Entre Perdas e Conquistas escrita por Amanda R


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, bom dia ou boa tarde ( depende da hora que vc ler esse cap)!!!!!!

Minhas lindas, tenham uma boa leitura...bjos!!!!!!

Espero que gostem do capítulo!!!!!!!



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Pov Bella.

Abro meus olhos assustada e com a respiração cortada.

Mas um sonho ruim...

Fecho meus olhos e respiro fundo tentando acalmar as batidas do meu coração que está a mais de mil.

Eu ainda posso senti mãos em cima de mim, o medo é incomparável a qualquer coisa. Sei que estou segura no hospital, mas não consigo parar de ter esses pesadelos. É um atrás do outro, sempre começa com eu andando em um lugar esquisito, depois o cenário muda e estou correndo como se minha vida dependesse disso e de repente não posso mais correr, e eles me pegam. A tortura do medo é comparado a pior das dores. Não dar para descrever como estou me sentido, só sei que é ruim demais, é exaustante.

Eu quero voltar para casa. Não quero mais ficar aqui, quero a minha filha, só com ela posso me senti segura.

Não me dei conta, mas lágrimas começaram a cair no meu rosto.

Solto minha respiração com força junto com um soluço.

– Não chora – abro os meus olhos assim que ouço a voz ao meu lado.

Era Edward, mal pude acreditar. Ele estava em pé ao meu lado. O que ele estava fazendo aqui?

– Edward? – sussurro em meio as lágrimas.

– Sou eu – murmura ele chegando mais perto de mim.

– O que você esta fazendo aqui? – pergunto tentando me acalmar. Eu não podia chorar perto dele.

– Vim ficar com você – disse ele me olhando com cautela – Você poderia precisar de ajuda no meio da noite.

– Não precisa, eu...eu estou bem – disse desviando meu olhar dele e fitando minhas mãos.

– Você não está bem. Você acabou de acordar chorando de um sono perturbado. Pode dizer qualquer coisa, menos que estar bem – ouço sua voz aveludada ecoa pelos os meus ouvido.

Estremeço e encolho meus ombros me lembrando do sonho.

– Eu não consigo esquecer – sussurro fechando meus olhos.

– Me conta – abro meus olhos e encaro novamente as orbes verdes que eu já confiei tanto – Me conta, o que aconteceu ontem. Talvez ajude a esquecer.

– Eu não quero. Não me peça isso.

Ele olha para mim em silencio por m segundo, mas assente.

– Tudo bem, eu entendo. Não vou te forçar a nada. Mas dá para ver que você esta com medo – ele levanta a mão como se fosse me tocar, mas em prezados segundos a recolhe. Sinto um aperto no peito. Porque ele estava fazendo isso? Eu não entendo – Não tenha medo, você esta segura aqui. Ninguém vai te machucar - disse ele segurando sua mão ao lado dos eu corpo.

– Eu sei, mas não consigo me controlar – por que ele está aqui?

Ele aperta os lábios e desvia seu olhar de mim por alguns segundos.

– Apenas...

– Eu vou ficar bem, Edward. Eu sempre fico bem – disse o interrompendo.

Ele me olha vagamente e balança a cabeça.

– Eu sei...

– Então pare de falar essas coisas... Ate parece que você se preocupa – mal pude acreditar no que deixei escapar. Observo ele recuar um pouco e seus olhos me encaram como se estivesse sentindo dor.

– Você....

– Edward... Esquece. Esquece o que falei.

– Não. Você acha que eu não me preocupo com você? – sua voz saiu ofendida, mas não me culpei.

Ele não deixou tão óbvio para mim? Se ele se preocupasse comigo nunca tinha me deixado.

– Você me deu provas o suficiente que não – disse ríspida.

– O quê? – ele parecia não acreditar no que estava ouvindo.

– Edward, você quer mesmo falar disso aqui? Porque eu não estou nem um pouco afim. Acabei de ter um dos piores dias da minha vida, fiquei desacordada um monte de tempo, estou me sentindo a pior mãe do mundo por não poder cuidar da minha filha. Eu não consigo dormi sem ter merdas de sonhos ruins e ainda estou tendo uma tremenda dor de cabeça. Acho que esse não é o melhor momento para falar de quem esta se preocupando com quem. Eu te agradeço por cuidar da minha filha, mas isso não muda nada o que a gente viveu.

– Eu não estou falando do passado. Eu estou falando do agora, e é agora que estou preocupado com você.

– Eu não preciso da sua preocupação – dói saber que ele mesmo assume que não estava nem um pouco preocupado comigo depois que sumi há cinco anos - Já tenho pena demais na minha vida, não preciso de mais uma – disse olhando para ele sem me deixar abalar por suas palavras. Eu não iria cair e nem bobear, tenho que estar forte, ou pelo menos parecer forte. Já cheguei ate aqui tão bem, porque não poderia segurar minha casca mais um pouco? – Eu não preciso do seu olhar de pena.

– Pena? Você acha que é pena? – ele deu um passo para trás, mas ainda permaneceu com o seu olhar me mim.

– Se não for isso é o que? Porque durante todo tempo eu só senti isso de você – se controla Bella, não perde a cabeça, você vai falar o que não deve se continuar com esse temperamento.

– Merda! Eu não sinto nenhuma porra de pena de você – cuspiu ele apertando os olhos.

Ri amargamente. Eu realmente não estou conseguindo me segurar.

– Você não sabe como é bom ouvi você falando isso – disse com veneno em cada palavrada dita.

Ele respirou fundo e fechou os olhos como se estivesse tentando se controlar.

– Eu estou preocupado com você – sussurrou assim que abriu os olhos.

Tremi com o intensidade do seu olhar. Não, Bella, não. Ele é uma completa farsa, ele não é mais seu Edward, não para mim.

– Me desculpe, mas é difícil de acreditar – na realidade era eu que não queria acreditar, mas não poderia falar isso para ele.

– Por quê? – perguntou ele sem entender.
Suspirei cansada.

– Simplesmente não da para acreditar em você, é só isso, não dá.

– Isso deveria ser totalmente diferente – resmungou ele.

– O quÊ?

Ele passou a mão novamente nos seus cabelos e desviou seu olhar do meu.

– Vamos parar com esse assunto, Não quero brigar com você.

– Nem eu.

– Não é o que parece – disse ironicamente.

– Eu só estou dizendo a verdade.

– Eu já pedi desculpas a você sobre como te tratei quando você chegou lá em casa – apontou ele.

– E eu já disse que não ligo para a maneira que você me trata – resmunguei.

– Para de ser teimosa. Você já estar grandinha demais para isso – disse ele vindo para perto de mim.

Ele era tão... tão desaforado.

– Sai daqui, Edward – praticamente gritei ignorando a pontada que ganhei pela alteração da minha voz.

– Eu não vou sair – disse ele firmemente. Engoli a vontade de voar no pescoço dele.

– Sai. Daqui! – repeti entre os dentes.

– Não. Você não esta bem.

– Eu estou muito bem, e sempre fiquei sem você por perto.

– Não parece. Da ultima vez que te vi depois de longos anos, você estava desempregada, sem onde morar.

Ofeguei em choque. Não acredito que ele falou isso. Mas o que eu poderia esperar desse Edward? Ele era sempre assim, me humilhar era questão de honra. Não adiantava falar nada, sempre o jogo ia se reverter contra mim.


Respiro fundo e volto a olhar para minhas mãos. Ouço passo oco vindo para mais perto da cama. Levanto minha cabeça. Vejo a imagem turva de Edward, é ai que percebo que estou chorando.

– Bella...Eu não quis falar isso... me... – ele estava de olhos arregalados e com a expressão confusa, mas não liguei.

– Sai daqui – sussurrei desviando o olhar dele.

– Bella....

– Sai daqui - repeti.

– Não. Me desculpa, não quis falar aquilo, saiu sem querer.

– Eu não me importo. Sai!

– Isabella, eu só quero... eu só quero ficar próximo de você.

Se o momento não fosse tão critico, eu teria rido.

– Impossível.

– Não é impossível, nos já fomos antes.

– Repito: É impossível.

– Não é, não se nos tentarmos. A gente poderia ser amigos – seu corpo estava a menos de meio metro de mim, já se podia senti o calor quente que emanava do seu corpo, mas mesmo assim não olhei para ele.

