Entre Perdas e Conquistas escrita por Amanda R


Capítulo 13
Capitulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!!

Postando mais um capitulo para vocês!

Boa leitura!!!



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Desci as escadas com o corpo tremendo de raiva e xingando mentalmente o Edward de todos os palavrões que conhecia. Mas também estou com raiva de mim. Eu poderia ter evitado essa situação, se eu não tivesse deixado a Mel ir sozinha falar com ele, mas como o tempo não pode voltar atrás, só me bastava falar com minha filha.

Pisei no ultimo degrau da escada e vi a Mel sentada no sofá.

Meu coração doeu ao vê-la triste. Me segurei para não voltar lá encima e dar uns bons tapas em Edward.

– Mel – disse chegando perto dela. Mel me olhou e depois abaixou a cabeça. Respirei fundo e me abaixei para ficar da sua altura – Você está bem, pequena? – perguntei erguendo o seu rostinho em minha direção.

– Por que o Edwald não quer falar comigo? – perguntou ela. vi que seus olhinhos estavam cheios d’água e isso só me fez ficar mais irritada com Edward. Mas eu tenho que me segurar, minha filha precisa de mim agora.

– Não sei – Eu desconfiava, mas não queria pensar nisso agora.

– Ele não gosta mais de mim, mamãe? – perguntou ela em um sussurro.

– Gosta, é claro que gosta – disse tentando animá-la.

– Mas por que ele não falou comigo?

Eu mordi a minha língua para não dizer que Edward era um idiota da pior espécie. Mas eu não poderia dizer isso. Por mais que eu odiasse Edward nesse momento, a Mel o amava e o via como seu melhor amigo.

– Ele...ele – parei para achar as palavras certas – Ele só está em um dia ruim – disse olhando para os seus olhos que nesse momento já estavam um pouco vermelhos – Mas o Edward ainda gosta de você, ok? Você mesma não disse que ele a chama de princesa? - ela balançou a cabeça – Então, não ah motivos para ficar triste – disse enxugando seu rostinho e beijando sua testa.

– Amanhã ele vai falar comigo? – perguntou Mel inocentemente.

– Vai – disse tentando não mostrar minha hesitação, porque eu realmente não sabia o que se passava na cabeça de Edward. Mas espero que ele faça o que eu pedir, ou melhor, mandei.

– A senhora promete?

– Prometo, Ok?

– Ok – disse me dando um sorriso, mas não chegou aos seus olhos. Eu realmente espero que minha promessa seja comprida para minha filha voltar a sorri.

Me levantei e a peguei no colo.

– Agora a gente tem que ir. A Amelie já deva está nos esperando – disse a aconchegando em meu colo. Mel enrolou seus bracinhos em volta do meu pescoço e apoiou sua cabecinha em meu ombro. Abracei minha pequena apertado – Você ainda quer ir? – murmurei para ela. Mel levantou a cabeça e me olhou.

– Sim, só falta ela par eu dar Feliz Ação de Graça – disse ela como se fosse óbvio. Ela ate ficou um pouco animada.

– Tudo bem, antes de irmos vamos pegar os nossos casacos – disse já andando.

– E a Anne. Ela não pode ficar sozinha aqui – me avisou.

– Sim, a Anne também.

Fui primeiro no quarto. Coloquei Mel no chão e a vestir com seu casaco e depois peguei o meu. Estávamos chegando na sala para ir a cozinha quando ouço vozes. E isso me fez estancar.

A família de Edward estava na sala. Droga!

– Aconteceu alguma coisa, mamãe? – perguntou Mel estranhando minha súbita parada.

– Não, filha – disse e comecei a andar.

Não tinha como evitar, eu tinha que passar por eles para sair dessa casa.

Cheguei na sala e todos que estavam nela se calaram. Só quem estava lá eram Carlisle, Emmett e o loiro que estava lá encima a alguns minutos atrás. Todos os olhos estavam focados em mim e na Mel. Meu rosto ficou vermelho. Olhei para Mel e ela olhou para mim, como se ela soubesse da minha luta interna ela apertou minha mão e sorriu. Eu retribui de volta e encarei os três homens na minha frente.

Carlisle estava sentado no sofá ao lado do loiro, sua expressão era um pouco lívida, mas ele estava serio, ele apenas acenou com a cabeça para mim. Olhei para Emmett, ele parecia o mesmo de sempre, só que um pouco mais... não sei como definir, mas parecia que ele não era o todo sorriso de antes, não sei, pode ser que só seja impressão minha, talvez a situação que nos encontramos o deixasse assim.

Emmett era o Cullen mais próximo de mim, ele era o que eu tinha mais contado. No desenrolar do meu namoro com Edward, ele virou o meu amigo, na realidade um grande amigo.

Não pude evitar em lhe dar um sorriso meio que hesitante. Para minha surpresa, ele sorriu de volta e se levantou vindo em minha direção.

– Bella – disse ele parando um pouco e depois me abraçou apertado. Senti vontade de chorar por está recebendo um abraço amigo depois de tanto tempo. Sim, amigo, porque com esse abraço eu sabia que ele ainda continua sendo o meu amigo. E eu fiquei muito feliz com isso. Não me segurei e deixei minhas lagrimas caírem no meu rosto.

– Emmett – sussurrei meio que rindo. Seu aperto em volta de mim diminuiu e ele me encarou. Agora o seu sorriso era largo e pude perceber que ele era o mesmo Emmett de sempre.

– Nossa Bella, quanto tempo – Eu sorri e passei minha mão livre no meu rosto, limpando qualquer vestígio de lagrimas que tinha ali – Você continua a mesma. Eu acho que só dois centímetros maior que a ultima vez que ti vi – disse ele fazendo graça e sorri.

– Muito bom te ver Emmett – disse e olhei para Mel. O seu rostinho estava expresso de curiosidade.

– Essa é a Mel, a minha filha – disse e vi que Emmett a analisou um pouco antes de estender sua mão para ela.

– Muito prazer, o meu nome é Emmett.

A Mel um pouco tímida pegou sua mão e apertou. Depois olhou para mim.

– É seu amigo, mamãe?

– É sim filha.

