a escuridão os consumia, enquanto eles desapareciam gradativamente. A angústia crescia a cada segundo e o ar pesava em seus pulmões – Sofia. Sofia... – ela gritava, o desespero tomando conta dela, sentiu um aperto em seu peito, um vazio em seu coração enquanto lagrimas corriam por sua face. Sua filha clamava por ela, mas ela não conseguia alcança-la... – Por favor, não... Não a tire de mim.

(...)

– Mamãe. Mamãe... – Felicity abriu um pouco os olhos vendo tudo embaçado, piscou algumas vezes e a imagem a sua frente foi ficando nítida ate ver sua pequena pulando na cama com um sorriso enorme – Mamãe acorda!

– Oi! – Felicity sorriu instintivamente, Sofia era a personificação de um anjo, um belo e alegre anjo, seu anjo... Ela se sentou enquanto sua filha pulava eufórica do seu lado – o que foi, por que esta tão animada Sofi?

– Tio Ray ligô e eu tendi o celular... – ela riu emocionada, tinha aprendido muitas coisas com sua mãe e mexer no celular era uma delas, ela aprendia rápido mesmo sendo tão pequena e isso deixava Felicity com mais orgulho, sua pequena Einstein como dizia Barry. – Ele disse que qué fala com você mamãe...

– Esta bem! – Felicity sorriu limpando seu rosto com a mão e pegando o celular da mão de sua filha – você já tomou café da manha?

– Aham! – ela pulou da cama para o chão com um sorriso animado – Nana fez pudim, eu adoro pudim, é tão gotoso!

– Esta bem, só não come muito doce! – Felicity discou o numero enquanto Sofia corria para o lado de fora do quarto.

– Ta mamãe! – gritou do corredor antes de ir com sua baba, Felicity ouviu as gargalhadas vindas da cozinha e não evitou o sorriso que se formou em seu rosto.

Lembrou-se do sonho que teve, o sonho que se tornou pesadelo. Mas da mesma forma que venho devagar foi rápido, porem o sentimento permaneceu aí. Só de pensar em perder sua filha seus olhos se encheram de lagrimas ‘Foi só um sonho Felicity’ repetiu para si mentalmente até se acalmar, Oliver não sabia, e se para não perder sua filha tivesse que esconder quem é o pai dela, ele nunca ira saber. Isso era um tormento, mesmo com tantos anos tendo se passado, de um jeito ou outro seu pensamento acabava parando em Oliver, e mesmo tendo todos os motivos para esquecê-lo não podia, porque ela via uma parte desse homem refletido no pequeno anjo de sua vida e...

O celular tocou e ela desviou o olhar para ele, era Ray, atendeu rapidamente.

‘Oi? Felicity consegue me ouvir?’

– Sim Ray, porque parece estar preocupado? – ela notou por sua voz e pensou ser algo com a empresa.

‘ Você ligou para mim mais não falou nada e não respondia... ’

– Desculpa, estava distraída... – ela se levantou da cama e caminhou até o espelho, tinha olheiras por ter dormido pouco – Mas Sofia me disse que você quer falar comigo?

‘Amor, desculpa atrapalhar suas férias. Eu não queria mais... ’

– Ray, se você se atreveu a me ligar em meu primeiro dia de descanso em sete meses é porque deve ser urgente – ela suspirou, arrumou algumas mechas de cabelo para trás sentindo seu corpo latejar pelo cansaço, o trabalho a estava consumindo, mas deveria trabalhar duro para dar o melhor para sua pequena – o que aconteceu?

‘Surgiu um imprevisto com os Bratva e o projeto, mas prefiro falar sobre isso pessoalmente. Pode vir na empresa agora?’

– Claro, me de vinte minutos... – ela olha para a foto de sua filha em cima da penteadeira, queria pelo menos ter um café da manha decente com sua pequena, e ela o teria no seu dia de folga! – Vou levar Sofi comigo, ok?

‘Claro, tenho mesmo um presente para nossa princesa – podia se escutar o sorriso em sua voz, Ray amava Sofia como se fosse sua própria filha e se dependesse dele ela o chamaria de pai. Mas Felicity não poderia mentir para ela, para a luz de sua vida não... – Obrigado por ser tão você. Te amo!’

– Eu também... – ela murmurou sem muita convicção e desligou o celular, por mais que ela gostasse dele não poderia ama-lo, para ela o único amor verdadeiro era o que sentia por sua filha, o amor de uma mãe. Mas Ray era um homem bom, ele a amava e amava sua filha, ele a ajudou nesses cinco anos a subir em sua carreira, mesmo que ela tenha conseguido por mérito próprio, se não fosse pelos contatos de Ray, ela jamais poderia ter se especializado na sua profissão e cuidar de Sofia ao mesmo tempo. Ela devia muito a ele e queria retribuir tudo o que ele fez por ela. Ray só pedia que ela o amasse e o deixasse fazer parte de sua vida, dizia que isso o fazia feliz, então ela o fez... Bom, ele faz parte de sua vida, mas não de seu coração.

