Entre Perdas e Conquistas escrita por Amanda R


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, gente!!!

É, voltei .... Só quero dizer que esse cap é pequeno, ok? - já tinha avisado isso, quem faz parte do grupo ou conversou comigo por mensagem tá ligada.

Boa leitura!!!



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Olho para o relógio pela décima segunda vez desde que desliguei o celular da ligação com a Alice. Fazia mais de duas horas e meia e ela ainda não tinha colocado os pés nem na estrada da fachada da mansão.

Nesse tempo já tinha revirado dois contratos da empresa, assinado cada folha e separando eles em pastas corretamente.

Quanto tempo se precisa para escolher uma arvore e alguns enfeites?

Mas estávamos falando de Alice. Não se podia espera outra coisa da minha irmã. Ela demorava séculos só para comprar um alfinete, imagina uma arvore de natal.

Respiro fundo e me levanto. Já estava ficando entediado de ficar aqui nesse escritório silencioso. A Mel não estava mais me fazendo companhia a um bom tempo, ela estava com a Isabella em algum lugar da mansão. Com ela as coisas ficavam menos silenciosa, em consequência menos entediante.

Saio do escritório e perambulo pelo corredor em direção a escada. Quando já estava na metade ouvi vozes que viam da sala de estar.

— Acho que comprei tudo que precisa para uma árvore - comentou Alice com sua voz de sino.

Agitei meus pés na escada para ir mais rápido curioso ao saber com quem Alice estava falando. Eu sabia que só tinha três pessoas na mansão tirando os seguranças, provavelmente ela estava falando com a Isabella.

Minha pulsação aumenta. Um pânico passou em minha cabeça, mas logo fui confortado pelo pensamento de que Alice não era igual a mim. Não importava o passado, a Alice nunca maltrataria alguém. A aprovação disso veio quando ouvi a voz da Isabella.

— Acho que sim, a senhora comprou bastantes coisas.

— Pelo amor de Deus, não me chame de senhora, só Alice. E sim, comprei bastante, é que estava em duvida do que comprar. Provavelmente Edward não vai se importar com isso, mas não penso o mesmo da demora que durou para comprar tudo - eu não fazia ideia do tamanho da sua compra. Quando cruzei a entrada da sala que vi Alice, Isabella e Mel perto de um sofá amarrotado de sacolas ate no chão tinha.

— Duas horas e meia, Alice? - todos os rostos viraram em minha direção com o som da minha voz.

A Alice revirou os olhos e veio ate a mim.

— Não seja mal agradecido. Apenas fique feliz por ter uma irmã como eu - disse ela me abraçando. Sorri e devolvi o abraço.

— Obrigado então - agradeci ao me separar dela e beijei sua testa - Obrigada mesmo. 

Os olhos da Alice brilharam com a minha declaração. Me senti culpado, eu tinha me afastado dela durante os últimos anos e nem percebi o quanto ela sentia minha falta. Eu amava minha irmã, assim com todos da minha família. Cometi um grande erro me afastando das pessoas que me amavam por puro egoísmo.

— De nada. Estou sempre aqui, mas agora tenho que ir. Prometi ao Jasper que assim que acabasse ia ate a ele.

— Não que ficar pro jantar? - ela balançou a cabeça em sinal negativo.

— Não, tenho que jantar com Jasper. Eu acho que ele vai me fazer uma surpresa para comemorar dois anos de casados. Não é fantástico? - seu rosto era pura alegria enquanto falava. Sorri com sua imagem da minha irmã feliz. Ela merecia a vida que tinha, ela merecia ter um homem que a amava e que lha a fazia feliz.

— Sim, parabéns, você merece. Mas depois você passa aqui para gente poder sair ou qualquer coisa- seus olhos não conseguiram disfarçar a surpresa.

— Sério? - assenti e ela me abraçou sem se importar com quem estivesse vendo - Oh, Edward, claro que sim. Eu vou vim. Mamãe vai ficar tão feliz. Obrigada por voltar - sussurrou ela no meu ouvido.

— Desculpe por.... - ela se afastou para poder olhar para mim.

— Shiiiii, não importa mais. Ok? - assenti. Ela sorriu e se virou para Isabella e Mel que estavam caladas ate agora.

— Eu tenho que ir. Mas foi um prazer conversar com você, Bella - a Isabella sorriu.

— O prazer foi meu, Alice - sem que Isabella esperasse Alice lhe abraçou e depois se abaixou para ficar da altura da Mel.

— Mel, correto? - a minha princesa assentiu timidamente com o rosto corado -  Também foi um prazer te ver. Você é linda, querida.

A Mel corou mais ainda e mordeu os lábios e olhou para Isabella, que vez um sinal para que ela fosse em frente.

