Capitulo 32

Acordo sentido beijos sendo distribuídos pelo meu pescoço. Abro meus olhos e a imagem de Edward invade minha visão.
Seu cabelo estava molhado indicando que ele tinha acabado de sair do banho.

— Eu não queria te acordar, mas ...- olho em volta e dou um pulo da cama quando percebo tudo escuro.

— Meu Deus, a Mel – disse espantanda.
Dormi a tarde toda?!

— Calma, eu só fechei as cortinas, você não dormiu nem uma hora – disse ele e me puxa para perto, e ai que noto que estava completamente nua.

Fico vermelha na hora.

Um sorriso safado se forma no seu rosto.

Eu lembrava muito bem desse sorriso.

Puxo o lençol da cama e me enrolo toda atrapalhada.

Ele ri e passa seus braços em minha volta.

— Sabe que não precisa se envergonha – ele da um beijo entre meus seios por cima do lençol.

Meu corpo se arrepia na hora e me faz lembrar do que fizemos.

Me acomodo entre suas pernas e deixo ele me descobrir.

Suas mãos descem pelo meu corpo como se quisesse memorizar cada detalhe.

Tento recuperar o raciocínio mas a sua boca vai para um dos meus seios e faz a magica que ele sabia fazer muito bem.

—Edward – gemo e ele aperta suas mãos na minha bunda me fazendo ir para seu colo.
Foi ai que sentir, ele estava duro, já pronto para mim.

Agora entendi porque ele me acordou.

Xingo a calça moletom que ele estava vestido, porque ela me impedia de sentir tudo.

Sua boca muda de seio e o outro que já estava com o mamilo durinho é beliscado por uma de suas mãos.

Tão bom.... Movimento me quadril tentando aliviar o fogo que se acendia em mim.

— Você me deixa louco – ele fala enquanto sobe a boca pelo meu pescoço e morde de leve a pele dali.

Todo meu corpo estremece, ali era meu ponto fraco.

Quando me vejo estou sendo jogada na cama e sendo coberta por aquele corpo quente, grande e ao mesmo tempo macio.
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Edward agarrou no sono, mas eu não conseguir dormi de novo, então fiquei aqui velando seu sono.

Vejo o rosto dele ficar tenso, mesmo estando dormindo.

Sabia que ele não se perdoou. Edward estava se torturando, tento me colocar em seu lugar, e não sei como ia lidar se soubesse que tinha uma filha que não acreditava que ela era minha, ter vivido cinco anos sem ela para depois saber que fez as escolhas erradas e que acreditou no mais fácil.

