Entre Perdas e Conquistas escrita por Amanda R


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!

PARA QUEM ESTIVER INTERESSADO EM VER AS ROUPAS DOS PERSONAGENS OLHA AQUI OS LINKS:

Roupa da Mel: # http://mlb-d1-p.mlstatic.com/7223-MLB5186450566_102013-O.jpg
# http://www.clovis.com.br/media/catalog/product/s/a/sapatilha-infantil-pampili-preto-1147027-clovis-1.jpg
Roupa da Bella:
#https://res.cloudinary.com/enjoei/image/upload/c_fit,f_auto,h_1200,q_80,w_1200/produto_895289_faf80d37c18e43205a20.jpg
# http://groovyforever.com.br/591-thickbox_default/jaqueta-jeans-lavagem-clara-.jpg
# http://i01.i.aliimg.com/img/pb/654/111/531/531111654_161.jpg



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/559854/chapter/12

h

POV Edward

É incrível como as coisas podem mudar em pouco tempo. Eu que em alguns dias atrás não suportaria nem a ideia de ter alguém tão próximo a mim como a Mel está nesse momento. E não só fisicamente, por mais difícil que pareça, eu consigo ter afeto por Mel, mas só com ela.

Mel me cativou de um jeito que eu nem sei como explicar. Ela me encantou, nós temos uma ligação pura de amizade e cumplicidade. É fácil ficar perto dela, é fácil conversar com ela sobre qualquer tipo de coisa. Mel pode ter cinco anos, mas ela tem uma pequena noção de tudo, vai de acreditar em conto de fadas e acreditar que papai Noel existe, ate dar conselho para mim de como eu poderia ser mais educado e mais gentil. E o mais engraçado é que eu estou me esforçando para isso, pelo menos na frente dela.

Mel é tão educada, singela, delicada, doce, decidida, adoravelmente espontânea e inteligente, eu realmente estou admirado com sua inteligência. Mel é muito sabia, ela mesma me ensinou muitas coisas durante essas três semanas que está em minha casa.

Nos aproximamos mais depois que fui buscá-la na escola a alguns dias atrás. Nos poucos momentos que estou com ela, era como se eu estivesse revivendo e voltando para a vida. Sei que posso estar exagerando, mas há muito tempo que não me sinto tão vivo como estou agora. Eu posso ver a diferença do Edward de antes de conhecer a Mel e o de agora.

Esse agora, ri, abraça, tem carinho, afeto e agradece as pessoas aleatórias pelas coisas que fazem para mim, mesmo sendo meus empregados, mas como eu disse, é apenas na frente de Mel, mas já é um grande avanço.

Eu estou reparando que Mel, quer dizer, eu já reparei isso nela, mas agora eu vejo que está cada vez mais evidente para mim que Mel se parece muito com a Isabella, não só na aparência, mas também na forma de se expressar, de falar, de agir e de pensar.

E é isso que me faz querer ficar mais perto dela, mas também voltar e colocar um pé para trás. Eu tento esconder e disfarçar, mas doi, doi demais está com uma pessoa que me lembra a pessoa que mais amei na minha vida. A forma física é o que mais me faz querer me esconder novamente dentro de mim. Se não fossem os seus olhos, e seus cabelos fosse mais escuros, Mel seria a copia de Isabella. Bem, os olhos da Mel é uma mistura com o de Isabella, pois tem o mesmo brilho, a mesma forma de expressar, de fazer com que as pessoas saibam o que ela esta sentindo apenas com um olhar. Eu sempre achei maravilhoso isso em Isabella.

Mas a cor dos seus olhos é o que me destrói por dentro, me faz querer corre para longe e me esconder como um covarde. São os seus olhos que me faz voltar à realidade e reconhecer que Mel não é minha e nunca vai ser. Seus olhos são verdes, mesmo não querendo eu tenho que dizer eles são incríveis, lindos, eles a deixam mais perfeita. Eles mudam de cor constantemente, mas nunca sai do seu tom verde. Às vezes eles ficam bastante claros e em outros ficam bem escuros, são que nem os meus.

É nesse pensamento que me pego e me faz ri de amargura e tristeza. " são que nem os meus". Como eu queria que ela fosse minha, como eu queria que uma parte de mim estivesse dentro dela, mas isso não é possível.

Seus olhos e cada molécula do seu corpo são constituídos por Isabella e outra maldita pessoa no escuro.

Não sei o que fiz para Deus me castigar dessa forma, colocando a cor dos olhos da Mel do mesmo tom dos meus.

Olhar para os seus olhos e ver que eles são verdes, mas não são de mim, dói e dói muito. No entanto, tento ignorar o máximo, minha aproximação com Mel é um pouco mais forte que isso. E a cada dia que se passa eu tento me convencer que tudo está bem do jeito que estar e nada precisa ser mudado.

Não precisa que Mel seja do mesmo sangue que o meu para que eu goste dela. Essa menina é incrível, é a garota mais incrível que já conheci. Virei seu amigo e quero continuar com isso sem pensar em mais nada.

De repente o celular que está encima da minha mesa começa a tocar me tirando dos meus pensamentos. Pego ele e atendo sem nem olhar no identificador quem era, mas antes me recomponho e me fecho detrás de mim, escondendo todos os meus medos, alegrias e inseguranças.

– Alô – disse sem nenhum requisito na voz de que estava tendo pensamentos tão profundos há alguns segundos atrás.

– Oi Edward – disse meu irmão Emmett. Reconheci sua voz - Só liguei para saber onde você está e....

Franzi o cenho.

– Onde mais eu estaria a não ser na empresa Emmett? – cortei ele.

– Eu sei que normalmente em uma sexta você esta na empresa, Edward, mas já são dez horas da noite, você deveria está em casa há três horas antes – disse ele calmamente.

Olhei para o meu relógio no meu pulso e realmente era dez horas. Nossa, o tempo passou tão rápido que nem percebi. Todo mundo do prédio já deve ter ido embora menos eu.

– Não vi as horas se passarem – disse passando minha mão pelos meus cabelos tentando aliviar o meu estresse.

– Pois é, e imagina a surpresa que tive ao ligar para sua casa – disse ficando com a voz seria, ele fez uma pausa como se estivesse procurando palavras para falar. Eu já imaginava do que ele ia falar – Edward, o que a Bella está fazendo na sua casa? – finalmente ele perguntou.

