Entre Perdas e Conquistas escrita por Amanda R


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Olha eu, olha eu, não é uma miragem kkkkkkk estou vivinha da silva kkkkk

Basicamente dois meses sem atualização.....vaias para mim....eu mereço kkkkkkk
Bem, bem, bem, vão ler logo o cap, eu sei que é isso que vocês querem....
bjos e boa leitura!!!!!!



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Pov Edward
Eu não podia ver quase nada na minha frente. Tudo estava escuro, muito escuro. Mas dava para ver que o lugar era como se fosse um túnel, o chão era frio, escuro e sujo. Só se podia ouvir o eco do nada no ar. Queria sair daqui, mas não podia. Eu sabia que não podia. Comecei a andar para encontrar algo, mas não sabia o que era. A cada passo o meu desespero aumentava, eu tinha que achar, não importava o quanto, mas tinha que achar.

A escuridão era agonizante, andar sem saber para onde e sem rumo era pior ainda. Ando, ando, mas não chego em lugar algum.
Paro e respiro fundo, eu tenho que achar, eu tenho que achar.
Você não pode parar – uma voz suou em meu ouvido – Ela precisa de você.

“Ela precisava de mim”

Arrumo forças inexistentes e começo a andar novamente. Parece que horas se passam, mas não a encontro, ela está perdida em algum lugar aqui, eu sei disso, eu sinto isso.
Dou mais três passos antes de ouvi um choro bem baixinho. Olho para todos os lados, mas não encontro nada. O choro estar perto, posso ouvi-lo perto de mim.
“Era ela. Eu sabia que era ela”
Procuro desesperado a fonte do choro. Meus passos estão ficando cada vez mais urgentes, quando finalmente vejo uma pessoa sentada no canto da parede em forma fetal.

“Era ela”

Seu rosto estava escondido nos joelhos e seus braços estavam enrolados em suas pernas. O soluço que saia de sua boca ficaram mais baixos.
Me aproximo devagar e ela levanta a cabeça repentinamente. Está escuro, mas dá para ver que o seu rosto banhado em lagrimas. Uma dor se apodera no meu peito, me sufocando, ficando quase impossível de respirar.

“Ela está chorando e sei que de alguma forma a culpa é minha”

Quero me ajoelhar ao seu lado, pedi perdão, enrolá-la em meus braços e cuidar dela ate que seu choro se vá, mas o meu corpo não se mexe, apenas fico olhando seu sofrimento sem poder fazer nada.
Seus olhos são tão tristes, uma escuridão está em volta deles deixando que só dor, sofrimento e angustia se deixe transmitir.
Ela está assim por sua causa- a voz soa novamente em meu ouvido – Você que fez isso com ela.

A dor é tanta em mim que fecho meus olhos por alguns segundos para tentar focar e entender que a minha dor não é pior que a dela. Abro os meus olhos na esperança de que a imagem tenha se esvaído da minha frente, mas ela ainda está lá olhando para mim com o rosto banhado em lagrimas.

– Me desculpe... – sussurro, mas ela se encolhe mais ainda quando falo e tampa os ouvido com suas mãos.
Vejo essa cena em apuros.

“Ela não quer me ouvi, ela me odeia”

– Eu não quero te ouvi – murmurou ela olhando para mim com medo descrito em seus olhos – Você me deixou, você me abandonou, você mentiu para mim, você disse que ia me proteger por toda vida, mas não fez isso. Eu não quero mais você.

Cada palavra pronunciada era como facadas afiadas em meu coração. Era impossível respirar sem sentir nojo de mim mesmo.

Você quebrou a promessa. A culpa é sua, toda sua.

“A culpa é minha, toda minha”

Acordo em um pulo ofegante. Demoro um pouco para identificar onde estou. Respiro aliviado por ter acordado, mas quando olho para minha frente e vejo Isabella, sinto meus temores tomar conta de mim, ela não estava demonstrando medo, dor, angustia e nem sofrimento como no sonho, mas sei de que alguma forma ela sofreu tudo isso.

Tento regular minha respiração e me levanto da poltrona que tinha no quarto hospitalar, e vou ate ela. Eu precisava tocá-la, senti-la e comprovar a mim mesmo que ela estava aqui viva na minha frente. Toco sua mão macia com cuidado e sinto meu coração palpitar mais forte, mas a culpa e o medo não se vão. Posso senti-los brigando dentro de mim e levando toda minha paz e conforto que senti há alguns dias para longe.

– Desculpe – sussurrei desesperado sem pensar no que estava fazendo, eu só sabia que deveria fazer isso – Me desculpe, não cuidei como deveria de você, quebrei a promessa. Me desculpe Bella. Me desculpe.

“ – Você é o melhor namorado do mundo inteiro – disse ela sorrindo para mim. O meu sorriso não cabia em mim, eu finalmente conseguir tê-la só para mim.

– Eu nunca mais vou desgrudar de você – disse beijando seu pescoço – Você é minha para sempre – sussurrei em seu ouvido e senti prazer ao vê-la se arrepiar. Subi os beijos pela sua mandíbula ate chegar ao seu queixo onde dei uma pequena mordida fazendo com que ela abrisse seus lábios para mim, e o beijo foi inevitável.

Sua boca macia e quente se entrelaçou com a minha, minhas mãos já estavam em seu corpo, ela era tão pequena, cada pedaço seu me fazia uiva e enlouquecer de prazer. Ela era só minha e de mais ninguém. Fecho mais os meus olhos quando ela morde meu lábio inferior e passa sua língua quente por ele, sinto Bella sorri por cima da minha boca, mas não ouso abrir os olhos. Sinto ela em cima de mim colocando um perna de cada lado do meu quadril.

Sorri com seu gesto e aperto sua cintura fina a puxando para mais perto. Ela veio de boa vontade e começou a beijar meu pescoço, suas mãos vão para o meu cabelo puxando de vagar. Inclino o meu pescoço para dar mais acesso a ela. Gemi quando sua boca macia sugou a minha pele com força indo em direção a minha mandíbula.

– Você tem o gosto tão bom, Edward – sussurrou ela em meu ouvido sedutoramente.

Eu amava quando ela se soltava, nossos amassos eram sempre assim, intensos, e a cada um Bella me fazia chegar sempre ao meu limite.

Sem poder me conter puxo seu cabelo de leve para trazer seus lábios aos meus e a beijo com calma para poder senti o seu gosto e o seu cheio do melhor jeito possível. Quando não tínhamos mais fôlego, cessei nosso beijo e abri os olhos, mas ela continuou de olhos fechados e com a boca entreaberta. Sua imagem era totalmente convidativa.

– Você tem a mínima noção de quanto é linda? – perguntei sem pensar com o meu olhar fixo nela. Um sorriso apareceu em seus lábios perfeitos.

– Você me faz senti linda – disse ela abrindo os olhos – Você me faz senti a mulher mais desejada do mundo.

– E você é, mas só eu posso tocar– disse encostando minha testa na sua, seus olhos estavam presos nos meus – Só eu posso te beija, só eu posso falar baixinho em seu ouvido, só eu posso te fazer carinho como ninguém nunca fez antes. Você é minha, totalmente minha, Bella. Vou viver com você para sempre, nunca vou te deixar. A cada dia que se passa os meus sentimentos por você só aumentam, é uma loucura, mas me sinto feliz, você me faz feliz como ninguém. Quero estar sempre ao seu lado, eu vou cuidar de você nem que seja a ultima ciosa que eu faça nessa vida. ’’...

Fecho meus olhos com a lembrança. Eu prometi, mas quebrei. E agora ela esta aqui na minha frente com o corpo todo machucado, por mais um pouco ela poderia ter morrido. Abro os meus olhos e olho para o seu rosto, aperto um pouco sua mão, mas logo me repreendo e me esforço para solta-la, ela estava muito frágil, qualquer movimento mal calculado poderia feri-la mais ainda. Com todo cuidado repouso sua mão na cama.

– A parti de agora vou cuidar de você. Não importa o que fizemos no passado, eu apenas quero cuidar de você – sussurro e respiro fundo tentando engoli o nó que estava preso na minha garganta.

Fico mais alguns minutos olhando para ela, tentando não me torturar com o sonho e nem com a lembrança. Eu não queria, mas tinha que sair, tenho uma ligação para fazer e aqui não é local apropriado para se fazer.

Beijo seu rosto e saio do quarto. Pego o meu celular. Ligo e vejo varias ligações não atendidas.