Edward fez tudo por nada, ele se puniu distante das pessoas que amava por puro medo, receio, e orgulho.
Passo minha mão pelo seu cabelo, acariciando para que de alguma forma ele saiba que estou aqui.
Realmente o perdoei, mas isso não queria dizer que íamos ficar juntos.
Fito seu rosto e tento decorar cada traço do seu rosto, porque em algum momento tinha que ir embora e não sabia quando ia ter esse momento novamente.
Eu sei que não deveria esta aqui, mas não conseguia sair de perto. Queria prolongar isso o máximo possível.
Olho a hora e vejo que faltava poucas horas para a Mel chegar. Sem escolha saio da cama e vou ao banheiro, tomo um banho quente, trabalhando na minha mente o que ia encarar quando Edward acordasse.
Tinha o assunto da minha mãe e queria saber como ele ia reagir daqui para frente em relação a Mel.
Desligo o chuveiro e pego um roupão que estava por perto. Visto e encaro o espelho
Me surpreendo com a minha imagem, apesar de todo estresse de ontem e de hoje de manhã, minha pele parecia rejuvenescida, mas o que mais me chama atenção era o brilho nos meus olhos.
Eu me sentia renovada e a minha vida estava de certa forma se renovando. Só faltava um ponto para essa pagina ser totalmente virada e poder me focar na união da Mel e do Edward como pai e filha. Sai que não ia ter nenhum problema com isso, o problema só era Edward superar o que fez.
Saio do banheiro para pegar a minha roupa que deveria esta jogada no quarto, mas sem querer esbarro em um dos objeto de decoração que ficava em volta do quarto.
Faz um barulho quase estridente e vejo Edward se mexendo na cama.
Droga!
— Bella?- Edward acorda.
— Desculpa, derrubei sem querer, não queria te acordar – digo pegando o que tinha derrubado no chão e o coloco de pé.
Ouço um riso fraco vindo dele.
— Sempre derrubando as coisas – ele sorri torto se sentando na cama com o rosto de sono que faz meu coração acelerar.
Fazia muito tempo que não o via naquele estado. Cabelo todo bagunçado e o rosto sonolento, parecendo um garoto. Essa constatação me fez querer enroscar meu corpo ao seu e não ter hora para levantar dessa cama.
— O tempo passa, mas algumas coisas não mudam – brinquei indo ate a cama – Mas juro que melhorei bastante.
Ele sorri mais e fica apenas me olhando.
Desvio o olhar meio envergonhada de ser encarada assim.
Respiro fundo quando lembro o que tinha para conversar com ele.
— Eu já sei da minha mãe, o que ta acontecendo com ela – digo logo de uma vez.
Edward arregala um pouco os olhos surpreso. Ele não esperava que dissesse isso.
Seu rosto fica sério e dá para perceber a culpa se aprofundar nos seus olhos.
— Quem te contou? – perguntou com a voz baixa.
— Emmett, fui ontem lá na sua empresa, pedi para ele procurar meus pais e ele acabou me contando. Só não sei porque não me contou assim que soube.
Ele passa as mãos pelo rosto.
— Eu ia de contar, mas não sabia como dizer isso, é um assunto delicado, quando soube estava na viagem, não ia te telefonar e te dizer – entendia seu ponto.
— Fiquei muito chateada com você quando ele me disse – fui sincera.
— Juro por Deus que não ia te esconder isso, não seria capaz e nem faz sentido. Eu sei o coração que você tem, só estava procurando um jeito melhor de dizer.
Balanço a cabeça o entendendo.
— Eu quero muito vê- lá. Ela é minha mãe e... – minha voz cortou porque parecia que um caroço tinha subido na minha garganta me impedindo de falar.
— Eu sei, Bella. Você não seria a mulher que eu conheço se você não se importasse. Vou conseguir um vôo para você hoje mesmo, se quiser – ele me olha preocupado.
Começo a dizer que sim, mas logo me desanimo ao lembra que não tinha passaporte.
— Não tenho passaporte.
Ele pensou um pouco.
— Espera, vou resolver isso – disse ele e se levanta, não teve vergonha alguma de ficar nu na minha frente.
Ignorando totalmente seu estado ele vai até o seu closet, demora uns 2 minutos e sai de lá com o seu celular na ouvido e graças a Deus vestido com uma calça moletom. No entanto, seu tronco nu ainda estava a vista me atormentando.
—Tem escala ainda hoje? – ele escuta a resposta e faz uma cara de desagrado – Não tem mais tarde? – ele pergunta.