Eu não disse a ninguém sobre Isabella e Mel a minha família. Não foi porque eu não tive tempo, eu só não sabia como falar. Isso é tão confuso. Depois de tanto tempo chegar e dizer que Isabella, a mulher que eu tanto tentei evitar dizer e ouvir o nome, estava de volta na minha vida de uma forma tão trágica depois de tantos anos.

Isso é difícil, de uma forma para mim é meio que... não tem palavras para definir .

Merda, eu sou um canalha da pior espécie.

A realidade era que meu orgulho estava acima de tudo e de todos. Eu tinha vergonha de dizer a minha família que aceitei em minha casa a mulher que me enganou e me traiu. Por trás de toda minha casca de durão, eu tinha medo que minha família me achasse um fraco por tê-la aceitado em minha casa depois de tudo que ela fez.

Essa era a verdade.

– Edward? Você ainda esta ai?

– Sim – disse com a voz fraca.

– Então me diz o que ela está fazendo na sua casa – ele hesitou um pouco no que ia falar a seguir – Vocês voltaram?

– Não, Emmett. Por Deus, não.

– O que ela está fazendo lá?

– É complicado.

– Tenho o tempo que você precisar para me dizer.

– Porra Emmett. É complicado, você não sabe o quanto foi difícil deixá-la ficar na minha casa.

– Espere ai, se ela está na sua casa, então...

– Sim, Emmett. A filha dela também está lá.

– Merda, a Rose vai enlouquecer com isso – disse ele para si mesmo.

– Que merda digo eu Emmett, a Rose não tem nada haver com a minha vida. Ela não tem nada haver com que eu tenha deixado ou não entra na minha casa – disse já exaltado.

– Calma ai cara, você sabe que a Rose odeia a Bella. E se você não se lembra o jantar de ação de graça vai ser na sua casa.

– Quem disse isso?

– A Alice.

– E por que ninguém me avisou? – perguntei indignado. Como o jantar de ação de graças pode acontecer na minha casa sem nem eu mesmo estou sabendo de nada.

Merda, mil vezes merda. A ação de graça é amanhã.

– Alice disse que deixou recado na sua registradora, já que você não atendeu ela há quatro semanas atrás.

– Eu não me lembro disso, então não vale. Não vai ter merda nenhuma de jantar na minha casa amanhã.

– Então diga isso a Alice e a mamãe- disse ele querendo ri da minha cara.

– Mais é uma merda mesmo – disse desistindo de argumentar mais alguma coisa. Qualquer coisa que eu dissesse a aquelas duas não adiantaria de nada.

– É cara, esse é o espírito – disse ele já rindo da minha situação.

– Vai se fud..

– Epa epa epa, olha o palavrão Edward. E você ainda não me disse o que Bella está fazendo na sua casa.

– Eu não quero falar sobre isso – disse tentando por um fim no assunto.

–Poxa Edward, será que eu não mereço saber. Sou o seu irmão, isso não vale? Eu me preocupo com você – disse ele voltando a ficar serio.

Fiquei em silencio por alguns minutos.

– Eu não poderia deixá-las na rua, Emmett. Elas... elas precisavam de mim – murmurei a ultima frase.

– Como assim? – perguntou ele sem entender.

Fecho os meus olhos e respiro fundo. Eu tenho que dizer alguma coisa a Emmett, senão ele não vai descansar enquanto não souber. Eu não tinha para onde fugir. E lá no fundo, eu queria conversar com alguém sobre isso sem ser as paredes do meu escritório e do meu quarto. Eu queria dividir esse peso com alguém, e Emmett poderia ser a pessoa certa para isso, ele é o meu irmão que me aguentou durante esses cinco anos. Ele esteve do meu lado mesmo eu gritando com ele e mandando ele ir embora, quer dizer, toda minha família esteve comigo, mas eu os afastei. E se não tenho muito contato com eles é por causa de mim e de mais ninguém.

– Ela não tinha para onde ir – comecei a falar – Ela foi despedida do seu trabalho e não conseguiu arrumar outro, em sequência ela foi expulsa de onde morava com sua filha.

– Aonde você as encontrou?

– Eu não as encontrei. Ela veio na minha casa pedi abrigo, mas no primeiro momento eu não aceitei – disse amargamente. Pude ouvi que Emmett deu uma respiração profunda quando disse isso – Eu disse que elas poderiam ficar apenas por uma noite e nada mais. Quando amanheceu ela pediu para fazer um telefonema. Para quem ela ligava não atendiam, então eu cheguei à conclusão de que ela estava ligando para os seus pais e como você sabe, os pais dela não estão nos estados unidos há muito tempo.

– Sim, eu sei disso.

– Então eu disse a ela que eles estavam viajando na Europa de férias – demorei um pouco para continuar. Essa imagem dela e da Mel nesse dia era horrível demais - Eu a vi desmontar Emmett, bem na minha frente quando eu disse isso. Eu não podia deixá-las na rua sem ter para onde ir – disse angustiado. Eu me limitei a falar sobre toda historia, isso que falei já era o suficiente.

– Eu faria a mesma coisa Edward – disse Emmett depois de um tempo calado.

– Você faria? – perguntei surpreso.

– Sim, faria – disse ele. Isso de alguma forma me confortou.

– Obrigada por entender, Emmett – murmurei sem jeito. Eu não tinha mais intimidade com ninguém da minha família. Eu era apenas um estranho para eles, visto do meu ponto de vista. Eu desejei ser isso e foi isso que conseguir. E agora falar tão abertamente com Emmett é difícil,mas me fez perceber que eu sinto falta dele.

– Tudo bem irmão. Se quiser qualquer coisa, você pode conversar comigo. Não sabe?

Fiquei calado, pois eu não sabia a resposta. Eu estava tão distante dele que eu não sabia se eu tinha meu irmão comigo.

– É melhor eu ir para casa – disse mudando de assunto – já está ficando muito tarde e eu não quero chegar em casa meia noite. Vou desligar. Tchau – disse e nem esperei que ele falasse mais alguma coisa e desliguei.