– Não vejo motivos para isso – não tinha mesmo. Ele já me fez sofrer demais.

– Claro que tem. A Mel, ela é um dos interesses que temos em comum – sua voz erra como se soasse com um fio de esperança.

– Não entendi – eu não sabia em que ponte ele queria chegar.

Ele demorou um pouco antes de continuar.

– Eu quero ser presente na vida da Mel. E se nós continuar como estranhos não vai dar certo – disse ele parecendo...nervoso? – Eu...eu amo a Mel – sussurrou, se não estivesse tudo no maior silencio na sala eu não poderia ter ouvido – Eu não quero ficar longe dela. A Mel foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida em anos.

– Então você quer que eu...

– Eu quero que você apenas me aceite como um... amigo.

– Amigo? – com essa palavra voltei a olhar para ele.

Eu mal podia acreditar. Ele queria ser meu amigo? Isso não tinha a menor noção, não depois de tudo que vivemos.

– Sim, amigos... É pela Mel – completou rapidamente.

É pela Mel. Não sei dizer, mas essas palavras me fez senti uma pontada no peito, mas tentei ignorar. Era pela Mel, e isso bastava. Afinal, minha filha praticamente idolatrava Edward. Mas uma coisa me incomodava. Se eu deixar Mel se aproximar mais de Edward, e se tem como isso acontecer, eu vou esta mentindo ainda mais para ela. Mas me lembrei de Esme e de Emmett. Meu segredo para Mel talvez não durasse muito. Por pressão ou só pela circunstância a verdade ia vim a tona de qualquer jeito.

Uma dor maior veio sobre mim ao constatar mais uma vez o perigo da verdade. Eu poderia perdê-la, a única coisa que eu tinha na vida, poderia perder com apenas algumas palavras. Isso era tão confuso e tão angustiante. Mas eu tinha que lembrar que não era só da minha vida, nem do meu futuro e nem dos meus sentimentos que estavam em jogo. Era algo muito maior.

Olho para Edward que esta esperando ansiosamente minha resposta. Ele parecia ele mesmo nesse momento. Tudo que envolvia a Mel deixava Edward mais humano. Isso era lindo de se ver, mas ao mesmo tempo cruel e irônico.

– Eu não sei, Edward – disse sem saber o que dizer. Eu estava em uma linha cruzada. Se deixo a Mel ao dispor de Edward, eu perderia perde mais cedo a minha filha, mas se eu tentar afastá-los, eu vou ser uma tremenda egoísta com a Mel. Ela não merece nada disso, minha pequena, só era uma criança doce, que nunca soube que tinha conhecido o próprio pai e que ate hoje sonha com que isso aconteça.
– Por favor, eu realmente amo a Mel, e se nós ficarmos bem, ela e eu vamos ter um relacionamento melhor. Não quero pede-la quando vocês se mudarem – murmurou a ultima parte.
Sim, isso um dia vai acontecer, de uma maneira ou de outra.
– Tudo bem – disse sem saída. Me senti fraca ao dizer essas palavras, mas era pela Mel, por todos os anos que escondi a verdade dela.
Edward sorriu e passou a mão no rosto como se não estivesse acreditando.
– Obrigado.
– Não me agradeça. É pela Mel, faço tudo para ver a minha filha feliz- menos contar a verdade. eu não tinha coragem para isso, não agora.
– Tudo bem – disse assentindo.
– ok – sussurrei cansada, de repente um sono se apossou de mim. Minhas pálpebras pesaram, mas pisquei para me manter acordada.
Mas Edward percebeu.
– Você esta cansada, deveria voltar a dormi – disse ele me olhando.
– Não – gemi – Já dormi demais.
– Você tem que dormi, só assim vai se recuperar mais rápido.
– Eu não estou com sono – teimei, mas em seguida abri a boca em um pequeno bocejo. Ele riu tranquilamente, uma imagem linda de se ver. De repente me veio um medo, eu iria conviver com esse sorriso durante o dia a dia, eu não sabia se era forte o suficiente para aguentar tamanha... Tamanha... Tentação. Eu não sou uma tapada e dizer que não admiro Edward por sua beleza mesmo depois dos anos que se passaram, ele continuava o homem mais lindo que já vi. Sua beleza não é comum. Sempre o achei bonito, o que me chamou atenção na primeira vez o que o vi, foi o quanto ele era bonito.
Mas eu não podia pensar desse jeito. Tudo mudou, ele não era mais o meu Edward e nem eu era mais uma garota boba que se apaixonou pelo primeiro cara que se interessou por ela. As coisas mudaram, não para o melhor, mas quem poderia reivindicar isso a vida. Ela não tem culpa de nada, o único culpado é... não sei quem é, mas não importa. No entanto, tenho que conseguir conviver com Edward perto de mim. Ele faz parte da minha vida, não era nada como sonhei um dia, mas ele fazia parte da vida da pessoa mais importante para mim, e só isso bastava e nada mais interessava.
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– Mamãe – gritou assim que entrou no quarto. Ela sorriu e correu em minha direção – Bom dia, mamãe – disse me dando um abraço meio desajeitado. Eu ainda não podia lhe dar um abraço decente, de ontem para hoje não evolui muito, só as dores fortes foram embora, eu ainda não podia me mexe, meu corpo ainda estava um pouco dolorido, mesmo com os medicamentos.
– Bom dia, meu amor – disse e Edward entrou no quarto ofegante. Quando eu acordei hoje de manhã ele não estava mais no quarto, a enfermeira disse que ele pediu para me avisar que tinha ido buscar a minha filha. Fiquei feliz com essa noticia, o que mais precisava para ter uma manhã boa era ter o meu pequeno amor comigo.
– Mel, você não pode sair pelos corredores correndo, você poderia se machucar – disse ele fechando a porta. Olho para a Mel em questionamento. Ela fica vermelha e abaixa a cabeça antes de encarar o Edward.
– Desculpa, Edwald, mas eu queria ver a mamãe – disse ela docemente. Edward abriu a boca, mas fechou e um sorriso de reconhecimento surgi no seu rosto.
– Tudo bem, eu só acho que estou um pouco velho demais, para correr. Só não faça mais isso, ok?
– Ok – disse ela voltando a sorri e olhou para mim – Tudo bem, mamãe? Ainda está com dor?- perguntou ela fazendo uma carinha de preocupada.
– Estou bem, querida, sem dor, mas morrendo de saudades de você – disse apertando sua mão pequena.
Ela sorriu.
– Eu sinto mais – disse ela sapeca.
– Ah, é?
– é sim, eu sinto do tamanho bem assim – disse ela abrindo os braços. Não me seguro e sorriu.
– Ok, Ok, você ganhou – disse brincando.
– Eu sei – disse ela convencida. Eu queria dar tanto um beijo nessas bochechas rosadas e apertá-la em um abraço gigante, infelizmente não podia fazer isso, mas eu tinha que me contentar, o pior poderia ter acontecido. Tenho muito sorte e já agradeci a Deus por ter me livrado do pior.
– Agora me conta – disse pegando sua mão novamente -Você esta gostando de ficar na casa dos pais de Edward? - perguntei e senti os olhos de Edward pesar em mim.
– Estou, a mamãe e o papai dele são legais, mas....- de repente ela parou de falar e abaixou a cabeça. Olhei para Edward sem entender, ele me olhou com olhar de desculpa.
– O que aconteceu?
– Nada - sussurrou Mel. Ela não sabia menti.
– Melanie, olhe para mim e me diga o que aconteceu - disse seria, mas fazendo o máximo para não aumentar o tom de voz.
Ela levantou a cabeça de vagar, vi em seus olhos magoa, e isso me fez ficar quase desesperada.
– O que aconteceu? - dessa vez minha voz saiu mais doce.
– Hummm, não foi nada, eu só não gostei da mulher loira - disse Mel sorrindo sem graça.
Meu coração perdeu uma batida quando ela acabou de falar. Olhei para Edward.
– Desculpas, a minha mãe não teve como evitar que a Rose se aproximasse dela - ele se desculpou.
– Ela te disse alguma coisa? - perguntei olhando de volta para Mel, mas ela ficou em silêncio.
– Mel? - se Rose falou alguma coisa que ferisse a Mel, o mínimo que seja, eu iria esfolar aquela .... Aquela...loira maldita.
– Não. Eu só ouvi ela falando da senhora – sussurrou, minha pulsação acelerou– Mas sai logo, subi as escadas, ela não me viu e nem falou comigo.
– Tudo bem, pequena. Não ligue para nada que ela falou, Ok? É tudo mentira.
– Eu sei, a senhora é a melhor mãe do mundo. Eu não acreditaria nela.
Oh Deus, o que aquela mulher falou? Eu queria perguntar a Mel, mas fiquei calada. Era melhor assim, a Mel tinha que esquecê-la.
– Obrigada, por não acreditar. Te amo, pequena – disse para ela sorrindo, que significava que tudo estava bem e que ela não precisava se preocupar.
– Também te amo, mamãe – ao ouvi essas quatro palavras o meu coração se aqueceu.
Depois eu poderia pensar algo em relação a Rose, mas agora só queria aproveitar o meu tempo com a minha filha e mais nada.