Merda!

No mesmo instante retorno a ligação.

– Senhor Cullen? – a voz de Calton saiu pela linha telefônica

– Sim sou eu – disse fechando a porta do quarto e indo um pouco mais distante, mas ainda no corredor, Isabella poderia precisar de mim.

– Faz dez minutos que cheguei em Seattle, liguei para o senhor, mas não atendeu, então achei melhor não incomodar...

– Eu sei, eu sei – disse o interrompido – Apenas faça o que vou mandar.

– Ok.

Passei quinze minutos explicando a ele tudo o que aconteceu e o que ele deveria fazer, só parei de falar quando ele disse que tinha entendido.

– Eu quero pegue esses merdas antes que a policia ponha a mão neles.

– Tudo bem, senhor. Vou achar eles o mais rápido possível – quando ele acabou de falar uma enfermeira de meia idade aparece no corredor.

– Ligue o mais rápido quando o seu trabalho estiver completo – disse e desliguei.

– Bom dia, senhor – disse ela quando chegou mais perto. Acenei para ela - Eu fiquei responsável para cuidar dos ferimentos da senhorita Swan.

Acenei mais uma vez e sair da sua frente para ela poder acabar de caminhar o corredor para poder entrar no quarto. Quando ela passou eu fiz caminho para segui-la, mas ela parou bruscamente e se virou para mim.

– O Senhor não vai poder entrar – disse ela seria.
Franzi o cenho.

– Por quê?

– Me informaram que a paciente estar com ferimentos pelo corpo todo, provavelmente ela ficara exposta durante o procedimento dos curativos, então o senhor não poderá entrar.

– Tudo bem – disse sem saída, e ela prosseguiu o seu caminho.

Bufo me encostando na parede do corredor. Olhei a hora no meu relógio a cada minuto, foi quando me lembrei que deveria ligar para Amelie para pedi que ela ficasse aqui durante o tempo que eu ia lá na casa da mamãe pegar a Mel, mas quando estava preste a ligar o meu celular toca.

Era a minha mãe.

– Está tudo bem com a Mel? – pergunto ao atender o celular.

– Filho...

– Está tudo bem com ela? Ela já acordou? - insisto em saber.

– Já, ela está lá no seu quarto com Carlisle – disse ela.

– Papai não foi trabalhar? – perguntei confuso.

– Não, ele resolveu ficar comigo para cuidar da Mel – estranhei ao estremo isso, mas não falei nada, porque não era isso que importava agora.

– A senhora não me respondeu se a Mel estava bem.

– Ela...Filho, a Rose veio aqui – quando ela falou meu coração saltou e eu já sabia que tinha acontecido algo de ruim.

– Droga! O que aconteceu? – perguntei fechando os olhos.

– Ela chegou aqui do nada e começou a falar um monte de bobagens, eu não tinha visto que a Mel estava perto da porta, quando me dei conta ela já estava subindo as escadas furiosamente, fui atrás dela, quando cheguei no quarto ela estava chorando e chamando por você, me pedindo para ligar para você, porque ela não queria mais ficar aqui, tentei acalmá-la mas não tive sucesso, ela só se acamou quando Carlisle ouviu o barulho e veio ver o que era. Ele ficou com ela e eles estão lá ate agora.

– Eu estou indo ai, diga a Mel que estou chegando – disse e não esperei ela dizer mais nada e desliguei, em seguida disquei o numero da mansão.

– Casa do Senhor Cullen – a voz da Amelie sou na linha.

– Amelie, é o Edward.

– Oh, senhor...

– Apenas ouça o que vou falar – disse a interrompendo – Ontem de manhã aconteceu um acidente com a Isabella, ela está no hospital, deixei a Mel na casa da minha mãe ontem, mas agora preciso buscá-la. Eu quero que você venha o mais rápido possível para o hospital, venha com Phil. Ok?

– Tudo bem, senhor, estou chegando – disse ela apressadamente com a voz preocupada e desligou.
Ela desligou na minha cara! Olhei para o aparelho e bufei guardando o celular no bolso da calça. Me viro para entrar no quarto quando a enfermeira sai dele no mesmo instante com alguns papeis nas mãos e, veio ate a mim.

– O Senhor foi quem passou a noite com ela? – perguntou tirando uma caneta do bolso do seu jaleco e assinou alguma coisa no papel.

– Sim – será que não era óbvio? Me perguntei sem paciência.

– Ok, só vou deixar alguns avisos dado pelo medico que vem olhá-la daqui a vinte minutos. Não sei se o Senhor já foi avisado, mas ela a qualquer momento pode acorda, e se ela acorda no período de que não tiver ninguém da nossa equipe por perto, nos chamem imediatamente, ela precisa ser medicada com urgência, ela vai está com muita dor ao acordar.

– Tudo bem – disse passando minha mão no meu cabelo. Ela olhou para mim sobre os óculos de grau e assentiu.

– Tenha um bom dia Senhor – disse ela antes de sumir pelos corredores.

Olhei para porta do quarto e respirei fundo antes de entrar. Infelizmente Isabella ainda estava dormindo. Entrei no quarto, fechei a porta e fui me sentar no mesmo lugar de antes. Passei todo tempo olhando para o seu rosto e me lembrando que a Mel esta precisando de mim. passou um tempo e o medico chega. Ele fez alguns enxames rotineiros nela, falou o que eu já sabia e foi embora. Olhei a hora e já ia dar sete e meia da manhã. Me levantei e fiquei caminhando em círculos ate ouvi uma batida de leve na porta. Fui abrir rapidamente e para o meu alívio era Amelie.

– Desculpa, senhor, pela demora é que o ....

– Tudo bem, Amelie, eu entendo o trânsito deve está um caos a essa hora, apenas fique aqui ate eu voltar – disse e olhei uma ultima vez para Isabella antes de sair.

Caminhei com passos largos pelos corredores e peguei o elevador. Parecia que tinha passado uma eternidade quando ele parou no saguão do hospital. Sair quase correndo para entrar no meu carro ignorando qualquer pessoa que passasse na minha frente. Quando finalmente estava dentro dele, o liguei e pisei fundo tentando imaginar o que Rose poderia ter dito para fazer Mel chora. Provavelmente deveria ser algo de Isabella, só poderia ser isso.

....................................

Saiu do carro deixando a chave na ignição e com ele destravado. Subo os degraus em dois de cada vez, quando já ia tocar a companhia minha mãe abre a porta. Entro sem dizer nada e faço caminho para subir a escada.

– Edward – minha mãe me chama e eu paro, mas não me viro – Desculpa, Edward, eu não sabia que ela vinha aqui.

– Eu só pedi para a senhora cuidar dela – disse friamente virando o meu rosto para poder olhar para ela – Eu disse que não era para deixar ninguém chegar perto dela.

– Eu sei, mas eu não pude adivinhar que a Rose ia chegar aqui tão cedo da manhã – disse ela dando um passo em minha direção preocupada.

– Não importa, agora a merda já foi feita e a Mel está assustada em algum lugar dessa casa – disse rispidamente e minha mãe abaixou a cabeça.

Merda!

Fecho meus olhos tentando me controlar, porque mamãe não tinha culpa que as ultimas horas da minha vida tinham sido um inferno, ela não tinha culpa, tenho certeza que ela não ligou para Rose vim aqui falar sobre Isabella ou qualquer coisa do tipo que faça Mel chorar. Minha mãe só foi mais uma vitima das merdas que a Rose faz nessa família.

– Desculpa, mãe – disse me virando e indo ate ela - Eu sei que a senhora não teve culpa, eu só estou estressado, é só isso, me desculpe.

Ela levantou a cabeça e me deu um pequeno sorriso.

– A Mel não vai mais querer ficar aqui – disse ela fazendo cruzando os braços na frente do seu peito.

– Eu não sei, mas eu vou conversar com ela – disse estendendo minha mão e tocando seu rosto – Apenas não deixe Rose mais entrar nessa casa enquanto Mel estiver aqui. Eu sei o quando ela pode ser uma víbora. Eu vou ter uma conversa muito seria com ela.

– Eu sei filho, eu também vou ter. Não aceito esse tipo de coisa na minha casa, Rose não deveria ter feito o que fez.

– Ela chegou a falar com a Mel?

– Não, quando percebemos que não estávamos sozinhas na sala a Mel já estava de costas subindo a escada correndo.