— Você também é bonita. E eu gostei da árvore que você trouxe.

A Alice olhou para Mel já derretida pela sua doçura.

— Oh, linda. Fico feliz por você ter gostado, tenho certeza que ela vai ficar linda - a Mel sussurrou um eu também e a Alice lhe deu um abraço rápido e se levantou.

— Vou ter que ir mesmo agora. Tchau pra vocês - as meninas disseram tchau e eu acompanhei Alice ate a porta.

Ela pegou seu casaco ao lado da porta e vestiu.

— Tchau, irmão - ela beijou meu rosto e arrumou sua bolsa no ombro. Já ia abrindo a porta quando se virou de repente - Ahh, já ia esquecendo. A mamãe avisou que quer falar com você. Ela mandou eu te avisar que  ligasse para ela.

— Tudo bem, eu ligo mais tarde - ela assentiu e abriu a porta e se foi.

 Me viro e volta para a sala. A Isabella e a Mel ainda estavam lá.

 A Mel foi a primeira a falar.

— Edwald, podemos enfeitar a árvore? - perguntou ela andando em minha direção.

— Mel.... - começou a Isabella para chamar sua atenção, mas fiz um sinal com a mão e prestei minha atenção na princesa na minha frente.

— Podemos- disse me agachando para ficar da sua altura. Ela sorriu.

— Quando?- sua excitação estava evidente em sua voz.

— Agora? - ofereci com um sorriso que só ela poderia tirar de mim.

— Agora? - falou ela soando como uma pergunta. Seus olhinhos estavam arregalados em surpresa e felicidade ao mesmo tempo.

Olhei para Isabella que nos olhava com um sorriso terno nos lábios.

— Pode me ajudar a montar a árvore para essa garotinha? - perguntei ficando de pé.

A Isabella me olhou por um instante com hesitação, mas seu olhar desceu para Mel e acho que ela viu toda sua alegria de inocência de criança que quando olhou novamente para mim seu olhar era determinado e faíscas dançavam em seu olhar.

— Sim, eu vou ajudá-los - disse ela e Mel deu um gritinho feliz.

Respirei fundo satisfeito e começamos a desembrulhar os enfeites.

As ultimas horas que passei ao lado de Isabella e com a Mel foram quase mágicas. Posso estar falando que nem um idiota, mas a energia que nos rondava enquanto arrumávamos a arvores era quase singela dando um ar de magia natalina incrível. Faz anos que não sentia isso, confesso que tinha ate esquecido a sensação.

— Pronto- disse Mel com a voz maravilhada quando ela esticou seu corpinho e seus braços pequenos com a minha ajuda para colocar a estrela de Davi no topo da árvore.

— Ficou linda - disse Isabella ao meu lado. Olhei para ela com a Mel em meus braços.

— Linda- sussurrei olhando ainda olhando para ela. Mesmo em meio das luzes piscastes da arvore dava para ver um rubor em sua bochecha. Ela abaixou os olhos como se repreendesse de algo e olhou para frente. Ela poderia disfarçar, mas eu podia ver o quanto ela ainda era atraída por mim, assim como ainda sou por ela.

Não sei o que fazer com essa atração, mas estava certo que nunca ia me livrar dela. Se passaram tantos anos e ela ainda estava lá firme e forte, posso ate dizer que mais apelativa que antes.

Ao longo das ultimas horas nossos olhares se cruzavam sempre que nos descuidávamos. Era quase magnético, a esse ponto eu estava me segurando para não fazer algo idiota que viesse me arrepender mais tarde.

— Eu... Acho melhor arrumar aqui e depois ir fazer o preparo do jantar - disse ela olhando rapidamente para mim e se abaixou para pegar as embalagens que  jogamos no chão.

Coloquei a Mel no chão rapidamente e a impedi de pegar mais algo do chão.

— Eu faço isso - disse pegando todas sacolas e papeis o mais rápido que pude. Ela ainda estava com a faixa no tronco, não podia fazer esforço exuberante - Eu estava pensando em pedi algo em algum restaurante - disse me levantando e encontrado o seu olhar inserto - Pizza ou alguma comida diferente.

— Ohh..pizza, por favor - saltou Mel no chão dando pulos.

— Ela quer - disse apontando para Mel - Só basta você aceitar.

Ela suspirou e acenou.

Sorri

— Eu vou ligar.

— Tudo bem - disse ela ajeitando seu cabelo tirando uma mecha castanha do seu rosto - Por enquanto, vou levar a Mel para quarto para ela tomar banho.

Acenei e ela cruzou a sala indo ate a Mel, depois de um vou já da Mel elas se foram subindo as escadas deixando a sala quieta.