As horas se passaram e a Mel e eu não parávamos de conversar. O Edward só nos observava, falava algo quando a Mel perguntava, mas nada além disso, teve um momento que ele teve que sair para atender o telefone, então ficou só nos duas. A Mel começou a me contar que dormiu na casa na arvore com os pais do Edward. Ela narrou toda historia encantada. Fiquei super feliz por ela esta gostando de ficar com os avós. Sempre tem aquele medo lá no fundo, mas estava fazendo o meu máximo para ignorar.
Depois de algum tempo a enfermeira chegou com o meu almoço quase ao mesmo tempo que Edward trouxe o da Mel. Nós comemos. O meu estava um horror, comi fazendo careta. A Mel riu das minhas caretas enquanto comia arroz refogado com frango ao molho branco. Eu nunca desejei tanto comer aquilo, mas recebi um olhar severo da enfermeira, então me contentei com o meu prato.
– Sabe, eu não trouxe a Anne – disse Mel sentada na poltrona que Edward tinha colocado bem próximo da cama para a Mel ficar sentada mais perto de mim, só que ela passou a maioria do tempo em pé conversando comigo.
– Você a esqueceu?
– Não, eu só não quis trazer ela, eu acho que ela também ta dodói – disse ela de forma muito seria.
– Ah, é?
– é sim, então a deixei na cama do Edwald de quando ele era criança como eu.
– Humm – ainda tinha um pouco de noção de como era o quarto dele na casa de Esme, faz tanto tempo que vi, não me lembro direito, acho que fui naquele quarto umas três ou duas vezes – Você acha que é algo grave?
– Não – ela disse despreocupada – Ela só esta com um pouco de febre e com a garganta doendo. O papai de Edward me ajudou a cuidar dela, Anne vai ficar bem – disse ela e ouvi Edward sorri. Não pude evitar de olhar para ele, mas logo desviei o olhar para manter a minha sanidade – E também tem outra coisa.
– O quê? – perguntei interessada.
– O tio Emm foi me ver – disse ela sorrindo com os olhos brilhando.

Tio Emm? O que foi isso? Será que ouvi direito? Olhei para Edward, que também ficou confuso com as palavras da Mel.
– Tio Emm? Quem é esse?
Como se fosse possível a Mel sorriu mais ainda.
– É o irmão do Edwald, se lembra dele? – perguntou ela, mas não me deixou responde - Ele disse que eu poderia chamá-lo assim, não é legal? Eu nunca tive um tio - disse ela contentimente.
Me segurei para não demonstrar minhas reações, mas na verdade meu coração estava a mil... Meu Deus, a Mel já estava chamando Emmett de tio. Onde isso vai parar?
– ele foi visita você?
Ela assentiu alegremente.
– Ele chegou na casa dos pais de Edwald depois que ele foi embora. Ele foi tão legal, ficou conversando comigo na casa da arvore, ele me contou a historinha do pirata e da princesa, e ele também disse que vai levar a sua filha para me conhecer. Mal posso esperar, ele também disse que ela é da minha altura, eu nunca conheci ninguém da minha altura fora da escola - disse a Mel tudo de uma vez me deixando tonta - Será que ela vai gosta de mim, mamãe?
Me lembrei da menina doce com os cachos dourados.
– Sim, ela vai gostar de você - disse tentando decepando toda preocupação de mim.
"Isabella não sofra antes da hora, tudo vai dar certo", meu subi consciente avisou.
Eu realmente espero que sim, e também que eu passe por essa historia inteira com a minha filha em meus braços.

Vi que a Mel abriu a boca para falar algo quando a enfermeira que cuidava de mim entro no quarto.
– Com licença, já estar na hora da sua dosagem - disse ela se posicionando ao meu lado. Suspirei em desgosto, porque era sinal que Mel deveria ir embora e eu ia dormi até o meio da noite.
– Você vai ter que ir agora, meu amor - disse apertando sua mão na minha.
– Não, não, não, não, mamãe, por favor, deixa eu dormi aqui, eu fico quietinha, eu juro. Não quero mais dormi sem a senhora - disse ela alarmada.
Olhei para ela sem saber o que dizer. Porque eu também não queria dormi sem ela.
– Mel o que conversamos? - a voz de Edward veio a tona me fazendo desviar os olhos da Mel e olhar para ele, a Mel fez a mesma coisa, ate a enfermeira olhou para ele.
– Disse que eu não podia dormi aqui, porque aqui não é lugar para criança - disse Mel sem vontade e fazendo beicinho.
Eu não consegui brigar com ela, o que mais queria era pega-la no meu colo e enche-la de beijos.
– Então princesa, você sabe que não pode ficar aqui, você vai agora comigo e amanhã, depois da escola, você vai vim ver a sua mãe.
– Eu vou para escola amanhã? - perguntou ela fazendo uma careta fofa.
– Vai - disse Edward sem se deixar comover.
– Mas a mamãe ta doente- disse ela como se fosse óbvio.
– Você já faltou dois dias - lembrou ele - Você vai ter que ir amanhã sem falta.
– Tem certeza? - perguntou ela olhando para ele, aposto que tentando fazer que Edward mudasse de ideia, mas ele continuou firme.
– Tenho - disse ele e olhou para mim - E também tenho certeza que a sua mãe concorda comigo.

No mesmo instante a Mel olhou para mim esperançosa.

– Sinto muito, Mel, mas você vai ter que ir, Edward estar certo - disse tentando ficar seria e não me deleta, e deixar ela ver que eu a queria perto de mim.
Seu rostinho desmoronou com as minhas palavras.
– tudo bem, mas amanha eu volto - disse ela em aviso.
Sorri.
– ok, capitã - disse colocando a mão em sinal de sentido na frente da testa a fazendo ri - Estou te esperando aqui.

Ela riu mais um pouco e me abraçou.

– tchau, mamãe. Que os anjinhos de Deus cuidem da senhora - disse ela bem baixinho.

– Tchau, pequena. E que os anjinhos também cuidem de você - sussurro e a apertei em meus braços antes de solta- la

Ela sorriu para mim e foi para Edward, que pegou a sua mão.

– Tchau - disse ele olhando para mim.

Sem poder me segurar meu coração tombou um pouco. Constrangida e vermelha acenei com a mão sussurrando um tchau. Depois eles foram embora só ficando a enfermeira que estava quieta ate quando os dois foram embora.

Ela sorriu gentilmente para mim e começou a prepara a dosagem.

– Ele é um fofo com a menina. É tão bonito ver pais assim.

– Ele nã... - me calei no mesmo instante. Edward era sim pai da minha filha - Ele tem muita paciência com ela, faz tudo que ela quer - disse olhando para minhas próprias mãos.

– Dá para perceber que ela ama muito os dois- disse ela sorrindo e vindo ate a mim com uma seringa na mão.

– Eu vou ficar desacordada por quantas horas? - perguntei olhando para a seringa.

– Esse não é muito pesado, como você disse que não estar com muitas dores então o medico resolvem diminuir mais a dosagem. A senhorita deve fica umas cinco horas no máximo, mas se a dor estiver incomodando muito, empatando seu sono, só é chamar que vamos vim te dar outra dosagem.

