Entre Perdas e Conquistas escrita por Amanda R


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!!!! Minha net apareceu!!!!

Eu realmente queria pedi muito a vocês para não me matarem depois de ler o capítulo, serio, as coisas que vão ter nele lá pro final não vai ser nada bonito.

P.S: Se quiserem acalmar o coração depois de ler o capitulo, leiam a nota final!!!!!!!!!!!!!

E agora só tenho a dizer, que tenham uma Boa Leitura!!!!



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Pov Bella


Minha respiração estava suspensa. Esme estava paralisada, sua testa franzia em total confusão. Ela estava branca parecia que viu um fantasma. Olhei para Edward que não percebeu a confusão da sua mãe, ele apenas estava com os seus olhos pregados em mim e na Mel.


Engoli em seco e viro minhas costas para eles, ficando na frente da Mel, que estava aléia a tudo, ela só estava preocupada com que Edward a visse.

– Mamãe eu posso falar com Edwald? – perguntou Mel me olhando ansiosamente.

Não, não, não e não. Eu não podia deixar ela ir ate Edward, não com a mãe dele lá.

Cristo. O que vou fazer?

Eu sei que não estou escondendo nada de ninguém. Falei a verdade a cinco anos atrás. Não escondi nada. Foi Edward que não acreditou em mim. Foi ele quem me expulsou da sua vida, e não eu.

Mas com toda certeza ele contou a sua família a parte de sua versão, e eles devem ter acreditado. Todos podem pensar que sou uma vadia ou coisa pior. Sinceramente não sei como Edward chegou à conclusão de que eu o trair, mas o que importa é que ele não acreditou em minha palavra, e tudo que aconteceu no meu passado vai cair na minha filha.

A Mel passou toda sua vida tendo a certeza de que seu pai está viajando em um lugar muito longe, e se de repente uma bomba, que é a verdade, cair em seu colo, corro o perigo de perde-la pro Edward e sua família. Edward não pode ter acreditado que ela é sua filha no passado, mas agora é diferente, ele gosta dela. As características de Mel estavam gritando na frente dele. Sua aproximação de Mel foi tão repentina, que nem me lembro do dia em que Mel ficou perdidamente encantada por ele. Eu não a culpo, é muito difícil não gostar de Edward quando ele é ele mesmo.

Eu sei que Mel merece saber a verdade.

Meu coração se ilumina ao imaginar o sorriso da Mel quando ela descobrir que seu pai está bem na sua frente, sei que a sua cabecinha pode ficar um pouco confusa, mas ela é uma criança inocente, toda alegria vai dissipar a confusão ao finalmente saber que o seu pai esta perto dela, mas ao mesmo tempo isso me mata, se...se eles resolverem tirar minha filha de mim, eu sei que conheci os Cullens o bastante para saber que eles não são más pessoas, mas ninguém sabe o próximo passo do desconhecido, não se pode confiar em ninguém. Passei praticamente um ano da minha vida confiando em um cara de olhos fechado, entreguei a minha vida e o meu coração a ele e olha no que deu, ele me abandonou quando mais precisei dele. Então, realmente não se pode confiar em ninguém, ate meus próprios pais me abandonaram.

Mas agora a realidade estava batendo na minha porta. Esme estava a menos de cinco metros de Mel.

– Mamãe – Mel chamou minha atenção, me tirando do meu devaneio – Eu posso ir falar com Edward? Por favor – seus olhos estavam suplicando por isso.

– Filha, eu...eu – eu não conseguia falar. O medo estava tomando conta de mim – Eu acho melhor não – finalmente conseguir dizer.

Vi o rosto da minha filha cair em decepção.

– Por quê? – perguntou em um murmúrio com a voz triste.

– Filha, o Edward pode está ocupado e... – minha frase foi cortada ao senti a presença de alguém atrás de mim. Fechei meus olhos automaticamente, como se estivesse pronta para levar uma sentença de morte, e era assim mesmo que ia me senti se perdesse a minha filha. Não a nada pior para uma mãe de verdade, do que perder a sua criança, a quem tanto amamos e que é a nossa alegria de viver. Eu não posso imaginar minha vida sem a minha pequena, não, eu não podia imaginar isso. A vida já me tirou tantas coisas, mas eu não vou suportar que a vida tinha meu anjo de perto de mim.

– Edwald – abri os meus olhos no mesmo instante que Mel saiu da minha frente e correu para a pessoa que estava atrás de mim.

– Oi, princesa.

Vamos Isabella, não seja covarde. Vire-se e encare a realidade. Engulo em seco e viro o meu corpo.

Suei frio ao encarar a cena na minha frente. A Mel estava no colo do Edward. Eles pareciam conectados um com o outro, presos em uma sintonia só dele. E isso me fez senti mais mal pela Mel.

Verdade...verdade, ela sempre vai vim a tona, de uma maneira ou de outra, não importa o quanto tente esconder, ela sempre vai aparece. E nada e ninguém pode evitar que isso aconteça.

A verdade. Eu sabia que não podia fugir dela. Por mais que eu tentasse levá-la para o mais fundo da minha mente e dos meus pensamentos, ela sempre dava um jeito de transbordar e vim à tona como um vulcão em erupção. E o pior que junto com ela vinha à dor na consciência, essa dor, era a pior das dores, porque não tinha remédio que pudesse pará-la, a não ser a verdade. A maldita verdade que corre nas minhas veias feito brasa que queima, me deixando feridas insuportáveis ate mesmo de conviver comigo mesma.

Mas o que pode me confortar de forma tão egoísta, é que ainda tenho minha pequena comigo. Oculto a verdade dela, a cada dia que se passa parece que um bolo de neve vem se construindo e cada vez fica mais pesado de suportar o peso sozinha. Mas ainda a tenho e isso faz com que meu coração extremamente egoísta se acalme, e com isso tiro forças da onde não tem para seguir o meu caminho.

E era isso que eu tinha que fazer agora. Tirar forças da onde não tem para poder permanecer firme.

Olho para Esme. Ela está totalmente aléia a sua volta, parece que na sua frente só existia a Mel. Seu rosto pálido e assustado observava cada movimento da minha pequena encantada. Apertei minhas mãos e tentei controlar minha respiração mais uma vez.

Desviei meu rosto dela e encarei Edward, que agora estava olhando para mim. Ele me observou e franziu o cenho. Seus olhos saíram de mim e divagou em sua mãe. Foi nesse momento que ele percebeu que Esme não tirava seus olhos de Mel. Percebi que ele ficou um pouco incomodado com isso, não como eu, mas ele ficou, só não sei o motivo.

– Edward, essa é a sua mamãe? – falou Mel antes que qualquer um de nos falecemos alguma coisa.

Os olhos de Edward se desviaram da sua Mãe para olhar a Mel.

– Sim, ela é a minha Mãe – disse Edward sem demonstrar qualquer vestígio de nada em sua voz.

Mel fitou com curiosidade a Esme, que devolvia o olhar.

– Ela é bonita – Edward sorriu, assim como Esme.

– Oh, querida, você é mais linda. Muito mais do que me falaram – disse Esme como se estivesse emocionada.

– Obrigada – agradeceu Mel ficando vermelhinha nos braços de Edward.

Esme deu um passo à frente como se quisesse tocar a Mel, mas se refreou e olhou para mim. Seus lábios se abriram em um sorriso contido. Percebi que seus olhos verdes estavam vibrantes e brilhosos.

– Oi, Bella.

– Oi, Esme.

O meu coração estava quase pulando no meu peito de tanto nervosismo.

Seus olhos saíram de mim e voltaram para Mel.

– Essa é a sua filha, Bella? – perguntou ela com os olhos focados na Mel.

– Sim – disse meio sufocada. Parecia que um bolo estava atravessado na minha garganta. Apertei minhas mãos uma na outra, tentando minimiza o meu pânico. Eu podia senti que elas estavam tremendo, e sem falar que elas estavam suando mais do que nunca.