– Amigo do Edwald também? – percebi que sua voz murchou um pouquinho ao falar nele.

Olhei para Emmett que estava com seus olhos vidrados na Mel.

– Na realidade, Emmett é irmão do Edward – assim que acabei de falar Mel voltou sua atenção para Emmett.

– Irmão do Edwald? – perguntou surpresa.

– Sim, sou irmão dele- dessa vez foi Emmett que disse – Só que um pouco mais bonito.

A Mel sorriu um pouco.

– Você vai ficar com o Edwald hoje?

– Sim, eu toda minha família – disse Emmett apontando para Carlisle e o homem ao seu lado.

– Eles também são irmãos do Edwald? – perguntou Mel olhando para eles

Carlisle que estava serio a algum tempo atrás, agora estava com um pequeno sorriso no rosto.

– Não, aquele de olhos azuis é o pai do Edward e aquele ao seu lado é marido da nossa irmã.

– O Edwald tem uma irmã menina? – perguntou a Mel surpresa com a novidade.

Emmett sorriu mais com a sua inocência.

– Sim, a nanica é irmã gemia dele.

– O nome dela é nanica?

Dessa vez o Emmett gargalhou junto com Carlisle, e o louro foi o único que se conteve com apenas um sorriso na direção da Mel.

– O nome dela é Alice, mas não diga a ela que a chamei de nanica se não é capaz de eu ser o peru de natal desse ano.

– Humm, eu prometo que não digo – disse Mel seria, sem se tocar que Emmett só estava brincando e isso fez com que todos sorrissem mais.

– Você é linda Mel – disse Emmett

– Obrigada - disse Mel timidamente e ficando vermelha logo em seguida - Mamãe eu posso pegar a Anne na cozinha? - perguntou Mel se voltando para mim.

– Não tem ninguém na cozinha - disse Emmett percebendo minha hesitação.

– Pode ir meu amor - disse e Mel foi embora, mas antes deu tchau para todo mundo.

Vi pela minha visão periférica que Carlisle e o loiro estavam prestando atenção em mim. Depois que a Mel saiu o silencio se fez na sala. A tensão era evidente.

Olhei para Emmett e vi que ele me encarava como se quisesse falar alguma coisa.

Meu corpo ficou tenso.

– É melhor eu ir atrás da Mel - disse já caminhado em direção a cozinha tentando fugir do olhar de Emmett.

Sai da sala e passei pela sala de jantar. Quando já estava no corredor que levava ate a cozinha eu fui puxada pelo o meu braço bruscamente.

Era o Emmett.

– Bella - disse Emmett serio - Ela...ela...

– Emmett, eu tenho que sair, prometi a Amelie que iria ajudá-la nos preparativos do jantar de hoje na casa dela, então tenho que ir, senão vai ficar muito tarde - disse o impedindo de falar.

Emmett me olhou por um instante e assentiu me soltando.

– Mas eu queria falar com você nessa semana. Será que você pode? - perguntou ele.

Respirei fundo tentando me concentrar na conversa. Eu sabia o que ele queria falar comigo e eu não tinha como fugir, mas eu estava com medo. Na realidade estou morrendo de medo do que essa conversa poderia trazer para minha vida.

– Emmett e acho melhor não, e ...

– Por favor Bella, eu preciso conversar com você. É importante - disse olhando para mim seriamente.

Eu não tinha saída.

– Tudo bem- disse derrotada.

– Pode ser quando?

– Qualquer dia, desde que seja no horário do almoço.

– Então vai ser na terça feira. Nesse dia eu não tenho muita coisa para fazer na empresa.

– Ok – disse passando minha mão no meu rosto.

– Você está com celular para eu colocar o meu contato?

–Não, Emmett- disse envergonhada - Eu não tenho celular.

– Oh, desculpe - disse Emmett passando a mão nos seus cabelos constrangido - Então eu ligo para o telefone residencial daqui na segunda para acertar aonde vamos nos encontrar.

– Ok, agora eu tenho que ir- disse querendo sair logo dessa casa.

– Tudo bem - disse colocando sua mão no bolso da sua calça – E Bella, foi bom te ver - disse ele sorrindo.

– Também foi bom te ver Emmett - disse lhe dando um sorriso antes de sair dali.

Entrei na cozinha tentando dispensar minhas preocupações. Agora eu tinha que ir em um jantar com minha filha e nada mais importava.

A Mel estava sentada em uma cadeira com sua boneca em seu colo.

– Vamos Mel - disse chegando perto dela.

– Vamos Mamãe - disse ela e saiu da cadeira pegando minha mão logo em seguida.

Saímos da mansão pelas portas do fundo mesmo. Eu queria evitar mais um encontro indesejável.

Mel e eu fomos para o ponto de ônibus. Não demorou muito e chegamos em uma vizinhança simpática. Onde a maioria das casas era todas do modelo victoriana. Tirei do bolso do meu casaco um pedaço de papel onde estava escrito o endereço da casa da Amelie.

Não foi muito difícil de achar. A casa era branca com azul clarinho. Muito bonita. Bati na porta e Amelie veio nos atender. Ela nos recebeu contente. O sorriso não saiu do seu rosto.

Amelie notou que Mel não estava muito alegre como era de costume, mas não comentou nada.

O dia se passou rápido. A Mel se animou durante o passar do dia. Ela brincou com a neta de Amelie. Fiquei feliz por ela esta um pouco esquecida do que aconteceu. Eu também tentei esquecer de tudo que me deixa triste. Só assim poderíamos ter um dia de ação de graças feliz.

A família de Amelie foi chegando aos poucos. Eles eram muito simpáticos e não me trataram como uma intrusa. Me senti bastante confortável naquele ambiente.

Já era oito e meia, estava chovendo horrores lá fora quando um carro preto chegou na frente da casa. Eu estava ajudando Amelie com a limpeza dos pratos e Mel estava cansada e acabou dormindo no sofá.

A Amelie me pediu para ver quem era. Quando cheguei na sala a campainha tocou pela segunda vez.

Olhei para o sofá. A Mel ainda estava dormindo tranguilamente em seu sono coberta por um cobertor groso que Amelie teve a gentileza de mim dar para cobri-la. Peguei a chave da porta no porta chaves e destranquei a porta.