Me levantei da cadeira com o celular ainda na minha mão. Peguei minha maleta com toda minha papelada e sair da minha sala. Passei pela recepção e já não tinha mais ninguém. Apertei o botão do elevador e as portas se abriram.

As portas de abriram novamente e saiu do elevador. Andei pelo salão principal da empresa ate chegar na porta de saída. Empurrei a portar giratória e segundos depois recebi uma lufada de ar frio no meu rosto. Não dei dois passos e o meu carro já estava na minha frente me esperando.

Abrir a porta do carro ligeiramente sem esperar que Phil fizesse isso. Entrei e fechei a porta.

– Boa noite, Senhor Cullen – disse Phil me cumprimentado. Eu apenas acenei com a cabeça e me concentrei na vista do lado da janela do carro.

já estava perto dos portões da minha casa quando o meu celular vibra. Olhei e era uma mensagem de Emmett.

“ Você quer que eu avisa a família sobre a volta de Bella ou você mesmo vai dar a noticia?” EMC

Respondi na mesma hora.

“ Conte apenas para Rose e deixe que com o resto da família eu me entendo” EC

Sentir que o carro tinha parado. Olhei para janela e já estávamos no estacionamento da minha casa. Sair do carro com minhas coisas, mas antes disse ao Phil que já estava dispensado por hoje.

Entrei em casa e tudo já estava silencioso. Todo mundo já deveria ter ido embora, menos Isabella que poderia já ter ido se deitar com Mel.

Fui direto para escadas indo para o meu quarto. Eu precisava de um banho. Chequei no meu quarto e joguei minha maleta e o celular no aparador da cama. Tirei toda minha roupa e fui para o banheiro. Entrei dentro o Box e liguei o chuveiro. Em alguns minutos já se podia ver a fumaça que evaporava da água quente. Entrei debaixo do chuveiro e deixei a água me molhar por completo. Senti os músculos das minhas costas relaxarem sobre o efeito da água quente. Encostei minha testa na parede e fechei meus olhos.

Respirei fundo e pensei no dia de cão que tive hoje e no que eu iria enfrentar amanhã no jantar de ação de graça. Mas eu ainda vou ligar para Alice para exigir que cancele esse jantar, sei que não vai ser fácil, mas pelo menos vou tentar.

Minha cabeça começou a doer só em pensar nisso.

Tomei meu banho e sair do banheiro enrolado em uma toalha felpuda branca. Entrei no closet e vestir um conjunto de moletom qualquer. Sai do closet e peguei meu celular encima do aparador da cama, procurei o numero de Alice na agenda do celular e liguei.

No segundo toque ela atendeu.

– Edward? – perguntou ela já animada. Alice sempre era assim alegre de mais, muito diferente de mim, nem parece que somos gêmeos.

– Alice que historia é essa de que amanhã vai ter um jantar na minha casa – fui direto ao assunto.

– Tudo bem com você, Edward? Porque comigo está tudo bem, se você quer saber – disse ela com certo sarcasmo na voz.

Bufei .

– Alice não foge do assunto, e me diz como você faz isso sem ao menos me avisar – disse passando minha mão no cabelo e indo para frente da janela que ficava no meu quarto.

– Eu avisei, Edward – disse calmamente – Você é que não pode ter me ouvido – acusou ela.

Merda, Alice sempre ter uma explicação para tudo, mas eu sou mais esperto que ela.

– Você pode ate ter me avisado, mas eu não lhe dei sinal verde para mirabolar seus planos malucos dentro da minha casa – disse já querendo por um fim naquela conversa, mas eu sabia que ainda estava longe de terminar.

Ela finalmente ficou calada.

– Alice? – chamei ela.

– Oi – murmurou ela. Sua voz estava triste. Soltei minha respiração e puxei meu cabelo com a minha mão em uma tentativa inútil de me livrar da minha dor de cabeça.

– Fala alguma coisa.

– O que é que você quer que eu fale, Edward? Que eu estava super feliz em finalmente ter um encontro familiar com toda nossa família reunida amanhã? Ou você quer que eu fale o quanto estou chateada por você ser um péssimo irmão e um péssimo filho, que não liga mais para ninguém da família e que ainda por cima não quer sua própria família em sua casa? – disse ela já alterando a voz

– Alice, eu não disse que não queria vocês na minha casa – disse tentando me explicar.

– Não? – disse ela sarcástica – Então me diz o que você quer me dizer, porque o que eu entendi foi isso.

– Alice... - comecei a dizer, mas ela não me deixou falar.

– Edward, você sabe que é uma tradição da família fazer o jantar de ação de graça a cada ano em uma casa de um membro diferente da família. E por ironia do destino, esse ano é a sua vez – disse Alice agora completamente irritada.

– Alice será que você vai me deixar falar? – perguntei com a voz dura.

– Agora você quer falar comigo? Porque há algumas semanas atrás, você nem sequer atendeu minha ligação, você me ignorou completamente, Edward – disse ela sem se importa com o meu tom de voz – Poxa Edward, eu... eu só queria conversar com o meu irmão para saber se ele se lembrava que esse ano seria sua vez de celebrar o jantar.

– Alice ... – tentei outra vez falar, mas ela me atropelou completamente.

– Mas se você não quer ninguém da sua família na sua casa amanhã, eu dou um jeito com a mamãe para fazer aqui em casa. E se você quiser, você pode aparecer lá só para dizer um oi e ir embora como sempre faz em datas como essa, desde...

Dessa vez eu não deixei ela terminar.

– Alice, cala a boca porra – disse tentando manter minha voz baixa – Me ouvi e fica quieta. Eu tenho um assunto serio para falar com você e depois que eu terminar você me diz se quer continuar fazer essa merda de jantar na minha casa. Ok?

– Ok, mas fique sabendo que isso não é uma merda de jantar – murmurou ela.

Ela estava certa.

– Desculpe Alice, eu sei que não é uma merda de jantar, mas agora me deixa falar – Alice não disse mais nada, então continuei – Há algumas semanas atrás a Isabella veio na minha casa.

– O que? – perguntou ela sem acreditar.

– É Alice, ela veio na minha casa – disse fechando meus olhos tentando me concentrar nessa conversa que eu não estou gostando nem um pouco de tê-la.

– Mas o que ela queria? Você conversou com ela? O que ela disse? Não me diga que você voltou com aquela garota, Edward?