– Tudo bem. Eu vou lá, desculpa por ter levantado a voz para a senhora – disse dando um beijo em sua testa e subi.

Cheguei ao corredor e fui direto para o meu quarto. Abri a porta sem bater e me deparei com meu pai com a Mel em seu colo, ela estava totalmente agarrada a ele, seus braços estavam em sua volta, e sua cabeça descansava em seu peito. Ela estava da mesma forma de quando ficava comigo, eu sei que parece estranho, mas senti ciúmes. É estúpido, mas senti.

A imagem deles juntos me deu um nó na garganta. Meu subconsciente não estava preparado para compartilhar Mel, mas o ciúmes foi esquecido quando vi seu rosto, seu olhos estavam fechados, mas dava para ver que ela tinha chorado, sua bochecha e nariz estavam muito vermelhos e ainda tinha requisitos de lagrimas em seu rosto.

Dei um passo em sua direção e o meu pai que estava balançando ela devagar de um lado para o outro, como se quisesse acalmá-la, percebeu a minha presença no quarto. Ele olhou para mim e me deu um olhar de sinto muito.

– Olha Mel quem chegou – sussurrou ele no ouvido da Mel. Ela abriu os olhos imediatamente, quando ela reconheceu quem era que estava no quarto, pulou do colo do meu pai e veio para mim. Sem pensar me ajoelhei e abri meus braços para recebe-la, ela sem nenhuma hesitação se jogou nos meus braços afundando o seu rosto molhado no meu pescoço e rodeou seus braços em volta de mim. A abracei apertado fazendo carinho nas suas costas.

– Eu não quero mais ficar aqui, eu quero ver a mamãe – disse ela levantando a cabeça para poder olhar para mim. Seus olhos já estavam lagrimejando novamente.

– Meu amor, não chora – disse tocando o seu rosto tentando enxugar as lagrimas que estavam ali – Eu vou te levar para onde sua mãe estar, mas não chora– pedi novamente, eu não gostava de vê-la assim, desde primeiro momento que a vi chorando eu não gostei, e não ia ser agora, depois da nossa amizade nascer, que eu ia gostar. Ela era a minha princesa, e não devia chora. Eu ia matar a Rose, não importava o que ela tinha feito, dessa vez ela não iria escapar de mim.

– A mulher loira ainda está lá embaixo? – perguntou Mel em um sussurro.

– Não, ela já foi embora – disse colocando para trás uma mexa do seu cabelo que estava na frente dos seus olhos.

– Eu não gostei dela, ela falou mal da mamãe – disse passando a mãos nos olhos – Ela falou palavra feia.

– Oh meu amor, ela não vai mais te incomodar. Esqueça ela, Rose não vale apena – disse sem poder me segurar, Rose não valia apena mesmo.

– Você conhece ela? – perguntou surpresa.

– Conheço. Ela é esposa do meu irmão.

– Do Emmett?

– Sim.

– Mas por que ela falou mal da mamãe? O Emmett é legal, ela deveria ser também – disse Mel sem entender. Para ser sincero, eu também não entendia esse ódio todo que Rose sempre teve por Isabella.

– Ela...Ela só não é legal, nem todas pessoas são legais nesse mundo – disse sem ter palavras melhores.

Mel absorveu o que eu disse e assentiu abaixando a cabeça.

– Ei, princesa – a chamei colocando a mão no seu queixo para levantar seu rosto – Não fica triste. Eu não gosto de te ver triste – disse e os seus olhos brilhantes por lagrimas me olharam intensamente me fazendo quase uiva de raiva da Rose.

– Tudo bem – sussurrou ela – Eu não vou ficar mais triste, mas ainda quero ver a mamãe. A gente já pode ir?

– Podemos – disse e me levantei com ela em meu colo. Foi ai que me dei conta que o meu pai ainda estava no quarto nos observando.

– A Mel ainda vai voltar? – perguntou meu pai ainda sentado na cama. Olhei para Mel, ela estava com os olhos abaixados. Eu sabia que ela não queria mais ficar aqui, não pelos meus pais, mas com medo que a Rose volte, mas eu precisava que ela ficasse aqui, ela não poderia ficar em casa sendo cuidada por um dos meus empregados. eu não permitiria isso, sendo assim, Mel deveria ficar aqui, mas ao mesmo tempo não quero forçá-la a nada.

– Mel? – a chamei e esperei seus olhos se encontrar com os meus.

– Oi – sua voz era fraca.

– Você vai querer voltar aqui depois que visitar sua mãe?

– Eu não vou poder ficar com ela e com você? – perguntou ela franzindo o cenho.

– Não, princesa. Sinto muito, mas você não pode, lá não é lugar de criança – disse esperando sua reação. Ela ficou um tempo calada me olhando.

– E se ela voltar? – perguntou desviando seu olhos de mim e olhando para baixo.

– Ei, princesa. Ela não vai volta, confie em mim – disse e beijei o alto da sua sobrancelha – Você confia?

– Confio – murmurou.

– Então, você vai querer voltar?

Ela torceu a boca como se não queres-se responder a minha pergunta.

Eu realmente queria poder ficar com ela.

– Vou – finalmente disse.

Sorri em alivio.

– Tudo bem – disse para ela beijando seu rosto novamente e olhei para o meu pai que nos olhava de uma forma estranha – Ela vai ficar, pai.

Ele levantou as sobrancelhas e sorriu para Mel.

– Fico feliz. Eu gostei de ter ficado com você por uma noite. E a gente poderia ir visitar a casa na arvore do jardim – disse ainda olhando para Mel. Pela primeira vez no dia desde quando cheguei aqui a Mel sorriu.

– Eu vou voltar, e a gente pode ir. Eu nunca entrei em uma casa na arvore – disse ela e se contorceu nos meus braços querendo descer. De imediato fiz o que ela queria, a colocando no chão. A Mel se aproximou do Carlisle sentado na cama.

– A gente vai sim. Enquanto você vai visitar sua mãe, eu vou preparando tudo na arvore para receber você. Quem sabe a gente ate poderia dormi lá – assim que ele acabou de falar eu não poderia deixar de franzi o cenhor. Será que ouvi bem? Meu pai acabou de dizer que vai dormi na casa de arvore com a Mel que ele mal acabou de conhecer? Isso é extremamente estranho, mas não poderia culpá-lo, ninguém resistia a Mel. Ela era a criança mais doce que já conheci, não é atoa que qualquer um que cai na sua e fica apaixonado por ela. Eu não fui diferente, e não era o meu pai que ia ser.

– Serio? – Mel parecia não acreditar no que tinha ouvido, seu rosto estava expresso em surpresa não contida. Sua lágrimas que estava a quase ponto de cair a alguns minutos atrás, estavam totalmente enxutas. É, parece que papai conseguiu distraí-la direitinho, melhor que eu.

– Serio, você quer? Acho que a Esme também iria adorar nos fazer companhia – disse ele sorrindo satisfeito por ter chamado a atenção de Mel que agora estava parada na sua frente.

– Eu quero.

– Então vamos. Agora me dar um abraço que você tem que ir, sua mãe esta te esperando – disse ele estendendo seu braço na direção dela. A Mel olhou para ela e não pensou nem duas vezes antes de pegar a sua mão e deixar ser puxada por meu pai. Ok, eles simplesmente viraram melhor amigos.Eu não sabia o que deveria pensar disso, vou repetir, é estranho, e me da um ciúmes dos infernos, mas ao mesmo tempo fico feliz que o meu pai como a minha mãe terem gostado da Mel o suficiente para quererem virar amigos dela, porque pressuponho que a presença da mel na minha vida seria constante, e sendo assim, também seria na deles. Pelo menos espero que sim.

– Tchau, Calaion – prendi o riso ao ouvi ela chamar o pai. Ela realmente gosta de engoli o r das palavras.

Meu pai sorriu gigantemente e passou sua mão em seus cabelos depois de se separar dela.

– Tchau, Mel, ate mais tarde.
– Ate – Mel deu um passo para trás antes de se virar para mim e estender seus braços manhosamente. Eu amava seu jeito. A peguei e ela enrolou seus braços no meu pescoço.

– Tchau, pai – disse andando para porta do quarto.