Girei o trinco e puxei a porta em minha direção. Surpresa junto com o vento frio da rua veio em minha direção.

– O que você está fazendo aqui? – perguntei rispidamente. Não era porque minha tarde foi ótima que eu esqueci da manhã crucial de hoje.

Ele me olhou atentamente e depois abaixou a cabeça por um minuto.

– Eu vim...

– Entra, senão você vai pegar um resfriado – murmurei tentando conter minha raiva. Dei espaço para Edward e ele passou por mim. Me fazendo fechar os olhos por segundos sentindo o seu cheiro delicioso. Abri os olhos rapidamente antes que ele notasse o meu deslize.

Edward entrou na casa. Ele meio que parecia deslocado naquele ambiente modesto. Edward olhou o ambiente e seus olhos se focaram em Mel. Vi que o seu rosto se contorceu em dor ao vê–la. Ele se aproximou dela e fez carinho no seu cabelo com sua mão.

Isso só me fez ficar mais irritada. Serio. Eu não entendia esse homem. Ele parecia que era bipolar, só podia ser. Uma hora trata Mel super bem, na outra a ignora completamente e depois volta a se importar com ela. Eu realmente não o entendia, mas estava um pouco aliviada por ele parecer um pouco arrependido do que fez.

Ele tirou sua mão da Mel e olhou para mim.

Antes que ele falasse alguma coisa a Amelie entrou na sala enxugando seus mãos no avental. Ela arregalou os olhos quando viu Edward em sua sala.

– Aconteceu alguma coisa, Senhor Cullen? – perguntou ela surpresa com sua presença na casa dela.

Eu não tinha a mínima idéia do que ele está fazendo aqui, a não ser que alguma coisa importante tivesse acontecido.

Ele parecia um pouco receoso em responder. Notei que ele estava diferente, sua arrogância, indiferença e frieza que normalmente esta sobre ele, não estava nesse momento. Ele apenas parecia um pouco mais humano.

– Eu vim levar Mel e a Isabella para casa – disse e me olhou. O encarei surpresa – Está chovendo muito, então imaginei que seria um pouco difícil caminhar com Mel durante o seu percurso para casa. E também não é seguro andar de ônibus ou metrô a essa hora da noite. Como todos os meus seguranças e motoristas estão de folga eu resolvi vim aqui.

Abri a minha boca para dizer que não precisava quando Amelie falou na minha frente.

– Oh... O senhor está certo. Eu estava até preocupada de como elas iriam voltar para casa diante desse temporal. Ainda bem que o senhor pensou assim.

Fechei a minha boca. Não seria legal contraria a Amelie, então só me bastava aceitar.

Olhei para Amelie depois para Edward meio sem saber o que falar.

– Então... Eu estava ajudando a Amelie a arrumar as coisas do jantar, se você esperar um ....

– Não minha querida, não precisa se incomodar. Eu mesma arrumo tudo. Você já me ajudou demais hoje, Bella. Vá para casa, você merece descansar e a Mel também – disse ela cariosamente.

– Tem certeza?

– Lógico que sim – ela sorriu para mim – Agora pegue a pequena Mel e vá com o Senhor Cullen, antes que a chuva piore.

– Tudo bem – disse e abracei ela com carinho – Obrigada por ter convido minha filha e eu para o jantar. Gostei muito, sua família é ótima. Faz tempo que não passo essa data em família. Então, obrigada mesmo.

Nos separamos e Amelie pegou minha mão.

– Eu que agradeço por ter aceitado. Sempre que quiser você pode vim em minha casa, ela está aberta para você.

– Obrigada – beijei o seu rosto e fui pegar a Mel.

Peguei ela no meu colo, que no mesmo instante me abraçou e deitou sua cabecinha no meu ombro. Amelie me disse que a cobrisse com o cobertor por causa da chuva.

Sem que eu pedisse o Edward pegou a boneca da Mel e o meu casaco. Ele chegou atrás de mim e cobriu meus ombros. Me arrepiei quando suas mãos tocaram em mim, mesmo por cima da roupa.

Sair ligeiramente do seu alcance para pensar claramente. Eu não confiava em mim tão perto desse homem. Dissemos tchau a Amelie e saímos da casa. Edward foi na minha frente e abriu a porta do passageiro para mim. Entrei rapidamente e ele deu a volta e abriu a porta do carro e entrou.

Em silencio tirei o cobertor que agora estava um pouco molhado da Mel e Edward ligou o aquecedor do carro. Ajeitei Mel em meu colo para ficar o máximo possível confortável para ela. A tensão no carro era mais que evidente. Fiz o meu melhor para manter minha indiferença para ele. Olhei firmemente para frente enquanto apertava a Mel em meus braços.

– Eu quero conversar com você e ...

– Olha, eu só aceitei essa carona por não tinha outra opção. Acredite, que a única coisa que eu quereria nesse momento é está o mais longe possível de você. Então, apenas dirija e me ignore, afinal é isso que você fez de melhor por todo esse mês – disse sem olhar para ele e com a voz baixa para não acorda Mel.

Percebi que Edward respirou fundo, mas não disse mais nada. Ele ligou o carro e pisou no acelerador.

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POV Edward

A culpa e vergonha estavam corroendo dentro de mim. Minha cabeça estava a ponto de explodir. Algo em mim estava sangrando, eu podia sentir a dor. Era como se algo estivesse se contorcendo e entalado na minha garganta, mas nada era pior que a minha consciência, ela gritava, ou melhor, alarmava na minha mente me avisando que eu fiz algo de muito era.

O meu escritório estava em silêncio depois que Isabella saiu. Suas palavras me deixaram sem chão, eu estava me sentindo um nada.

Eu não conseguir segurar a raiva dentro de mim e passo minha mão por toda mesa, levando ao chão tudo que estava sobre ela.

– Edward – a Alice gritou.

– Sai daqui, todos vocês – disse sem olhar para eles. Eu queria ficar sozinho. Vi que meu pai e Jasper saíram, mas a Alice ficou – Alice eu disse para sair, porra. Me deixa sozinho – disse me sentando na cadeira levando minhas mãos para o meu cabelo.