– ok - disse e estendi meu braço. Ela inseriu o liquido em mim e não demorou muito e tudo ficou escuro.


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– Posso entrar ? – perguntou Edward assim que a porta foi aberta.
– Pode- disse ajeitando o meu corpo, mas fazendo o máximo para não me magoar. Edward entra no quarto e fecha a porta. Minha pulsação se acelera quando ele se aproxima da cama. Tentei não olhar muito para o seu rosto para ele não perceber que altera meu estado, mas foi em vão, o maldito aparelho ao meu lado me denunciou. Abaixo a cabeça por um momento envergonhada, mas tento ignorar sua presença e fingi que nada esta errado. Respiro fundo e controlo meus batimentos.
Olho para Edward de solaio e percebo que ele esta no meio do quarto parado que nem uma estátua. O silencio é absoluto no quarto, ninguém fala nada. Tiro meu olhar completamente dele e encaro minhas mãos como se fosse à coisa mais interessante do mundo, mas ainda posso senti ele me fitando.
Isso é tão constrangedor, chega a ser desconfortável.
Solto uma longa respiração e tento ajeitar o travesseiro da minha cabeça, mas parecia impossível, me mexi de modo errado e o travesseiro ficou pior do que antes, quase caindo no chão.
Abro a boca para xingar, mas uma mão aparece na minha visão me impedido de fazer qualquer movimento.
– me deixe ajudar – murmurou Edward. Engulo em seco ao senti ele tão perto de mim. Levanto minha cabeça de vagar e encontro orbes verdes escuras me fitando firmemente. Eu praticamente perdi o ar.
Santo Deus, porque ele tem que ficar tão perto de mim? desvio meu olhar e sinto Edward ajeitar o travesseiro e depois se afastar.
Melhor assim.
– Obrigada – murmurei sem olhar para ele.
– De nada – ele disse que nem um chiado, mal pude ouvi.
O silencio continuou ate que ele soltou um pigarro que me fez olhar para ele.
– É...eu tenho que sair por alguns instantes – Oh sim, ele vai embora – Mas logo estarei aqui, só vou levar a Mel para a escola, eu prometi a ela.
Ele para de falar esperando que eu diga alguma coisa.
– Sinto muito por está te obrigando a cuidar da Mel. Se você quiser eu peço a Amelie para cuidar dela, acho que ela não vai se importar – não era trabalho dele fazer isso.
– Não, a Mel fica comigo, quer dizer, com a minha mãe. Ela esta bem lá –
– Eu não quis dizer que ela não estava bem – tentei me explicar.
– Entendo, mas não se preocupe, meus pais estão amando ficar com a Mel – disse ele com a voz calma.
– Tudo bem – disse convencida.
Ele assente e passa a mão em seus cabelos.
– A Mel só vai voltar aqui depois da escola, então não vai poder ficar muito tempo com você – ele me avisou.
Fiz uma careta.
– Eu sei, mas ela tem que ir para escola. Esse ambiente não faz bem para ela – com certeza ficaria saudades aqui sem ela, mas o seu bem estar era muito mais importante do que as minhas precisões de tê-la por perto.
Ele assente novamente
– Então eu já vou. Ela deve esta me esperando para leva - lá.
– Tudo bem. Diz para ela que eu estou com saudades – não conseguir me conter. Para minha surpresa ele sorri. Esse ato me fez prender a respiração. Ele era tão lindo nos momentos raros que sorria.
– Eu vou dizer, tenha certeza que ela também sente muita saudades de você – disse ele indo para a porta de saída.
– Eu sei – sussurrei ainda um pouco entorpecida pela imagem que acabei de ter.
– Eu... – ele para por um momento e prende seu olhar em mim – Não vou demorar muito.
Não digo nada, apenas fico olhando para ele tentando decifrar que Edward era aquele. Será que é o Edward que quer ser o meu amigo por causa da Mel? Ou é o mesmo Edward que só esta se sentindo piedoso com a minha situação?
Eu realmente não sei. Não sei o que pensar, não sei se posso confiar. É muita coisa em jogo para poder voltar a confiar nele como se nada tivesse acontecido. Não, não dava mesmo para confiar nele. O seu espírito bipolar era encostaste demais. A qualquer momento ele pode esta de volta e fazendo o que mais gosta, que é pisar em mim.
Fecho meus olhos com força. A ultima imagem que tenho é ele passando pela porta. Ouço um tchau, mas não respondo. Eu não podia responder, o nó na minha garganta me impedia disso.
A porta é batida, e é ai que puxo o ar dos meus pulmões e tento retirar certos pensamentos da minha mente.
Não quero pensar nos Edwards que batem em minha vida. São muitos e todos me magoam só em parar para pensar. Não estou pronta para enfrentá-lo, e é disso que mais tenho medo, porque um dia vou ter que encará-los e jogar todas as cartas na mesa. Nesse dia questionamentos vão ser atirados, repostas não bem vindas vão ser ditas e talvez o fim venha para sempre, rasgando ilusões feitas por mim que moram lá no fundo da minha alma.
Por mais que eu queira afastar, esse dia está mais perto do que imagino.
Não sei o que vai acontecer, só espero que não seja eu a que vai sair jogada e largada no escuro mais uma vez.