‘Porque tem que ser tão complicado amar o homem perfeito?’ ela suspirou olhando para sua imagem vazia no espelho, balançou a cabeça em negativo e foi para o banheiro tomar uma ducha e deixar os problemas do seu coração de lado.

Starling City:

(...) Você a vê quando fecha os olhos

Talvez um dia você entenda porquê

Tudo o que você toca, certamente, morre...

(...) Olhando para o teto no escuro

O mesmo velho sentimento de vazio em seu coração

O amor chega devagar e passa muito rápido...

Bem, você a vê quando dorme

Mas nunca para tocá-la e nunca para segurá-la

Porque você a amava muito

E você mergulhou muito fundo...

Oliver acordou sentindo uma dor de cabeça terrível, virou-se e viu a mulher de cabelos pretos espalhados pelas costas nua dela, um lençol branco misturando-se com a cor de sua pele pálida cobria de sua cintura para baixo marcando suas curvas. Outra noite com ela, mas não significava nada.

Arfou sentindo sua cabeça latejar, olhou para o relógio e viu que dormiu apenas três horas, mas o céu já estava claro e os raios do sol invadiam o quarto pelas janelas, iluminando-o de uma maneira ofuscante.

Ultimamente suas horas de sono eram muito limitadas e passou os últimos meses trabalhando sem parar. Quando sua mãe foi diagnosticada com tumor no cérebro teve que fazer vários exames no exterior e seu padrasto Walter queria acompanha-la. Assim pediu que Oliver se fizesse responsável pela empresa em sua ausência e ele não pode negar, pois sabia que Walter fazia bem para Moira, e estar com seu marido a ajudaria a ser forte no tratamento.

Oliver não podia perder sua mãe também, ela e sua irmã eram tudo que restava para ele. Ficava se perguntando por que tudo que é importante para ele certamente morre. Seu pai, o amor que ele deixou ir e agora sua mãe poderia... Não, ele não poderia mais perder ninguém!

Fechou os olhos e viu o rosto dela, lembrando-se do sonho que teve. O mesmo sonho que o assombra por anos, sempre ela. Era uma visão, deslumbrante, perfeito, mas irreal. Sempre a viu em seus sonhos, mas nunca para toca-la e nunca para segurá-la e isso doía mais a cada sonho que terminava. Ela continuava a desaparecer deixando a dor da sua ausência, porque ele a amou muito e em todos esses anos não conseguiu esquecê-la.

Levantou-se e caminhou até a o minibar dentro do quarto, serviu um uísque duplo puro e virou o copo de uma vez sentindo o ardor descendo por sua garganta. Sentou-se observando o teto escuro do quarto, sentindo o mesmo velho sentimento de vazio no coração, como se algo faltasse, como se estivesse incompleto. E ele sabia o que era, alias, quem era. Mas nunca a teria de novo, pois o amor chegou de vagar e passou muito rápido, e a única coisa que restou foram os sonhos constante com ela, sempre o lembrando de que nunca poderá tê-la novamente. Bem, só a vê em seus sonhos mais nunca será o suficiente, porque os sonhos acabavam, mas a saudades dela não...

– Oliver? – ele desviou o rosto do teto para a mulher deitada com seus olhos azuis cristalinos depositados nele, ela se levantou da cama despida e caminhou ate ele o fitando desconfiada – Não esta muito cedo para tomar? – desviou seu rosto com os olhos semicerrados observando a janela extensa que ocupava toda a parede do apartamento – Você esta bem?

– Claro Helena. – ele forçou um sorriso – porque não estaria?

– Você parecia distraído... Mais do que normal. Parecia perdido... – ela concluiu ainda o olhando do mesmo jeito. Oliver forçou outro sorriso para ela que revirou os olhos enquanto ele servia outro drink – Sabe, você não é de falar muito. E mesmo te conhecendo pelos tabloides, Mr. Queen, eu não sei muito sobre você... – ele a observava enquanto se vestia e falava – mais tem algo que eu aprendi com as noites que passamos juntos, algo peculiar a se saber sobre você e acho que sou uma das poucas que sabe... – Oliver estreitou os olhos não entendendo do que ela estava falando – você usa esse sorriso falso para fingir que esta bem, mas na verdade não esta. Eu vejo no seu olhar o quanto você esta quebrado, o quanto você é infeliz...