– tchau e tenha juízo - ao ouvi isso, olhei para ele. Seu rosto estava serio e transmitia toda autoridade que um pai pode ter. Parecia que muitos anos voltaram, sua expressão de agora é a mesma de quando eu era um adolescente.
Eu não podia fazer nada a não se assenti e ir embora.
Desci a escada com a Mel. Ela estava segurando minha camisa em punhos. Eu podia senti que ela estava tensa. Passo de vagar minha mão em suas costas tentando lhe acalmar.

– Ela não esta mais aqui, princesa - sussurrei. Ela me olhou por um momento e assentiu, mas ainda continuou segurando com força a minha camisa.
Cheguei na sala e Minha mãe ainda estava em pé no meio da sala com os braços cruzados. Ela parecia tensa. Quando seus olhos se focaram na Mel, ela veio para mais perto.

– Tudo bem, querida? – suas palavras saíram com tamanha hesitação.
A Mel assentiu e lhe deu um pequeno sorriso. O aperto da sua mão afrouxou na minha camisa

– Que bom – minha mãe sorriu nervosa - Ela ainda vai ficar aqui? - dessa vez ela olhou para mim.

– Vai – disse me voltando para Mel - Depois de ver sua mãe, ela vai volta. Não é Mel?

– Sim, o papai de Edwald disse que nos poderíamos ir para a casa na arvore que tem no jardim quando eu volta - disse Mel mexendo na minha camisa com seus pequenos dedos enquanto falava.

Minha mãe me olhou com surpresa.

– Oh, a casa na arvore? – suou como uma pergunta. Eu apenas assenti - Nossa faz tanto tempo que ninguém fica nela – minha mãe murmurou para si mesma como se estivesse lembrando de algo, mas depois um sorriso tomou conta do seu rosto,seus olhos brilhavam em direção a Mell – Você vai amar, querida. Lá é lindo.

A Mel sorriu.

– O papai do Edwald também disse que a senhora poderia ir com a gente, a senhora vai? – perguntou ela parando de mexer na minha camisa para levar a mão ao seu cabelo para poder tirar alguns fios que estavam atrapalhando sua visão.

– Oh, vou sim, é claro. Eu vou amar acompanhar vocês – agora minha mãe era pura alegria. A Mel realmente é a criatura mais encantadora da face da terra. Ninguém resistia a minha princesa.

– Ok, mas agora temos que ir, Mel – disse para evitar que a minha mãe falasse mais alguma coisa. Eu tinha que voltar para Isabella.

– É verdade. Espero que sua mãe acorde logo, Mel – disse minha mãe com a voz contida.

E para minha infelicidade a Mel murchou. As pessoas poderiam distraí-la, mas eu sabia que o seu coraçãozinho estava em um só lugar, que era com sua mãe, e ninguém poderia fazer com que ela esquecesse dela.

– Eu também – disse Mel baixinho e depois me olhou – Vamos, Edwald.

– Vamos, princesa – a apertei mais em meus braços – Tchau, mãe.

– Tchau, meus queridos – com isso saímos da casa. Andei com Mel em direção ao meu carro. Ela estava calada. Abri a porta do carro a coloquei no banco. Fechei a porta e dei a volta no carro, abri a porta do motorista e entrei. Dei a partida no carro e saímos em direção ao o hospital.

Minha mente estava pipocando em pensamentos, eu não conseguia para um minuto. Era tanta coisa.

Respirei fundo quando estacionei o carro no estacionamento do hospital, agora vinha uma das fases que mais temia. Eu tinha que dizer a Mel como sua mãe se encontrava.

Eu tinha que arrumar um jeito para dizer a Mel o estado de Isabella sem assusta-lá, eu não poderia só levá-la. A Isabella estava machucada, muito machucada, mas eu não sei como dizer.

Fecho meus olhos por alguns segundos antes de sair do carro. Abro a porta de onde Mel estava e me sento junto a ela no banco do passageiro.
Como vou dizer isso? Não faço a mínima ideia, mas eu tinha que tirar palavras de algum maldito lugar.

Estou aqui olhando para Mel que ainda está com o nariz, os olhos vermelhos e o rosto corado do choro de mais cedo. Eu realmente não sei o que dizer a ela.

Merda! Merda! Merda!

– Mel... A gente não pode entrar ainda – disse pegando sua mãozinha quente. Ela olhou para mim sem entender.

– Por quê? A mamãe não esta mais aqui?

– Estar, só que eu tenho que falar com você primeiro.

– Mas eu quero ver a mamãe, eu estou com saudades dela – disse ela com a voz rouca de choro.

– Eu sei meu amor, mas eu tenho que te dizer que a sua mãe não esta acordada.

– não esta?

– Desde que sair daqui para ir te buscar ela ainda não tinha acordado – disse e respirei fundo esperando sua reação.

– Ela vai demorar muito para acordar?

– Não sei, princesa.

– Tudo bem, mas eu ainda quero vê-la, não tem problema se ela não tiver acordada. Eu preciso ver a mãe, Edward, talvez se eu tiver lá ela pode acordar logo para me ver.

Minha princesa era tão doce.

– Você vai vê-la, mas ainda tem outra coisa, como você sabe a sua mãe sofreu um acidente – eu não ia contar que Isabella foi espancada, isso poderia ser demais para cabecinha da Mel, ela não iria entender que dois homens do nada abordaram sua mãe e a espancaram sem nenhum motivo, ela não iria entender – Ela está com ferimentos, eu não quero que você se espante quando vê-la, saiba que ela vai ficar bem. Ok?

– Ok.

– Pronto agora podemos ir – disse e ela deu um pequeno sorriso. Abri a porta do carro, sair e dei espaço para Mel passar. Fechei a porta do carro, o tranquei e peguei a mão da minha princesa.

Andamos pelos corredores do hospital, Mel ainda segurava a minha mão firmemente enquanto o elevador subia, quando as portas se abriram seus passos se agitaram andando mais um pouco a frente do que eu. Dava para perceber que ela estava ansiosa para ver a mãe, sua mão não parava de passar pelo cabelo tirando qualquer mecha que tinha na sua frente, se o estado não fosse tão critico eu teria admirado e falado que ela tinha a mesma mania que eu quando ficava agitada, mas não falei nada. Andamos mais um pouco, ate chegamos na frente do quarto onde estava Isabella.

– É aqui que a mamãe está? – perguntou ela apontando para porta.
– sim – disse nervoso com a reação da Mel quando ver a sua mãe. Coloco minha mão no trinco e giro de vagar. A porta se abriu e para minha surpresa encontro Isabella com os olhos abertos.

Ofeguei.

Ela estava acordada. Fiquei tão perturbado e sem ação, que não me dei conta que a Mel soltou minha mão. Quando vi ela já estava se aproximando da cama.

– Mamãe – sussurrou Mel com seus olhos arregalados e cheio de medo, eu já podia ver lagrimas querendo ser derramadas. Isabella desviou seu olhar de mim e olhou para Mel. Ela abriu a boca para falar, mas nada saiu. Seus olhos estavam vermelhos e assustados, ela parecia angustiada. Vi ela querer levantar sua mão em direção a Mel, mas gemeu de dor quando o fez. Seu gemido de dor me fez ficar mais atordoado. Mel olhou para mim sem saber o que fazer, eu sabia que ela queria ir correndo para sua mãe e abraçá-la e chorar no seu colo para matar a saudade que sentia, mas ela não sabia se poderia fazer isso.

– Mel – um sussurro bem baixinho saiu dos lábios ressecados de Isabella que vez a atenção de Mel e a minha se voltarem para ela.
Mel não esperou que eu falasse alguma coisa e se aproximou mais da cama. Ela parou ao lado e estendeu sua mão, e bem devagar tocou os dedos de Isabella que se abriram ao sentir o toque de Mel. Pisquei os olhos e quando vi Mel já estava abraçando sua mãe.

– Mamãe – sussurrou enquanto Isabella rodeava seus braços tentando abraçá-la da melhor maneira possível.

– Eu estou aqui, pequena,eu estou aqui – murmurou ela devagar.

– Eu estava com tanta saudades – a voz da Mel era puro choro, e Isabella não estava muito diferente, lagrimas silenciosas caiam do seu rosto. Eu não sei explicar direito, mas vê-las assim, me deu um nó tão grande na garganta que me segurei para não transparecer nada. Eu tinha que ser forte. Eu tinha que ser forte por elas.
Isabella se afastou um pouco e segurou o rosto da Mel com uma de suas mãos.

– Não chora, bebe – ela pediu enquanto mais lágrimas saiam dos seus olhos – Não chora, eu estou bem.