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Olho para o meu prato de café da manhã e suspiro. Já se tinha passado quatro dias que estou no hospital. Eu estava melhorando, o medico disse que no final de semana poderia ir para casa. Graças a Deus, não estou mais suportando ficar aqui. As horas não pareciam se passar ate quando Mel chegava, e as horas se passavam como um estalar de dedos para ela ir embora. O Edward não ficava mais comigo o dia todo, eu disse a ele que não precisava e que ele poderia trabalhar. Não tinha muita lógica dele ficar aqui com a empresa a sua espera. Ele tentou argumentar, mas fui firme e disse que realmente não precisava. Eu não queria incomodá-lo, ele já faz o suficiente por mim cuidando da Mel.
Também eu não queria admiti, mas era muito estranho ter ele por perto. Uma parte de mim se sentia desconfortável, o silencio sempre reinava quando ele entrava por aquela porta, por outro lado, meu coração meio que se acalmava ao vê-lo, não sei se essa palavra é certa, mas eu me sinto segura perto dele. Edward ainda passa as noites comigo, mas os sonhos não foram embora, eles são bem constantes, sempre me acordo no meio da noite, mas todas às vezes Edward esta ao meu lado, ele olha para mim sem dizer nada, as vezes fala algo, mas sempre volto a dormi minutos depois.
Tudo é tão confuso, ao mesmo tempo que quero ao meu lado,o meu sub consciente grita comigo dizendo que é para me afastar. Ele não é bom para mim, sua presença me faz senti instável. Isso realmente não é bom. Então é melhor manter distancia.
Suspiro e volto minha atenção para o meu almoço. Eu teria que comer isso aqui, não tinha saída. Além de esta com fome, eu precisava dos nutrientes dessa comida.
Sem a menor vontade pego um pouco da comida e levo a minha boca. Evito fazer uma careta, mastigo um pouco e engulo tudo de uma vez. Eu já ia encher novamente a colher quando ouço uma batida na porta e logo em seguida ela é aberta.
Para minha surpresa era o Emmett. Um sorriso involuntário nasceu em meu rosto, ao contrario dele que me olhou assustado, deve ser pela a minha aparecia que não era uma das melhores, mas ele logo se recompôs e me devolve o sorriso.
– oi?
– oi, Emmett. Entra - ele assente, entra e fecha a porta atrás dele.
– Nossa, você está ruim, imagino o quanto deve ter doído - disse ele vindo ate a mim ficando ao meu lado.
– você nem imagina - disse fazendo uma careta.
– Eu fiquei sabendo pela a Mel.
– Ela disse que você foi la na casa da Esme.
– Fui, eu te esperei um bom tempo, pensei que não ia mais, então passei na casa da minha mãe e tive a surpresa de ver a Mel – disse ele me olhando com cautela.
– Desculpe por não ter ido – disse e apontei para mim – Eu não pude.
– Eu sei, eu sei. Relaxa. Temos muitos dias a diante. A conversa pode ficar para depois, agora você só tem que se preocupar em ficar boa e nada mais.
– Obrigada por entender – disse agradecida.
– De nada. E você, está bem?
– Na maneira do possível – disse e olhei para minha comida. Emmett acompanhou meu olhar e começou a ri.
– Não é legal ri das desgraças aleias – disse divertida.
– Desculpe, Bella. Mas é porque eu sei o gosto dessas comidas de hospitais, elas são horríveis – disse ele e me estendeu um pacote branco com letras coloridas – Pode me agradecer, eu salvei seu dia.
– Não me diga que é comida de verdade – encarei o pacote como se fosse a coisa mais preciosa do mundo.
– É sim. Tava almoçando antes de vim aqui, ai pensei na comida horrível que servem, então pedi uma sopa italiana. Ela parece esta boa – disse ele e colocou o pacote em cima da bandeja que estava nas minhas pernas.
– Obrigada, Emmett, você salvou a minha vida completamente – disse abrindo o pacote e tirando uma caixa preta que dentro tinha uma vasilha branca. Tirei a tampa do pote e um aroma maravilho saiu de lá. Olhei para Emmett e sorri – Você realmente salvou a minha vida.
– Estou ao seu dispor – disse ele e riu. Balancei a cabeça e peguei a colher que veio junto com a sopa. Com empolgação me servi de uma colherada.
– Hum, muito bom. Melhor sopa que já provei – disse e tomei mais um pouco.
– Fico feliz em ter tido a ideia de trazer – disse Emmett e piscou.
Sorri e continuei tomando minha sopa, mas sempre com cuidado para não abaixar a cabeça de mais.
– Obrigada mais uma vez – agradeci quando terminei a sopa.
– Não precisa agradecer, Bella – disse ele tirando a bandeja do meu colo e colocando na poltrona ao meu lado – Agora me diga como você esta se sentindo.
– Estou bem. Eu estava pior. As dores era quase insuportável – disse acomodando meu corpo na cama.
Emmett olha para mim e assente
– Tá sentindo dor?
– Não, só se fazer movimentos bruscos – disse sincera. Realmente não estava doendo nada em mim quando fico parada. O remédio ainda deve esta em efeito, eu apenas estou sentindo meus olhos pesados, deve ser por causa dos murros que levei.
Emmett faz uma careta.
– Caramba, te ver assim ta doendo ate em mim.
Respirei fundo antes de falar.
– Eu vou ficar bem.
– Eu sei - disse ele serio - você é uma das pessoa mais fortes que já conheci. E o Edward, ele não esta aqui? Minha mãe disse que ele ia ficar aqui com você.
– Edward não esta, ele foi trabalhar – disse
– Ele te deixou sozinha aqui? - perguntou ele meio alarmado.
– Foi eu que disse para ele ir embora - disse dando de ombro.
Emmett me olhou serio.
– Ele estava te incomodando?
– Não da forma que você esta pensando.
– Mas ainda assim ele te incomoda de alguma forma - apontou ele.
– Eu sei conviver com isso - disse olhando para minhas mãos.
– Ele é um completo idiota - ouvi Emmett resmungar ao meu lado. Olho para ele, mas não falo nada, Edward era mesmo isso, não ia defende-lo – Mais deixa isso para lá, e me conta como foi que isso tudo aconteceu – disse apontando para as minhas feridas.
Só bastou ele dizer as ultimas palavras que o meu estômago se apertou e as lembranças adormecidas vieram à tona na minha mente me fazendo estremecer
– Eu... Eu apenas fui ao super mercado e quando estava voltado para casa encontrei dois homens, eles me perseguiram e... - engoli em seco fechando os olhos.
– Ok, ok... Não precisa falar - disse Emmett passando a sua mão em meu braço.
– Obrigada - disse tentando despistar as imagens da minha cabeça.
– Eu sinto muito Bella, por ter acontecido isso com você.
– Eu também - disse amargamente - Mas digo graças a Deus por ter saído viva, nesse momento eu poderia esta morta.
– Shiiii, não fala isso - murmura Emmett olhando para mim.
– Mas é verdade. Naquele momento eu só podia pensar na Mel e mais nada. Nada vinha na minha cabeça a não ser ela. Fiquei com tanto medo, eu estava apavorada – sussurrei engolindo o nó que tinha se formado em minha garganta.
– Sinto muito, Bella – disse Emmett que me olhava com tristeza – A Mel ama muito você. Ontem ela só falava na mamãe dela.


Sorri.


– Mel é um anjo na minha vida.
–Ela é incrível - disse ele sorrido - você a criou da melhor maneira possível. Ela é tão educada e doce.
– Fiz o meu melhor.
– Parabéns – aumentou ele me fazendo ri.
– Obrigada.
Um barulho nos fez olhar para a porta. Não demorou muito e a ela é aberta.
Um frio na minha barriga surgi ao ver que é o Edward.
– Emmett? O que vc esta fazendo aqui? - perguntou ele confuso.
– Eu vim visitar a Bella – quando o Emmett acabou de falar os olhos do Edward se desprenderam dele e caiu na mão de Emmett que ainda segurava o meu braço.
Vi nos seus olhos por meros de segundos, confusão, se passar para...raiva? Mas essas emoções passam tão rápidas que me dar uma certa impressão de que estou imaginado coisas.
– Você não deveria está aqui, Emmett – disse Edward desviando seu olhar da mão de Emmett e voltou a encará-lo. Sua voz saiu meio arrastada, como se as palavras estivessem presas na sua garganta.
– Não deveria? – a voz de Emmett saiu confusa – Eu não vim visitar você, e sim a Bella.
Edward olha para mim. Mexo o meu corpo incomodada com seu olhar. A mão de Emmett cai do meu braço.
– Emmett veio saber como eu estava. Ele trouxe comida para mim – disse e apontei para embalagem em cima da bandeja.
Edward segue minha mão e sua testa franze.
– Você queria comida? Por que não me falou? Eu mesmo teria trago para você – disse Edward voltando a olhar para mim. Sua voz saiu bastante grassa, e isso me fez ficar mais confusa ainda. No que deu nesse homem?
– Eu sei, mas não queria te incomodar – murmurei tentando ignorar o gelo em sua voz e o seu olhar frio em cima de mim.
Por que ele estava me encarando desse jeito?
– Eu já disse que..... Deixa para lá – ele balançou a cabeça e retirou seu olhar de mim.
Eu não tinha percebido, mas Emmett tinha saído do meu lado dando um passo para frente em direção ao Edward.
– Não precisa falar com ela desse jeito – sopra Emmett.
Olho para ele assustada.
– Emmett... – comecei a falar, mas fui cortada por Edward.
– Eu estou falando normal.
Emmett aperta os olhos. E o que mais temia aconteceu
– Não, não esta e é por isso que a cada vez que vejo você sinto vontade e esmurra a sua cara - cuspiu Emmett apontando o dedo para Edward.
Engulo em seco e olho desesperada para Edward que esta com a testa franzida.
– O quê? Você ta louco, Emmett?
– Louco? – Emmett riu amargo. O som estridente que saiu da sua boca me fez encolher de medo. O que o Emmett estava fazendo? Ele não podia falar nada, não aqui - Não fui eu que só fez merda na vida, não sei como você consegue viver consigo mesmo, ela só esta aqui por sua causa. E você ainda vem com toda sua arrogância para cima dela como se ela tivesse feito algo de errado. Quem só faz meda aqui é você, então leve toda sua merda para fora daqui.


Edward abre a boca para falar alguma coisa, mas fecha logo em seguida. A surpresa estava estampada em seu rosto. Assim como eu, ele não esperava pela explosão de Emmett.
– Chega, Emmett - disse cansada - Por favor não fala mais nada.
Emmett desviou seu olhar de Edward e olhou para mim.
– Por favor, não fala mais nada – repeti em uma suplica.
Graças a Deus ele assentiu e deu um passo para trás deixando um Edward louco de confusão.
– Mas o que ele esta falando? – pergunta Edward olhando para mim atordoado com as palavras do seu irmão.
– Não é nada, não quero falar disso. Eu preciso ficar sozinha - disse olhando seria para ele. De repente o peso do mundo caiu sobre mim. Parecia que um peso enorme atingiu os meus ombros. Eu na sei explicar bem, mas me senti exausta e muito cansada.
– Mas...
– Não, Edward. Sai daqui. Eu quero ficar sozinha
Ele olhou para mim como se quisesse argumentar, mas ficou calado e assentiu indo embora.