– Não, Alice. Eu não voltei com ela. Se você me deixar falar, eu te conto tudo que ouve – disse controlando minha voz para não explodir.

– Ok! Pode falar, eu prometo que vou ficar quieta dessa vez.

– Espero que sim – disse antes de continuar a historia. Contei a mesma coisa que contei para Emmett. Alice ouviu tudo calada sem dizer nada. Depois que acabei de contar ela começou a falar.

– Nossa, isso é bastante confuso – disse surpresa com toda historia – Você está bem com isso?

– Isso não importa, Alice – eu realmente não queria falar sobre como eu estava – O que importa é se esse jantar vai acontecer na minha casa mesmo com ela aqui.

– É lógico que sim – disse rapidamente.

– Tem certeza? – perguntei já cansado.

– Sim, Edward, tenho absoluta certeza que esse jantar deve ser na sua casa com toda nossa família reunida – disse ela sem se importar com mais nada.

– Tudo bem, então o jantar vai ser aqui – disse já desistindo de falar mais alguma coisa, não ia adiantar de nada – Agora eu vou desligar, tchau.

– Tchau, ate amanhã – disse ela e desligou a chamada.

Com a Alice sabendo de toda a história, só basta esperar alguns minutos e todo mundo da família vai ficar sabendo.

Encarei a janela na minha frente sem realmente vez nada. Meus pensamentos estavam a mil, minha cabeça parecia que ia explodir.

Joguei meu celular na minha cama e sair do quarto. O melhor que eu poderia fazer era comer e depois tentar dormi.

Desci as escadas rapidamente. Passei pela sala de estar, pela sala de jantar e cheguei na cozinha. Para minha surpresa a Isabella ainda estava lá. Olhei para o relógio da cozinha e já era onze e quarenta e cinco da noite.

Ela estava sentada em uma cadeira da mesa. Sua cabeça estava encostada nos seus braços que estavam apoiados na mesa, seu rosto estava virado em minha direção, seus olhos estavam fechados, ela parecia tranguila. Cheguei mais perto, mas ela nem se mexeu. Ela deve está dormindo.

Observei o seu rosto com atenção. Eu podia sentir que o meu coração acelerou de repente. Exigi que o meu corpo saísse o mais rápido possível desse local, mas ele não me obedeceu, permaneci olhando par ela.

Tão linda. Isabella é a mesma de cinco anos atrás, parece que o tempo não se passou para ela. Seu rosto ainda parecia macio e suave. Cada traço do seu rosto era delicado, ela era simplesmente a mulher mais linda que já vi. A sua beleza era única. Desde que ela chegou aqui eu não parei para olhar para ela com atenção, porque eu estava mais preocupado em me manter longe dela.

Cheguei mais perto dela e me controlei para não tocar em seu rosto. A tentação era demais. Solte minha respiração e tentei recuperar o meu juízo. Eu não podia ficar perto dela. Eu era um perigo perto dessa mulher. Virei meu corpo para sair da cozinha, mas eu me parei assim que dei o primeiro passo. Eu não posso deixá-la dormi aqui. Ela amanheceria toda dolorida e ainda mais, a Mel poderia acordar assustada sozinha no quarto.

Eu tinha que chamá-la. Virei meu corpo novamente.

– Isabella – chamei com a voz baixa, mas ela nem se mexeu – Isabella – chamei outra vez um pouco mais alto e ela se mexeu.

Observei ela abrindo seus olhos de vagar, seus olhos focaram em mim e de repente levantou a cabeça em um supetão.

– Edw... Senhor Cullen – disse ela se levantando da cadeira, ela começou a ficar ruborizada – O Senhor precisa de alguma coisa? – perguntou ela com a voz meio grogue de sono.

– Não – disse passando minha mão no meu cabelo.

Isabella ficou olhando para o meu gesto. Quando ela percebeu que eu a estava fitando, ela ficou mais vermelha, se é possível.

Esse momento era um pouco embaraçoso, ate mesmo para mim.

Mas não pude deixar de notar que ela ficava mais linda com o rubor em sua bochecha.

Sem poder evitar eu me prendi em seus olhos. A clareza dos seus sentimentos estava descritos neles. Sentimentos profundos estavam descritos ali, que me deixou um pouco abalado.

Percebi que o brilho que tanto presenciei há anos atrás, não estava mais lá. Seus olhos estavam um pouco apagados, mas com a mesma beleza da cor de chocolate derretido. Mesmo assim, não eram os mesmo. Faltava algo neles.

Senti algo estranho dentro de mim, não era uma coisa boa e sim algo ruim.

Eu sabia que ela estava sofrendo, sua vida não está sendo fácil. Eu tinha que reconhecer isso. De alguma forma eu queria ajudar mais do que estou, mas eu não sabia o que fazer.

Como se ela soubesse do que eu estava pensando ela desviou seu olhar do meu, mas pude ver que eles estavam cheios de lagrimas não derramadas. Ela rapidamente passou suas mãos no eu rosto, abaixou a cabeça e respirou fundo, depois a levantou, mas seu olhar não se encontrou mais com o meu.

Eu queria chegar perto dela e abraçá-la e dizer que tudo ficaria bem, mas ao mesmo tempo eu queria me manter o mais afastado o possível para manter o meu coração intacto e os meus sentimentos sem danos sofridos.

Eu não confio nela, não dá para confiar, não posso virar seu amigo ou alguma coisa do tipo, porque se virarmos amigos com toda certeza do mundo eu não iria aguentar.

Então, o certo é me manter afastado, mas sem mais ignorá-la ou falando grosserias para ela, Isabella já está aguentando coisas demais na sua vida.

– Eu estava esperando o Senhor. Pensei que algo tinha acontecido, o Senhor nunca chega tarde, então resolvi esperar – disse ela olhando para qualquer lugar menos para mim. Como uma maldita luz no escuro, o meu coração se aqueceu com suas palavras. Ela estava preocupada comigo. Minha alma ficou em pânico, eu não podia me deixar levar – Eu estava muito cansada, então quando me sentei aqui acabei dormindo – quando ela acabou de falar foi que eu percebi que ela estava tentando se desculpar. Isabella olhou para mim nervosa – Me desculpe, isso não vai mais acontecer – disse ela olhando para suas próprias mãos.