Mas eu não podia demonstrar nada que estou sentindo, tenho que me segurar. Talvez...talvez Esme nem tenha percebido.

Milésimos de segundos se passaram, e quando finalmente seus olhos se focaram em mim, eu pude perceber o brilho de reconhecimento que estava impregnado em seu olhar.

Foi ai que finalmente soube, que eu não tinha mais para onde fugir.

– Ela é realmente linda, parece uma princesa, como o próprio Edward diz. Ela já deve ter uns quatro anos para cinco, não é mesmo? – perguntou Esme se voltando para mim.

Eu não poderia menti, fingir ou qualquer coisa do tipo, afinal o Edward já sabia a idade da Mel.

– Ela acabou de fazer cinco a poucos meses – disse afundando minhas unhas na palma da minha mão.

Esme sorriu mais, ao receber a confirmação. Mas logo ficou um pouco seria, não, seria não seria a palavra certa, ela estava serena e neutra, mas com uma pitada de preocupação, que não entendi ate que ela me fez uma pergunta que ninguém a muito tempo não fazia, e nem se preocupado em fazer.

– Está tudo bem com você, querida?

Sua pergunta me fez senti mal. Porque ela foi a única a se preocupou em me perguntar se estou bem, e eu estou sendo tão monstruosa por não querer que ela se aproxime da minha filha por motivos extremamente egoístas.

O mundo não girava em torno de mim e nem dos meus sentimentos, e eu sabia claramente disso. Não posso esconder a neta de uma avó, ainda mais Esme que nunca fez nada contra mim e sempre foi tão gentil comigo. Eu não deveria fazer isso com ela, mas o meu medo da dor da perda é tão traumático, que é quase apavorante pensar em mais uma perda. Eu mal posso respirar com essa possibilidade.

Mas eu também sabia que esse poder de permitir, sim ou não, para onde minha pequena ia ficar não estava mais nas minhas mãos. Se eu ia lutar por ela se fosse preciso, lógico que iria lutar. Mas realmente o poder não estava em minhas mãos. O Edward não pode acreditar que a Mel era sua filha, mas Emmett e com toda minha certeza a Esme acreditavam. Terça feira ia me encontrar com Emmett já sabendo o assunto da conversa. Eu não tinha como fugir, nem se eu quisesse, a opção fugir está fora de cogitação.

Olhei profundamente nos olhos de Esme, e lhe transmiti sem ser em palavras o quanto estava grata por ela me fazer essa pergunta. Mesmo não podendo responder da forma que queria, mas estou grata. Eu vejo sua preocupação como uma forma de carinho, poderia ser ate imaginação minha, mas eu via assim, e era assim que eu queria ver. Tudo fica mais fácil quando vemos as coisas da forma que queremos.

– Sim, Esme. Está tudo bem comigo. Obrigada por pergunta - foi o mais verdadeira que pude na ultima frase.

Esme voltou a sorri, mas eu podia ver que a preocupação tinha se aprofundado nos seus olhos. Ela deu um passo na minha direção.

– Eu posso te dar um abraço?- perguntou ela quase timidamente. Apenas acenei um pouco surpresa com seu pedido.

Ela sorriu gentilmente e deu mais alguns passos para perto ate que estava bem na minha frente. Esme abriu os braços e me acomodou neles de uma forma mais amorosa possível. Fechei meus olhos e a abrasei de volta e ela me apertou mais ainda.

– Oh, minha querida, tudo vai ficar bem, você vai ver – sussurrou ela docemente em meu ouvido de modo que só eu exultasse.

Ela sabia.

– Obrigada – deixei escapar pelos os meus lábios.

Nos separamos e ela segurou minhas mãos, que agora não estavam mais em punhos.

– Você está linda. Não mudou nada. Continua a mesma por fora – sim, por fora eu posso continuar a mesma, mas por dentro eu não posso dizer a mesma coisa.

– Obrigada, Esme. Você também – lhe deu o melhor sorriso que pude.

– Foi bom te ver, querida. Mas agora eu tenho que ir. Carlisle deve esta louco para ir embora, ele só esta me esperando, eu realmente tenho que ir – disse ela soltando minha mãos.

– Tudo bem. Não se preocupe.

– A gente pode se ver qualquer dia desses? – perguntou ela de forma cautelosa.

O mesmo pensamento que passou pela minha mente durante os últimos minutos repassou de novo naquele momento: ‘‘Eu não posso fugir’’.

– Tudo bem. É...é só marca – disse e mordi meu lábio nervosamente.

– Ok – ela sorriu para mim e se virou para Mel, que estava esse tempo todo nos olhando junto com Edward – Tchau Mel, achei ótimo te conhecer, querida.

A Mel sorriu timidamente, acenou com a cabeça e sussurrou um tchau. Esme deu um beijo no rosto de Edward e foi embora, ela caminhou ate um carro prata brilhante e entrou nele do lado do passageiro. Depois de um tempo o carro acelerou e foi embora.

Agora só era Mel, Edward e eu.

Nos encaramos meio sem saber o que dizer. Coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e desviei o meu olhar do seu.

– Mel, a gente tem que ir – disse a ela. Edward a colocou no chão e Mel me olhou descontente.

– A gente não pode ficar mais um pouquinho? – perguntou ela docemente ainda do lado do Edward.

– Não, meu amor. A gente tem que ir.

– Mas o Edward vai ficar sozinho aqui? – ela olhou para Edward e ele esboçou um sorriso que me fazia derreter a um tempo atrás. Eu sou uma tremenda mentirosa.

– Eu vou embora também, então não vou ficar sozinho – disse Edward a Mel.

– Você vai para casa?

– Vou.

De repente um grande sorriso se espalhou pelo seu rosto.

– Eu e a mamãe podemos ir com você?

Fiquei paralisada assim que Mel acabou de falar. Edward olhou para mim. Seu rosto estava um pouco incerto.

– Eu não sei, se sua mãe quiser, a gente pode ir juntos para casa sim – disse ele ainda olhando para mim. Engoli em seco, seus olhos eram tão bipolares quanto o seu humor, em uma hora estavam frios que nem uma pedra de gelo, e em outra hora, algumas pequenas faíscas saiam deles fazendo com que parecesse mais humano e menos indestrutível, como agora. Seus olhos transmitiam a mesma intensidade de quando estávamos dentro da catedral.

– Mamãe, a gente vai junto com Edwald? – perguntou Mel vindo para minha frente. Olhei para ela sem saber o que dizer.

– Eu...eu

– Vamos, mamãe. Por favor, eu quero ir com o Edwald – disse ela me olhando com os seus olhos profundamente verdes.

– Tudo bem, você vai com o Edwa... – eu tinha que para de chama-lo assim. - Senhor Cullen – me corrigir – Que eu vou sozinha.

– Não seja absurda, o meu carro tem lugar para todo mundo – disse ele me olhando – Vamos todos juntos.

– Não é preciso, eu vou....

– Não, Isabella, você vai comigo e ponto final.

Encarei Edward sem acreditar no que acabou de falar. Quem era ele para falar comigo assim?

– Mas quem você pen....

– Vamos acabar nos molhando se ficarmos aqui – disse ele me cortando de novo – É melhor irmos. Vamos Mel – observei atônica Edward pegar Mel novamente em seus colo, minha respiração ficou um pouco suspensa quando ele se aproximou de mim e puxou minha bolsa do meu ombro. E começou a andar para longe de mim em direção ao seu carro.

Fiquei para no mesmo lugar sem saber o que fazer.

Edward deu mais quatro passos e olhou para trás.

– Você não tem outra opção, Isabella. É melhor você começar a andar, antes que eu vá ate você e te faça entrar nesse carro sem a sua permissão.

Mandão, mandão, mandão.

Eu não estou acreditando que ele está fazendo isso. Não tem fundamento. Mas realmente eu não tinha opção, ele estava com a minha bolsa. Eu ate poderia ir a pé, mas ao pensar em levar chuva, essa opção se desfez rapidamente. Era ruim andar tão perto de Edward naquele carro, mas o pior era levar banho de chuva. Então sem a mínima vontade caminhei ate eles.