– Me deixa sozinha, Emmett, por favor - sussurrei sem olhar para ele e encostei minha cabeça no travesseiro.
– Tem certeza? - perguntou ele preocupada chegando perto da cama - Você não parece nada bem.
– Eu realmente não estou nada bem, mas não vou morrer por isso, eu só preciso ficar sozinha.

Ele olhou para mim por alguns segundos e assentiu e foi em direção a porta.

– Emmett - o chamei quando a sua mão já estava no trinco.

– Oi - ele se virou.

– Não fala nada, por favor - pedi em suplica descrita em cada palavra. Eu não estava preparada para enfrentar Edward, eu não estava preparada para enfrentar a dura realidade que ia vim se a tecla da paternidade fosse apertada novamente. Os medos eram diversos

– Eu não vou falar nada, pode ficar tranquila - ao dizer isso ele foi embora, então mais uma vez encostei minha cabeça na cama, fechei meus olhos e respirei tentando tirar o máximo de angustia que estava preso no meu coração. Sem me segurar mais, as lágrimas que estava segurando todo esse tempo impedindo que ela rolassem, deixei caírem agora. Eu não tinha mais força de segurar. Parecia que o meu peito estava cheio de dor. Não da carne, mas de la dentro do alma. Eu não sei porque, mas tava ficando insuportável, todas as coisas que aconteceram comigo estão me deixando fraca, por mais que doa dizer, mas posso mais menti para mim, eu não estou aguentando.

Eu não estou.

Parece que a cada dia que se passa o meu barco vai afundando, levando com ele toda minha esperança, força e a minha alegria. Minha única vontade é chorar, mas eu sei que isso não vai levar a nada.

Chorar nunca resolveu nada e nunca vai resolver, mas por agora era a única arma que eu tinha.

Aperto meus olhos com força tentando liberar força, mas nada sai se não um soluço dos meus lábios. Esse soluço sai com um rum rugido da alma. Meu Deus como dói. Abro meus olhos perdida em busca de algum conforto, pode ser o mínimo que seja, mas só encontro o quarto vazio, sem nada e ninguém para me pedi socorro. Não tinha ninguém ali para me abraçar, não tinha ninguém ali para me dar palavra de conforto, não tinha ninguém ali por mim. Eu estava sozinha. Sozinha, essa palavra é tão solitária, assim como eu. Há tempos que sinto isso, só que agora parece se intensificar cada vez mais, esta ficando insuportável a solidão.
..............................................

Eu tinha certeza que o meu rosto estava inchado de tanto que tinha chorado. Depois de um tempo a Enfermeira entrou no quarto. Ela estranhou meu estado, mas apenas perguntou se eu estava me sentindo bem. Fui o mais convincente possível e disse que estava bem. Ela assentiu relutante, me fez tomar um comprimido e depois saiu do quarto levando a bandeja com sigo. Quando ela saiu o quarto voltou ao silencio insuportável, minhas lágrimas não me distraiam mais. Eu queria ouvi um som de alguém. Quase me arrependi de ter mandado Emmett embora, mas era melhor ele um pouco longe. As coisas poderiam vim cedo demais com ele por perto.
Eu já estava quase caindo no sono quando um pequeno vulto passou pela porta do quarto. Era a minha boneca. Olhei para porta esperando que alguém mais entrasse, mas ninguém entrou. A Mel viu minha expressão de confusão e disse que o Edward tinha ficado no corredor, ele disse que tinha que ligar para alguém. Eu assenti e sorri para ela tentando mais uma vez ignorar os meus pensamentos que se voltavam para Edward.
A tarde foi intensa e agradável. A Mel que ainda estava com a roupa da escola me contou seu dia, o que ela fez na escola e o que conversou com Esme e Carlisle. Como sempre a tarde praticamente voou e a Mel teve que ir embora. Em nenhum momento em que a Mel estava comigo o Edward entrou no quarto, ele só fez isso quando era hora de levá-la.
Nesse pequeno tempo, ele não olhou para mim, se isso aconteceu, eu não percebi. Sua expressão era tensa e os músculos do seu maxilar estavam travados. Ele não passou nem dois minutos no quarto e foi embora.
O medo me atingiu. Será que o Emmett contou alguma coisa? Isso poderia ser valido, não podia? Eu sei que Emmett disse que não ia comentar nada, mas a incerteza morava no meu coração, então não tinha como não duvidar.
E se Emmett falou alguma coisa sobre a paternidade de Mel e Edward negou mais uma vez? Pode ser isso, e é por isso que ele não dirigiu seu olhar a mim.
Suspiro e jogo todas as minhas suposições no escuro. Talvez nada tenha acontecido, Edward apenas ta sendo o Edward de sempre e nada mais. Ele estava estranho quando me encontrou com Emmett, então, seu não contato visual comigo deve ser continuidade dessa estranheza.
Os meus pensamentos são atrapalhados quando o medico entra no quarto e me pergunta como estou e alguma coisa me incomoda. Eu sou sincera e digo que não. As dores não incomodavam, não se eu ficasse parada. Ele me avaliou mais um pouco e me disse a noticia que eu mais esperava. Amanhã eu poderia ir para casa. Ele fala mais algumas coisas e me deixou sozinha.
O tempo passa e não demoro muito e caiu no sono, mas dessa vez sem remédios fortes.

...........................................................................................