– A senhora esta machucada – apontou meu com a mão tremula.
Isabella olhou para si própria e suspirou fechando os olhos. Seu rosto se contorceu em dor. Dei um passo a frente preocupado.

– Eu estou bem – disse ela abrindo os olhos e desviando por pequenos segundos seu olhar da Mel para olhar para mim.

– A senhora tem certeza? Eu não ligo se a senhora estiver dodói – disse Mel e levou sua mãozinha para o rosto tentando limpar suas lágrimas – Eu não choro mais. Eu posso cuidar de você, que nem a senhora cuida de mim quando estou dodói.

Isabella sorriu e mais lágrimas saíram dos seus olhos. Porra, como eu queria ir ate ela e segura-la em meus braços e enxugar suas lag rimas, mas sou a merda de um fudido que não pode fazer isso.

– Eu sei, meu amor, mas - ela parou no meio da franze para respirar. Ela deveria está sentindo dor. Cadê a merda de um medico? – Eu vou ficar bem.

– Jura? – a voz da Mel estava tremula – Eu quero não quero ficar sem a senhora – sussurrou ela abaixando o olhar.

– Oh meu amor, eu vou sair daqui logo e a gente vai poder ficar juntas para sempre. Não fica assim – disse Isabella com a voz fraca.
Mel viu que sua mãe ficou triste.

– Tudo bem, mas também não chora. Eu não gosto de ver a senhora chorando.

– Ok- disse ela limpando o rosto- Eu queria tanto te colocar no meu colo – disse ela como lamento.

– Eu também, mamãe, mas não tem nada não. Eu fico aqui quietinha te olhando, não quero te fazer mais dodói, mas a gente pode segurar uma mão da outra, olha – disse Mel docemente tentando tranqüilizar a Isabella. Minha princesa era um anjo mesmo.

A Isabella sorriu e assentiu.

– Podemos sim – suas mãos se encontram de vagar, os dedos se entrelaçaram como um só. O laço entre elas estava feito novamente, não que algum dia foi quebrado, mas apenas a saudade de ontem para hoje foi superada e elas estavam reconectadas como sempre.

Elas ficaram apenas se olhando como se quisessem transmiti muito mais alem de palavras. Elas eram incríveis juntas. Era tão intenso. A ligação entre as duas era forte.

– Você não imagina o susto que tive quando acordei aqui nesse lugar sem você perto de mim – disse Isabella sem poder se segurar, seus olhos estavam transbordando novamente. Eu queria tanto abraçá-la – Eu pensei...Eu pensei.... – sua voz cortou com um soluço.

– Shiii, mamãe. Não chora não, eu estou aqui com você – sussurrou Mel com lagrimas caindo no seu rosto.

Eu sabia que ela estava tentando manter a calma e se controlar, mas era impossível, era instinto do ser humano se derramar e desabafar com a pessoa da sua maior confiança quando estava desesperado, e essa pessoa era a Mel. Isabella só tinha ela por cinco anos e mais ninguém, mas, Deus, ela era apenas uma criança, eu sei o quanto ela era inteligente, e muito madura para a sua idade, mas esse não era o papel de Mel fazer com que Isabella se acalma.

Como um murro bem no meu estômago a minha consciência gritou comigo.

“ Esse poderia ser o seu papel, idiota.”
Isabella respirou fundo e tentou engolir o choro. Meu peito se apertou ao vê-la desse jeito, era demais para mim.

– Eu não vou mais chorar, pequena, eu não vou mais chorar – disse ela tentando sorri para Mel - E obrigada por esta aqui.

Ela passou sua mão no rosto da Mel enxugando as lagrimas que tinham lá.

– Desculpa a mamãe por te fazer chorar, meu amor – disse Isabella se desculpando.

– Tudo bem, mamãe. Eu não ligo.
Isabella deixou bem claro em sua expressão de que ela ligava, e muito.

– Não importa, só não chore mais. E quero ver a minha boneca sorrindo – disse ela para Mel e tentou se sentar.

– Oh, Deus – gemeu Isabella colocando a mão na barriga. No mesmo instante eu estava ao seu lado.

– O que aconteceu? – minha voz ecoou pelo quarto com um rugido preocupado. Ela fechou os olhos e balançou a cabeça em sinal negativo.

– Não foi nada – sussurrou com a voz tremendo.
Não foi nada um ova.

– Você está sentindo muita dor? Cadê o medico desse lugar? – perguntei olhando para o seu corpo tentando achar o local da dor.

– Não foi nada – repetiu ela agora com os olhos aberto – só doeu um pouco quando me mexi.

Ela era uma merda no quesito de menti quando a dor estava estampado em seu rosto.

– Eu vou chama um medico.

– Não preci....

– Lógico que sim, fica sem se mexer que eu vou chamar o medico – disse sem deixar que ela terminasse de falar. Olhei para Mel que estava calada ainda ao lado da cama – Eu venho já, princesa. Fica aqui, tudo bem?

– Ok – disse ela com preocupação derramada em sua voz.

Andei pelo corredor, quando ia dobrar a esquerda me choquei com uma pessoa.

– Merda!

Olhei para ver quem era.

– Desculpa, Senhor Cullen, eu estava voltando para o quarto – disse Amelie segurando um copo com água lacrado - A Bella estava pedindo água, então foi comprar.

– Tudo bem. Estou indo chamar um medico, ela esta sentindo dor – disse passando minha mão pelo cabelo.

– Como? Ela disse não faz nem meia hora que estava tudo bem – disse Amelie sem entender.

– Ela mentiu. Quando Isabella quer, ela é muito teimosa – disse bufando.
Amelie me olhou com os olhos estreitos. Ela abriu a boca para falar alguma coisa, mas voltou atrás.

– É melhor o Senhor ir atrás do medico – disse ela suavizando o rosto e saindo da minha frente.

– Estou indo – disse confuso. Olhei para ela por alguns segundos e sai passando por ela.

Mamãe, papai e agora Amelie, todo mundo estava estranho. Parece que.... não sei como dizer, só sei que eles estão estranhos.
Balanço minha cabeça dispensando esse pensamento da minha mente. Eu tinha coisas mais importante para me preocupar.

Não andei muito e encontrei o medico. Falei com ele sobre Isabella e ele me acompanhou rapidamente de volta ao quarto.

– Está sentindo dor?- perguntou ele entrando no quarto. Por que ele tinha que perguntar? Eu já não falei? porra, Isabella estava sentindo dor e isso tinha que para.

Por que ele não faz o trabalho dele e fecha essa boca de merda?

– Não é nada grave – disse Isabella tentando diminuir o problema.
O medico se aproximou da cama ficando bem ao seu lado. Será que ele tinha que ficar tão próximo dela? Não bastava apenas dar algum remédio e sair daqui?

– É verdade o que ele disse? – ele duvida de mim, porra, ele não sabe quem eu sou? Só pode ser isso. Em algum momento vou deixar bem claro que sou Edward Cullen, e não admito ser contrariado. Quem ele pensa que é?

– Eu estou bem – insistiu isabella me fazendo bufa.

– Tem certeza? – será que ele não tava vendo a dor no seu rosto? – Se você estiver sentindo dor e não nos avisar, vai ser pior e a senhorita não vai voltar tão cedo para casa.

Ouvi um barulho de alguém se aproximando, olho para o meu lado, era a Mel saindo de perto da Amelie e vindo para perto do doutor.

– A mamãe estava sentindo dor sim, o Edwald está certo – disse ela ficando ao meu lado.

Essa era minha garota.

– Mel – Isabella estava chocada com a pronuncia da Mel.

– Mas é verdade, mamãe, a senhora estava sentindo dor. Eu não quero ficar muito tempo longe da senhora, se não tomar remédio, você vai ter que passar mais tempo aqui, e eu não quero isso – minha princesa sempre falava bonito. Ela era demais.

A Isabella olhou para ela e suspirou, depois se voltou para o medico.

– Quando acordei, eu senti umas fisgadas nas costelas – disse ela sem muita convicção, ninguém acreditou – Ok. Quando acordei, meu corpo todo doía, mas não chegava a ser insuportável. Eu não disse nada porque não queria voltar a dormi, já passei tempo demais desacordado.

– Não faça mais isso. A medicação tem que ser feita. Se não fala-se agora, ela só ia piorar com as horas, e talvez poderia causar algo mais grave. Você está fraca, precisa dos medicamentos para mantê-la em bom estado – disse o medico olhando serio para ela.