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Acordei mais cedo do que o normal na segunda feira. Minha mente não parava de trabalhar, eu fiquei pensando toda noite no que fazer com a minha vida. O tempo tava passando, em poucos dias eu tinha que enfrentar Emmett, Esme e ate o próprio Edward e os meus pais não chegavam.

Eu estava começando a ficar preocupada. Sei que faz anos que eu não os vejo, mas mesmo assim fico preocupada com eles. Nos primeiro anos de quando sair de casa, ficava pesando onde eles deveria está, se eles estavam bem, se estavam preocupados comigo, se queriam saber onde eu estou, ou se simplesmente continuaram suas vidas como se eu nunca tivesse existido. Esse pensamento doai lá no fundo da minha alma. Não passo mentir e dizer que não sinto falta deles, é lógico que sinto, poxa, querendo ou não, eles são os meus pais e eu os amo.

Eles me fazem falta, principalmente minha mãe. Sei que ela sempre foi um pouco dura comigo, mas eu sabia que tudo era para o meu bem, meu pai também, sempre o vi como um grande homem e pai.

Onde será que eles estão nesse momento? Será que eles ainda pensam em mim? Será que eles estão bem onde quer que estejam?

Tantas perguntas, mas todas sem resposta. Eu continuo no vazio, na escuridão sem saber nada deles.

Eu não sei bem dizer o que estou sentindo, mas desde ontem sinto uma angustia dentro de mim como se fosse um aviso de que algo vai ou esta acontecendo com os meus pais.

Ontem mesmo depois de arrumar a cozinha liguei para a minha antiga casa, mas como sempre ninguém atendeu. Ninguém nunca atende, sempre caia na caixa postal, eles ainda devem esta de ferias na Europa como Edward me disse.

Mas isso não me confortava. Eu queria vê-los, só assim o meu coração se acalmaria. Mesmo que eles me ignorassem ou virassem de novo as costas para mim, eu ficaria feliz em vê-los depois se cinco anos. Se caso eles fizerem isso, vai doer, talvez doa mais do que a primeira vez, mas tudo bem, já superei uma vez, posso superar novamente.

Para todo caso, estou planejando um plano B, não tenho nada certo e concreto, mas tenho fé que de não precise desse segundo plano.

Fecho os meus olhos e aperto eles. Abro e saiu da cama. Olho para o meu anjo dormindo lindamente e sorriu.

Ela valia à pena. Era esse pensamento que me fortalecia toda vez que me sentia fraca sem força.

Desvio meu olhar da minha pequena. São cinco e quarenta da manhã. O sol ainda estava nascendo por cima das nuvens escuras de chuva.

Tiro minha roupa de dormi e pego minha toalha. Me enrolo nela e saiu do quarto. Estremeço um pouco com o frio do corredor, corro para o banheiro segurando a ponta da toalha em minha volta. Abro a porta e entro rapidamente. A fecho atrás de mim e solto a toalha revelando o meu corpo desnudo. Passo minhas mãos no meu cabelo, junto cada fio em volta da minha mão e faço um coque.

Deus me livre molhar o meu cabelo nesse frio. Seria capaz de eu cair dura no chão quando saísse do banheiro. Não tenho secador para ajudar a secá-lo, então o vento natural é o meu secador, e não tinha condição de fazer isso nesse tempo frio, não hoje, talvez amanhã. Sim, amanhã eu teria coragem para isso.

Me viro e fito meu corpo pelo o espelho que tem no banheiro. Analiso ele. Está quase a mesma coisa de antes do parto. A não ser pela fina cicatriz da cesariana, pelos meus seios que estão um pouco mais cheios e minhas curvas estão mais incorporado do que antes.

Mas o resto continua a mesma. Digo graças a Deus por isso, se disse-se que não me importava com o meu corpo, estaria mentindo. Acho que toda mulher, nem pelo mínimo que seja, se importa com seu corpo e sua aparecia. Eu sempre me importei com isso. Certo que não tenho as mesmas regalias de antes, mas faço o que posso, e estou feliz com isso.

Quando fiquei grávida da Mel não engordei muito. Na realidade as pessoas só notaram que eu estava grávida quando a barriga estava impossível de ser escondida. Não comi muito e nem tive desejos e nem nada do tipo. Minha gravidez não foi tranquila, pelo contrario, passei por uns bons bocados, e quando Mel nasceu foi mais difícil de conciliar minha nova vida. Mãe de primeira viagem se nenhum recuso não foi fácil. Teve tempos que deixei de comer para poder comprar o leite da minha filha, isso aconteceu no período que não conseguir meu trabalho de volta depois do parto. Eu não tinha muito leite na mama, então tinha que comprar leite, e esses leites são muito caros, mas com muita economia e esforço conseguir segurar as pontas, quando consegui um trabalho de novo as coisas melhoraram. E minha vida junto com a minha filha seguiu em frente, ate que tudo desmoronou de novo, mas não quero falar nisso.

Abri a porta do Box, entrei e liguei o chuveiro. A água quente escorreu pelo meu pescoço e em seguida por todo meu corpo.

Peguei o sabonete liquido e passei por todo meu corpo. Depois de esta completamente limpa. Peguei a minha toalha que deixei encima do balcão, me enrolei com ela e sai do banheiro.

Me encolhi de frio novamente guando passei pelo corredor. Abri a porta do quarto e entrei o mais rápido que pude. Minha pequena ainda estava do mesmo jeito que deixei.

Caminhei de vagar para não fazer barulho. Ainda estava muito cedo para acordá-la, ela saia para a escola sete e meia. A aula começava de oito, então dava tempo suficiente para ela chegar na escola descansada.

Procurei uma roupa limpa para mim. Peguei minha calça jeans de sempre e uma blusa cinza. Calcei minha sapatilha e desembaracei os nós do meu cabelo e prendi em um rabo de cavalo alto. Olhei para o relógio e era seis e um.

Meus olhos passaram pelo quarto pequeno, vi as peças de roupa suja de ontem, as peguei e sai do quarto.

Fui para pequena lavanderia bastante moderna que tinha na mansão. Ela ficava ao lado da cozinha, quer dizer, tinha que sair de dentro da casa para ir ate la. Cheguei na lavanderia e liguei a maquina, confesso que me passei na primeira vez que vim ate aqui, tive que pedir ajuda a Amelie, senão ainda estaria aqui ate hoje. As coisas estavam muito modernas para mim, mas enfim, depois de muitas explicações de Amelie eu finalmente conseguir entender.

Coloquei todas as peças na maquina, derramei o sabão em pó e o amaciante no lugar certo, e fechei a tampa.

Programei e voltei para cozinha. Fiz café, suco de laranja, e esquentei o leite. Preparei torradas com queijo e fritei ovos com bacon. Por fim cortei frutas e coloco no seu devido lugar.

Olhei para o relógio e faltava pouco paras sete. Estranhei por Amelie ainda não ter chegado. Ela deve ter tido algum imprevisto.

Peguei uma bandeja e coloquei uma boa parte de tudo que fiz e fui para sala de jantar.

Coloquei o meu pé na entrada ao mesmo tempo que o Edward. Segurei mais forte a bandeja em minhas mãos. Minha respiração foi meio que cortada por pequenos milésimos de segundo.

Eu nunca me acostumo com sua presença e ainda mais quando ele esta lindo desse jeito, claro que ele sempre é lindo, mas nas primeiras horas da manhã ele é praticamente irresistível. Seu terno super alinhado, moldando cada músculo exposto do seu corpo, seu cabelo bagunçado, me faz lembrar de como eles eram em minhas mãos e seus olhos verdes sempre fulminantes, mas não deixava de ser lindo

Desvio meu olha dele.

– Bom dia, Senhor Cullen- murmurei me aproximando da mesa e colocando a bandeja encima da mesma, ja esperando que ele não respondesse com sempre. Mas me surpreendi ao ouvi sua voz rouca.