– Bela observação psicóloga! – ele sorri ironicamente apontando para a mão dela – Mas não sou eu quem liga para você por uma noite de sexo, varias vezes, estando comprometido. – seu tom de voz é rude causando a Helena uma expressão de dor, ela baixa o olhar por um instante mais depois se recompõe e termina de se vestir.

– Eu não estou traindo ninguém... – ela da de ombro e coloca seus sapatos falando naturalmente – meu noivo morreu, alias, foi assassinado.

– Helena eu sinto muito... – Oliver fez uma cara de dor se arrependendo por ter sido insensível e dito isso sem pensar, mas na verdade esse era um habito que adquiriu com os anos, se tornando mais hostil e rude – Eu não sabia.

– Não sinta Oliver – ela sorri com o olhar perdido – ao contrario de você eu tive a oportunidade de conhecer o amor da minha vida, nós estivemos juntos por anos e foram os melhores da minha vida antes de o tirarem de mim – Helena volta o olhar para Oliver, ele vê o sofrimento em seus olhos – Michael e eu éramos felizes no nosso “para sempre” enquanto durou mais do que a vida inteira de muitos outros casais. Ele é o melhor homem que tive a oportunidade de conhecer, um presente de Deus em minha vida... – ela falava com tanta reverencia por seu noivo e Oliver sentiu ciúmes disso. Não dela e seu noivo, mais do amor que os dois viveram. Algo que ele nunca poderá viver, porque ele não soube que amor estava em sua frente antes de perdê-lo. Helena pega sua bolsa e caminha ate a porta abrindo-a, mas antes de sair se vira novamente para ele. – Eu conheci o amor, eu o senti da maneira mais intensa e sublime, foi mágico... – ela sorri, um sorriso que transparece sua alma iluminando seu olhar – Eu espero que você tenha esse privilegio algum dia Oliver, talvez isso dê sentido a sua miserável vida...

Helena sai o deixando sozinho com seus pensamentos, o que ela disse ecoava em sua cabeça. ‘Será que um dia terei a oportunidade de amar novamente?’ ele balançou a cabeça, era algo que ele já não se achava mais capaz de sentir, porque seu coração estava fechado há muito tempo. A única mulher que mostrou para ele o que é amar já não estava a seu alcance. E ele só soube que a amava quando a deixou ir...

Bem, você só precisa da luz quando está escurecendo

Só sente falta do sol, quando começa a nevar

Só sabe que a ama quando a deixou ir

(...) E você a deixou ir.., ”

Let Her Go – Boynce Avenue


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Próximo Capitulo:
— Seria perfeito... – Oliver sorriu lembrando-se das boas memórias que guardava daquele lago, fazia praticamente cinco anos que não visitava aquele lugar. Talvez por tudo que ele representava e as promessas que haviam se feito lá, desaparecendo uma a uma e hoje ele sentia que foram todas em vão...
*****
Sofia olhava para os dois que estavam num momento pai e filho, e Felicity notou o brilho no olhar de sua pequena, o que fez seu coração se apertar.
— Mamãe... – Sofia sussurrou baixinho no ouvido de sua mãe – Porque eu não tenho um pai como os outros?
******
— Ele já tem uma empresa...
— E qual é? – ela pergunta curiosa.
— Queen Consolidation. – Felicity sentiu seu coração parar por um segundo, Ray ficou observando sua reação notando que seu rosto ficou pálido – Algum problema querida?
*************************
Entãooo, O que acharam do cap? O que acham que esta por vir? Gostaram? Amaram? Odiaram? Opiniões, por favor!
~off~ Este cap, alem da passagem de tempo e mostrar a fofa da pequena Sofia(espero que a tenham imaginado como a menininha da capa rsrs), serviu também para terminar com meu caso de amor com a musica Let Her Go do "coverista" Boynce Avenue, amo sua voz e essa musica se tornou meu martirio por meses. Acho que já notaram que sempre tem um pouco desta musica em muito dos caps desta fic, e se não, bom agora sabem, esta musica foi fonte de inspiração para boa parte da fic então a recomendo! (nyah cortando minha nota, de novo, daqui para baixo-.-)
ps: tenho uma pergunta sobre a fic, se puderem responder nos comentarios junto com sua opinião, por favor. Então, o "próximo capitulo" se tornou uma marca desta fic, mas também se tornou um dos motivos pelo retraso dos post de cada capitulo (visto que tenho que terminar dois capitulos para postar um) e queria saber a opinião sobre eu postar cada capitulo assim que terminar sem o spoiler do capitulo sucessor deste? Ou continuo com a marca se vocês não se importam em esperar? ~respondam por favor~



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Forever And Always" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.