Fui ate o telefone que tinha na sala e disquei para o numero que normalmente ligava para pedi pizza no fim de semana. Fiz o pedido de cinco pizzas, cada uma de um sabor já que esqueci de perguntar quais elas queriam.

 Depois que fiz o pedido lembrei do aviso da Alice antes de ir embora. Ligar para minha mãe.

O telefone deu três toques antes dela atender.

— Residência dos Cullen's - a voz grave do meu pai soou na linha.

— Oi, pai. Sou eu, Edward- disse me sentando no sofá.

— Ah. oi, filho. Tudo bem? Ouvi algum problema?

— Não, não. Era que a Alice veio aqui mais cedo e disse que era para ligar para a mamãe.  

— Ah, sim. É mesmo. Espera um pouco - a ligação foi pro modo de espera. Depois de alguns segundos ele voltou - Filho?

— oi, pai.

— Ela já está vindo, espera um pouco, mas por enquanto fale comigo. Como você estar? - essa pergunta era normal ser feita para mim  pela a minha família e eu sempre respondia tudo bem, mas hoje por algum motivo não queria mentir.

— Estou com a cabeça a mil - desabafei.

Ele não falou nada por alguns instantes.

— É a Bella, não é? - ele adivinhou - Quer conversar sobre isso?

Olhei para a escada antes de respirar fundo e começar a falar.

— Será que dá para nos encontrar em algum lugar hoje? - perguntei meio envergonhado. Não estava mais acostumado de falar tão abertamente com ele.

— Claro, que dá - a resposta dele foi rápida, me senti bem com isso - Só me diz aonde e a que horas que vou está lá.

Sorri.

— Obrigada, pai - agradeci e olhei para o relógio, era sete e dez. Ficamos um bom tempo arrumando a arvore - Me encontra as oito e meia naquele bar na costa leste, se lembra dele?

— É claro que sim, como vou esquecer? Foi lá que fui buscar você e seu irmão depois do primeiro porre - ri lembrando desse lamentável fato e ele me acompanhou.

— É lá mesmo. Então, nos encontramos lá.

— Tudo bem - disse ele e eu ouvi a voz da minha pedindo para que ele passe o telefone para ela - A sua mãe quer o telefone, vou passar para ela, até mais tarde.

— Até, pai - me despedi e ouvi uns murmurinhos deles dois ate que a voz da minha mãe suou na linha.

— Oi, filho. Quero falar com você - disse a minha mãe com a voz alegre.

Sorri com a sua empolgação

— Pode falar.

— Bem, você se lembra que viajamos todos os natais, correto?

— Sim - disse meio confuso por ela tocar nesse assunto.

— Então, com a Bella e a Mel na sua casa creio que você não vai querer deixá-las sozinhas.

Ah, agora entendi aonde ela queria chegar. Confesso que não tinha pensado nisso ainda.

— Mãe... - comecei, mas ela me interrompeu.

— Não adianta negar querido. Você não vai querer deixar elas sozinhas ai - disse ela e fez uma pausa antes de continuar- Sem falar que elas já ficaram sozinhas demais na vida.

Fechei meus olhos quando ela disse a ultima frase.

— Por mais que eu queira levar elas duas, Isabella não vai aceitar - disse passando a mão no cabelo um pouco frustrado por não ter pensado nisso antes.

E agora, o que vou fazer? Não posso deixar elas sozinha nessa mansão no natal.

— Tenta, filho. Por favor.

— Mãe, ainda tem a Rose- a lembrei.

— Não se preocupe já conversei com ela e ela disse que vai se comportar. Rose me deu sua palavra. Vai dar tudo certo, só basta a Bella aceitar, então faça o convite, ok?

Suspirei antes de assenti para mim mesmo.

— Tudo bem, eu faço, mas se...

— Não tem "mas se" Edward Cullen, apenas faça - comandou ela me fazendo sorri. Faz tempo que ela não falava assim comigo.

— Tudo bem, mãe. Vou fazer - disse e ela falou um obrigada e se despediu desligando o telefone logo em seguida.

Coloquei o telefone no gancho e jogo a minha cabeça no encosto do sofá, tentando achar um modo de falar com a Isabella sem ser um idiota total.

O tempo passou e continuei no sofá até que o interfone tocou, um dos seguranças dizendo que tinha um entregador de pizza na entrada da mansão.  Não tinha avisado aos seguranças, então disse a ele  que o entregador poderia entrar. Depois de alguns minutos o entregador tocou a companhia. Tirei algumas notas no bolso e fui atender a porta. Peguei as caixas e paguei ao cara, mas antes que ele fosse embora lhe devolvi duas caixas e disse que entregasse ao segurança que o atendeu.  Ele assentiu ligeiramente e se foi.