– Eu não vou sair daqui, Edward. Você está sem controle.

– Eu quero ficar sozinho.

– Por que você fez aquilo com a menina, Edward? Ela é...

– Merda, Alice sai daqui – gritei com ela.

– Eu já disse que não vou. Agora me responde – disse ela com a voz dura.

Fiquei em silêncio por um momento. Tentando controlar a minha respiração.

– Eu não sei, ok. Eu só agi da maneira que achei certo.

– Você acha aquilo certo, você praticamente esnobou a menina. Isso não se faz, ela é uma criança. Eu não acredito que você caiu na conversa da Rose.

Levantei minha cabeça e olhei para ela.

– Você acha que ela está errada?

– lógico que sim. Essa menina, ela só gosta de você. Da para ver em seus olhos sua inocência.

O meu peito apertou mais ainda.

– Eu, não sei o que pensar. Minha cabeça está confusa, eu não sei o que pensar – disse fechando meus olhos.

– Edward?

– Oi – ela queria testa a minha paciência.

– Ela tem quantos anos?

– 5.

– Como é o nome dela mesmo?

– É Melanie, mas ela gosta de ser chamada de Mel – disse sem entender porque a Alice queria saber daquilo.

– Ela é muito bonita.

– Sim, ela é. Parece com sua mãe.

– Você não notou mais nada – apertei meus olhos. Eu sabia o que ela queria dizer.

– Alice, ela não é a minha filha.

– Ela tem a mesma cor dos nossos olhos, Edward. A mesma cor dos seus olhos.

Abri os meus olhos e encarei Alice. Ela estava em pé na minha frente.

– Quantas pessoas você acha que tem olhos verdes nesse mundo, Alice? – a questionei.

– Mas é diferente. E seus cabelos são tão parecidos com os seus. É você que não quer ver. – disse ela me acusando.

– Eu que não quero ver Alice? Não tem nada para ver. Ela não pode ser a minha filha e você sabe muito bem disso – disse querendo por um fim nessa conversa. Será que ela não via que esse assunto era doloroso demais para mim, será que ela não viu o meu sofrimento durante cinco anos por está longe da mulher que mais amei. Mel não pode ser a minha filha. Eu desejo isso, mas ela não é e eu tenho que me conforma com isso.

– Mas se...

– Não tem se, Alice – disse cortando ela – Você se esqueceu do que o médico disse? Você se esqueceu de como chorou por dias quando soube da noticia? Você não se lembra das suas tentativas inúteis de ter um filho? – perguntei aumentando o tom da minha voz – Você ainda chora, eu sei disso. O Jasper fica abalado toda vez que você sai de um tratamento que não deu certo. O que você quer mais que aconteça para entender que não podemos ter filhos? Nos dois somos ocos por dentro, Alice. Nos não podemos dar a vida a ninguém. Se conforme com isso, quanto mais cedo melhor. Viva a sua vida com Jasper sem pensar em filhos. Só assim você vai ser feliz – assim que acabei de falar ouço os soluços dela. Eu não queria ser tão duro com a Alice, mas ela tinha que entender de uma vez por todas que não podíamos ter filhos – Desculpa Alice por falar assim, mas é a verdade – disse me levantando. Fui ate ela e lhe abracei. Seus soluços ficaram mais altos. Isso doeu em mim, vê-la sofrendo por algo que não temos culpa. Se pudesse, eu faria qualquer coisa para Alice ter um filho, mas isso não está ao alcance das minhas mãos. Eu não posso fazer nada. Ficamos abraçados ate que ela se acalmasse.

Ela se separou de mim e passou as suas mãos no seu rosto tentando enxugar suas lagrimas.

– Você está certo. Não podemos ter filhos, eu só me impressionei com a aparência da Mel. Eu tenho que me conformar com isso, vai ser melhor para mim e para nossa família. Sei que faço o Jasper sofrer, mas eu não quero mais isso – disse ela tentando normalizar sua respiração – Mas isso não quer dizer que o que você fazer com a Mel está certo. Ela não pode ser sua filha, mas ela não merece ser tratada daquela forma. Se eu fosse a mãe dela, eu faria pior do que a Bella disse a você. Pelo que ela disse, foi você que se deixou aproximar dela, a Mel não te obrigou a nada. Espero que você tenha vergonha na cara e faça o que a Bella disse e nunca mais faça o que fez.

Apenas acenei com a cabeça, eu não ia mais discuti com a Alice.

– Eu vou usar um banheiro de uns dos quartos. Não quero que Jasper me veja assim.

– Tudo bem, use o do meu quarto.

– Ok. Você vai descer agora? – perguntou ela indo ate a porta do escritório.

– Não – disse voltando a me sentar em minha cadeira.

– Ok, depois eu venho te chamar para almoço – disse abrindo a porta – E arrume sua bagunça, antes de descer – disse antes de sair.

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Depois que Alice saiu do meu escritório, arrumei a minha bagunça e antes que ela vinhece me chamar eu desci.

Cheguei na sala de estar e só Emmett estava lá. Me sentei no sofá.

– Aonde estão as pessoas? – perguntei ao Emmett.

Ele olhou para mim como se estivesse me analisando.

– As garotas estão na cozinha e o papai com o Jasper saíram para comprar uísque, aqui não tem nenhum. Você parou de beber?

– Não, apenas acabou e não tive oportunidade de comprar – era mentira, eu escondi todos os uísques da casa para não cair em tentação. Eu não podia beber com Isabella na mesma casa que eu, então achei melhor esconder. É ridículo, mas me senti melhor assim – A Sophia já acordou? – perguntei mudando de assunto.

– Já, papai levou ela com ele. E por falar em filha, eu conheci a Mel – disse calmamente.

– Conheceu?

– Sim, a Bella passou por aqui, e a Mel estava com ela.

– Você falou com elas? – perguntei querendo saber o que Emmett fez.

– Sim, não podia? – perguntou ele ironicamente.

– O que você disse a elas, Emmett?- perguntei sem paciência.

– Ei, calminha ai – disse ele levantando as mãos – Eu só saudei a Bella, e ela me apresentou sua filha.

– Porque ela falaria com você?