– Bom dia - disse ele. Olhei para ele e enrubesci ao notar que ele estava olhando diretamente para mim.


Edward andou ate a mesa e se sentou na cadeira. Soltei minha respiração e comecei a retirar a comida da bandeja e colocando na sua frente com o maior cuidado do mundo.


– O senhor precisa de mais alguma coisa? - perguntei me afastando um pouco da mesa com a bandeira na mão.


– Não- disse ele como se estivesse desconfortável com alguma coisa.


Deveria ser a minha presença que lhe incomodava. Pensei comigo mesma.


– A Mel já acordou? - perguntou ele depois de um tempo.


Pisquei um pouco confusa com sua pergunta.


– Não, ainda vou chamá-la, depois daqui - disse tentando manter minha voz firme.


Ele me olhou e assentiu.


– Talvez eu vá buscá-la hoje. Você se importa?


– Não - Edward estava estranho, ele estava conversando de mais comigo - A Mel vai amar se o senhor for buscá-la.


Quando acabe de falar, uma carranca se fez em seu rosto.


Eu falei alguma coisa errada?

É melhor sair daqui, seu desequilíbrio de humor me dava nos nervos.

– Com licença, eu tenho que acordar a Mel - disse e comecei a sair da sala de jantar. Eu não iria ficar aqui para ver as mudanças de humor do Edward. Sinceramente acho que ele sofre de algum distúrbio bipolar ou algo do tipo. Porque seu comportamento não era normal. Que eu me lembre ele não era assim, certo que ele sempre teve os seus momentos, mas nada tão radical como agora.


Sair da sala sem dizer mais nada. Fui para o quarto acordar a minha filha. Entrei no quarto e fechei a porta. Me aproximei da cama, a Mel ainda estava dormindo. Ela estava de bruços com o sei rostinho virado para o meu lado, o seu lindo cabelo castanho-avermelhado estava derramado pelo travesseiro. A Mel dormindo era a visão mais linda e doce que já vi, ela parecia um anjo. O meu anjo.

Me sentei na beira da cama e acariciei seu braço de leve fazendo carinho, o seu corpo estava meio quentinho, dava ate pena de acordá-la para sair nas ruas frias de Seattle. Mas ela tem que ir para escola e sem falar que ela ia de carro e voltava de carro, então não ia ficar muito exposta ao frio.

– Mel, Mel – sussurrei seu nome – Meu amor, acorda – balancei de vagar seu corpo.

Quando chamei pela terceira vez ela abriu seus olhos. Piscou quatro vezes para conseguir deixá-los abertos.

– Mamãe?

– Sou eu, meu amor. Você tem que se levantar para ir a escola – disse acariciando seu cabelo.

– Escola? – perguntou sonolenta fechando seus olhos de novo.

– Sim, escola. Você não quer ir?

Ela abriu os olhos por três segundos e voltou a fechar.

– Quero – disse colocando seu mãozinha debaixo da sua bochecha rosada.

– Então tem que se levantar, senão vai chegar atrasada.

Ela fez um barulhinho como se dissesse que tinha entendido, mas não se moveu. Hoje ia ser difícil de acordá-la.

– Mel?

– Oi – murmurou com preguiça.

– Você tem que se levantar.

– Tenho?

– Tem.

– Ok, mamãe, mas me deixa dormi mais um pouquinho, só um tantinho assim – disse levantando sua mão e me mostrando o seu tantinho, mas seus olhos ainda estavam fechados.

– Não tem mais tempo de você dormi. Já deixei o suficiente.

– Mas...

– Melanie, se levante – disse um pouco seria, e foi ai que ela levantou seu corpo e se sentou na cama, ainda com os olhos fechados. Tive vontade de ri, mas me segurei. Mel era tão fofa, ate quando acordava.

– Sabe quem ta lá embaixo te esperando? – esse era o único jeito para ela acorda e querer chegar lá embaixo logo.

– Quem? – perguntou soltando um bocejo.

– O Edward, ele já está tomando café e se você não for rápida, ele vai embora e você só vai vê-lo à noite, e se ele chegar cedo do trabalho – omiti a parte de que ele disse que ia buscá-la na escola hoje, mas era para um bem maior.

– Ele ainda esta lá embaixo? – perguntou abrindo seus olhos.

– Sim, você não quer vê-lo antes de ir para escola?

– Quero – disse docemente.

– Então, você tem que se levantar.

– Tudo bem, vamos – disse mais desperta.

Ri e a peguei no colo. A levei para o banheiro e a coloquei sentada na bancada para tirar o seu pijama. Depois de dar banho nela, porque se eu fosse esperar que ela tomasse sem a minha ajuda, nos íamos sair daqui só amanhã. Peguei a sua toalha e a enrolei.

Entrei no quarto e coloquei Mel encima da cama.

– Vamos, mamãe, eu quero falar com o Edwald – disse ela me apresando.

Nem parece que ela passou o resto do dia com ele ontem depois que chegamos da catedral.

– Calma, pequena – disse rindo – Estou indo o mais rápido que posso – disse pegando sua farda que estava limpa e passada pendurada em um canto do quarto.

A vesti e penteei seu cabelo. Fiz duas tranças, cada uma ate a metade do cabelo deixando o resto solto com cachos adulados. Calcei uma meia branca nela e em seguida sua sapatinha. Por ultimo coloquei a pequena gravata.

– Pronto, linda. Agora podemos ir – disse colocando ela no chão.

– Será que o Edwald ainda está aqui? – olhei para o relógio, já era sete e dez.

– Não sei meu amor, vamos descer e ver se ele ainda está lá ou não.

A Mel acenou e pegou a Anne. Peguei sua bolsa que já estava com tudo que ela precisava desde ontem, e saímos do quarto.

Como sempre a Mel saiu na minha frente.

Chegamos na sala de jantar e Edward não estava mais lá.

– Ele não está – disse Mel tristemente.

Olhei para mesa. Não tinha mais nenhum prato encima dela. A Amelie já deve ter chegado.

– A noite você ver ele, pequena – disse pegando sua mão e beijando seu rosto. Ela assentiu e fomos para a cozinha.

Quando estávamos chegando perto, ouvimos vozes conversando na cozinha. Era Edward e Amelie. Olhei para Mel e ela também tinha reconhecido a voz dele, porque estava com um sorriso lindo no rosto.

A Mel soltou a minha mão e saiu correndo. Ate pensei em repreende-la, mas sabia que não ia adiantar de nada, então deixei.

– Edwald – gritou Mel quando o viu. Edward estava de costa para a porta da cozinha conversando com a Amelie, mas quando ouviu o seu nome se virou bruscamente. Tive a maravilha de ver o seu rosto mudar de serio para dar lugar a um sorriso. Seus braços se abriram e Mel pulou em seu colo.

Eu sou tão egoísta.

– Olha se não é a princesa mais linda do mundo – disse Edward a abraçando e depois beijando seu rosto – Pensei que não ia mais para a escola – agora ele estava olhando para mim.

– Hoje foi difícil de acordá-la – disse mordendo meu lábio.

Percebi que por segundos Edward desceu seu olhar para minha boca, mas foi rápido demais para ter certeza.

– Dando trabalho para acorda, princesa? – perguntou ele brincando com Mel.

Ela fez um becinho lindo.

– Eu tava com soninho, mas já acordei, olha – disse ela apontando para os seus olhos que hoje estavam mais verdes do que nunca.

– Eu estou vendo – disse Edward deixando escapar um riso – Agora a Senhorita tem que tomar café, que eu vou trabalhar, Ok?

– Ok - disse Mel fazendo careta.

– Mas hoje eu vou busca-lá na escola – disse Edward a colocando no chão.

– Vai?

– Vou sim, você quer que eu vá?

– Sim, sim, sim- disse ela animada.