Abaixo a cabeça me sentindo esquisita por estar dando trabalho ao Edward. Não queria incomodar, mas a vontade de ver a minha mãe era tão grande que tento passar por cima disso.
— Então ta certo, obrigada. Vou mandar um dos meus seguranças entregar os documento ai, e o horário daqui a pouco te informo – ele desliga o celular e me olha.
— Já dei um jeito no seu passaporte, mas o horário de viagem para Londres só tem agora de16h, ou então amanhã de 6h – ele informa.
— Eu posso ir amanhã, mas o valor da pa... – ele me corta.
— Não se importe com nada, já está tudo pronto, só queria saber se ainda quer ir hoje.
— Mas ainda tem a Mel, vai ser muito cara as passagem – depois que falei me sentir idiota.
— Não quero ser esnobe, mas isso não faz diferença nenhuma para mim – ele sorriu um pouco querendo me passar que realmente estava tudo bem para ele.
— Eu só me sinto mal em te dar tanto trabalho – expliquei.
Ele nega com a cabeça e se aproxima de mim que ainda estava sentada na cama.
— Não é trabalho nenhum, pelo contrario – disse se sentando ao meu lado.
— Obrigada – passando a mão pelo cabelo ainda envergonhada por aceitar.
Ele assente.
— Então – ele muda de assunto - Queria saber como vai ser as coisas em relação a Mel – ele olha para as próprias mãos enquanto fala – Não sei como abordar o assunto, não sei como você quer que isso seja feito.
Respiro mais tranquila por tocar naquele assunto primeiro.
— Estava pensando em a gente juntos contar a ela, sabe? Não quero te privar de mais nada em relação a ela. E esse assunto a Mel vem comentando bastante à uns dias.
Ele me olha curioso.
— O que ela disse?
— Ela primeiramente perguntava onde estava o seu pai, mas ultimamente ela estava dizendo que te queria como pai dela – sorri da sua expressão surpresa – A Mel gosta muito de você, ela te acha um verdadeiro herói.
— Eu a amo – ele seus olhos sorri assim comprida a sua expressão.
— Eu sei disso – meu sorriso cresceu – Vocês são perfeitos juntos.
— Vou lutar com toda força para que também um dia sejamos perfeito juntos – ele me olha para ver minha reação ao dizer aquilo.
Só posso dizer que o meu coração quase chegou na garganta de tanto pulsar.
Desvio meus olhos dele.
— Do fundo do meu coração espero que sim, Edward – digo e me prendo naqueles olhos verdes – Eu gosto de você e isso não é surpresa para ninguém, não consigo esconder. Mas só quero que você tenha certeza do que quer, tem que confiar totalmente em mim.
— Tenho certeza absoluta do que quero, e hoje vejo que nunca deveria ter desconfiado.
— Acho que isso tem que ser algo trabalho do para ambos os lados, porque estou certa que gosto de você, mas não tenho certeza se vale a pena continuar, por mais que tudo com você seja ótimo – me lembro do sexo que ele me faz sentir na nuvens e como me sentia protegida em seus braços.
Uma faísca de esperança acende em seu rosto.
— Então posso lutar por você? Está me dando uma esperança que ainda pode se construir algo entre a gente?
— Quem me diz isso é você. Me mostre que posso confiar, me mostre que vale a pena te dar essa esperança– ele me olha por um instante e depois pega a minha mão.
— Então vou te mostrar tudo isso, não sei se um dia posso me tornar merecedor do seu amor, estar a sua altura, mas não vou desistir. Te quero demais ao meu lado, não estou suportando a ideia de ficar longe de você, mas sei que mereço, você tem razão em desconfiar de mim.
— Mas confio em você totalmente sendo o pai da Mel – ele aperta minha mão.
— Obrigado, tendo só a Mel por enquanto me basta no momento, mas se algum dia ter a honra de ter vocês duas, a minha vida vai ficar completa – ele fala e beija minha testa.
Meu estômago dá cambalhotas.
Estava me segurando muito para não pular em seus braços, muito difícil ouvir ele dizendo essas palavras bonitas e ficar quieta.
Sei que sou uma idiota por sentir isso.
Mas só Deus sabe como quero que essas palavras não sejam apenas palavras.
Na mesma intensidade que ele mostra me querer, eu também o quero.
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Pensamentos de Edward