Bom, ele parece mais legal agora.

– Desculpe – sussurrou ela envergonhada ganhando coloração no seu lindo rosto que estava machucado.

– Tudo bem – disse o medico sorrindo – Como disse, não faça mais isso, quando estiver sentindo dor ou qualquer incomodo diga, isso pode ser mais serio do que imagina, não se brinca com a saúde. Bem, vou te dar uma dosagem media

você vai dormi, mas se acordar e a dor se manter, diga, ok?

– Ok – disse ela – Mas antes posso me despedir da minha filha? Eu mal conversei com ela.

O medico olhou para Mel e sorriu.

– Claro, essa princesa merece – eu ouvi bem, ele acabou de chamar minha princesa de princesa? Retiro o que disse, eu definitivamente não gostava desse medico – Eu vou preparar o medicamento e vou trazer uma enfermeira comigo por enquanto senhorita se despedi de sua filha.

– Bella, apenas Bella, nada de senhorita – disse Isabella lhe dando um pequeno sorriso. Mas que merda era essa? Certo que ele dava para ser pai dela, mas mesmo assim, ele ainda era homem, e a mente de merda de um homem imagina as coisas mais pervertidas só com um sorriso tímido de uma mulher mais nova. E inferno, com esse homem não poderia ser diferente.

– Tudo bem, Bella – ele fodidamente sorriu de volta para ela. É melhor ele sair daqui, senão...

Estava quase acabando meus pensamento de destroçamento de um certo senhor de idade, quando uma mão toca o meu ombro. Olho para o meu lado, era Amelie, ela arqueou uma sobrancelha para mim em questionamento e depois olhou para minhas mãos.

Merda! Eu não tinha percebido, mas minhas mãos estavam em punho ao lado do meu corpo, e merda dupla, a Amelie percebeu.

– Eu estou indo – ouvi o medico dizer antes de sair do quarto.

Olhei para Amelie e desviei o olhar tentando ignorar seus olhos queimando em minhas costas.

– Eu...vou lá fora, se precisar de algo me chame – disse para Isabella, mas ela nem olhou para mim. Seguro minha respiração pelo desconforto. Passo minha mão pelo meu cabelo e ando para porta do quarto.

– Edwald – chama Mel e de imediato me viro para ela – Você vai embora?

– Não princesa, eu apenas vou fazer umas ligações importantes, mas vou continuar aqui, ok?

– Ok – depois disso saiu do quarto, e foi ai que pude respirar.

.........................................................................................

Pov Bella.

Homens sem rosto passam por mim. Eles não falam, mas sei que eles me querem. Minha mente me alerta de algo, mas eu não consigo entender, ela fala tão baixo, quase como um sussurro no escuro.

Eles estão perto, eles estão tão perto que posso senti suas sombras escuras e sombrias perto de mim. Eu tenho que correr, mesmo estando cansada, esses homens não podem me pegar. Sinto que se isso acontecer, eles vão ceifar minha vida e levá-la para longe de mim.

Eu não posso deixar isso acontecer.

Eu não posso deixar isso acontecer.

Eu não posso deixar isso acontecer, não de novo, mas já é tarde, a milésimos de segundos depois sinto mãos ásperas tocarem meus ombros me puxando para trás me levando para escuridão.

– Não!Não! Não! - choro - De novo não – grito pela ultima vez quando um baque mudo me faz abri os olhos.

Pisco furiosamente tentando entender o que estava acontecendo. Onde estou? O que...

– Urg – gemi de dor quando tento me levantar. Meu corpo parece amordaçado, preso a algo, mas nada importa, a dor que sinto é o suficiente para me distrai de qualquer outra coisa. Tento encontrar a fonte da dor, mas parece que ela esta em todo lugar.

“ o que aconteceu?” – me pergunto sentindo meus olhos queimarem e logo lagrimas caiem no meu rosto.

“ O que aconteceu comigo? Por que estou sentindo tanta dor?”

Reviro os meus pensamentos tentando achar um motivo para ficar desse modo. Mas não encontro, não encontro nada, quando de repente como uma luz no escuro, a minha mente grita comigo.

Homens, dois homens, dois homens desconhecidos. Eles me perseguiram, fizeram mal a mim, foram ele que me deixaram assim.

– Não – sussurro, mas me arrependo quando sinto a minha garganta queimar. O gosto amargo que estava nela era horrível.

Olho para todos os lados na esperança de encontrar alguém, mas não tem ninguém. Ninguém, ninguém.

“Você não tem ninguém, Bella”

Eu não tenho ninguém, essas palavras juntas me fazia querer voltar para o escuro. Uma dor dilacera no meu peito, ela é tão forte, que sinto que pode alcançar a minha alma, me deixando transtornada e angustiada de medo.

Sim, medo. Isso era tudo que eu podia senti alem da dor.

“ E se eles voltarem? Eles podem voltar e fazer tudo de novo”.

Me encolho com o pensamento.

Eles não estão aqui – digo a mim mesma – Eles não podem estar aqui.

Meu coração esta acelerado, e é ai que percebo um barulho como um bip perto de mim. Olho para o meu lado esquerdo, demoro um pouco para identificar, era um aparelho de contador de batimentos cardíacos.

Estou em um hospital – cheguei a conclusão. Só pode ser. Tudo era tão branco e limpo, mas o cheiro me fez quase vomitar.

Com certeza aqui era um hospital, o cheiro denunciava. Odeio esse cheiro.

Tento mexer meu braço, mas algo alem da dor me impede. É uma agulha.

Estremeço só de olhar. Um gemido escapa dos meus lábios.

Eu quero sair daqui, quero encontrar a ....... Mel, minha filha. Meu coração bate mais rápido, o som no aparelho ecoa por toda sala.

Minha pequena, onde ela está? Porque ela não esta aqui comigo? Alguém está cuidando bem dela? Onde ela está?

Tantas perguntas rondavam minha mente que ficava impossível em se concentrar em uma só.

Eu tenho que sair daqui, minha menina precisava de mim onde quer que ela esteja.

Respiro fundo e movo meu braço com cuido o apoio na cama e tento fazer um pouco de força para me sentar, mas antes que eu consiga algo a porta do quarto é aberta.

– Não faça isso – disse uma senhora toda de branco vindo ao meu lado quase correndo – A senhorita não pode se levantar, está muito fraca.

– Eu tenho que sair daqui, a minha filha, ela...

– Sinto muito, querida, mas você não vai a lugar algum.

– Mas...

– Você está com dor?

– Não – respondi automaticamente, eu não queria voltar a dormi. Eu quero a minha filha.

– Tem certeza?

– Tenho, eu posso fazer uma ligação? Eu preciso saber da minha filha.

– Tem uma senhora aqui que ficou com você antes do Senhor Cullen ir embora.

Edward estava aqui?

– Sabe o nome dela? – perguntei.

A enfermeira tirou uma pequena pasta do seu jaleco e passou algumas folhas ante de me dar a resposta.

– Amelie Brons

– Oh, e onde ela estar?

– Ela disse que foi a cantina, já, já ela vai estar aqui, não se preocupe.

– Ok – disse sem saída. Eu queria não pensar, mas era impossível, Edward veio aqui, mas já foi embora. Eu não poderia culpá-lo, com certeza tinha mais coisas a fazer do que ficar em uma sala branca que cheira mal.

– Você se lembra de alguma coisa? – a enfermeira ainda estava na sala.

– Sim – isso foi a única coisa que saiu. Era impossível esquecer.

– Tudo bem, não precisa falar disso – disse ela sorrindo amigavelmente para mim dando um tapinha em cima da minha mão.

– Obrigada – assim que acabei de falar a porta foi aberta novamente. Dessa vez era a Amelie.