– Ok, então eu vou sim. Vai me esperar? – disse Edward com bom humor. Como ele era diferente com a Mel. Dava ate para ver os vestígios do antigo Edward.

– Sim, vou ficar lá paradinha ate você chegar – disse Mel sorrindo.

– Tudo bem. Agora eu tenho que ir, mas eu ainda quero o meu beijo de bom dia – disse Edward fingindo indignação.

Mel arregalou os seus olhinhos.

– Eu esqueci – disse ela indo para mais perto do Edward. Ele se abaixou para ficar na altura dela e ela lhe deu um beijo na bochecha – Bom dia, Edwald.

– Bom dia, linda – disse ele lhe dando um beijo na sua testa e em seguida se levantou.

– Agora que já recebi o meu bom dia, eu realmente tenho que ir – disse ele desviando o seu olhar da Mel e me olhou – Diretoria da escola ligou hoje cedo depois que você foi acordar a Mel, e disse que queriam falar com você.

– Comigo? Aconteceu alguma coisa?- meu olhar desceu para Mel.

– Não, não é nada de comportamento. Eles só queria saber se Mel vai poder participar da apresentação da escola que vai ter para o natal – disse ele me olhando como se estivesse me avaliando, me senti um pouco desconsertada.

– Apresentação?

– Sim, eu disse que depois você ia ligar para eles, e dizer se ela ia ou não, tudo bem?

– Tudo bem – disse passando minha mão no meu cabelo tentando não olhar muito para ele.

Como se ele soubesse do efeito que tem sobre mim, me deu um sorriu torto que me fez perde uma batida no meu coração.

Como ele era bipolar.

– Ok, Tchau para vocês, ate mais tarde – disse ele, beijou a testa da Mel e saiu da cozinha passando por mim. Lutei para não seguir seu corpo ate perde-lo de vista, mas foi impossível. O observei ate que ele virasse a esquerda do corredor.

Ouvi um pigarro. Olhei para frente como se tivesse levado um choque, a Amelie estava com um sorrisinho no rosto como se soubesse de um segredo secreto. Eu sabia que ele era direcionado a mim, fiquei vermelha na hora, mas tentei ignorar o seu olhar.


– Bom dia, Bella – disse ela tentando conter o seu sorriso em seus lábios - Desculpe por fazer você preparar toda comida sozinha.


– Bom dia, Amelie. E não se preocupe, tudo correu bem - disse lhe dando um sorriso sem graça.


– Ok, mas eu queria saber se você poderia ir ao supermercado? Olhei a despensa e está faltando algumas coisas.


– Não tem problema algum. Eu aproveito e vou com a Mel para escola e depois vou fazer as compras.

– Tudo bem. Vou fazer a lista enquanto vocês tomam café.

Assenti. A Mel e eu fomos para a mesa, e não demorou muito e já estamos prontas para ir embora. Amelie me entregou a lista de compra, que não era muito grande.

– Tudo que precisa está ai. E o Tyler já está esperando vocês enfrente a mansão – disse Amelie para mim.

– Tudo bem, só vou pegar a minha bolsa – disse me levantando da cadeira – Mel eu já venho, ok?

– Ok – disse ela entretida com sua boneca.

Fui no quarto rapidinho, peguei minha bolsa, vesti meu casaco e me olhei no espelho do banheiro para amarrar o meu cabelo em um alto rabo de cavalo. Depois de pronta voltei para cozinha. Fui no lavanderia, olhei a maquina e sua programação já tinha acabado. Eu não tinha tempo de tirar as roupas agora, depois que chegar faço isso. Voltei para conzinha.

– Vamos, Mel – a chamei depois de pegar a sua bolsa. Ela saiu da mesa com Anne, disse tchau a Amelie e veio na minha direção pegando a minha mão que estava estendida.

Saímos da mansão. Um carro preto brilhante estava parado logo na frente como a Amelie disse e Tyler estava vestido com um terno preto ao lado.

– Bom dia, Tyler – disse descendo as escadas.

– Bom dia, senhorita – disse ele formalmente. Quase que reviro meus olhos para ele. Eu realmente não sei por que ele me chamava de senhorita, sou empregada como ele, mas Tyler ainda insiste em me chamar de senhorita.

– A Amelie disse que eu vou hoje com vocês? – perguntei quando cheguei na superfície plana do chão.

– Sim – foi a única coisa que ele disse. Ok, Tyler realmente não é de falar muito, eu já aceitei isso, então não forço o cara a falar forçadamente para não ser inconveniente. Ele abre a porta para Mel, que da o seu bom dia, fazendo com que ele entorte sua boca um pouquinho. Entramos no carro e minutos depois já estávamos na estrada indo em direção a escola da Mel.

O dia estava do realmente frio como ontem, talvez ate pior. Mas não estava chuvendo.

Chegamos na escola da Mel. Tyler encostou o carro. Abri a porta e sai, deixei Mel passar por mim para poder pegar sua bolsa. Fechei a porta do carro e peguei a mão da Mel, andamos ate chegar a entrada da escola. A mesma mulher do primeiro dia me recebeu com um sorriso, lhe entreguei as coisas da Mel e me virei para ela, lhe dei um beijo na bochecha, disse que a amava e a deixei ir.

Voltei para o carro.

– Tyler agora eu vou para o supermercado – disse a ele.

– Eu sei, senhorita, vou deixar a senhora lá e vou esperá-la também – disse ele acelerando o carro saindo do acostamento.

– Não precisa me deixar na frente do supermercado e nem me esperar – Eu queria andar um pouco, tinha que aproveitar esse tempo sozinha para pensar no que vou fazer da minha vida nos dias seguintes.

– Não tem problema, esse é o meu trabalho – disse ele olhando cruzando seu olhar com o meu por alguns segundos pelo retrovisor, sua expressão era seria como sempre.

– Não precisa Tyler. Eu vou rápido, e volto logo.

– Mas senhorita...

– Não precisa, por favor pare o carro e me deixe sair – disse em forma de suplica. Já estávamos bem próximos do mercado.

Ele ficou um tempo calado.

– Tudo bem, mas não conte ao patrão, senão ele me mataria – não entendo o que ele queria dizer com isso, queria perguntar, mas deixei para lá. Eu tinha que chegar no supermercado logo. O meu dia seria longo, tinha muita coisa para fazer hoje.

– Ok, agora pare esse carro.

– A senhorita, vai conseguir leva as compras sozinha? – perguntou parando o carro no acostamento.

– Vou, não é muita coisa para comprar. Então vai dar para leve tranquilamente.

– A senhorita tem certeza?

Rolei os olhos. O seu uso de senhorita para cada frase quando estava falando comigo, já estava me irritando.

– Tenho que ir, mas pare de me chamar de senhorita, isso já está me irritando. Me chame de Bella, eu já te falei isso – disse abrindo a porta do carro. Vi pela minha visão periférica que Taylor soltou um sorrisinho. Oh, isso era raro, muito raro na verdade, ele nunca sorria, parecia uma estatua de tão serio.

Ri dos meus pensamentos e sair do carro fechando a porta. Bati duas vezes na lataria do carro para dar sinal que ele já podia ir.

O carro saiu, acompanhei ele com os meus olhos ate o carro virar a esquina.

Pronto, agora eu poderia caminhar, como tanto queria. Andei quatro quarteirões ate chegar ao supermercado.

Peguei tudo que tinha na lista da Amelie, acrescentei algumas coisas para Mel e outros para mim.

Fui no caixa, que não estava muito cheio e logo chegou a minha vez. Paguei os produtos da mansão com o cartão preto reluzente e as minhas compras com o meu dinheiro. Quando tudo estava devidamente embalado, pago saio do mercado. Nossa, as bolsas foram mais do que imaginei, mas eu dava conta. Passei pelas portas automáticas de vidro, foi ai que percebi que estava caindo uma tremenda chuva. O céu nem parecia que ainda era cedo da manhã, porque ele estava bastante escuro.

Andei pelo estacionamento do mercado com pressa para chegar na calçada onde eu poderia ir me esquiando ate ver algum taxi.