A Mel, é minha filha.
Minha filha e da Bella.
Isso ainda estava sendo processado na minha mente.
Existia três partes gritando dentro de mim, a primeira era a sensação sufocante de felicidade de ter a menina mais doce que já conheci ser a minha filha, mas tinha a segunda parte e ela pesava, e como pesava.
Estou me sentindo horrível, a culpa me atormentava demais. No momento que estava naquele quarto, quando a Bella me segurou em seus braço, enxugou as minha lágrima, disse que estava tudo bem e que a Mel ia me amar como seu pai, naquele momento pareceu aliviar, mas só fez a sua presença não estar mais por perto que tudo caiu no meu colo.
Ela me perdoou, mas não consigo me perdoar. Eu sabia que a Bella tinha sofrido muito durante esses anos, ela não entrou em detalhes, mas tinha uma ideia, e isso mexia demais comigo.
Não consigo me conformar por te passado cinco anos longe delas, não consigo me conformar que perdi tudo da primeira infância da Mel, mas além de tudo não consigo me conformar por ter perdido isso tudo por acreditar em papéis, mas não foram só eles os culpados, foi eu que acreditei, escolhi acreditar no mais fácil.
Agora estou tendo as consequências, que não são fácies. Dói até encara a Bella, porque eu estava sentindo vergonha de mim mesmo. Ela sendo atenciosa, compreensiva, ter se entregado a mim depois de tudo que fiz me faz ter a plena certeza que não a merecia. Nunca vou está a altura dela, por mais que tente.
Quando a Bella me deu esperança que algum dia poderíamos ficar juntos, não acreditei. Ela era incrível demais.
E isso só me fazia me sentir mais culpado.
E agora elas iam embora.
Eu sabia que ia quebrar assim que elas saíssem por aquela porta, mas não poderia impedir que elas fossem embora, isso não era uma escolha minha.
Fiz o meu máximo para não demostrar nada além de compreensivo quando a Bella disse que queria visitar a mãe. Eu sabia que ela queria vê-la, vi nos seus olhos o quanto ela queria isso.
Mas não minimizava o vazio que ia sentir.
Eu não tinha nenhum direito sobre a Mel, não tinha nenhuma autoridade sobre as duas. Por mais que a Bella me assegurou que estava tudo bem, que tinha perdoado, sabia que não era bem assim.
E tinha a terceira parte, o meu desejo por Bella, o meu desejo de estar perto dela.
Ainda podia sentir seu toque sobre mim, ainda podia sinto o seu gosto na minha boca e a suavidade da sua pele.
Meu desejo por ela triplicou assim que reconheci cada pedaço do seu corpo. Ele já tinha sido meu e por aquele momento acreditei que estava sendo de novo.
Mas ela não era minha. A Bella não confiava em mim, e não a julgava.
Só espero que um dia isso mude. Só Deus sabe o quanto a quero de volta. Preciso pensar como construir o caminho que me levasse de volta para o seu coração, ter a sua confiança e fazer com que ela se apaixonasse por mim novamente era a meta da minha vida.
Quero as duas comigo, e não ia descansar enquanto não tivesse isso.
Me desencosto da janela do meu escritório quando reconheço um dos meus carros entrando pelo portão da mansão.
No mesmo instante meu estômago esquenta e dar voltas.
Sim, estava nervoso. Nem parecia que vivi esses últimos meses colado na Mel. Vários reações passavam pela minha mente quando a Mel soubesse que eu era seu pai.
A Bella cansou de me dizer que tudo ia ficar bem, mas mesmo assim estava nervoso e apreensivo, não conseguia descartar a possibilidade dela me odiar. Odiar a ideia de que eu fosse seu pai.
Sigo o carro com os olhos e quando ele estaciona na frente da porta da entrada vejo a Mel saltar do carro e correr para dentro da mansão.
Respiro fundo tendo a certeza de uma coisa.
Se ela não gostar, o meu amor por ela não vai mudar nenhuma vírgula. Vou cuidar, proteger, fazer tudo que ela precisa, sem pensar em nenhum retorno.
E é isso em pensamentos que me dar força para sair do escritório e ir atrás dela.