– Oh, querida, você já acordou? – disse ela sorrindo – Desculpa por não está aqui, você deve ter ficado tão assustada.
– Eu estou bem, obrigada por está aqui.
– Imagina, querida. Não agradeça. Como você está?
– Estou bem – eu não estava nada bem.
Ela olhou para mim duvidosamente, mas assentiu.
– Onde está a Mel? – perguntei sem me conter.
– Ela esta na casa dos pais o Senhor Cullen, ele foi buscá-la. Certamente para te ver.
– Oh – não consegui esconder minha surpresa. Mel estava com os avôs. Um certo alívio passou por mim, porque eu sabia que ela estava segura.
– Eles vão chegar aqui a qualquer momento. Não fique preocupada.
– Tudo bem... – parei de falar ao senti uma coceira na garganta.
– Está tudo bem? – perguntou Amelie.
– Minha garganta, ela está seca.
– Então vou pegar água. Não vou demorar muito – disse ela já indo para porta do quarto.
– Obrigada – disse forçando minha voz. Fechei meus olhos para e encostei minha cabeça na cama para poder respira sem que meu corpo doesse, mas parecia impossível.
– Eu vou ter que chamar o medico, para ele poder avaliar o seu estado – disse a enfermeira ao meu lado.
– Eu vou ficar bem.
– Tem certeza?
– Tenho, afinal, não posso ir para nenhum lugar – disse apontando para mim mesmo. Ela assentiu hesitante, mas foi embora.
Depois de algum tempo o medico entrou no quarto. Ele me perguntou se eu estava com dor, depois fez alguns exames em mim para ver se estava tudo certo com a minha pressão e outras coisas. Ele também me informou do meu estado. Meu corpo 40% machucado, não era atoa a dor que estava sentindo. Depois de algum tempo ele foi embora.
Fechei meus olhos e tentei não pensar no dia passado. Aqueles homens estavam me assustando ate agora. Eu não me lembrava do rosto, não estava nítido em minha mente. Eu só podia me lembrar da dor, do medo e da angustia que senti naquela hora.
Como será que me encontraram? Não me lembro, é tudo tão vago em minha mente.
Será que eles me...? Olhei para o meu corpo. Não, se eles tivessem feito algo, eu poderia senti agora. Meu corpo estava dolorido, mas não nesse aspecto. Graças a Deus, eu não poderia suportar isso.
Minutos se passaram e para minha surpresa a porta foi aberta, já estava pronta para falar com Amelie quando vi dois pares verdes de olhos me olhando. Era o Edward e a minha pequena.
Edward estava me encarando assustado, seu rosto perfeito estava torcido em confusão. Ele parecia que não me esperava ver acordada. Desviei meus olhos dele, quando ouvi a voz da Mel me chamando.
Oh minha filha, meu peito dói ao pensar que eu nunca mais poderia vê-la.
Sem pensar direito levantei minha mão rápido demais e não pude conter um gemido. Quando a dor passou o suficiente para poder pensar direito chamei o seu nome. Para o meu alivio Mel veio em minha direção e pegou a minha mão. Tão bom o toque quente dela, sem pensar a puxei para mim, doeu, mas eu não me importava, eu só podia pensar que minha filha estava de volta em meus braços.
Ela chorou, eu chorei junto. Fui franca ao deixar transparecer o meu desespero, minha Mel chorou mais ainda, eu podia permiti que ela chorasse por mim, isso não era certo, a Mel tinha que sorri, então fiz o meu melhor para parecer bem, mas na verdade eu estava quebrada, não só fisicamente, mas também mentalmente e emocionalmente.
A gente conversou um pouco com Edward na sala, tentei não olhar muito para ele, não queria ver a pena em seus olhos. Então tentei ignorar o máximo sua presença.
Estado tudo bem ate que inventei de me sentar. A dor que senti foi tão profunda que fechei meus olhos para tentar recuperar o meu raciocínio.
Edward praticamente surtou e saiu do quarto dizendo que ia chamar um medico. Depois Amelie entrou no quarto com a água. Ela me entregou, e eu bebi praticamente o copo todinho. E não demorou muito e o medico com o Edward estavam no quarto.
Eu tentei fazer o meu papel, mas não deu certo, e também era imprudência minha não dizer que estava sentindo dor. Sem saída disse a verdade, o medico me deu uma bronca, mas tudo bem, ele estava certo. Pedi a ele para me despedi da minha filha, e de bom humor ele concedeu. Mas sem entender nada Edward sai do quarto com mais de mil. Eu sei que não dei muita atenção a ele, mas não me culpe, eu apenas não queria olhá-lo e ver um monte de merda no seu olhar, seja pena ou qualquer coisa, eu não queria ver isso, não mesmo. Então a melhor opção é ignorá-lo da melhor forma possível.
Me despedi da Mel com uma dor no coração. Eu não queria me separar dela, não de novo, não gosto disse, minha pequena era para esta comigo, nos meus braços, ela precisa de mim o mesmo tanto de como eu preciso dela. Mas como nada é justo deixei ela ir assim que o medico voltou a sala e pediu para todos saíram. Ele me furou um uma agulha gigante. Torci o rosto em desgosto, mas se era para passar a dor valia à pena.
Ele ficou conversando comigo, fui ficando meio sonolenta, mas mesmo assim ele ainda ficou no quarto, não me lembro bem, mas parece que eu tinha ouvido novamente a voz de Edward, mas deveria ser loucura da minha cabeça, ele já deveria ter ido embora. Ignorei os meus pensamentos ate que fui puxada totalmente pelo sono.

.........................................................

Pov Edward.
Fiquei fora do quarto ate que Mel e Amelie saírem do quarto. Eu juro que tentei ficar de fora, mas não suportei e entrei no quarto e me deparei com uma Bella sonolenta quase com os olhos totalmente fechados.
– O remédio já esta fazendo efeito – disse ainda olhando para ela.
– Sim, ela em pouco minutos vai esta totalmente dormindo – disse o medico ainda ao lado dela.
– Quando tempo o remédio vai fazer efeito?
– Um bom tempo, provavelmente quase todo dia. Se ela acordar vai ser no meio da noite – disse ele e depois saí me fazendo o acompanhar, eu tinha que levar Mel de volta para a casa dos meus pais, depois vou tomar um banho para poder trocar de roupas, e em seguida volto para o hospital.
Antes de ir embora a Amelie disse que ia ficar, eu agradeci a ela. Eu sei que Isabella estar dormindo, mas era bom que alguém ficasse com ela.
........................................................................

– Eu vou poder a mamãe amanhã de novo? – pergunta Mel quando estávamos andando para a porta da casa dos meus pais.
– Vai sim, amanhã eu venho te buscar de novo – disse chegando na frente da porta.

– Ok, eu vou te esperar – disse ela convicta.

Sorri e beijei sua testa. Abri a porta da casa que estava apenas encostada. Entrei e coloquei Mel no chão.

– Mãe! – chamei andando pela sala, mas ninguém respondeu. Pequei a mão da Mel e a puxei indo em direção cozinha. Ninguém estava lá, mas a porta dos fundos estava aberta. Andei ate lá e olhei ao redor do jardim. Foi quando meu olhar caiu na arvore imensa que tinha no canto do jardim com uma casa de madeira encima.

Meus pais estavam na varanda, minha mãe com uma vassoura e o meu pai com caixas nos braços entrando na casa.

O que eles estavam fazendo?

Franzi o cenho e fui ate eles com Mel ao meu lado que olhava encantada para casa.

– Mãe – chamei e ela olhou imediatamente para mim e depois para Mel e lhe deu um sorriso.

– Oh vocês já chegaram – disse ela e largou a vassoura. Ela deu a volta na casa e desceu a escada que tinha lá.

– O que estão fazendo com a casa? – perguntei quando ela estava ao nosso lado.

– Nos vamos dormi aqui hoje, então estávamos dando uma limpeza – disse e olhou para Mel.

– É essa a casa na arvore? Ela é grande – disse Mel olhando bobamente para casa da minha infância.

– Sim, você gostou?

A Mel apenas acenou, ela estava muito ocupado olhando tudo.

– Tem certeza que ela ainda é segura? Porque faz tempo que ela foi construída – disse olhando o estado da casa.

– É sim, seu pai sempre fez questão de preservá-la. Ela só precisa de uma pequena limpeza e tudo vai ficar bem - disse ela – Que tal Mel, você ir lá encima dar uma olhadinha?

– Eu posso? – perguntou ela olhando para mim.

– Pode, agora tenha cuidado e não fique muito perto da varanda – disse e ela sorriu e saiu correndo para a escada. O meu coração se apertou quando ela foi subi a escada, ela poderia cair e se machucar, já ia lá, mas ela foi mais rápida do que eu e já tava no topo – Cuidado, Mel – alertei novamente.

– Ok – gritou ela e entrou na casa.

– Como esta a Bella? – virei meu corpo na direção da minha mãe.

– Ela vai ficar bem. Quando chegamos lá ela estava acordada.