– Você pode ir à hora que quiser - disse o doutor sorrindo para mim - estar de alta, mas tome cuidado, não se esforce muito, tome os remédios direito e se senti qualquer incomodo além do natural venha imediatamente para o hospital. Ok?
Graças a Deus hoje já era sexta, demorou mais chegou, finalmente estava indo para a mansão. Ontem depois de dormi, acordei para poder tomar banho e comer. O Edward não apareceu mais. Acordei no meio da noite com os meus pesadelos e ele não estava em lugar algum do quarto. Eu não queria senti, mas foi impossível não ficar com medo. O pânico do pesadelo não ajudou muito, então me esforcei o máximo para não voltar a dormi. Passei o resto da noite olhando em volta do quarto e para a brecha de luz debaixo da porta. Controlei meus hormônios para não senti qualquer coisa que me fizesse chorar. Já tinha chorado demais quando Emmett saiu do quarto. Só descansei quando soube que já estava amanhecendo, meu corpo relaxou e sem minha autorização meus olhos fecharam.
Quando os abri de novo o Edward estava na sala junto com o medico. E agora eu estava super feliz por finalmente receber a noticia tão esperada por mim.
– Ok. Obrigada - eu não podia me conter de felicidade por ouvi que poderia ir para casa.
– E quando for no dia venha tirar as ataduras, lembrando que elas devem ser trocadas diariamente, não esqueça de vim. Já marquei o dia, ele está aqui – O medico me entregou um papel branco.
– Tudo bem. Vou fazer tudo que o senhor esta recomendando - disse educadamente.
Ele sorri.
– Fico feliz. E bom. Tenho que ir visitar outros pacientes - disse indo ate a porta - Tenha uma boa recuperação e espero não te ver aqui por um bom tempo. Tchau.
Edward e eu dissemos tchau e o doutor foi embora.
– Você vai precisar de ajuda para poder trocar de roupa - disse Edward depois de um tempo.
Olhei para a roupa que estava vestida e suspirei.
– É verdade – disse desgostosa.
– Vou chamar uma enfermeira – disse ele indo para a porta.
– Tudo bem.
Edward saiu do quarto. Depois de um tempo a enfermeira entra. Ela me ajudou a tirar roupa do hospital da melhor maneira possível para não me machucar e depois pegou uma pequena mala que Amelie trouxe. Lá tinha um vestido azul soltinho, sapatilha e minha roupa intima. Tomei um banho e a enfermeira me vestiu, depois penteou meu cabelo fazendo uma trança de lado.
– Obrigada – agradeci a ela depois que tudo foi terminado.
– De nada, querida – disse ela sorrindo gentilmente – Espero que você se recupere logo.
– Eu também.
Depois disso ela foi embora e logo em seguida Edward entra no quarto com uma cadeira de rodas. Ele me olha por um instante. Percebo que os seus olhos não estão tão irritados como estavam ontem. Eu realmente tenho que me acostumar com o seu temperamento, só não sei se vou aguentar por muito tempo.
– Esta pronta? - pergunta ele vindo para perto da cama com a cadeira de rodas.
– Estou, mas eu não preciso dessa cadeira. Eu posso ir andando sem nenhum problema. E sem falar que você não precisava esta aqui. Você poderia mandar o Tyler ou ate mesmo o Phil me buscar – disse olhando para ele seria.
Ele apertou os lábios em uma linha reta e depois solta o ar como se estivesse exausto.
– Eu sei, Isabella. Você já falou isso um milhão de vezes, mas eu quero esta aqui.
– Fique sabendo que eu não entendo – disse franzindo o cenho. Só Deus entendia esse homem.
– Nem eu - ouvi ele sussurra.
– Onde está o Tyler? Ele poderia vim me buscar – disse fingindo que não ouvi o que ele disse.
– Ele não....Ele não está disponível no momento – disse Edward com a voz arrastada – Agora por favor vamos embora. Pensei que você queria sair daqui.
– Eu quero – resmunguei.
– Então se sente nessa cadeira – ele apontou para a cadeira de rodas na sua frente.
–Eu já disse que posso...
– Você não pode andar Isabella – disse ele me cortando.
– Eu não vou sentar nisso.
– Vai sim.
– Não precisa.
Ele me olhou e balançou a cabeça.
– Você vai se machucar ainda mais se for andando para o carro, você já se esqueceu do que o medico falou?
– Não - sussurrei
– Então para de ser teimosa e senta nessa cadeira, por favor. Ou você prefere que eu te leve no colo
Essa menção fez meu corpo ficar tenso. Olhei para ele e depois para cadeira.
– Tudo bem – disse derrotada.
Edward me da um meio sorriso e sai detrás da cadeira para poder me ajudar. Suas mãos que estão frias tocam a minha pele. Prendo a minha respiração e tento ignorar todos os favores que estão dentro de mim gritando para me afastar. E o por de tudo, tentando ignorar o formigamento do rastro do seu toque. Realmente minha vontade era de sair correndo, ele tão perto, mesmo sendo por pequeno tempo, era demais.
Olho para Edward que no momento se concentra em seu trabalho e penso como ele pode não senti nada. Edward parecia normal, sem alterações, sinto vergonha de ser tão boba e inocente ao imaginar que esse homem na minha frente poderia senti a mesma coisas que eu sinto quando os nossos corpos se tocam.
Prendo mais ainda minha respiração e olho para longe. Sinto ele me pegar no colo com facilidade e em menos de um minuto estou na cadeira de rodas. Edward se afasta e vai para trás de mim, segundo depois estou sendo empurrada pelo hospital ate chegar ao estacionamento.
– Fico feliz por você esta de volta, senhorita - disse Phil quando Edward parou a cadeira na frente do carro.

– Obrigada, Phil - disse tentando lhe dar o meu melhor sorriso, mas acho que não fui muito convincente porque ele me olhou com um olhar de sinto muito e assentiu vagarosamente antes de abri a porta do passageiro.

Edward desloca um pouco a cadeira para ela ficar bem ao lado da entrada.

– Eu vou ter que te pegar – ele me avisa.

– Tudo bem – disse sem olhar para ele.

Edward me pega no colo. Suspiro ao senti uma pequena pontada. Ele percebe e olha para mim.
– Tudo bem? – será que ele não sente nada mesmo?
– Tudo – ele assente e me coloca dentro do carro cuidadosamente e depois entra logo em seguida.
Viro meu rosto para longe dele e olho para a janela do carro. Observo a chuva cair enquanto o carro corria pela estrada. Encosto a minha cabeça no vidro e fecho os olhos. Ainda posso ouvi a respiração de Edward ao meu lado, me concentro nela no decorrer do percurso, mas meus olhos pesam me cobrando a noite mal dormida.
.......................................
Abro meus olhos e pisco furiosamente tentando enxergar algo. O local que eu estava era bastante escuro. Viro o meu rosto e tento identificar onde estou.

Olho para o meu lado esquerdo e pela penumbra enxergo cortinas de tecido caro azul escuro que se repousava no chão tampando a claridade da luz la fora. Meus olhos se acostumam com a escuridão do local e eu percebo que estava em um dos quartos de hospede da mansão.
Franzo a testa confusa.
O que estou fazendo aqui?
Mexo meu corpo no colchão macio de lençol liso e fofo da cama tentando deixar o meu corpo da melhor maneira para poder pensar com vim parar aqui.
Forço a minha mente e me lembro de estar com Edward no hospital, depois que o medico deu alta nos fomos para o carro, o meu corpo por mais estranho que pareça estava cansado e depois só me lembro de pequenos murmúrios do carro passando pelas ruas em alta velocidade e então mais nada.
Devo ter dormido no meio do caminho para a mansão, mas ainda não entendo do motivo de ter parado aqui.
Meus pensamentos são interrompidos quando ouço um rangido de porta se abrindo. Olho para a brecha embranquecida da porta na expectativa de alguém que me explique o do porque que estou aqui.
Espero milésimos de segundos e uma sobra se faz na lateral da porta e por mais algum tempo a imagem de alguém se faz presente. Meus olhos ainda um pouco turvos pelo sono demoram um pouco para identificar quem era, so reconheço quando uma voz ecoa no local.
– Você já acordou- não era uma pergunta e sim uma afirmação.
– O que estou fazendo aqui? - perguntei quase no automático.
Edward ainda está parado ao lado da porta quando faço minha pergunta que não era nem um pouco formidável.
Aperto os meus olhos, que por causa do inchaço não ajudava muito a enxergar, mas foi o suficiente para ver a sua face suprida de qualquer expressão.
Edward me olha inelegível. Fiquei totalmente confusa, pq o homem na minha frente não me olhava com ódio, nem com raiva, nem pena, indiferença ou qualquer coisa que ele já se referiu a mim. Ele apenas estava sereno. E isso é totalmente estranho para Edward. Sereno não era uma palavra que combinava com ele. Não com esse Edward.
– Como vim para aqui ?
– Eu te trouxe.
– Por que? – estava ficando cada vez mais confusa.
– você precisava de um canto para descansar – apontou ele.
– Mas e o meu quarto?
Ele fez uma careta em desgosto.
– Ele não estava apto - abri a boca para perguntar o porquê, mas ele falou primeiro - a cama é pequena, ela vai ficar desconfortável para você, e sei que vai querer a mel dormindo com você daqui a alguns dias, então essa cama esta perfeita para as duas.
Minha cabeça deu um nó agora, eu não estava entendendo nada.
– Edward, eu sou a sua empregada – sussurrei a informação por cima da respiração.
– Eu sei – disse ele como se não fosse nada.
– Empregados não dormem em quartos de hospedes – o lembrei. Talvez ele tenha esquecido esse pequeno detalhe.
– É só enquanto você se recupera. Essa cama é melhor para você, vai te deixar mais confortável.
– Pode ser, mas.....
– Deixa esse “mas” para lá. Você vai ficar aqui ate que esteja pronta para voltar para baixo – disse ele se aproximando da cama.
– Tudo bem – eu não ia brigar com ele por isso mesmo sem entender.
– Você está bem? – ele agora estava na ponta da cama de frente para mim.
– Sim.
– Com fome? Precisa de alguma coisa?
– Não, não preciso de nada. Só me diz onde está a Mel, ela já chegou da escola?
– Não, mas já vou busca-la
– Você poderia mandar Phil.
– Eu prometi a ela que ia buscá-la, então...
– Tudo bem, eu sei como é. Já vai chegar perto das três?
Edward olha para o seu relógio de pulso.
– sim, faltam vinte minutos. Acho melhor eu ir – disse ele passando sua mão nos seus cabelos.
– É
– Vou mandar a Amelie te trazer algo para comer – disse ele de repente.
– Eu já disse que não....
– Você não almoçou, são quase três horas e você ainda não almoçou. Daqui a quatro horas você tem que tomar seus remédios de novo, então tem que comer algo.
Remédios. Ele estava certo.
– É verdade – disse sem vontade. Ele assente.
– Eu já vou...e daqui a pouco Amelie trás a sua comida.
– Tudo bem
Sem mais nada a dizer Edward vai embora e eu volto a me encostar nos travseiro aproveitando a macieis do colchão.