Fecho a porta e coloco as caixas no centro baixo que tinha no meio da sala. Vou ate a cozinha pegar alguns refrigerantes e copos. Penso em pegar algum vinho, mas achava melhor não arriscar.

Volto para a sala e a Isabella e a Mel ainda não tinham voltado, então sento no sofá. Depois de mais alguns minutos elas descem.

A Isabella fica meio sem jeito de se sentar no chão para comer, provavelmente por minha causa, mas a Mel logo a convenceu. Ela disse que seria legal comer pizza olhando para a arvore cheia de luzes.

Nos sentamos no chão com a Mel no meio e começamos a comer.

No começo o clima foi um pouco tenso, mas fiz de tudo para deixar a Isabella relaxada. A conversa era comandada pela a Mel, ate que ela estava concentrada demais em sua boneca para nos dar a sua atenção.

Pensei em sair e ir para o quarto para não deixar ela desconfortável, mas fui surpreendido quando a Isabella falou sobre algo em minha direção. Para ser mais especifico foi uma pergunta. Ela me perguntou sobre o que a minha empresa trabalhava.

— Sobre aparelho eletrônicos tecnológicos, o meu sonho desde a faculdade - disse ainda surpreso com a sua pergunta.

Ela sorriu um pouco.

— Oh, parabéns por ter conseguido. Você é realmente muito inteligente, uma mente brilhante - eu pude jurar que os seus olhos brilharam nesse exato momento. Eu não esperava por isso.

— Emmett e o meu pai ajudaram muito, não tinha conseguido sem eles - disse fitando seus olhos.

— Emmett trabalha com você?

— Sim, mas não é só comigo. Ele também trabalha com o meu pai, assim como eu. Nossas empresas tem uma parceria - tentei explicar mesmo sentindo meu peito se aquecer por ela esta conversando comigo.

— Hum...Legal. Fico feliz por vocês.

 Se fosse qualquer pessoa, que passou pelo o que ela passou, me dizendo isso eu não teria acreditado, mas senti que as suas palavras eram sinceras e isso fez com que o meu estômago desse voltas e a culpa que me atormentava durante esses últimos dias por ter abandonado ela veio com força.

Ela poderia ter feito parte desse time se eu não tivesse sido tão egoísta.

Ela também era uma mente brilhante.

Ela não merecia está limpando chão e servindo pessoas, não que isso fosse um trabalho indigno, só que ela era inteligente demais para ficar só nisso. A Isabella merecia o mundo aos seus pés, e não importava o que ela fez no passado.

— Eu... Acho melhor a Mel e eu subirmos - disse ela me tirando do meu devaneio.

Olho para ela um pouco atordoado.

Ela me olhava sem jeito enquanto se levantava.

Eu deixei praticamente falando sozinha.

— Oh, me desculpe...Eu...Argh. Obrigado - atropelei as palavras enquanto tentava raciocinar ao mesmo tempo que levantava.

— Hum... Tudo bem - ela mordeu o lábio parecendo nervosa e se virou para a Mel que estava mais a nossa frente perto da arvore com a sua boneca - Filha, dá tchau pro Edward, que já vamos subir.

Tentei abrir a boca para falar alguma coisa para fazer com que ela ficasse para falar comigo, mas não tinha a mínima ideia do que falar.

Inferno!

— Mãe, mas eu não estou com sono - resmungou a Mel se levantando com um bico na sua boquinha.

— Mel, vamos subir - Isabella lhe deu um olhar serio e ela suspirou antes de vim até a mim.

— Boa noite, Edwald - me abaixei para ficar da sua altura e lhe abracei dando um beijo na sua têmpora quando me afastei.

— Boa noite, meu amor. Durma com Deus - disse sorrindo para ela que me devolveu com o seu doce sorriso.

Olhei para a Isabella.

— Boa noite - disse colocando a mão no bolso constrangido pela cena anterior.

— Boa Noite - sussurrou ela sem olhar para mim enquanto pegava a mão da Mel.

Observei elas irem embora com uma sensação ruim.

Suspiro e passo a mão no cabelo sentindo vontade de puxá-los.

Eu definamente preciso falar com alguém sobre a onda de sentimentos que estou sentindo, senão vou enlouquecer.

...............................

— E ai, filho - cumprimentou meu pai com um abraço.

Eu tinha acabado de chegar no bar. Estava na parte da bancada sentado em um dos bancos.

— Oi, pai - disse me afastando - Senta ai.

Ele sentou no banco ao meu lado.

— Deixou a mamãe te esperando ou ela já foi dormi?