– Talvez porque eu sou o único que não a ignorou e fingiu que ela não existe desde que ela chegou aqui, Edward – disse ele como se estivesse me acusando.

– E o que eu deveria fazer? Abraça-la e recebe-la naturalmente depois do que ela fez? - perguntei com sarcasmo.

– Eu não estou dizendo que era para recebê-la como se nada tivesse acontecido, Edward. Mas você deveria se colocar no lugar dela. Se você não percebeu, a Bella perdeu tudo, ela desistiu da faculdade, ela desistiu da vida que levava, ela desistiu dos seus sonhos só pelo amor a sua filha. Você já pensou se Bella pensasse só nela e abortasse a Mel? – quando ele disse isso um aperto tomou no meu peito – Se a Bella fosse qualquer uma, ela teria desistido da própria filha e teria ficado com você. Eu tenho certeza, coloco minha mão no fogo, que se a Bella chegasse aqui meses depois dizendo que tinha perdido o bebê, você teria ficado com ela, não logo de cara, mas se ela insistisse você teria ficado com ela, e por causa do seu maldito orgulho, você não teria conhecido a menina mais doce que trouxe de volta o sorriso no seu rosto depois de tanto tempo. Hoje quando vi a Bella, eu vi que ela não era mais a mesma, ela pode ser a mesma por fora, mas por dentro ela esta completamente diferente. O seu sofrimento da para ver nos seus olhos, só basta olhar para ela que você ver toda a dor que ela teve que aturar durante todos esses anos. Quando ela foi embora, você teve apoio, mesmo que não quisesse, mas teve uma família que estava preocupada com você por dias e noites, mas a Bella não teve ninguém por ela, a Bella aguentou tudo sozinha, e só Deus sabe como ela conseguiu sustentar a Mel. Não sei se você sabe, mas os seus pais não deram um tustão para ela. Então, se eu fosse você eu pararia de pensar só na minha dor e olharia em minha volta.

As palavras do Emmett vieram como tapas na minha cara. Eu me senti sufocado comigo mesmo. Ele poderia está certo, por mais que eu quisesse negar, mas ele estava certo.

– E o que você quer que eu faça?

– Eu não sei, mas apenas não a faça sofrer mais. O papai me contou o que você fez com a Mel mais cedo, vou confessar que eu não esperava ver isso de você.

– Fiz merda, eu sei – disse passando a mão nos meus cabelos.

– Sim, você fez merda.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa minha mãe entrou na sala.

Ela percebeu a tensão que estava aglomerada entre mim e Emmet, mas não falou nada. Apenas disse que iria esperar o nosso pai, Sophia e Jasper para servi o almoço.

O resto do dia passou sem mais surpresas ou qualquer coisa do tipo. Eu como sempre fiquei na minha e tentando evitar pesar em tudo que ouvi hoje de Rose, Alice, Emmett e da própria Isabella.

Tivemos o jantar de ação de graça, como sempre foi farto e cheio de alegria, pelo menos para eles, porque para mim faltava alguma coisa e eu sabia perfeitamente quem era.

Quando deu sete horas todos se reuniram na sala e começaram a conversa entre si. Hoje eles iriam dormi aqui, para amanhã irmos todos juntos para a igreja. Isso era outra tradição da família Cullen e que era seguida por muitas outras famílias.

Já era oito horas e todos foram para os quartos, menos eu. A chuva começou a cair como se fosse a ultima vez. Eu estava preocupado, porque a essa hora a Mel e a sua mãe não tinham chegado. Vi os minutos se passarem e nada delas. Quando eu estava cheio de esperar peguei minha chave e fui pegar o meu carro na garagem. Eu iria buscá-las. Não aguentava ficar em casa esperando enguanto elas estavam na rua. Qualquer mal poderia acontecer com elas, ainda mais a essa hora da noite.

Quando dei por mim já estava enfrente a casa da Amelie. Eu estava pedindo mentalmente para elas ainda estarem aqui. Apertei a campainha e esperei. Depois de alguns segundos esperando a porta finalmente foi aberta.

– O que você está fazendo aqui? – perguntou Isabella rispidamente. Ela estava brava e eu não esperava outra coisa.

Olhei atentamente para ela e depois abaixei a cabeça. O Emmett certo eu não poderia continuar a só pensar na minha dor, como eu vi ontem em seus olhos, a dor ainda estava ali e agora junto com raiva e ressentimento que também eram causadas por mim. Ela poderia ter me traído, mas ela não merecia a vida que teve e esta tendo agora comigo.

– Eu vim...

– Entra, senão você vai pegar um resfriado – ela me cortou. Isabella me deu espaço e eu passei por ela sentindo o seu perfume adocicado que era delicioso. Me contive em não fecha os olhos. Entrei na casa e olhei o ambiente ate que os meus olhos focaram na coisa mais meiga que já vi. Era a Mel, ela estava deitada no sofá coberta por um coberto, dormindo pacificamente como um anjo. Sem me conter, me aproximei dela. A dor que senti foi evidente. Minha princesa não merecia o que eu fiz com ela. Mel nunca fez nada contra mim. Acariciei sua cabeça em forma de carinho e depois afastei minha mão dela. Eu tinha que falar com a Isabella para explicar o do por que eu vim aqui, mas antes que isso acontecesse a Amelie entrou na sala.

Ela meio que arregalou os olhos surpresa ao me ver em sua casa.

– Aconteceu alguma coisa, Senhor Cullen?

Eu não sabia bem como falar. Porque não era todo dia que Edward Cullen entra na casa de uns dos seus empregados e me explicar na frente das duas me olhando fazendo questionamentos no olhar era meio que difícil. Mas alguma coisa eu tinha que dizer sem deixar muito evidente a minha preocupação.

– Eu vim levar Mel e a Isabella para casa – disse e olhei para Isabella. Ela me encarava surpresa – Está chovendo muito, então imaginei que seria um pouco difícil caminhar com Mel durante o seu percurso para casa. E também não é seguro andar de ônibus ou metrô a essa hora. Como todos os meus seguranças e motoristas estão de folga eu resolvi vim aqui.

Percebi que ela abriu a boca para dizer alguma coisa, mas Amelie falou na em sua frente.

