Entre Perdas e Conquistas escrita por Amanda R


Capítulo 8
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

Outro capitulo para vocês!
Na minha região ainda é sábado kkkkkk então não estou atrasada!!!!!rsrsrs
Boa leitura!!!!!!



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Cinco anos depois...

Joguei meu terno em cima da cama. Tirei minha gravata, em seguida desabotoei minha camisa, colocando tudo em cima da cama. Estava exausto. Hoje o dia foi longo. A empresa estava cheia de problemas para serem resolvidos.

Massageei minhas têmporas, tentado me livrar da dor de cabeça que estava naquele momento. Me sentei na beira da cama. Eu nunca estou livre de problemas, quando não era uma coisa era outra. Desde que escolhi essa vida dos negócios e ainda criei a minha própria empresa em parceria com a empresa do meu pai, eu não tinha mais sossego, mas confesso que gosto do meu trabalho. Com ele, eu consigo me livrar apenas por algumas horas da minha realidade pessoal.

As pessoas ao meu redor, as que convivem comigo, me vêem como um homem de ferro, poderoso e que nada e ninguém pode me atingir. Eu conseguir criar essa imagem. Com esse homem que me tornei, ninguém pode ver o que estou sentindo, o que quero e o que desejo. É como se durante anos tivesse construído um muro, onde eu era inatingível. Para ter isso, tive que abrir mão de muita coisa. Afastei minha família e amigos. Não me permitir ter relacionamento com ninguém, nem com mulheres, elas principalmente. Uma coisa que aprendi na vida, é que elas são traiçoeiras.

A melhor e a pior coisa que fiz foi ter dado meu coração para uma delas.

Abro a gaveta do criado mudo ao lado da minha cama. Pego uma caixa de madeira e a abro. Um brilho invade minha visão. Pego o anel delicado na minha mão. Meu peito pesa. Algumas pessoas podem ate me considerar masoquista, mas eu não conseguir me desfazer desse anel. Ele era a única lembrança dela.

O encontrei jogado no chão, na sala da minha antiga casa, depois que ela saiu naquela noite tortuosa.

As lembranças podem ser dolorosas, mas também eram boas. Fecho meus olhos e tento me lembrar do seu rosto. Como ela sorria, da sua voz, mas parece tão vago. As lembranças ruins destruíram a imagem que tinha dela.

Mas ainda a amo secretamente. Não se pode deixar de amar o amor da sua vida, mesmo tendo se passado cinco anos. Cinco dolorosos anos sem ela. Sem sua presença, sem seu sorriso, sem seu carinho, sem seus conselhos e sem seu amor.

Ela não estava lá quando me formei, ela não estava lá quando conseguir realizar meu sonho. Ela não estava em nenhum lugar quando eu mais precisava dela. Ela não estava ao meu lado, me apoiando e me ajudando. Poderíamos ter criado a empresa. Esse era o nosso plano, criar uma empresa juntos. Mas nada disso aconteceu, tudo por culpa dela. A Isabella que um dia foi minha Bella me usou, fingiu que me amou, me deixou completamente apaixonado por ela e depois me traiu e como se isso não fosse o bastante, ela ficou grávida de outro cara e ainda disse que o filho era meu.

Ela me deixou destruído naquela noite, a cinco anos atrás. Minha vida não foi mais a mesma. Sempre parecia que algo faltava dentro de mim. Tentei por todos esses anos ter ódio dela, mas simplesmente não consigo. Posso ter raiva, mas não ódio. Como eu poderia ter ódio de uma pessoa que foi minha vida por meses.

Mesmo ainda a amando, ainda sinto remoço e dor quando me lembro do que ela fez.

Desde daquele tempo ninguém nunca mais me perguntou sobre ela. Parecia que ela nunca existiu.

Às vezes fico me perguntando onde ela estava? Onde morava? Se ela estava bem? Sei que essas perguntas nunca vão ser respondidas. Não sei nada sobre ela, nem mesmo seus pais sabem alguma coisa. Durante esses anos meu pai fez uma sociedade com a empresa de Charlie. Foi por fontes dele que soube que ela tinha desaparecido. Meu pai tentou me falar mais coisas, mas eu não quis saber. Ele poderia dizer algo que me fizesse me atormentar mais ainda.

Coloco o anel de volta na caixa e o guardo onde estava. Me levanto da cama. Não quero mais me lembrar disso por hoje. Já sofri de mais durante esses anos.

Tiro o resto da minha roupa e vou ao banheiro. Tomo banho, visto qualquer roupa e desço para comer alguma coisa.

Amelie deixou meu jantar pronto antes de sair. Ela é como uma segunda mãe para mim, desde pequeno ela era empregada dos meus pais, quando resolvi ter a minha própria casa, eu a roubei para mim. Amelie é a única que aguentou a convivência comigo durante esses anos. Confesso que há uns três anos atrás eu estava insuportável, os anos foram se passando e eu fui conseguindo esconder minha raiva e o meu ressentimento.

Jantei sozinho, como era de costume. Depois fui para o escritório tentar ocupar minha cabeça antes que ficasse pensando e lembrando coisas que não devia.