É impressão minha ou ela está esperando que eu grite com ela ou algo do tipo? De repente a ficha caiu. A Isabella me via como algum tipo de mostro, que ia rosna para ela só porque ela acabou dormindo na mesa da cozinha.

Isso era um pouco insano demais!

Eu não sei descrever o tipo de sentimento tomou conta de mim, eu só sei que não gostei nem um pouco.

– Tudo bem - Eu não sabia o que falar, então mudei de assunto –Você deve saber que amanhã é ação de graças, então você não trabalha amanhã, está de folga – disse colocando minha mão na minha calça de moletom.

– A Amelie me disse isso mais cedo – murmurou ela mais agora com a cabeça levantada, mas não olhou diretamente para mim.

Me sentir incomodado com isso.

– Você pode ir para qualquer canto ou pode apenas ficar aqui. É você que decidi – ela olhou para mim e balançou a cabeça em sinal positivo – A Mel está dormindo? – perguntei, mas já sabendo a resposta. Eu só queria ouvi que estava tudo bem com a ela.

– Sim, ela te esperou, mas não aguentou. Ela estava com muito sono.

– Tudo bem – sem saber o que mais falar.

– O Senhor vai querer alguma coisa ou eu posso ir – fez sinal com a mão em direção a porta da cozinha.

Curvei meus ombros e desviei meus olhos dos dela por um momento.

Ela não queria conversar comigo, então eu não a manteria presa comigo contra sua vontade.

– Não quero nada, pode ir – disse e ela saiu, mas antes olhou profundamente para mim como se quisesse falar alguma coisa, por fim, balançou a cabeça e andou em direção a porta da cozinha indo embora do alcance dos meus olhos.

Ela foi embora, mas o seu cheiro ficou. Fechei meus olhos e respiro seu aroma em sofrimento. Quando menos percebi lagrimas cairão dos meus olhos. Não posso e não quero admitir para mim mesmo que eu ainda a amava, mas quanto mais eu prendo esse sentimento dentro de mim, eu sofro e isso me desgasta, me fazendo eu me sentir um nada.

Abro meus olhos e passo minha mão no meu rosto com raiva de mim mesmo por sentir isso. Chuto um cadeira em minha frente e saiu da cozinha. A fome que eu estava sentindo já tinha passado, agora eu só queria minha cama e ficar lá ate o dia amanhecer, porque eu sabia que não ia dormi essa noite.

........................................................

Abro meus olhos por causa da claridade no meu quarto.

Droga!

Quando finalmente consigo dormi, eu esqueço a merda da janela aberta. Me sento na cama e passo minha mão nos meus cabelos tentando amenizar a revolta deles. Pego o celular ao meu lado. Ainda são cinco e quarenta e oito da manhã.

Me levanto já sabendo que não vou mais dormi. Entro no banheiro e faço minha higiene, depois tomo um banho rápido. Saio e visto uma calça jeans de lavagem escura com uma camisa de gola v branca. Me sinto um pouco desconfortável com esse tipo de roupa, mas hoje eu não iria trabalhar, então não faria sentido ficar vagando pela casa de terno.

Pego meu celular e saio do quarto respondendo algumas mensagens que não respondi ontem da minha secretaria. Chego na cozinha e não vejo sinal nenhum de Isabella ou Mel. A Amelie não vinha hoje, então eu teria que fazer o café da manhã.

Faço torradas com manteiga, corto algumas frutas conhecidas e coloco um pouco em uma taça e o resto coloco em um recipiente pensando se Isabella ou Mel poderiam querer. Também faço café e suco de laranja pensando nas duas, já que eu não sabia quais eram suas preferência de manhã, quer dizer eu sabia da Isabella, mas ela poderia ter mudado de opinião durante esses anos.

Coloco tudo na mesa da cozinha e me sento para comer lá mesmo.

Depois de alguns minutos acabo de comer e pego o meu celular para fazer uma ligação.

No primeiro toque atende.

– Senhor Cullen – saúda Tyler meu segurança.

– Hoje depois de meio dia por diante, minha família var chegar, então der entrada livre para eles – disse colocando os pratos que sujei na pia.

– Sim, Senhor.

– E quando eles chegarem você e os outros seguranças estão dispensados. Amanhã só vou precisar de você a partir das oito horas da manhã, então esteja aqui.

– Sim, senhor.

– Por enquanto só é isso – disse e desliguei.

Sai da cozinha e fui para o meu escritório adiantar o trabalho dos próximos dias.

...............................................

Estava concentrado na tela do computador quando a porta do meu escritório é aberta bruscamente.

– Bom dia, Edward. Feliz ação de graças – disse Alice se atirando encima de mim e me abraçando.

– O que você está fazendo aqui, Alice? - perguntei quando ela finalmente me soltou e saiu de cima de mim.

– Não só eu estou aqui, mas sim toda a nossa família, eles estão lá embaixo. Não tiveram coragem de vim aqui – disse ela começando a mexer nas minhas coisas. Eu odiava quem fazia isso, e ela sabia. Alice só faz isso para me provocar, mas o foco aqui era saber por que eles chegaram tão cedo.

– Por que chegaram tão cedo? Ainda são oito horas – disse olhando para o meu relógio.

Alice fez uma careta.

– Nossa, é assim que você nos trata só porque chegamos um pouco mais cedo do que o previsto e......

– Ok, Ok, Ok Alice, tudo bem – disse não querendo saber o motivo.

– Aliais a gente tem que preparar o jantar, ou você acha que vamos encomendar pelo telefone a comida em algum restaurante barato? – perguntou ela retoricamente.

– Tudo bem – disse vencido – Todo mundo já estão aqui?

– Sim, e a Sophia ainda está dormindo, mas Emmett já a colocou em algum quarto de hospede – disse ela ainda mexendo nas minhas coisas.

– Alice, para de mexer ai – briguei com ela, e como Alice é muito madura me mostrou a língua e continuou mexendo.

Bufo e fecho meu notebook. Me levanto da cadeira e ando em direção a porta do escritório.

– Para onde você vai? – perguntou ela vindo atrás de mim.

– Vou lá embaixo dar boas vindas à mamãe e o papai – disse já descendo as escadas.