– Oh... O senhor está certo. Eu estava até preocupada de como elas iriam voltar para casa diante desse temporal. Ainda bem que o senhor pensou assim.

Agradeci mentalmente a Amelie por ela ter falado isso, porque só assim Isabella não ia ter nenhum pretexto para recusa a minha carona.

A Isabella ficou olhando para mim e para Amelie sem saber o que dizer, mas finalmente seu olhar se focou em mim.

– Então... Eu estava ajudando a Amelie a arrumar as coisas do jantar, se você esperar um ....

– Não minha querida, não precisa se incomodar. Eu mesma arrumo tudo. Você já me ajudou demais hoje, Bella. Vá para casa, você merece descansar e a Mel também – disse Amelie.

– Tem certeza? – questionou Isabella.

– Lógico que sim – Amelie sorriu para ela – Agora pegue a pequena Mel e vá com o Senhor Cullen, antes que a chuva piore.

– Tudo bem – disse Isabella e as duas se abraçaram. Forcei um pouco minha audição para ouvi o que a Isabella estava falando – Obrigada por ter convido minha filha e eu para o jantar. Gostei muito, sua família é ótima. Faz tempo que não passo essa data em família. Então, obrigada mesmo – quando ela acabou de falar as palavras de Emmett vieram em minha cabeça. A Bella não tinha ninguém, nem mesmo para celebrar essa data. E nesse momento eu senti uma profunda raiva dos seus pais.

Elas duas se separaram e Amelie pegou a sua mão.

– Eu que agradeço por ter aceitado. Sempre que quiser você pode vim em minha casa, ela está aberta para você – disse Amelie.

Dava para perceber que Amelie já gostava bastante de Bella.

– Obrigada – disse Isabella e foi pegar a Mel no sofá.

Olhei ao meu redor e vi um casaco que deveria ser dela e a boneca da Mel. Os peguei e coloquei seu casaco em seus ombros para protegê-la do frio e da chuva. Percebi que os cabelos da sua nuca se arrepiaram com o pequeno contato que tive com seu corpo. Não pude evitar em sorri um pouco, mas logo em seguia ela se afastou de mim.

Dissemos tchau a Amelie e saímos da casa. Eu fui na frente para poder abrir a porta do passageiro para ela. Isabella entrou no carro e eu fechei a porta e dei a volta no carro para abria porta para mim.

Entrei no carro e logo liguei o aquecedor. Eu queria falar com ela, mas eu não sabia como começar e se ela queria me ouvi. Fitei ela, mas ela não estava nem sequer olhando para mim. Isabella olhava para frente como se dependesse daquilo. Ela estava ignorando totalmente minha presença.

– Eu quero conversar com você e ...

– Olha, eu só aceitei essa carona por não tinha outra opção. Acredite, que a única coisa que eu quereria nesse momento é está o mais longe possível de você. Então, apenas dirija e me ignore, afinal é isso que você fez de melhor por todo esse mês – disse ela me cortando.

Ela não queria me ouvi o que eu tinha para falar. Ela queria que eu a ignorasse como fiz todos os dia desde que nos vimos depois de cinco anos. Mas eu não podia fazer isso. Depois de tudo que eu ouvi hoje eu simplesmente não podia mais ignorá-la.

Respirei fundo tentando organizar os meus pensamentos. Ligo o carro e piso no acelerador.

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A pequena viagem ate a minha casa foi tensa. A Isabella continuou olhando para frente enquanto eu dirigia. Quando finalmente chegamos em casa, ela praticamente pulou fora do carro com a Mel. Peguei a boneca da Mel que estava no painel do carro e abri a porta e sair. Tranquei o carro e liguei o seu alarme. Sai do estacionamento e entrei em casa e fui em direção ao quarto da Isabella. Andei nos corredores e tudo estava em silêncio, ainda bem, parecia que não tinha mais ninguém no primeiro piso.

Cheguei no corredor que ficava o quarto da Isabella. A porta estava apenas encostada. Dei uma pequena batida na porta antes de empurrá-la. Assim que entrei no quarto a Isabella olhou para mim.

– O que você quer aqui? – lhe mostrei a boneca. Ela respirou fundo antes de pegar a boneca na minha mão. Olhei para cama e Mel estava nela ainda dormindo.

– Será que eu posso falar com você? – eu tinha que tentar outra vez.

Ela nada disse apenas ficou me olhando. Estremeci com o seu olhar. Eu podia perceber que as minhas muralhas não estavam fixas e inteiras ao meu redor. Eu estava novamente vulnerável, mas uma coisa era está assim na frente da minha família, outra coisa era está assim na frente de Isabella. Ela me conhece como ninguém. Ela sabia me decifra e entender tudo que estava se passando por mim.

Eu queria sair daqui, mas o meu corpo não saia do lugar. Como ontem eu me perdi em seus olhos.

Ela fechou seus os olhos e balançou a cabeça.

– Eu não tenho nada para falar com você – disse me fitando novamente – Eu estou casada, quero apenas deitar naquela cama e dormi.

– Eu só queria te pedir desculpas pelo que aconteceu hoje de manhã – disse tentando controlar a minha ansiedade.

– Você não deve desculpas a mim, e sim a ela- disse ela apontando para Mel.

– Eu sei, amanhã eu vou conversar com ela, mas eu também queria te pedir desculpas pelo o meu comportamento.

– Só é isso?

– Não, tem mais coisas, mas não podemos conversar aqui, senão a Mel pode acordar. Vamos para o corredor – disse abrindo a porta. Ela acenou meio hesitante e passou por mim. Dei a ultima olhada para Mel e fechei a porta detrás de mim. Dei dois passos e fiquei na sua frente. Como o corredor não era muito largo nos ficamos bem próximos. Pude sentir o meu peito apertar e as batidas do meu coração acelerar.

– Pode falar – disse sem olhar para mim. Ela estava tentando me evitar.

– Olha para mim – sussurei. Ela olhou e franziu o cenho.

– O que você quer de mim, eu não estou entendendo nada – disse ela confusa.

– Eu já disse, apenas quero te pedir desculpas.

– Pelo o que exatamente?

Eu respirei fundo antes de começar.