Já tinha feito um monte de coisas quando o telefone começou a tocar. Deveria ser alguém querendo encher o meu saco no meio da noite. Não atendi, minha paciência por hoje já tinha se esgotado.

Tocou mais umas duas vezes e parou. Não demorou nem dez minutos e começou a tocar novamente. Sem paciência de ouvir o telefone tocar sair do escritório e fui na cozinha beber água antes de ir para o meu quarto.

Me deito na cama e fico olhando para o teto. Eu desejava por anos, apenas deitar e dormi. Mas isso era muito difícil, sem está alcoolizado ou tomado remédio, meus pensamentos e lembranças não deixavam. Vivo completamente atormentado pelo passado.

Me viro na cama tentando acha uma posição mais confortável para ver o tempo passar.

Vejo o meu celular em cima da cama vibrando. Merda. Ninguém queria me dar descanso. Pego o celular e atendo.

– O que é?- disse rispidamente.

– Desculpa senhor- disse Tyler com a voz tensa –É que tem uma moça aqui em frete a mansão que insisti em falar com o senhor.

– Não é ninguém da empresa?- perguntei estranhando.

– Acho que não. Porque suas roupas não eram adequadas para quem queria falar com o patrão. Ela estava toda molhada por causa da chuva e também tinha uma criança no colo. Eu disse que o senhor estava dormindo e que quando o senhor acordasse eu avisaria que ela esteve aqui. Pensei que a senhorita ia embora, mas ela atravessou a rua e se sentou debaixo de uma arvore.

Que merda era essa. Não faço ideia de quem seja. Não conheço ninguém que tenha filhos, a não ser Rose. Mas os seguranças já a conheciam. E ela não faria isso, se sentar debaixo de uma arvore no meio de uma noite chuvosa.

– Ela disse o seu nome?- perguntei

– Sim- disse Tyler – Isabella, Isabella Swan e ela disse que o assunto era urgente.

Fique calado tentando absorver essa noticia. Não tinha fundamento algum. Não podia ser. Ela não devia está aqui, não na frente da minha casa. Apertei minhas mãos em punhos. A raiva corria em minhas veias, mas ao mesmo tempo a curiosidade estava tomando conta de mim.

O que ela queria depois de tantos anos. Será que ela achava que depois de alguns anos eu iria aceitá-la de volta e esquecer o passado? Ela estava muito enganada se achava isso. Minhas lembranças iam ficar intactas e elas nunca vão sair da minha mente.

– Deixe ela entrar- disse depois de alguns minutos em silêncio.

– Sim Senhor- disse Tyler. Depois desliguei o celular.

Minhas mãos começaram a tremer. Meu coração estava batendo mais rápido. Não, Não, porra, eu não vou deixar ela me fazer sentir essas sensações novamente. Não posso deixá-la ver que é o meu ponto fraco. Eu tinha que agir do mesmo jeito que agir todos esses cincos anos.

Resolvi descer para acabar logo com isso. Sair do quarto e desci a escada.

Quando cheguei na sala, vi a mulher que doei a minha vida por ela. A mulher que me dediquei dias e noites, só para vez um sorriso crescendo em seu rosto.

Isabella estava de costas para mim, ela estava toda molhada. Suas roupas Pareciam desgastadas e sujas. Olhei para o seu lado e vi uma mala que parecia ter sido usada por anos. Me assustei com seu estado, mas me recuperei rapidamente. Não era da minha conta, pelo menos eu tentava me convencer disso. Quando ela se virou para ficar de frente para mim, pude ver um embrulho em seus braços, todo coberto por panos que pareciam ser grossos. Era a criança que foi fruto de uma traição.

Fiz perguntas a ela. Sua voz estava assustada, seu corpo tremulo e cansado, quase como estivesse preste a desmaiar. Sua criança era uma menina, Melanie, Mel. O nome era bonito. Ela deveria ser linda se parecesse com a mãe. Isabella a segurava como se fosse à coisa mais preciosa que tinha.

Eu tentei lhe mostrar toda minha frieza e indiferença. Para ela perceber que não era bem vinda naquele local.

Quase não acreditei no que ouvi quando ela falou que queria um lugar para ficar, porque não tinha para aonde ir. Pensei em tudo que ela fez comigo, o que ela me causou. Eu não suportaria sua presença no mesmo local que eu estava. Mas quando a vi indo embora com a criança no meio da chuva, o meu coração, o lado que eu guardava os meus sentimentos a sete chaves, ele meio que se apertou. Então a deixei ficar só por uma noite.

Quando ela foi para o seu quarto eu mandei Tyler levar comida para elas. Elas deviam está com fome.

Foi difícil, quase sufocante. A todo tempo eu olhava para porta do meu quarto, queria ir lá onde ela estava hospedada, para lhe confrontar e lhe perguntar por que fez aquilo tudo, por que ela estragou nosso amor por nada. Mas me segurei.