Acho que meia hora se passa ate que ouço três batidas na porta.
– Pode entrar.
– Oi, querida – disse Amelie entrando no quarto com um sorriso no rosto e com uma bandeja nas mãos.
Quando vi isso eu me senti mal. Ela não devia estar me servindo, eu era só uma...uma...empregada. O trabalho dela não era esse.
– Oi, Amelie – sorri de canto. Ela veio ate a mim e colocou a bandeja nas minhas pernas.
– Fico feliz que você tenha voltado. Essa casa estava horrível sem você e a Mel – disse ela se sentando no canto da cama e pegando minha mão – Você esta bem, querida? – perguntou ela docemente.
– Estou, Amelie. Só um pouco... – olhei para o meu corpo.
– Eu sei, mas você vai ficar boa logo. Tenho fé nisso.
– Eu também – sussurrei.
– Bem, eu queria poder ficar aqui com você te fazendo companhia, mas tenho que fazer o jantar da Mel e do Edward – disse ela se levantado.
– Oh, Amelie. Eu sinto muito. Estou te dando mais trabalho, não é?
– Claro que não – disse ela um pouco espantada.
– O seu trabalho não é cuidar de mim e nem da Mel.
– Sei, mas só estou cumprindo ordens do patrão, mas nem se ele não tivesse dadas as ordens, eu iria fazer a mesma coisa. Eu te considero a minha filha, Bella.
– Obrigada, Amelie – disse um pouco emocionada.
– Não me agradeça, apenas fique boa logo – disse ela e acariciou minha cabeça – Você é muito importante, Bella. Não pense nem se quer um minuto que você esta sozinha. Tudo bem, querida?
Eu não sabia o que ela queria dizer, mas assenti. Ela sorriu para mim antes de sair do quarto.

............................................................

– Mamãe, você está aqui – disse Mel sorrindo ao entrar no quarto. Ela estava corada e arfante, isso denunciava que ela tinha vindo correndo ate o quarto. Sua roupa da Escola estava toda amarrotada, ela estava uma bagunça. Mas nada disso me preocupou quando vi seus olhos, eles estavam brilhantes, parecia que toda luz do universo estava se refletindo nos olhos da minha pequena. Dava para senti sua energia contagiante. Minha boneca estava feliz e só isso bastava para mim.
– Vem me dar um abraço, meu amor – disse estendendo meus braços para ela. a Mel sorriu mais ainda e veio na minha direção e logo subiu na cama.
– Estou tão feliz por ter a senhora de volta aqui – sussurrou ela me abraçando com cuidado – Agora vamos ficar juntinhas.
– Sim. Vamos ficar juntinhas – disse entre sorrisos a apertando em meus braços. Eu não me importei com a pontada de dor que senti, eu só queria abraçar a minha pequena e senti o seu cheirinho que era a melhor coisa no mundo.
– Não vai mais voltar para o hospital não, né? – perguntou se separando um pouco de mim.
– Não, meu amor – disse acariciando seu rosto bonito – Vou ficar aqui com você.
– Ainda bem. Eu estava com muitas saudades. Não é bom só te ver por poucas horas – disse ela fazendo beicinho.
Ri do seu jeito fofo.
– Eu sei, pequena. Também não era bom para mim –disse e beijei o seu rosto corado – Estou aliviada por sair de lá e poder ficar com você aqui juntinha de mim.
Mel me olhou com os seus olhos brilhantes cheio de amor, admiração e alegria.
– Eu te amo, mamãe – sussurrou ela e beijou meu rosto ferido.
– Eu também te amo, minha querida – disse emocionada com o seu amor comigo – Agora deita aqui perto de mim e me conta o que você fez hoje para vim toda bagunçada para casa.
Ela corou olhando para sua roupa, mas logo em seguida fez o que pedi. Ela deitou ao meu lado, só que ela não estava perto o suficiente de mim, então com um pouco de esforço a fiz colocar sua cabeça no meu ombro e rodeei um braço em sua volta.
Assim os minutos e horas se passaram. A Mel não se calava um minuto, e se ela fizesse isso eu logo perguntava algo para fazer com que ela fala-se mais um pouco. Eu amava ver minha pequena falando. Seu jeito era único, a sua facilidade de se expressar e falar tudo o que pensa era incrível para uma menina da idade dela. Tenho certeza que Ela será grande nessa vida, e dependendo de mim vou fazer tudo que posso para isso acontecer.
– Mel a comida já esta pronta – avisou Amelie entrando no quarto com uma bandeja.
Foi inevitável não ri do bico que a Mel fez.
– Eu não quero comer, prefiro ficar com a mamãe – disse ela olhando para mim.
– Obedeça a Amelie, meu amor. Você tem que comer e antes tem que tomar banho – disse olhando para ela um pouco seria.
– Tudo bem – sussurrou ela saindo da cama, mas antes beija minha bochecha.
Amelie sorri e vem ate a mim.
– Olha aqui querida, preparei uma canja bem gostosa para você- disse ela colocando a bandeja no meu colo.
– Obrigada, Amelie – agradeci inspirando o cheiro gostoso que invadiu o quarto.
– De nada, querida – disse ela me entregando uma colher – Apenas coma e depois de um tempo tome o seu remédio – ela apontou para o comprimido que estava ao lado do prato com a canja e dois copos, um com suco e outro com água – Precisa de ajuda?- perguntou ela me dando um olhar de preocupação.
– Não, vá com a Mel, estou bem.
Amelie assenti um pouco hesitante e olha para a Mel.
– Vamos, Mel?
– Vamos – disse ela indo para perto da Amelie e pegando a sua mão – Volto já, mamãe.
– Ok, pequena. Traga sua tarefa quando subi – avisei antes que ela saísse do quarto.
– Tudo bem, eu trago. Tchau.
A Mel e a Amelie saíram do quarto e um suspiro de contentamento sai da minha boca. Olho para o prato na minha frente e agradeço a Deus por ele antes de começar a comer.
Depois de algum tempo a Mel e a Amelie estavam de volta. A Amelie só pegou a bandeja e saiu. A Mel veio para junto de mim junto com a sua tarefa da escola. Nós ficamos no quarto conversando e resolvendo a tarefa. Lhe ajudei em algumas coisas, mas a Mel fez praticamente tudo sozinha. Ela disse que a sua professora já tinha explicado na sala como era para fazer. Depois de tudo feito, ela bocejou e piscou os seus olhinhos que já estavam ficando vermelhos de sono.
– Deita, Mel – disse fechando seu livro e colocando ao meu lado direito – Vem dormi, você está bêbada de sono.
– Tô não – disse arrastando a voz e piscando os olhos para conseguir mantê-los abertos.
– Está sim, meu amor – disse estendendo minha mão. Ela pegou e veio para junto de mim e se deitou ao meu lado. ela descansou sua cabeça no travesseiro ainda segurando a minha mão.
– A senhora ainda vai esta aqui amanhã? – perguntou ela em um sussurro. Meu coração vacilou quando vi o medo em seus olhos.
– Vou sim, pequena – disse sorrindo para ela ver que tudo estava bem – Agora fecha esses lindos olhinhos para dormi.
Ela sorriu e bocejou logo em seguida.
–Boa noite, mamãe – disse ela fechando os olhos de vagar.
– Boa noite, meu amor. Durma com os anjos – sussurrei e fiquei olhando para o seu rosto admirando e velando seu sono.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?
Odiaram, foi mais ou menos,ou foi legal?
Me digam, eu preciso saber!!!!!!

P.S: Gente vcs precisam saber......Eu, Amanda Romão, agora tenho Beta, e não só uma, são duas fofas, lindas da vida que estão me ajudando. Ela que betaram o cap, eu corrigi algumas coisa, porque não deu tempo delas verem ( Se tiver algo errado é porque foi eu kkk)!!!!

P.S: Também quero agradecer as meninas que me deram dicas para musicas. Não usei nesse cap, porque, porque, porque não kkkk..........Mas selecionei algumas e elas serão usadas em breve!!!!!!

Bjos!!!!!!!!!!!!!!! Bye!!!!!!!