— Não, ela disse que vai me esperar. Nosso fim de semana esta longe de termina - fiz uma cara de nojo, pois tinha uma ideia do que ele estava se referindo.

Ele riu e ignorou minha cara.

— Agora me diz como estão as meninas - disse ele tentando entrar no assunto principal da noite.

— Deixei elas dormindo. A tarde foi cansativa - disse me ajeitando no banco.

— Cansativa? O que elas fizeram - olhei para ele e ele me entendeu - Ah, o que VOCÊS fizeram.

— Eu pedi para a Alice comprar uma arvore de natal - disse de uma vez. Eu não fazia a menor ideia do por que aquela conversa tava ficando estranha.

— Árvore? - ele me olhou com uma sobrancelha arqueada.

— É, árvore. É isso que se faz perto do natal, lembra? - ele fez uma cara de desentendido.

— Claro que lembro, só que não lembro que você fazia esse tipo de coisa na sua casa.

— A Mel me pediu. Na realidade ela perguntou se tinha esse tipo de coisa lá em casa e eu não tive coragem de negar. Foi isso.

— Humm... Isso explica tudo.

Assenti e olhei para frente quando uma atendente do bar apareceu.

— Os senhores vão querem algo? - perguntou ela olhando atenciosamente para nos dois.

— Um Uísque com duas pedras de gelo, querida - disse meu pai amigavelmente e ela lhe deu um enorme sorriso antes de se virar para mim com seu olhar malicioso.

— E o senhor?

Para ser sincero se fosse em outros tempos eu a pegava. Seu cabelo negro caracolado destacava muito bem no formato do seu rosto e os seus olhos eram de um negro fatal que avisavam que ela era perigosa. Uma negra corretamente dentro da minha antiga lista de mulheres para fazer sexo, mas atualmente minha cabeça não cabe mais nada sem ser uma mulher.

Eu nunca que conseguiria fazer uma transa casual tendo a Isabella sob o mesmo teto. Sei que estou a anos separado dela, mas me sentiria como se tivesse traindo. E realmente estaria, o amor que sinto por ela ainda é muito forte, e se fizess isso estaria traindo esse sentimento que é a única coisa boa que guardo dentro de mim.

Mas isso não quer dizer que não transei durante cinco anos. Transei sim, e muito, principalmente no primeiro ano longe dela. Eu praticamente me joguei nas mulheres, era uma a cada noite e também me entreguei à bebida para tentar esquecer a merda que tinha acontecido na minha vida. Mas nunca me esqueci da dor e nada se resolveu. Então durante os anos fui parando, ate que não me interessava mais por ninguém, sexo sem sentimento cansa por mais incrível que seja. E agora que voltei a ver Isabella, era que nenhuma mulher era suficiente para mim.

Quando eu olhava para essa mulher na minha frente, só vinha a Isabella na minha cabeça e o quando eu ainda a amava.

— Só uma água com gás - disse monótono e me voltei para o meu pai deixando a mulher de lado.

Ouvi ela sair para pegar as nossas bebidas e o meu pai me olhou com o cenho franzido.

— Água?

— É... Estou com sede - disse passando a mão no cabelo.

— sede? Ok, vou deixar essa passar - disse ele rindo.

Revirei os olhos.

— Eu não confio em mim bebendo perto dela - disse de uma vez.

Ele parou de ri e me olhou serio.

— Você tem medo de fazer algo com ela sobre o efeito do álcool?

— É, não em agredir, nunca faria isso com ela e nem com ninguém, mas falar o que não deveria  . Venho evitando desde que ela chegou lá em casa.

— Você ainda a ama - disse ele como se fosse à coisa mais simples do mundo, mas eu não negaria mais, nem para mim mesmo, muito mesmos em voz alta.

— Sim, ainda a amo. Mas você sabe, é complicado - disse e a atendente colocou nosso pedido a nossa frente e saio rapidamente. Ela era esperta.

— Complicado? - perguntou meu pai chamando minha atenção de volta a conversa.

— Sim. Nós meio que combinamos em ser amigos. Mas não dá. Eu fico nervoso na frente dela. Não sei o que falar e nem agir normalmente com ela.  É estranho.

— Você a quer novamente como... Mulher? - perguntou ele um cauteloso observando a minha reação.

Suspiro.

— Eu não queria admiti isso para mim mesmo, mas ainda a quero. Mesmo com o passado e tudo. Meu amor é maior. Demorei para ver isso, mas agora que vi não dá mais para negar  - disse e coloquei um pouco da água da garrafa no copo.

— Como você estar tratando ela? - perguntou ele bebendo um pouco da sua bebida.

— O melhor que posso. Me arrependo muito pelo os acontecimentos que fiz com quando ela chegou - meu pai me olhou preocupado.