Passei o resto da noite sem prega os olhos. Fiquei olhando a chuva pela janela do meu quarto. Depois de um bom tempo olhei à hora no meu celular, ainda era cedo. Tomei um banho para esfriar minha cabeça. Fui no meu escritório para pegar alguma bebida, era isso que eu estava precisando. O sono começou a tomar conta de mim, por causa da bebida. Eu estava confortável em uma poltrona. Dormi antes mesmo de pensar em ir para o quarto.

Acordei e dei um pulo da poltrona. Merda. Sair do escritório e descia a escada. Estanquei quando vi Isabella em pé na sala. Eu já ia perguntar o que ela estava fazendo ali, quando vi sua filha, a Mel. Ela era completamente linda, parecia uma boneca. Sua pele era clarinha como a da sua mãe, o nariz, boca, a maçã do rosto era a copia de Isabella, só seu cabelo e seus olhos eram de tons diferentes do dela.

Mel também estava me olhando. Seus olhar era intenso. Cheios de significados. Ela era uma verdadeira princesa.

Eu não conseguir falar mais nada, Isabella me pediu para fazer uma ligação, eu apenas assentir. Sem me importar com o que ela estava preste a fazer.

Por seu desgosto e infelicidade que estavam estampado em sua face por ninguém ter atendido o telefone. Entendi que ela estava ligando para os seus pais. Mas os seus pais estavam viajando de "férias". Dei a noticia a ela e parecia que seu mundo tinha desmoronado. Lagrimas começaram a cair de seus olhos. Os olhos que mais amei na minha vida.

Naquele momento vi a cena mais comovente da minha vida. Não teve como evitar ficar mexido com aquilo. Se eu não as aceitassem na minha casa, elas iam para rua. Mel estava preste a chorar. Uma menina tão linda não podia ficar triste e acima de tudo eu ainda amava Isabella. Não era certo, mas eu ainda a amava e não queria o seu mal. Ver ela passando por necessidades não é fácil. Alguém que teve tudo e não ter nada para dar a sua filha. Essa situação eu não desejava para ninguém.

Fiquei paralisado sem saber o que fazer e o que dizer. Eu estava em uma luta interna de me destraçalhar ainda mais com sua presença ou lhe dar abrigo em um momento tão crucial de sua vida. Não tinha mais do que duvidar. Sua filha e ela não iam para rua, elas iam ficar comigo, não sei quanto tempo, mas elas vão ficar comigo. Só de imaginar elas duas na rua me dava um aperto no peito. Eu acho que qualquer pessoa normal faria isso no meu lugar. Eu tentava dizer para mim mesmo que só estava fazendo isso por questão de humanidade.

Mas quando tomei minha decisão elas não estavam mais lá. Corri para o telefone e liguei para Tyler. Perguntei se Isabella ainda estava na casa, ele disse que sim, mas estava indo embora. quase gritei para ele ir atrás dela e dizer que eu queria falar com ela.

Não demorou muito e as duas já estavam na minha sala de novo. Isabella estava bastante confusa. Fomos para o meu escritório para explicá-la o que eu queria. Eu disse que ela e sua filha poderia ficar aqui ate seus pais chegarem de viajem. Tratei logo de dizer que só deixei ela ficar em minha casa por causa de sua filha, mas eu sabia que isso era uma tremenda mentira.

Quando ela disse que ia arrumar um trabalho, na hora saiu um improviso. Disse que precisava de uma ajudante de cozinha e ela poderia fazer isso por um tempo. Ela demorou a aceitar. Isabella corou quando fui grosso com ela. Eu tinha que ser assim para ela não pensar besteiras, mas o importante foi que ela aceitou ser a minha empregada.

Digitei na hora um contrato e mandei ela assinar. Quando fui pegar de volta os papeis, eu sentir o antigo formigamento quando toquei sua mão. Era esse o formigamento, que antes eu falava que ele era para mim nunca esquecer que Bella era mulher da minha vida. Sentir saudades de sua pele e do seu calor. Mas eu não podia sentir isso. Puxei minha mão rapidamente antes que esse contato desenterrasse coisas que deveriam está alem do fundo da terra.

Quando disse que poderia ir embora da sala, ela saiu feito um raio. Soltei a papelada em cima da mesa e coloquei minhas mãos na cabeça tentando entender tudo o que havia acontecido. De uma hora para outra Isabella volta para minha vida.

Ela apareceu de novo no escritório, para avisar que o café da manha já estava servido. Ela usou o meu nome, isso trazia lembranças que não deveriam ser acordadas. Eu não poderia permitir que ela me chamasse desse modo. Quando vi, já estava dando uma repreensão nela. Por ter me chamado de Edward e por ter feito algo que eu não mandei. Ela apenas ficou calada, não disse uma palavra a não ser suas desculpas. Depois saiu.

Nesse tempo de sua estadia aqui, eu tinha que me manter forte e manter minhas muralhas em torno de mim, para que nem ela e nem ninguém, nunca mais me machucasse.


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Notas finais do capítulo

Acabou os POV Edward por enquanto. Não sei se vai ter mais.
Agora me digam se gostaram do capitulo...comentem, comentem, comentem.....
Me deixem feliz com seus comentários!!!!!!!!! :)
Bjos ate a próxima!!!!!!!!11