Ando pelo corredor que dava na cozinha e daqui já se podia ouvir o falatório da Mel.
— Ele já chegou? Onde ele ta? – ela fazia pergunta uma em cima da outra.
— O Edward esta resolvendo uns problemas no escritório – disse a Bella.
— Deixa eu ir lá, por favor – já podia imaginar ela juntando as mãozinha de baixo do queixo e fazendo uma carinha que eu não conseguia dizer não.
Mas a Bella estava mais acostumada com isso, e sabia lidar.
— Não, Mel. Quando Edward acabar ele vai descer – ela foi firme, mas não soou autoritário, não sabia como fazia isso, mas ela sabia maneira a voz e ser fim ao mesmo tempo.
Chego na entrada da cozinha e o meu peito dispara mais ainda de ansiedade quando vejo o corpinho da Mel de costa para mim.
— Mas ele ta com muita saudade de mim – ela argumebta com a voz muito seria.
E isso faz um sorriso se forma no meu rosto.
— Claro que ele está, pequena – A Bella sorri e olha para cima.
Seus olhos se prende nos meus e eu sabia que era a hora certa de me fazer presente.
— Vocês estão certas, eu estou morrendo de saudades dessa princesa – A Mel no mesmo instante que ouve a minha voz se vira e sem esperar qualquer ação de mim sai correndo para os meus braços.
Me ajoelho para ficar da sua altura e sou presenteado com o melhor abraço do mundo.
Não consigo descrever o sentimento que estava sentindo ao tê-la aqui comigo, perto de mim. Mas é comparado ao não querer nunca mais soltar, ela se encaixava direitinho nos meus braços. O seu lugar era aqui.
Afundo meu rosto no seu cabelo sentindo o seu cheiro e sou invadido por algo maior que eu, não consigo controlar.
E de repente tudo na minha vida faz sentido. Eu sou pai, pai dessa garotinha maravilhosa que quando pus meus olhos em cima dela pela primeira vez sabia que de alguma maneira ela era especial e não conseguir fazer outra coisa se não ama-lá.
— Tá dodói ?– sua voz corta a minha névoa de pensamentos.
Ai dou conta que lágrimas grossas escorriam pelo meu rosto.
Abro um sorriso e beijo sua testa.
— Eu estou feliz, princesa. Pessoas felizes choram, sabia? – ela me olha contrariada.
— Não, mas não chora – ela passa as mãozinhas pelo meu rosto tentando tirar as lagrimas dali.
Sem me importar pego ela em meu colo e me levanto.
— Como foi seu dia ? – pergunto para distrai-lá
Ela em um passe de mágica volta a sorri esquecendo qualquer preocupação do seu rosto.
— Foi incrível, mas estava com saudades de você, Edwald. Você me deixou – ela acusou fazendo bico.
— Desculpa, princesa. Ouve um problema, mas ele já foi resolvido. Você me desculpa? – ela me encara com seus olhos verdes, me sinto totalmente exposto quando ela me olha assim, isso me faz lembrar da sua mãe. Ela me olha do mesmo jeito. Como se tentasse ver algo além de mim.
— Sim eu te desculpo, mas não faz mais isso – a Mel quebra meu coração, pois podia sentir que ela realmente estava preocupada com o meu desaparecimento.
Levo minhas mãos em sua costa e faço carinho. Ela deita sua cabeça no meu ombro e aperta mais seus braços pelos meus ombros.
— Desculpa, meu amor – repito beijando seu cabelo.
Olho para a Bella meio perdido sem saber o que fazer, mas ela apenas sorri para mim, mas com os olhos turvos de lágrimas.
Depois de um tempo ela esquece qualquer coisa relacionada ao meu sumiço e começa a conversar sobre tudo.
E lá estava a menina que eu conhecia.
Como a Amélia já tinha ido embora ficamos só nós três na cozinha. Enquanto a Mel falava eu e a Bella a ouvia atentamente, mas de vez em quando nossos olhares se cruzavam e eu sabia que aqui era meu lugar. Perto delas, não conseguia me enxergar em outro lugar para ser feliz.
Depois de um tempo a gente come juntos o jantar. Ajudo a Bella a lavar louça suja enquanto a Mel brincava com o Skimmy por toda cozinha.
— Você está pronto? – a Bella me pergunta me vendo enxugar o ultimo prato.
Ela não precisava dizer para o que, porque eu já sábia.
— Estou – digo colocando o pano de prato em cima da mesa.
Ela assente e eu respiro fundo tentando me acalmar.
.....................
— Eu vou dormi sem tomar banho? – a Mel pergunta estranhando quando a gente entra no quarto da Bella e a coloca na cama.
— Não, meu amor. A gente só precisa conversar um pouquinho – disse a Bella sentando ao seu lado. Faço a mesma coisa sentando do seu outro lado.
Ela da de ombro balança as sua perninhas sem entender nada do que estava acontecendo.
A Bella me olha, e posso sentir tranquilidade vindo dela, mas eu estava uma pele de nervos.
— Mel, se lembra que você sempre pergunta pelo seu pai?
Noto que no mesmo instante o corpo da Mel fica tenso.
— Sim – ela olha para mim rapidamente antes de focar sua atenção na Bella.
— Então, eu sei onde ele estar e ele quer muito te ver - Vejo os olhos da Mel se arregalarem.
— Mas... – ela começar a dizer, mas para.
— Mas o quê? – Dessa vez sou eu que pergunto.
— Eu não quero mais o papai – se não estivesse tudo tão quieto e em silêncio a gente não tinha conseguido ouvir sua voz, porque ela era minúscula, apenas um sussurro.
Meu coração vai ate a boca e até a Bella a olha com o cenho franzido.
— Mas você sempre quis – A Bella a olha sem entender – O que esta pensando?
A Mel abaixa os olhos parecendo envergonhada.
— Eu me acostumei em saber que o papai nunca vai voltar. Ele disse a senhora que quer me ver, mas é mentira – meu peito aperta ao ouvir isso, mesmo no seu tom de inocência aquilo me atinge mais do que eu esperava.
— Meu amor, não fale assim – A Bella me olha preocupada.
A Mel levanta a cabeça e me olha.
Penso que vou ver indiferença em seus olhos ou qualquer coisas que me der mais certeza de que ela não me queria por perto, mas me surpreendo quando vejo uma chama de esperança em seu olhar.
— Mas o Edwald poderia ser o meu papai – ela me olha hesitante – Eu posso ensinar a ele, eu juro que posso – disse ela e olha para a sua mãe – Por favor, mamãe, ele é tão legal comigo, ele sabe cuidar de mim, e me ama, ele já me disse isso, não foi Edwald? – ela me olha com expectativa.
Eu não conseguir responder, pois estava petrificado
Olho para a Bella e ela está tão surpresa quanto eu.