— O que você fez? - abaixei a cabeça por algum tempo envergonhado.

— Falei coisas desagradáveis, fui bruto com ela. Deixei semanas ela e a Mel dormindo no quarto de empregados.

Vi nos olhos do meu pai que ele estava desapontado com a minha atitude, não era para menos. Eu me odeio por ter feito aquilo com elas.

— Não vou te julgar, porque sei que você está arrependido. Só me resta ficar feliz por você ter percebido isso antes que fosse tarde demais.

— É, eu sei. Pedi desculpas a ela varias vezes e tento me aproximar dela, mas é estranho, é como se ela não se importasse com as minhas desculpas e tenta fugir de mim - disse frustrado.

— Ou ela apenas que se parecer indiferente. É normal, ela passou por muita coisa, sua mãe estava falando comigo sobre isso. A Bella não quer parecer fraca, e ser indiferente é a melhor saída. Você mesmo fez isso.

— É pode ser. Mas as vezes a Isabella parece sentir algo por mim e quando dou um passo a frente ela recua. Não entendo.

— Ela pode sentir, Edward, mas a Bella pode estar com medo. O mesmo medo que você sentiu ate decidir se aproximar dela. Então faça com que ela se sinta segura, pode ser disso que ela precise.

— Como diabos vou fazer isso - eu não tinha a mínima ideia.

Ele suspirou e me olhou com paciência.

— Como você a chama?

Franzi o cenho sem entender aonde ele queria chagar.

— Isabella? - soou como uma pergunta.

Ele negou.

— Como você a chamava? - como um clique na minha cabeça eu percebi onde ele queria chagar.

— Oh, eu deveria voltar a chamá-la de Bella? - ele assistiu

— Isso é um começo, mas o outro é tira-la da posição que ela estar - abri a boca para pergunta de que posição, mas ele não deu tempo - Empregada.

— Mas ela não está trabalhando mais lá.

— Você disse isso a ela? - neguei.

— Eu estava esperando um momento para conversar com ela sobre trabalhar na minha empresa, onde sempre foi o lugar dela, mas não ouve oportunidade. Depois daquele acidente estou dando um tempo a ela.

— Mas a Bella pode está pensando que ainda é a sua empregada. Converse com ela e ofereça essa oportunidade de emprego, e melhor, diga a ela que vai trabalhar comigo.

— Por quê? Eu tenho o cargo perfeito para ela - disse.

Ele assentiu, mas me olhou de um modo estranho, não sei explicar.

— Ela vai ficar melhor na minha empresa. Vocês ainda não estão certos, e ela poderia ficar desconfortável trabalhando com você - explicou ele me fazendo entender seu ponto, mas ainda tinha algo sobre ele que eu não entendia.

— Pai, você quer me falar mais alguma coisa? - perguntei sedo direto.

Ele desviou seus olhos de mim por alguns instantes antes de se voltar para mim novamente.

— Eu... - ele respirou fundo antes de continuar - Eu preciso que você abra os olhos, filho. E tome cuidado com que você pensa e acha o que está certo. Faça com o que você sente pela Bella uma coisa boa, que eu tenho certeza que tudo vai dar certo no final. Eu torço por você e a sua felicidade, nunca duvide disso - eu fiquei um pouco deslocado com a sua declaração, mas acabei sorrindo.

— Obrigada, pai. Eu vou fazer a coisa certa - disse estendendo a minha mão para ele apertar - E obrigada mesmo por ter saído à noite para falar comigo sobre os meus problemas.

— Que isso, garoto. Sempre vou está aqui por você. Fico feliz por esta de volta - ele apertou a minha mão e com a outra deu uns tapas nas minhas costas.

Sorri e senti a sensação de esta sendo sufocado diminuir depois dessa conversa.

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— Eu posso entrar? - levanto a cabeça para ver a Mel na porta com só com a cabeça para dentro do meu quarto.

— Claro. Entra - disse me sentando na cama.

A Mel entrou com seu vestido rodado amarelo segurando um pote preto cheio de adesivos nas mãos.

— O que tem ai? - perguntei observando ela subindo na cama e se sentar ao meu lado cruzando suas pernas colocando o pote em cima.

— É o meu cofre - disse ela e abriu a palma da sua mão na minha frente me mostrando uma chave pequena prata. Depois ela coloca o pote na cama e o gira ate se dar de frente com um cadeado pequeno, também prata - Minha mãe que me deu. Ela disse que ia me dá dinheiro para colocar aqui para depois irmos em uma lojinha e comprar algo para mim. Só que um dia eu estava conversando com uma coleguinha da escola e ela me disse que estava juntando dinheiro com seu pai para comprar um presente de natal para sua mãe e com a sua mãe juntando dinheiro para comprar um presente para seu pai. Ai eu pensei que o dinheiro que estava juntando poderia comprar um presente para a mamãe. Eu não quero nada pra mim, prefiro pra mamãe. Não faz tempo que estou com esse cofre, ai queria saber quanto tinha, mas eu não sei contar direito. Tentei no quarto sozinha quando a mamãe não estava, mas só sei contar de nota de um dólar. Você me ajuda? - perguntou abrindo a tampa.