– Já sabe quando ela vai ter alta?

– Não, acho que só quando ela recuperar um pouco das suas forças, ela ta fraca.

– Imaginei, amanhã eu vou visitá-la, quero vê-la e falar com ela. Tudo bem para você?

–Tudo bem – disse sem saída. O que eu poderia dizer?

– Ok! Você já almoçaram?

– Não, a Mel não comeu nada. A senhora poderia fazer alguma coisa para ela?

– Claro, você vai voltar para o hospital?

– Vou, mas antes vou passar em casa, tomar um banho e troca de roupa. A Isabella está dormindo, a Amelie ficou com ela, então eu posso fazer isso sem problemas.

– Você não quer comer antes?

– Não estou com fome, talvez mais tarde eu como algo lá no hospital – vi na cara da minha mãe que ela não gostou em saber que eu não ia comer, mas ficou calada. Não tinha como entrar algo dentro de mim – Eu já vou e...

– Eu já sei querido. Deixa comigo – disse ela me dando um pequena sorriso. Fui ate ela e beijei sua testa.

– Obrigada, mãe.

– Não tem o que agradecer – fomos cortados por um grito da Mel. Minha cabeça virou em alerta.

– O que acontece? – me perguntei correndo para subir as escadas com a minha mãe atrás de mim. Entrei na casa já pronto para perguntar o que tinha acontecido quando vejo Mel correndo na casa sorrindo com o meu pai atrás dela. Quando ela me viu veio em minha direção e se escondeu atrás da minha perna.

– Me esconde, Edwald, seu papai que me fazer cosquinha – disse ela arfando e sorrindo ao mesmo tempo.

– Poxa, Mel, vai me dedurar? – perguntou o meu pai brincalhão olhando para Mel. Ela colocou a cabeça para fora da minha perna e olhou para ele.

– Cosquinha não pode, eu faço xixi. Diz para ele, Edwald – não pude deixar de ri.

– Ok, ok, ok vocês dois. Eu pensei que algo de grave tinha acontecido.

– O quê? – perguntou a Mel ainda atrás da minha perna. Olhei para ele que estava com a bochecha rosada, não de choro, mas de felicidade. Uma paz se fez em mim ao ver isso.

– Nada não, meu amor. Deixa para lá. Mas eu tenho que ir embora – avisei. Ela saiu de onde estava e ficou ao meu lado.

– Já?

– Já, mas amanhã eu volto. Você vai ficar bem? – perguntei me ajoelhando na sua frente e pegando as suas mãos.

– Vou, mas volta logo.

– Eu volto. Agora me dar um abraço – pedi e ela sorriu e pulou em mim me abraçando apertado. Afundei meu nariz no seu cabelo sentido seu cheiro bom de criança. Beijei o topo de sua cabeça e me afastei – Mais tarde ligo para saber se você esta bem, ok?

– Ok- disse ela assentindo. Com isso me levanto.

– Tchau – disse para todos e todos me disseram tchau de volta. Então fui embora.
...........................................................................

Soltei uma respiração longa ao senti a água caindo em mim. Apoio minhas mãos na parede de azulejos fazendo com que o meu corpo se inclinasse em direção a água.

Cheguei em casa não faz muito tempo. Cheguei e ela estava vazia, sem nenhum som ou barulho. Ela estava como antes da Isabella e Mel chegarem. Eu tenho que admitir que é a Mel que da vida a essa casa, é ela que alegra com suas perguntas inteligentes e curiosas, com suas brincadeira e a com o seu jeito doce.

Foi tão estranho chegar em casa e não ver nada disso, não quero pensar, mas é impossível, um dia ela vai ter que ir embora. Por mais que doa, aqui não é a casa dela, não definitivamente. Quero senti algo em relação a isso, mas não consigo senti nada alem de tristeza. Vai ser triste não ver a Mel todos os dias. Sei que já disse a mim mesmo que para onde ela fosse eu ia visitá-la, mas não era a mesma coisa, com o tempo ela poderia se esquecer de mim.

Antes parecia tão mais fácil viver sozinho, doía, mas chegava ate ser confortável.

Sem ninguém perto mim, significava que ninguém poderia me magoar ou me feri, quero senti saudades desse tempo, mas não consigo, não depois de conhecer a menina que trouxe de volta a minha alegria.

A Mel era como se fosse o meu talismã, com ela a vida ficou mais simples e divertida. Ela mudou os meus dias, para ser mais sincero, ela mudo a minha vida amargurada e sem luz que eu vivia. Ao conhecê-la parece que o meu coração amoleceu, tanto trabalho que tive ao longo de cinco anos para fazer com que ele ficasse seguro, se evaporou no momento que pus os meus olhos nela e pensei que ela parecia uma verdadeira princesa.

E ainda tem a Isabella, como o meu coração pode se livrar dessa mulher? Não tinha como, eu lutei, só Deus sabe como lutei para mantê-la longe de mim, mas não teve jeito. Parece que a vida sempre acha um jeito de fazer algo para nos colocar frente a frente. Sem poder evitar aceitei ela na minha vida novamente, mesmo com toda raiva e ressentimento que perfurava o meu coração, mas falei para mim que ia manter distancia, passei horas e noites pensando em formas para manter-me longe dela. Nesse curto tempo fui grosso, rude, arrogante, mas nada adiantou. Só bastou ficar perto dela por alguns minutos e logo o desejo desacordado surgiu me fazendo perder a cabeça e cometer a loucura mais louca que eu poderia fazer. Não posso ser um merda de um mentiroso e dizer que não penso naquele beijo, eu tento, mas tudo em relação a ela, é inútil. É inútil ignorá-la, é inútil dizer que não a amo se meu coração diz o contrario.

Eu a amo, nunca deixei de amar. Dói, dói demais reconhecer isso. Passei cinco anos da minha vida dizendo que ela foi um nada, um erro na minha vida, para chegar agora e dizer que amo, é duro demais. E onde ficava o passado? Ele esta aqui, dentro de mim, assim como o meu orgulho, ele vivi lutando uma guerra inútil com algo que eu não queria falar e nem pensar no nome. Todos os dias tem uma batalha, e todos os dias me iludo dizendo que o passado ganhou, mas todo mundo sabe que é uma mentira. Eu sou fraco mesmo me fingindo de forte.

– Que merda – sussurrou cansado.

Pode passar anos e anos, mas tudo que sinto por ela ainda vai continuar aqui dentro de mim, posso ter a mulher que eu quiser, mas sempre vou deseja loucamente só uma, só uma e mais ninguém. É ela que quero. O que aconteceu ontem só foi para reforçar que eu não poderia viver sem ela.

Não consigo lutar contra isso. Mas mesmo assim,minha parte escura ainda esta dentro de mim. Se eu tentar aceitar o passado, mas o medo e a insegurança ainda vai ficar comigo. Será que posso conviver com isso? Será que os meus sentimentos eram o suficiente para superar e cicatrizar todas as feridas que um dia foram causadas?

Eu sinceramente não tinha resposta para isso.

Por que tudo era tão complicado? Mas a única certeza que eu tinha agora que eu não poderia ficar longe da Mel. Dela eu não abria mão. Faço o que puder para tê-la perto de mim, ate...ate virar amigo da sua mãe. Eu sei que é totalmente louco, mas essa poderia ser a única alternativa que eu poderia ter para manter a Isabella protegida e Mel perto de mim.

Abro os meus olhos. E dou um gruído agoniado.

Não tinha como fugir. Era isso que eu ia fazer.

Desligo o chuveiro.

Saio do banheiro com uma toalha branca enrolada na minha cintura e vou para o closet.

Tenho que voltar para o hospital, na primeira oportunidade eu ia fazer essa proposta a Isabella, e por Deus, tomara que ela aceite, senão eu não saberia o que fazer. Essa era a única carta disponível para mim no memento.

Me arrumo de qualquer jeito, ignoro todos os ternos. Não estava com saco de combinar merda de gravata.

Calço um sapatênis. Coloco todos os meus pertences no bolso da calça e saio do quarto.

Ando pela casa vazia ate chegar do lado de fora. Entro no meu carro e respiro fundo tentando pensar no que diria para convencer a Isabella de que minha proposta era razoável e que não demonstrasse o meu desespero em querer protegê-la.

b


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Notas finais do capítulo

Gostaram? bem, o cap 19 vem por ai...como mostrei no vídeo ele já está na metade!!!!!!