– Eu queria te pedir desculpa pela forma que eu estou te tratando desde quando você chegou aqui – disse lhe olhando profundamente para ela ver que eu estava sendo verdadeiro – Tudo que eu te fiz e falei para você não foi legal. Eu só queria que você soubesse que eu me arrependo e não vou mais fazer isso.

– Eu não me importo com o que você falou ou fez comigo – disse ela dando uma risada seca – uma coisa que eu aprendi nessa vida, foi ignorar todas as coisas ruins que acontece comigo, então o que você fez, eu não me importo. Cada palavra sua pode me feri, isso eu não posso negar, mas eu ignoro a minha dor, porque eu não me importo mais comigo. A única coisa que eu me importo é a felicidade da minha filha. Faz cinco anos que eu não me importo comigo, podem fazer o que quiser, mas eu sempre vou me levantar e recolher os meus cacos, porque eu tenho a minha filha e eu não posso deixá-la sozinha. Ela só tem a mim e eu não posso decepcioná-la. Cada dia que eu me acordo e durmo é pensando nela, somente nela e mais ninguém. Tento ignorar todas as lembranças e momentos ruins para me manter inteira, tudo que aconteceu comigo ta sufocado aqui- disse ela colocando a mão encima do seu coração – E eu não posso deixá-los sair, senão eu desmonto e não tem ninguém para me amparar e me dizer que tudo vai ficar bem. Então, não vão ser suas palavras que vão me derruba ou me fazer sofrer mais – disse ela. Os seus olhos estavam aterrorizados, eu podia ver medo e angustia neles.

– Me desculpa – Eu não sabia falar outra coisa. Eu só queria abraçada e ser essa pessoa a dizer que tudo ficaria bem.

– Não tem o que desculpar – disse ela fechando seus olhos por alguns segundos antes de falar– Apenas converse com a Mel amanhã e tudo ficará bem.

– Ela disse alguma coisa a você?

– Sim, mas eu lhe expliquei que você só estava tendo um dia ruim.

– Obrigada – disse sincero.

Ela acenou e cruzou seus braços na sua frente. Percebi que suas mãos estavam tremendo.

A observei atentamente. Ela parecia tão vulnerável, mas na realidade ela era muito forte por dentro.

De repente a energia entre nos mudou. Eu só podia ver ela na minha frente e mais nada. Eu estava tão perto dela. Eu podia senti seu cheiro adocicado que emanava do seu corpo e de seus cabelos. Sem poder me conter dei um passo em sua direção. Nos dois estávamos sozinhos, sem nenhuma testemunha em nossa volta. Eu queria tocá-la, senti sua pele quente nos meus dedos. Me lembro que essa sensação era engrandecedora quando namorávamos.

Olhei nos seu mar profundo de chocolate que eram seus olhos e vi que no meu de tudo que se encontrava lá eu via o seu desejo.

E sem mais pensar eu aproximei o meu rosto do seu. A sua respiração estava descompassada assim como a minha. A sensação de tê-la tão perto de mim era incrível. Nesse momento eu esqueci de tudo o que aconteceu, eu só sabia pensar que queria sentir seus lábios nos meus, o seu gosto e o seu toque.

Meus dedos formigavam para tocá-la.

Seu rosto pequeno delicada estava vermelho, a fazendo ficar mais linda.

Olhei para sua boca vermelha que esta ali pronta para mim. Eu percebi que ela também olhava para a minha. E sem nenhum aviso eu colei nossas bocas. Movi meus lábios nos seus, sentindo a textura macia de sua boca. Gemi com a sensação de tê-la de novo em meus braços. Ela ficou um pouco tensa, mas logo relaxou e se entregou ao beijo.

Segurei o seu rosto com minhas mãos e chupei seu lábio inferior, ela gemeu e em seguida movi minha língua de encontro com a sua. Seu gosto era maravilhoso. Senti suas mãos tremulas em meu cabelo, me deliciei a sensação e a puxei para mais próxima do meu corpo.

O beijo foi calmo, sereno e carinhoso. Era como se estivéssemos aproveitando cada segundo dele. Quando já estávamos sem fôlego nos separamos. Nossas testas estavam encostadas uma na outra. Eu não tirei meus olhos dela nem se quer um minuto. Nos estávamos presos na nossa bolha. Ela estava chorando. Suas lagrimas escorriam pelo seu rosto perfeito. Eu não gosto de vê-la chorando. Estendi minha mão e passei meu dedo no seu rosto limpado todas as suas lagrimas.

Eu não sabia o que dizer, ela também não, então apenas mantemos o silêncio e ficamos nos olhando como se o mundo lá fora não existisse.

Mas nem tudo era perfeito nos sabíamos que quando nos afastássemos, a dor, o rancor, o medo, o desespero, a angustia e todas as lembranças que nos afastou no passado iam voltar novamente.

Eu não queria isso. Uma parte de mim queria ficar perto dela para sempre e nunca mais deixá-la se afastar de mim. Uma parte de mim queria ignorar todo nosso passado e só seguir em frente, mas o meu orgulho estava lá para me atormentar e me lembrar que a vida não era simples e nem perfeita. E ainda tinha o medo, a falta de confiança e a certeza de que eu não poderia aguentar amar sozinho.

– Mamãe – a voz doce de Mel nos fez se separar como tivéssemos levado choque. Nossa bolha se estourou e eu sabia que ela iria outra vez para longe de mim, em um lugar em que eu não poderia tê-la em meus braços. Sem dizer nada ela olhou para mim pela ultima vez, antes de entrar no quarto e fechar a porta.

Soltei minha respiração que eu nem sabia que estava prendendo e me encostei na parede do corredor.

“O que foi que eu fiz?” era essa a pergunta que rondava os meus pensamentos.

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Me reviro na cama de um lado para o outro sem conseguir dormi. Minha mente não me deixava, ela estava trabalhando a mil por horas me deixando exausto. Eu podia ver pela claridade da cortina que já era de manhã.

Me levantei sabendo que não iria conseguir dormi.

Tudo que aconteceu ontem veio como uma avalanche quando fechei a porta do meu quarto e fiquei sozinho. Conversa com a Rose, com a Alice, com o Emmett, com a Isabella e o beijo. Maldito beijo, onde eu estava com a cabeça quando deixei aquilo acontecer? Eu simplesmente não sabia. E ainda tinha a Mel.