Demorei um pouco a lhe dar uma resposta, porque minha mente só se podia pensar quanta sorte a Isabe... quer dizer, Bella, tinha que me acostumar a chama~la assim novamente. Bem, voltando ao assunto, a Bella  tinha muita sorte em ter a Mel como filha. Ela era singela, doce e se importava com as outras pessoas que conhecia. Também acho bonito o intenso amor que ela sente pela sua mãe, não estava falando só sobre ela preferir dá um presente para sua mãe do que pra si mesma, mas sim a forma como as duas eram unidas e uma sempre apoiava a outra não importava a questão.

— Edwald? - a voz doce da Mel chamou minha atenção.

—Desculpe, é claro que te ajudo - disse e passei uma mão em seu cabelo macio - Derrama o que tem ai dentro na cama para começar a contagem.

Ela sorriu e levantou o pote ate uma certa altura e o dinheiro caiu fazendo o conhecido barulho de moedas. Tinhas bastante moedas, mas também tinha algumas notas de papel. Pedi a sua ajuda para separar as modas do dinheiro de papel e depois comecei a contagem.

—E ai? Tem quanto? Dá para comprar algo para a mamãe? - sua voz era ansiosa e agitada. Para ser sincero não tinha muita coisa, mas ate parece que eu ia gastar o dinheiro que a Mel juntou. Seja qual for o que pensa quer comprar para sua mãe ela ia ter, e o seu dinheiro eu ia dar um jeito de ele voltar para a sua mão.

—Tem dinheiro o suficiente para comprar o que você quiser, princesa.

—Serio? - perguntou sorrindo.

—Serio. Agora me diz o que você quer comprar.

Ela deu de ombro.

— Eu não sei. Não pensei nisso. Você me ajuda?

— Ajudo, sim - disse e a puxei para mais perto de mim.

— Quando a gente vai? - perguntou animada olhando para mim com expectativa.

— Pode ser agora - ela sorriu. Não resistir e beijei seu rosto corado - Então pronto, vamos agora.

Ela ficou em pé na cama e já ia descer quando lembrou de algo.

— Mas como vamos dizer à mamãe que vamos sair sem dizer a ela que vamos comprar seu presente?

— Deixa comigo - me levantei e a peguei em meus braços e desci com ela pelas escadas.

— Você sabe onde sua mãe está? - perguntei enquanto andava pela sala de estar.

— Ela me disse que ia lá fora no jardim de trás - franzi o cenho estranhando, sei que não estava chovendo, mas estava fazendo muito frio lá fora. Andei ate a cozinha. Estava tudo quieto, então ela ainda estava lá fora.

Coloco a Mel no chão.

— A senhorita fica aqui, que eu vou lá fora falar com ela - eu estava com um casaco bem aquecido, mas a Mel só estava com um vestido fino.

Ela assentiu e me assistiu ir ate a porta da cozinha que ia ate ao jardim. Abri a porta que já estava destrancada e o vento frio tocou meu corpo. Vou para fora e fecho a porta atrás de mim. Ando pelo caminho de pedras a frente e olho ao redor para ver se tenho algum sinal de Bella. Ando mais um pouco quando a vejo na parte esquerda do jardim perto dos muros de flores brancas onde tinha dois bancos brancos. Ela estava de pé, com os braços cruzados contra o peito e olhando para o nada como se estivesse imersa em pensamentos.

Ando de vagar ate ela bebendo sua imagem que faz minha pulsação bater mais forte.

— Oi - disse quando estava perto o suficiente. Ela pisca os olhos atordoada e olha para mim um pouco surpresa.

— Edward... Algum problema? Onde está a Mel? Ela disse que....

— Não, ela está lá na cozinha me esperando, é que vim pedi a sua permissão para levá-la para passear no shopping - disse passando a mão no meu cabelo começando a ficar nervoso.

— Shop? - ela me olhou confusa.

— Sim, é que.... Eu estava pensado em passeia com ela. Eu juro que cuido dela e....

— Eu sei que você cuidaria dela - disse ela esfregando seu braço por cima do casaco - Vocês vão chegar antes do almoço?

Ela deixou tão fácil assim? A Bella confiava mesmo em mim? Sim, a resposta era sim. Eu não sei como consegui essa confiança mesmo depois de tudo que fiz.