– Ok, mas você fez as compras de ação de graça? – perguntou ela no meu pé.

Eu já disse que a Alice me irrita, pois é, a Alice me irrita demais. Aja paciência.

– Não – disse como se fosse óbvio.

– Como não? – ela parecia em choque.

– Se você não se lembra, eu só soube ontem que esse jantar ia ser aqui – disse pisando no ultimo degrau. De onde eu estava, já dava para ver Mamãe, Papai, Emmett, Rose e Jasper na sala de estar.

Ouvi Alice bufa atrás de mim, mas nem liguei. Continuei o meu caminho.

– Bom dia – disse chegando na sala.

Minha mãe foi a primeira olhar para mim. Ela sorriu e veio quase correndo me abraçar.

– Bom dia filho, Feliz ação de graça – disse ela me abraçando apertado. Eu apenas retribuir – Tudo bem com você? – perguntou ela baixinho no meu ouvido. Eu sabia ao que ela estava se referindo. Eu sussurrei um sim e ela me largou.

Cumprimentei Papai, Emmett, Jasper e Rose que não estava com a cara das melhores. Depois me sentei em uma poltrona.

Papai foi o primeiro a falar.

– Elas estão aqui? – perguntou ele olhando para mim preocupado.

– Elas quem?

– Não se faça de idiota, Edward. Você sabe muito bem de quem seu pai está falando – disse Rose se intrometendo na conversa.

– Eu não sei se elas ainda estão aqui ou foram para algum lugar. Disse a Isabella ontem que ela estava de folga e poderia ir para onde quisesse.

– De folga? Como assim? – perguntou Alice franzindo o cenho.

Ontem não comentei com ninguém que Isabella estava trabalhando para mim.

– Ela está trabalhando para mim – disse como se fosse nada.

– Por que? – perguntou minha Mãe confusa.

– Porque ela está precisando – disse – E como ela já estava aqui eu lhe ofereci o emprego.

– Como você pode ser tão idiota, Edward – exclamou Rose indignada – Depois de tudo o que aquela sonsa fez, você ainda faz isso por ela?

– Sim, fiz e não me arrependo. Ela precisava da minha ajuda. A Isabella não tinha para onde ir com sua filha, então lhe ofereci um emprego, que mal a nisso?

Que diabos a Rose estava fazendo, ela não tinha nada haver com o que eu fazia na minha vida.

Rose olhou para mim arqueando uma sobrancelha e riu ironicamente.

– Agora ela está usando essa menininha para amolecer o seu coração. Era só o que faltava – disse ela com desdém ao se referi da Mel.

– Não fale dessa forma da Mel – disse me controlando para não gritar. Meu sangue subiu ao ouvir Rose falar assim da Mel.

– Ah, então o nome da menina é Mel? – disse ela com seu tom de voz que me dava nos nervos.

– Para Rose – disse Alice.

– Para Alice? Quando ela acabar com o seu irmão de novo, não venha me dizer que não avisei. Gente do tipo dela eu conheço muito bem, quando eu coloquei meus olhos nela há alguns anos atrás eu já sabia que ela não prestava – disse ela para Alice, depois se virou para mim -Sonsa demais e boazinha demais para ser alguém que realmente mostra quem é, e ela mostrou quem era do jeito mais repulsivo que já vi. E agora eu vejo que ela não presta mesmo, usando a própria filha para se aproximar do você. Eu espero que você Edward não caia nessa.

– Ela não está usando a Mel – disse convicto – A Mel só é uma criança Rose, ela não sabe nem o que é a maldade da vida.

– Ela não pode saber, mas sua mãe sabe e sabe muito bem. Pelo visto você está gostando da menina. Abre os olhos Edward, se eu fosse você tomaria cuidado, a Bella é uma cobra que come pelas beiradas e depois da bote. Tenho certeza que ela chegou aqui depois de cinco anos não foi por nada não. Ela quer alguma coisa.

– Merda, Rose. O que ela iria querer de mim? – quis saber, porque sinceramente eu não sabia o que era.

Ela olhou para mim como se estivesse descrente.

– É o mais óbvio possível, Edward. Tenho certeza que todo mundo aqui nessa sala está pensando a mesma coisa que eu, só você que não enxergar ou não quer enxergar o que está bem na sua frente.

– Você não sabe de nada – cuspi para ela e me levantei – E se eu fosse você tomaria conta da própria vida antes de se intrometer aonde não é chamada - disse diretamente para Rose e sai daquela sala bufando de raiva.

Quem ela pensava que era?

Subi as escadas o mais rápido possível para voltar para o meu escritório. Abri a porta e fechei com toda minha força.

Fui ate minha mesa e me encostei nela. Passei minha mão nos meus cabelos tentando me conter comigo mesmo.

Minha mente estava a mil. Varias coisas desconexas e absurdas passavam na minha mente, mas elas poderiam ser verdadeiras.

Eu não queria acreditar em Rose, a Isabella não poderia chegar a esse ponto de usar a própria filha para conseguir alguma coisa de mim.

A minha Bella não era assim. Mas ela não era mais a minha Bella e sim a Isabella, que é uma estranha que passei cinco anos sem ver e que agora votou, e eu não sei se posso acreditar nas coisas que ela me falou.

Maldita Rose, ela conseguiu plantar a semente da duvida em minha cabeça.

.........................................................................

POV Bella

Esses dias foram os mais tediosos que tive desde que cheguei aqui. A Mel ficou longe de mim praticamente o dia todo. Quando ela chegava comia e ia ficar com Edward ou dizia que estava muito cansada e ia dormi.

Mas o que compensava era ver o seu sorriso todos os dias quando ela ia e voltada da escola. Mel me disse que amou a escola.Todos os dias eu ouvia tudo que ela me contava sobre o que aconteceu no seu dia na escola.

Agora quem a levava e a trazia era Tyler todos os dias. A Amelie me convenceu disso , porque disse que era muito perigoso andar pelas ruas logo cedo da manhã e ela também disse que ficaria muito melhor para Mel.

Hesitei um pouco, mas aceitei.

Também tinha vez, que Edward ia buscar a Mel quando largava cedo do trabalho. Eles estavam muito próximos. A Mel o via como um verdadeiro herói, ela já o amava.