Eu sabia que não devia ter dado ouvidos a Rose. A Mel não tem nada haver com o que aconteceu entre mim e a Isabella. E eu sabia que ela não tinha essa capacidade de usar a própria filha para benefício próprio. A Isabella amava demais a Mel para isso.

A Mel era minha amiga e a minha princesa. Ela era a única que me fazia sorri no meio dessa turbulência toda que era a minha vida.

A culpa corrói o meu corpo, o peso na minha consciência já estava ficando insuportável.

Ando ate a entrada do quarto e abro a porta e a fecho atrás de mim.

Olho para o corredor na minha frente e percebo que a porta da sala de TV está com uma brecha aberta com a luz acessa. Estranho, porque quando eu passei por ela ontem à noite quando vim para o meu quarto, eu tinha certeza que a porta estava fechada e não tinha nenhuma luz acesa.

Empurro um pouco a porta e coloco minha cabeça na brecha para ver quem era que estava lá. Varo o lugar com os meus olhos, quando vejo uma pequena pessoa sentada no sofá de frente a janela.

Era a Mel.

Ela ainda estava de pijama com sua boneca em seus braços. Ela parecia triste. E me doeu profundamente ao saber que o causador da sua tristeza era eu.

Eu sou um idiota mesmo. Eu não devia ter feito aquilo com ela, penso pela centésima vez.

A Mel me conquistou de um jeito que não dar para fugir. Eu só quero ser seu amigo. Eu só quero ser uma pessoa que ela possa confiar e me contar os seus sonhos e seus medos.


Nada que a Rose me disse ontem, não faz o mínimo sentido agora. A Bella tem razão: Eu não presto. O que eu fiz não se faz com uma criança, ainda mais com a Mel que demonstrou gostar tanto de mim. Eu devo ter decepcionado ela.


Eu sinto vontade de bater em mim mesmo pelo o que fiz.


Passo a minha mão nos meus cabelos. Eu tenho que pedir desculpas a Mel. Espero que ela ainda queira ser minha amiga.


Empurro a porta e entro na sala.


– Mel – a chamo e ela levanta a cabeça em minha direção surpresa.


– Edwald – murmurou docemente.


Eu sou um idiota mesmo. Mel nunca seria manipulada por alguém. Se Mel se aproximou de mim, foi porque ela realmente queria ser minha amiga.


– Eu preciso falar com você – disse chegando mais perto dela.


Mel se levanta do sofá e anda ate ficar na minha frente. Ela coça seus olhinhos com a costa de sua mão e me olha timidamente.


– Desculpa – sussurrou ela.


– O que? – perguntei sem entender nada. Era eu que deviria pedir desculpas e não ela.


– Desculpas, Edwald. Você descobriu num foi? Eu mexi nos seus CDs naquele dia que você chegou tarde. Minha mãe me deixou ficar aqui para esperar-lo. Eu queria te dizer o que minha professora me falou, mas você não chegou, então eu vi aquele montão de Cd – Mel apontou para a estante que tinha lá – E fiquei curiosa. Eu sei que não deveria meche. Desculpa. Por favor, Edwald, não deixa de ser meu amigo. Eu prometo não fazer mais isso – disse ela já com água nos seus olhinhos verdes.

Meu coração se afundou com suas palavras.

Não disse nada, apenas a peguei no colo e a abracei forte. Beijei o seu rostinho que estava vermelho e molhado de suas lagrimas e fitei seus olhos.

– Eu não estou com raiva de você, princesa – disse andando para o sofá que ela estava e me sentei com ela ainda em meu colo.

– Não está? – perguntou fungando. Vi que seus olhinhos estavam expressando total confusão, me culpei profundamente por está fazendo isso com ela – Mas por que não falou comigo ontem?

– Porque eu sou um idiota – disse sincero.

Ela arregalou os olhos. Depois que eu vim me tocar que falei palavra feia para ela.

– Edwald, não pode fala essa palavra, é feio – disse me corrigindo – Mamãe me disse que não pode e que papai do céu briga com quem faz isso. Eu não quero que ninguém brigue com você – disse ela seria.

– Oh, desculpe minha princesa – disse rindo um pouco – Prometo que não falo mais isso, mas só se você me desculpar por não ter falado com você ontem. Você me desculpa?

Mel sorriu e me abraçou. Ela encostou o seu rostinho no meu peito e eu apenas enrolei meus braços em sua volta e a puxei para mais perto de mim.

– Eu desculpo, Edwald – sussurrou ela.

– Obrigado princesa – murmurei beijando o topo de sua cabeça.

Parecia que um peso de mil toneladas tinham saído das minhas costas.


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Notas finais do capítulo

Eu queria começar logo agradecendo as meninas que fizeram recomendação da fic ahhhhhhhhh Jenny Tasso, lana b e a apangela79 muito, muito obrigada!! Bjos para vocês lindas!!!!!!!

Agora queria agradecer a todos os comentários e os favoritismos e uma obeservação: tenho que admitir que os comentários estão demais, cada vez melhor!!!!!!!!!

HeleenaaRodrigues, jcullen, Nswan, ZEZINHA, Tininha, Fabi Souza e Janayna essas pessoas me deram ótimas sugestões!!! Prometo pensar direitinho nas suas propostas, mas já tem umas que eu realmente vou usar! Mas não dispenso nenhuma!!!!!!!!

Tambem queria dizer que amei conhecer a
Gabriely Herondale e Luciana Tavares ( que me deu varias ideias).

Pronto acabei os agradecimentos! Agora vou posta logo, senão vai ter gente que vai querer me matar kkkkkk

OBS: Me digam o que acharam do capitulo, comentem bastante ate quem nunca comentou!!!!!!!!!!! bjos e ate mais!!!!!!!!

OBS: Tem uma garota que enviou uma solicitação para o grupo da fic e eu apertei recusar, mas foi sem querer. Parece que o nome dela é AMANDA NUNES ou algo assim, voce pode mandar outra solicitação para mim que eu vou aceita e dessa vez não vou errar kkkkkk!!!