Não foi uma coisa legal de recusar a ajuda de Tyler, foi agora que vi isso, mas já era muito tarde para se arrepender. Caminhei pelas ruas desertas de Seattle, por incrível que pareça não tinha ninguém nas ruas, eu poderia ate encontra uma ou duas pessoas no máximo, mas não passava disso. Deve ser por causa da chuva, que esta piorando cada vez mais. Eu já estou completamente molhada e nenhum taxi aparecia, pensei em ir de metro, mas já estava muito longe. Era mais perto ir a pé do que voltar e pegar um metro.

Soltei minha respiração um pouco exausta. As bolsas estavam começando a ficarem mais pesadas, e ainda faltava mais alguns quarteirões para chegar no bairro da mansão. Andei mais um pouco ate que percebi que alguém estava atrás de mim. Olhei de relance e vi que era dois homens, não dava para ver muito bem seus rostos por causa da densa chuva que caia naquele momento.

Tremi de medo.

Eu estava tentando convencer a mim mesma que eles eram homem normais, que só estavam no lugar errado, na hora errada como eu, eles não estavam olhando copiosamente para mim, e seus passos não estavam cada vez mais apressados no mesmo tanto que os meus ficavam.

Olhei ao redor da rua para ver se tinha mais alguém perto de mim ou algum lugar aberto para entrar, mas não tinha nada, a não ser o vento frio sobrando no meu rosto como se estivesse zombando de mim por ter feito Tyler ir embora.

Meu peito disparou quando percebi que os passos dos homens estavam ficando cada vez mais perto de mim. Pensei em largar as bolsas e correr como se a minha vida dependesse disso, quando olhei para restante da rua que estava com varias poças de água na calçada, eu sabia que não chegaria muito longe antes que os homens me pegassem.

Mas eu tinha que tentar, nunca saberia se poderia fugir deles se não tentasse. Quando ia desprender as bolsas da minha mãos ouço uma voz atrás de mim.

– Ei, linda. Espera a gente – me esforcei para não congelar pelo o medo quando ouvi sua voz asquerosa.

Continuei caminhando como se não tivesse ouvido.

– Eu acho que ela não quer nos esperar não, Greyk - disse uma voz mais durar do que a anterior.

– Talvez ela queira que a gente mesmo a pare, Fred –

Eles estavam tão pertos, tão pertos.

Era agora.

Larguei as bolsas sem me importa e comecei a correr sem olhar para trás. Os homens quando perceberam a minha ação começaram a correr atrás de mim. A adrenalina corria nas minhas veias, mas o medo era maior, e isso me dava a impressão de que cada passada que dava era como se minhas pernas estivessem sendo puxadas para trás, elas estavam pesadas, mas não podia para, eu tinha que continuar.

Corri na rua deserta cheia de poças de água, pisava nelas sem me importar, com isso, minha sapatilha de material de plástico estava ficando lisa e fazendo com que desse pequenas escorregadas. Estava quase chegando em um parquinho de crianças quando duas mãos duras me puxaram de encontro ao seu corpo. O meu primeiro extinto foi gritar, mas fui contida por uma mão carrasquenta e que cheirava a tabaco e álcool.

Senti meu estomago virar, não só de repulsa, mas de medo também. Tentei sacudi o meu corpo, não tive sucesso. O cara, que eu não fazia a mínima de quem era me segurava forte, ficando impossível de se mover.

Tentei ver para onde eles estavam me levando, mas tudo era tão confuso, tão manchado, que não dava para ver nada, apenas a chuva caindo cada vez mais forte.

De repente sinto meu corpo sendo jogado em uma parede. Olho para todos os lados, era um beco de lixo, meus olhos caíram nas duas figuras na minha frente. Agora dava para ver perfeitamente o rosto deles. Mas não dava para focar em nada, o medo não deixava. O que eles iam fazer comigo? O que eu fiz para eles? Eles são ladrões? Mas eu não tenho nada de valor, e não me importava se eles levassem o pouco que tenho, na realidade tudo que tinha estava em algum lugar no chão por onde passei. Eu não tinha nada, nada. O que eles queriam comigo se eu não tinha nada?

– O que vocês querem?- perguntei com a voz tremula.

Eles se olharam entre sim e deram sorrisos maldosos e perversos.

– Humm, a gatinha fala – disse o homem da esquerda, que usava um goro preto sujo se aproximando mais de mim.

– O que vocês querem? Eu não tenho nada – disse quase em pânico, eles cheiravam mal. Tabaco e bebida alcoólica era tudo que eu podia senti deles.

O homem a direita sorriu mais. Ele estava se divertindo com o meu medo.

– Está com medo? – perguntou ele dando uma risada horrorosa passando sua mão asquerosa no meu rosto, me encolhi de tanto medo – Ela está com medo, Greyk – disse ele para o seu companheiro ao lado.

– Fica não, gatinha. A gente vai cuidar muito bem de você. A gente só quer que você fique paradinha, e depois tudo vai ficar bem. Você vai voltar para casa como nada tivesse acontecido – disse ele vindo para cima de mim. Sem pensar o empurrei com toda minha força, mas foi em vão, ele era muito mais forte – Eu disse para fica quieta – sem nem menos esperar recebi um murro no meu rosto, arfei e cambaleei para trás batendo minha cabeça na parede.

– Ah – minha visão ficou um pouco escura da dor que senti.

– Fica caladinha, senão vai ser muito pior – disse ele segurando bruscamente minhas mãos ao alto da minha cabeça. Gemi de dor.

– Sai de perto de mim – conseguir dizer e cuspi na sua cara. Ele me olhou com ódio e a próxima coisa que senti foi meu corpo sendo jogada no chão, e vários chutes sendo batidos contra o meu corpo.

Tentei sair de perto dele, mas quanto mais fazia isso era que os chutes ficavam mais fortes.

– Para, para, por favor – lamuriei sem força. Minha visão estava completamente embaçada, e não era por causa da chuva, e sim por causa das lagrimas escorridas no meu rosto, que me segava, me deixando inerte sem ver o que estava acontecendo. Eu só ouvia, ouvia meus gemidos de dor, e risos maldosos.

– Eu disse que era para você ficar quieta, vadia – Eu não conseguia identificar quem era que estava falando, porque logo em seguida recebi outro chute na minha barriga, que me fez engasgar de tanta dor – Mas você não me ouviu, a culpa é sua,toda sua.

– Agora fica em pé....Fica em pé, vadia – alguém gritou, mas eu não sabia quem era – Fica em pé, não vou falar mais uma vez – apavorada juntei toda força que tinha para erguer o meu tronco, mas não conseguir, e meu corpo caiu no chão mais uma vez batendo minha cabeça no chão frio e molhado.

Senti alguém chegar mais perto de mim, e os meus cabelos serem ruidosamente puxados para cima, me obrigando a levantar meu corpo. Estremeci de dor.

– Mas você é tão teimosa. Eu juro que só queria te comer, mas você não facilita as coisas. Você é puta, e puta tem que fazer o que eu quero, e sem pestanejar - sussurrou o homem no meu ouvido. Senti vontade de vomitar com suas palavras, eu queria morre a me entregar a ele sem lutar.

– Sai... sai de perto de mim. Socorro...so...cor..ro – isso era tudo que saia dos meus lábios. Uma mão sua apertou meu pescoço, me deixando agoniada sem poder respirar.

– Para de fazer escândalo, porra – mais um chuva de soco era direcionado no meu rosto.

Fechei meus olhos sentindo a dor clamando em mim.

Ouvi uma gargalhada alta, me fazendo curva meu corpo de pavor.

– Você fica lida assim, vadia. Quietinha como gosto.

Esse homem era doente. Só podia ser.

– Quer bater nela, Fred? Ela fica quietinha quando apanha, eu gosto, fico mais duro ao vê-la assim.

Abri meus olhos perplexa. O outro homem veio para mais perto de mim com um sorriso no rosto.