E isso me fazia me sentir culpada cada vez mais. Esconder da Mel que Edward era seu pai não era certo, eu sabia disso. Tem vezes que e penso em jogar tudo pro ar e exigir que Edward faça um exame de sangue para comprovar que a Mel é sua filha, mas eu não posso fazer isso.

E se o Edward tentar tomá-la de mim. Eu morreria se isso acontecesse, a Mel é a única coisa que eu tenho no meio desse mundo. Eu não posso perdê-la. Se o exame for feito, era isso que poderia acontecer.

Sei que é egoísmo meu não deixar que isso aconteça, só por causa que eu não queria ficar sem a Mel, mas eu não consigo, eu simplesmente não consigo jogar minha sorte no ar e espera o que poderia acontecer. Eu teria o mínimo de chances contra Edward no tribunal. Edward é um homem rico e que tinha influência e eu não sou nada. Então por mais que me doa esconder a verdade da Mel, eu prefiro fazer isso do que perde-la, e eu estou completamente ciente de que corro o risco dela me odiar no futuro por esconde-la da verdade.

Mas eu tento não pensar muito nisso, senão eu enlouqueceria.

– Mamãe eu to com sono, posso ir dormi? – perguntou Mel entrando na cozinha esfregando seus olhos com sua mão.

Mel já tinha jantado e tomado banho, ela disse que ia esperar Edward no quarto andar como quase toda noite, mas Edward ainda não chegou.

– Tudo bem, filha – disse abrindo meus braços para ela – Vêm, que eu vou te levar meu amor– disse e Mel veio para o meus braços. Ela encostou sua cabecinha em meu ombro e fechou seus olhos. Beijei sua cabeça e a levei para o quarto.

Depois de ficar alguns minutos velando seu sono voltei para cozinha. A casa ainda estava em silêncio, eu acho que o Edward ainda não chegou. Já era dez horas, o que será que tinha acontecido? Edward sempre chega sete horas, no máximo sete e meia.

Será que aconteceu alguma coisa com ele? Meu coração perdeu uma batida com esse pensamento, mas tratei logo de expulsá-lo da minha mente.

Como tudo já estava feito na cozinha, eu me sentei na cadeira para esperá-lo, mas eu estava cansada de mais para ficar acordada e acabei dormindo.

.....................................................................

– Isabella – ouvi alguém me chamando lá longe – Isabella – chamou de novo.

Abri meus olhos de vagar, vi que tinha uma pessoa na minha frente, forcei minha vista que estava embaçada do sono, quando reconheci quem era levantei minha cabeça ligeiramente.

Edw... Senhor Cullen – quase que o chamei pelo seu primeiro nome. Fiquei vermelha na hora de vergonha,que péssima empregada eu sou, dormi na hora do expediente. Minha mente estava um pouco de vagar por causa do sono, mas eu conseguir dizer alguma coisa – O Senhor precisa de alguma coisa? – perguntei com a voz meio grogue de sono.

– Não – disse ele passando minha mão no meu cabelo.

Olhei pro seu gesto e não pude tirar meus olhos dele. Percebi que ele também estava olhando para mim e fiquei mais vermelha ainda, mas não o suficiente para tirar meus olhos dele.

Ele estava olhando para mim de um jeito estranho, seus olhos estavam penetrando os meus. Meus coração sem o meu consentimento começou a bater mais forte, tão lindo, sinto tanta falta dele, minha vontade era de me jogar em seus braços, deitar minha cabeça em seu ombro e sentir seu perfume que emanava daquele local. Mas eu não podia fazer isso, esse homem na minha frente não é o homem que eu amei desdo tempo da faculdade. Esse homem tinha o olhar frio e sem sentimentos. Ele era bruto e indestrutível. Esse Edward nem parecia ser humano. Os traços do meu Edward não existiam mais, ele se foi para sempre e nunca mais iria volta. Sentir minhas emoções saírem do meu controle e meus olhos se encheram de lagrimas.

Eu nunca mais teria o homem da minha vida de volta.

Desviei meu olhar do dele, eu não aguento olhar para ele sem reviver tudo que ele me fez passar por não ter acreditado em mim. Passo minhas mãos no meu rosto, abaixo minha cabeça tentando me recompor e respirei fundo.

Quando me sentir pronta, levantei minha cabeça, mas não olhei para ele. Era melhor assim.

Agora eu tinha que me explicar, pedir desculpa por ter dormindo e esperar que ele grite comigo por causa do que eu fiz.

– Eu estava esperando o Senhor. Pensei que algo tinha acontecido, o Senhor nunca chega tarde, então resolvi esperar – disse mantendo meu olhar longe – Eu estava muito cansada, então quando me sentei aqui acabei dormindo – disse e olhei para ele nervosa – Me desculpe, isso não vai mais acontecer – disse e deixei cair meus olhos para minhas próprias mãos.

Esperei gritos, ou alguma resposta para me humilhar, mas nada veio.

– Tudo bem – disse fazendo pouco caso – Você deve saber que amanhã é ação de graças, então você não trabalha amanhã, está de folga – disse mudando de assunto completamente.

– A Amelie me disse isso mais cedo – murmurei levantando a minha cabeça e olhando para ele. A Amelie realmente já tinha me falado isso.

– Você pode ir para qualquer canto ou pode apenas ficar aqui. É você que decidi – disse ele e eu apenas assenti – A Mel já está dormindo? – perguntou

– Sim, ela te esperou, mas não aguentou. Ela estava com muito sono.

– Tudo bem.

Pelo menos ele gostava e se preocupava com a Mel, isso era o que batava para mim, mas eu queria sair daqui, já estava ficando sua presença me faz lembrar de coisas ruins que me fazer sofrer ainda mais.

– O Senhor vai querer alguma coisa ou eu posso ir – disse e fiz sinal com a mão em direção a porta da cozinha.

Ele curvou os ombros e desviou seu olhar dos meus. Ele parecia exausto e muito cansado

– Não quero nada, pode ir – disse ele. Mas sem poder evitar, fiquei preocupada com ele. Olhei profundamente para os seus olhos tentando desvendar o que estava escrito neles, mas não achei nada. Balancei minha cabeça em confusão e andei para porta de saída da cozinha.