— Eu acho que sim, mas em dúvida não espere - disse e ela assentiu

Eu passei minha mão no cabelo hesitante em falar sobre o convite da minha mãe.

— Mais alguma coisa?

— Sim... É que minha mãe ligou.

— Oh, esta tudo bem com ela? - perguntou um pouco confusa por esta falando aquilo para ela.

— Sim, não é nada com ela. Na realidade ela me ligou para eu te fazer um convite.

— Convite? - sua expressão era mais confusa ainda.

— Natal, todos os anos vamos para uma casa de campo em Forks, uma cidade perto daqui, então ela convidou você e a Mel para passar o natal com a gente - Falei tudo de uma vez.

— Oh - ela parecia bastante surpresa.

— Então, você aceita?

— Eu... - ela abaixou a cabeça por alguns instantes como se tentasse organizar suas ideias - Eu estou baste surpresa pelo convite, mas... - ela me olhou e eu percebi algo diferente no seu olhar, eu não sabia dizer o que era, mas isso me incomodou bastante.

— É por causa de mim ou da Rose? Se for isso pode ficar tranquila, eu nunca faria mais nada para te humilhar ou te constranger e a Rose, ela...

— Não, Edward- ela me interrompeu - Não só por causa disso, é as circunstâncias. Não faz sentido ir para uma reunião familiar da sua família. Eu sou nada - as ultimas palavras que ela disse parecia que tinha saído rasgada da sua garganta.

— Não diga isso - repreendi com a voz seca.

— Mas é verdade. Eu sinto muito, mas não dar. Diga a sua mãe que agradeço de coração por ela ter se lembrado de mim e da Mel. Foi muita gentileza dela.

— Não é só ela que queriam vocês lá. Emmett, meu pai, e ate Sophia ficou animada quando a minha mãe supôs o convite - disse falando o que Esme tinha me dito. Ela desviou seu olhar do meu e respirou fundo, depois soltou a respiração pelo nariz. E quando finamente seus olhos se prenderam no meu novamente eu soube que não ai convencê-la a ir.

— Sinto muito, mas realmente não dar.

— Vai passar o natal sozinha nessa casa com a Mel? - perguntei incrédulo.

Ela sorriu, mas não foi um sorriso alegre. Foi um sorriso triste, quase amargurado.

— Sempre foi assim. Eu e ela. Esse ano não vai ser diferente - disse ela se limitando a falar.

Essa frase foi mais um murro no meu estômago.

Fiquei algum tempo calado e depois disse

— Eu realmente queria que vocês fossem, mas se essa é a sua palavra eu vou respeitar.

— Obrigada - disse ela com a voz baixa que transmitia desconforto.

Passei minha mão novamente no meu cabelo um pouco frustrado pela sua decisão. Eu esperava que ia ser difícil convencê-la, mas ainda tinha um pouco de esperança.

— Eu vou arrumar a Mel- disse ela de repente. Sem ter mais nada a dizer só assenti e ela foi embora.

 


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Notas finais do capítulo

E ai, foi pequeno, né? Mas daqui a uns dias vai ter mais, o próximo cap já tá pronto, só vou esperar uma boa parte das leitoras ler esse que posto o próximo, ok....o 22 realmente esta pronto kkkk quer dizer falta betar, mas o texto já ta montado.

E então, o que acharam do cap? O que acharam da pequena conversa do pai do Edward dando conselhos a ele? Será que o Edward vai conseguir fazer com que a bella deixe ele se aproximar? Quem tá com pena dele já? Kkkk muitas meninas já disseram que tão com pena dele kkk
E a fofa da Mel pedindo ajuda ao Edward para comprar o presente da sua mãe? Ela é uma fofa, ne? Como vai ser esse natal, gente? Edward em um lugar e a bella em outro? Mas um natal separados? O que vcs acham?

Me digam por favor, preciso saber a opinião de vocês...comentem, comentemmmmm.......

P.s: Ohhh minha querida queria agradecer de coração pelas mensagem de carinho que recebi durante o tempo que não estava postando, elas de alguma forma me ajudaram bastante a voltar a escrever. Obrigada mesmo Amo vocês

P.s: Gatas maravilhosas do meu coração muito obrigada pelos comentários do cap passado...li cada um. E seja bem vindas as leitoras novas...

P.s: Não vou mais deixar juntar comentário, pq para responder depois é uma luta, então resolvi responder cada comentário assim que ele for postado, ok? Então se alguém tiver alguma pergunta que não seja quando o Edward vai ver que é pai da Mel eu vou responder de boa...Para deixar bem claro, o Edward vai perceber logo depois do natal, ok?