– Claro que quero, senão qual seria a graça. É essa a diversão, Espanca a puta, e depois come-la – disse ele com os olhos cravados mim.

Balancei a cabeça em horror.

– Não... por favor não – pedi, mas ele não me ouviu, logo em seguida mais dois par de mãos seguraram o meu braço fazendo gritar de dor – Para...para...por favor...para.

– Não... Eu não vou parar ate você me fazer derramar minha porra na sua cara.

– Não...não...não – tentei me soltar em desespero.

– Eu já disse. Você não vai para nenhum lugar, então fecha a porra dessa boca, por enquanto que você recebe o meu carinho.

E tudo começou de novo. Murros, chutes e tapas iam de encontro ao meu corpo. Se passaram minutos, mas para mim pareciam ser horas, e eu não estava sentindo mais nada, meu corpo estava dormente de tanta dor que sentia.

– Pronto, Greyk. Ela está do jeito que você gosta, quietinha, com medo e pronta para ser comida – disse a voz rindo.

Não, não, isso não estava acontecendo comigo. Pelo o amor de Deus, me tirem daqui, eu quero volta para casa, para minha filha. Não, não façam mais nada comigo, por favor, eu não aguento mais.

Depois que o homem parou de me bate, eu não sei o que aconteceu, mas eles não tocaram mais em mim.

Passos rápidos parecia ir em todas direções, eu não conseguir identificar quem era, mal podia abrir os olhos, eles estão pesados.

Os passos estavam ficando cada vez mais longe

Tudo o que podia ouvi era isso.

Eu queria levantar, mas minha cabeça estava pesada, parecia que tinha uma tonelada encima dela, meu corpo, principalmente minha costela estava latejando de tenta dor. Me curvei em uma tentativa inútil de aliviar a dor.

Meu Deus me ajude, eu preciso me levantar. A Mel precisa de mim. Esse foi o meu ultimo pensamento antes de cair na completa e enigmática escuridão.
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Pov Edward
Sai do carro com minha pasta na mão. Hoje o dia seria logo.

– Esteja aqui as duas e cinquenta da tarde – disse passando por Phil.

– Sim, senhor – o ouvi dizer quando já estava passando pela porta da minha empresa. Fiz o meu caminho diário de sempre. Cheguei na minha sala e sentei na minha cadeira. Mal me apoiei, e ouvi pequenos toques na porta.

–Pode entrar – disse já sabendo quem era.

– Bom dia, Senhor Cullen – disse minha secretaria – A reunião com os agentes da empresa vai começar às nove e meia – disse ela se posicionando na minha frente.

– Tudo bem - disse analisando os papeis que estavam na minha frente. Percebi que ela não saiu da sala, permaneceu onde estava. Levantei o rosto e a fitei – Algo mais? – quis saber arqueando uma sobrancelha.

– Não... não Senhor Cullen – disse ela se atrapalhando com as suas própria palavras.

– Então pode sair – disse apontando para porta.

Ela assentiu constrangida e saiu da sala.

Eu realmente não sabia o que dava na cabeça dessas mulheres. Elas praticamente imploravam por atenção. Odeio essa merda. Não sei por que ainda a mantenho na minha empresa, acho que é falta de paciência em procurar outra secretaria melhor. Minha vida estava cheia demais para me preocupar em procurar outra secretaria, talvez quando toda bagunça da minha vida passasse, eu arranjaria tempo para isso.

Bufo e volto para os meus relatórios.

Passo o restante do tempo lendo, colocando minha assinatura em alguns papeis e recebendo telefonemas de alguns fornecedores.

– Senhor, os agentes já estão a sua espera – disse a Senhorita Luter entrando na minha sala.

Assenti.

– Pegue tudo que preciso para essa reunião e coloque na mesa da sala de reunião, que daqui a alguns minutos estarei lá.

– Mas senhor, eles já estão esperando e....

– Sem mas, faça o que disse. Agora saia da minha sala – disse calmamente, sem me alterar. Não valia apena me estressar por coisas pequenas. Mas tenho que reconhecer que funcionários competentes estão cada vez mais em falta no mercado, essa já era a quarta no ano. Merda. Tenho que mudar de secretaria novamente. Esse pensamento faz com que uma fina pontada de dor se alastre na minha cabeça. Apoio minha mão na beira da mesa e fecho os olhos. Espero um pouco, abro os olhos de novo e concentro no meu trabalho.

Faço uma ultima ligação antes de sair e entrar na sala de reunião.

Eu estava ouvindo um homem que estava falando sobre gráficos estatais de algo que não ouvi muito bem. Não estava prestando atenção. Na realidade não estava com paciência de ouvi ninguém, eu só queria voltar para minha sala e ficar lá ate minha dor de cabeça passar.

Alguns minutos de passam quando minha secretaria entra na sala sem pedir licença e vindo em minha direção com um telefone na mão.

Franzo o cenho.

– Me desculpa, Senhor. Mas um dos seus seguranças está desde que o senhor ‘entrou na sala ligando, ele disse que ligou para o seu celular, mas ninguém atendia. O dispenso? Ele diz que é importante.

Estendo a minha mão para receber o telefone. É claro que ia atender. Se era um dos meus seguranças, deveria ser importante, nenhum deles ligava para mim sem ser algo importante. A senhorita Lauter coloca o telefone na minha mão. Encaro todos na sala, que estão em silêncio nesse exato momento, eles sabem que não podem falar ate que eu desligue e permita que eles comecem a falar novamente.

– Cullen – disse e esperei quem quer que seja falar. Ouço uns ruídos estranhos na linha como se a pessoa estivesse correndo.

– Senhor Cullen? É o Tyler falando – congelei quando ouvi. Tyler era o encarregado em levar e buscar Mel para escola. Algo deve ter acontecido. As piores coisas passam na minha mente em milésimos de segundos.

– O que aconteceu. Mel está bem? – perguntei ruidosamente me levantando da cadeira. Sinto todos pares de olhos nas minhas costas quando me viro e encaro a parece creme que estava atrás de mim a pouco instante atrás.

– Senhor...

– Fala logo – me controlei para não gritar.

– Está tudo bem com a Senhorita Melanie – disse ele. Minha respiração foi solta de alívio.

– Então me diz o que aconteceu de tão importante para você me interromper no meio de uma reunião.

– É senhorita Isabella, Senhor – disse ele hesitante.

Meu estômago virou em só de ouvi o seu nome.

– O que aconteceu? – perguntei cauteloso. O que poderia ter acontecido com ela? Que eu saiba, ela deveria está em casa a está hora da manhã – Não faça arrudeios e diga logo o que aconteceu.

– Ela está indo para o hospital.

Quando ele acabou de falar apoiei minha mão na parede. Fechei meus olhos, uma fraqueza tomou conta do meu corpo.

– O quê? Como isso aconteceu? Merda, Tyler. Fala tudo. Não estou entendendo merda nenhuma – disse me virando. Todo mundo estava olhando para mim sem entender nada.

Que eles se explodissem.

Saio da sala ouvindo um monte de protestos, mas eu não conseguia pensar em mais nada a não ser as palavras de Tyler: ‘‘Ela está indo para o hospital’’

Peguei o elevador e fui para minha sala, pegar as chaves do meu carro que ficava na empresa, eu precisava vê-la, não importasse onde, mais precisava vê-la.

– Tudo bem, tudo bem. Hoje de manhã ela foi com a filha dela e comigo levá-la a escola, porque a Amelie disse que depois de colocar Melanie na escolar, era para levar a senhorita Isabella ao supermercado, só que.....

Ele hesitou como se ele provesse que o que ele iria falar ia me deixar muito irritado, e foi isso que aconteceu quando ele abriu a porra da sua boca para falar sua idiotice.

– Você sabe que não deveria ter feito isso – disse dando voltas no elevador privado para tentar me acalmar. Os meus nervos estavam a flor da pele.

– Eu sei, Senhor Cullen, mas ela disse...

– Não importa a merda que ela disse, Tyler. Você não poderia descumprir uma ordem minha – praticamente cuspi as palavras.

– Desculpa, Senhor.

– Suas desculpas não me importam agora. Me diz como ela parou no hospital – o barulho de elevador suou em seguida as portas se abriram. Passei como um raio pela recepção e entrei na minha sala.

– Eu a deixei perto do supermercado, e voltei para casa, só que quando estava no meio do caminho começou a chover pesado, então decidi voltar para buscá-la, quando cheguei no supermercado ela não estava, procurei em todas colunas, pedi ajuda aos seguranças do mercado, mas ela não estava mais lá. Então concluir que ela já deveria está indo para mansão. Passei pelas ruas onde ela poderia ter ido, mas não a encontrei. Parei o carro em um acostamento e comecei a procura-lá a pé, mais ela não estava em qualquer lugar da rua principal onde ela deveria está seguindo para voltar a mansão. Então fui procura-la nos becos. Foi ai que... encontrei um carro de policia e uma carro de paramédicos. A poucos metros dali tinha bolsas de supermercado jogados no chão. Aprecei meus passos para ver o que era. Uma pessoa estava na maca com balão de oxigênio na boca. Perguntei o que tinha acontecia a um homem, e ele disse que uma garota tinha sido espancada por dois caras naquele beco. Tentaram prender os caras mais era tarde demais, eles tinham fugido quando ouviram a sirene da policia. Liguei um ponto no outro e pedi permissão a policia para ver o corpo da garota. Quando fui ver...Era a senhorita Isabella.

Parei de respirar. Algo como se fosse fogo entrou no meu corpo quando engoli minha saliva. O que fizeram com ela?

Eu não posso acreditar que deixei isso acontecer com ela.

– Ela...ela – eu não conseguia nem dizer.

– Não, ela não morreu, mas o caso é grave, bateram muito nela, seu rosto está quase irreconhecível. O carro dos paramédicos saiu quase agora, tentei ligar para o senhor, mas ninguém atendia. Ela provavelmente já deve esta no hospital mais perto daqui.
A linha ficou em silêncio. Eu estava tentando recuperar minha razão. Meu pensamentos estavam confusos, eu não sabia o que pensar. Só sabia que queria vê-la, e o quanto antes.


– Você está despedido – disse friamente antes de por um fim na chamada.

Peguei a chave do carro e sair da sala.

Ela precisava de mim. Tenho que vê-la com meus próprios olhos. Eu não ligava para o passado, eu só precisava vê-la e nada mais.

Pego o elevador e vou para o estacionamento da empresa. Logo acho o meu carro, ligo e piso no acelerador.

Eu precisava vê-la. Eu precisava vê-la.

Imagens dela enchem a minha mente me deixando mais culpado. Eu sei que o que aconteceu estava fora do meu alcance, mas mesmo assim me sentia culpado.

Cheguei no Hospital de Seattle e pulei do carro, o deixando de qualquer jeito no estacionamento. Praticamente corri ate a recepção.

– Isabella Swan, ela está aqui?

A mulher me olhou meio assustada. Porra, eu não tinha tempo para isso.

– Isabella Swan, está aqui? – perguntei de novamente. Ela me olhou um pouco atordoada, mas abaixou a cabeça e digitou algo no computador.

– Sim, ela está sendo cuidada pelos médicos. O Senhor deve esperá-la na sala de espera, só é virar a direita, seguir o corredor e virar a direita de novo, quando o medico acabar de atende-la eles vão te dar noticias sobre o seu estado.

Assenti e fui para onde ela disse.

Parece que foi uma eternidade quando finalmente um homem de branco na faixa dos quarenta anos entrou na pequena sala.

– O Senhor é família da paciente Isabella Swan? – perguntou ele formalmente.

Eu não era a merda de nada, mas não podia dizer isso a ele, senão não iam me deixar vê-la.

– Sim, como ela está?

Ele me olhou por alguns segundos antes de falar.

– O estado dela é critico. A encontramos desacordada, provavelmente foi de dor, desconfiamos que seu psicológico não aguentou e desmaiou. Exames de raios-X foram feitos por todo seu corpo, encontramos duas costelas quebradas do lado direito. Sem falar dos hematomas em quarenta e cinco por cento do corpo. Fizemos curativos onde foi preciso, o seu tronco foi enfaixado, ela está sobre efeito de anestesia para aliviar a dor e tomando soro. Agora ela se encontra descansando em um dos quartos.

– Eu posso vê-la? – perguntei um pouco atordoado com tudo que ele tinha falado.

– Sim, mas não pode ficar muito tempo, porque ela realmente tem que descansar – ele me avisou.

– Tudo bem, eu só quero vê-la.

O medico pediu para acompanhá-lo. Ele empurrou uma porta branca e deu espaço para eu passar. A sala estava cheia de leitos, uns oitos, quatro pessoas se encontravam lá. procurei por toda sala o meu anjo. Meus olhos caíram em uma figura frágil e debilitada.

Minha garganta ficou seca com a imagem que vi. Senti ar faltar no meu peito. Meu Deus, que tipo de criatura faria uma coisa dessa com a minha Bella.

Raiva fervia dentro de mim. Quando encontrar o ser que fez isso com ela, eles simplesmente vão virar pó em minhas mãos. Suas peles vão ser poucas para tanta raiva que estava sentindo naquele momento.

Tentei respirar fundo e me aproximei da sua cama. Toquei sua mão de leve, com medo que a machucasse, mas eu precisava desse toque. Necessitava na realidade, eu tinha que ter a certeza de que ela estava na minha frente.

Aproximei meu rosto do seu, acariciei com a ponta dos dedos o seu rosto machucado bem de leve.

– Eu estou aqui. Vai ficar tudo bem, minha Bella. Eu vou cuidar de você, ninguém jamais vai lhe machucar outra vez, eu te prometo.


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Notas finais do capítulo

Tenso né?!
Eu sei, eu sei, que a Bella não merece isso, ela já sofreu demais, mas esse foi um jeito que arrumei para o Edward ver que não consegue mais viver sem ela. podem ficar tranquilas que a bella não vai ficar com trauma grave e nem nada do tipo.Lógico que ela vai ficar assustada quando acordar, mas o nosso amado Edward vai está lá por ela. ok? não me matem kkkk é serio kkkk

Uma leitora ( e acho que mais umas duas meninas, mas foi a HeleenaaRodrigues que deu a sugestão primeiro, ela enviou um texto enorme, mas amei sua ideia) me deu a ideia da Bella ficar doente para o Edward cuidar dela, e eu prometi que ia fazer isso do jeito que desse na fic. Sei que foi meio pesado a minha versão, mas achei melhor assim, não sei se vocês vão gosta, mas enfim, espero que vocês não fiquem muito bravas comigo kkkkk

Bom, daqui para frente meus planos vão ser que Edward se aproxime muito da Bella. Mas uma coisinha vai ser descoberta... que vai fazer Bella querer arrancar os cabelos de Edward. eu ia ate colocar nesse capítulo, mas como perceberam ele ficou muito grande e não deu, mas no proximo capítulo a conversa da bella com o Emmett e essa descoberta vão vim....

Agora vamos para os agradecimentos:

Muitíssimo obrigada por quem comentou, obrigada mesmo lindas. amei cada um, mesmo não respondendo, mas vou responde um por um, prometo. Estou mega atrasada em responder, ainda tem comentário do capítulo passado sem resposta, mas vou responder sim...isso é um prazer para mim!!!

Bjos!!! Ate mais!!!!!!!!

P.S: para quem ler O Poderoso Homem de Preto, o próximo capítulo da fic vai ser postada semana que vem!!!!!!!!

P.S : percebi que ainda pode ter pessoas que ler a fic, mas não está participando do grupo. Quem quiser e estiver interessado a participar olha o like aqui: https://www.facebook.com/groups/545225142279430/572574926211118/?notif_t=like