Chaguei no meu quarto e vi Mel dormindo tranquilamente na cama com sua boneca ao seu lado. Cheguei mais perto e beijei sua testa.

– Eu te amo meu amor – disse me ajoelhando no chão ao lado da cama – Me desculpa, por não te contar quem é o seu pai, mas eu não posso ficar sem você. Você é o meu tudo pequena, eu não sei o que faria sem você ao meu lado. Eu já perdi tantas coisas na vida, mas eu não posso te perder. Desculpa, filha – murmurei com a voz embargada – Eu prometo que um dia eu vou te contar. Você pode ate me odiar por ter te escondido a verdade, mas saiba que foi por amor – sussurrei e acaricie seu rosto. Dei um ultimo beijo em sua testa antes de ficar deitada ao seu lado na cama. Não demoro muito e Mel já se moldou em mim. Passei meu braço em sua volta a aconcheguei mais junto ao meu corpo. E foi ali com minha princesa em meus braços que eu dormi, com o meu coração doendo, mas ao mesmo tempo com certo alivio por ainda tê-la em meus braços.

.................................................................

Ouvi alguém conversando perto de mim.

– A mamãe já vai acordar, Anne – era Mel – Ai eu vou poder ir com você para lá para fora e vamos brincar o dia todo, mas antes eu tenho que falar com o Edwald. Eu não vi ele ontem, eu estou com saudades. Ele é o meu melhor amigo, mas não fica triste não, você é a minha melhor amiga, depois da minha mãe – sussurrou Mel.

Abri meus olhos e vi Mel sentado no lado oposto da cama com Anne, sua boneca, em seu colo.

Fiquei a fitando ate que ela percebeu que já tinha acordado.

– Mamãe a senhora já acordou – disse ela sorrindo. Mel ficou em pé na cama e se sentou encima do meu estomago com uma perna de cada lado do meu corpo – Bom dia, mamãe – disse ela com o rosto bem perto do meu. Seus olhos estavam brilhando e o seu sorriso era lindo. Dava vontade de apertá-la em meus braços ate não poder mais.

– Bom dia minha princesa – disse beijando sua bochecha – faz tempo que acordou? – perguntei envolvendo seu corpinho com os meus braços.

– Não, mamãe – disse ela colocando seus mãozinhas no meu rosto e beijou minha bochecha – Eu acordei quase agora, estava esperando a senhora acordar.

– Para quê?

– Para te desejar feliz dia de ação de graças – disse Mel sorrindo mais ainda – Hoje é dia disso, a minha professora contou a todo mundo ontem na sala. E ela disse que quando acordássemos a gente deveria dar feliz ação de graças para todo mundo que nos amamos. Eu já dei para Anne, já dei para senhora e agora só falta o Edwald. E também falta a Amelie, mas eu só posso dar quando ver ela– disse com a maior fofura do mundo.

Oh meu Deus, obrigada por ter me dado a menininha mais doce e fofa do mundo para mim.

Sorri para ela.

– Feliz ação de graças para você meu anjo – disse apertando ela em meus braços.

– E a Anne? – perguntou ela olhando para sua boneca que estava onde Mel estava há alguns segundos atrás.

Olhei para sua boneca.

– Feliz ação de graças, Anne – disse e Mel voltou a olhar para mim ainda com o seu sorriso no rosto.

– Ela mandou eu te dizer Feliz ação de graças também – disse ela – Agora só falta o Edwald. Vamos mamãe, eu tenho que dizer feliz ação de graças ao Edward.

Ri da sua pressa.

– Tudo bem minha linda, mas antes você tem que comer e espera Edward acordar. Ok?

– Ok, mamãe.

Me levantei com ela ainda no meu colo. Fomos para o banheiro fizemos tudo que devíamos fazer e saímos.

A Amelie nos convidou para passar o dia de ação de graças em sua casa. Fiquei muito feliz, seria a primeira vez depois de cinco anos que vou passar dia de ação de graças com mais pessoas, alem da Mel. Em agradecimento me ofereci para ir cedo, para ajudá-la a fazer a comida e Amelie aceitou de bom agrado.

Com o dinheiro do meu salário, que foi maior do que imaginei, comprei dois vestidos para Mel, um para mim e dois pares de calçados para nos duas.

Vesti Mel já para sair. Escolhi o vestido rosa, ele ficou perfeito nela. Calcei em seus pés uma sapatilha toda fechadinha preta com um laço na frente e penteei seus cabelos ate ficarem brilhantes com cachinhos adulados nas pontas. Ela ficou uma verdadeira princesa.

– Ficou linda filha – disse colocando a escova de cabelos encima da cômoda.

– A senhora acha que o Edwald vai gostar? – perguntou inocentemente.

– É lógico que ele vai. Você está linda, Mel – disse – Agora você tem que espera eu me arrumar. Tudo bem?

– Tudo bem – disse Mel e eu peguei minha roupa e me vesti.

Era um vestido azul delicado de alcinha que batia encima do joelho e por cima coloquei uma jaqueta jeans de lavagem clara. Calcei o sapato que comprei, ele era de salto preto todo fechado de camurça. Penteei meus cabelos e os deixei soltos. Eu não tinha nenhum tipo de maquiagem, então eu iria ao natural mesmo.

– Linda, mamãe – disse Mel me olhando – Nos duas somos as princesas mais lindas do mundo todinho – disse ela sorrindo.

– Não sei se eu sou, mas você com certeza é a princesa mais linda do mundo todinho – disse apegando no colo.

– Eu sou? – perguntou ela com os seus olhinhos arregalados.

– É sim, não existe ninguém mais linda do que minha princesa – disse beijando seu rosto – agora vamos tomar café – disse.

A coloquei no chão e saímos do quarto, mas antes Mel pegou a Anne encima da cama.

Chegamos na cozinha e eu tive a surpresa de ver o café da manhã já pronto. O Edward deve ter acordado mais cedo do que eu. Notei que na pia tinha alguns pratos sujos. Ele também já deve ter tomado café.

A Mel foi se sentar na mesa e eu fui logo em seguida. Olhei para o relógio e já ia dar nove horas.

Servi Mel e depois a mim.

– Mel – chamei ela, que estava conversando com sua boneca e ao mesmo tempo comendo.

– Oi – disse ela voltando sua atenção para mim.

– Hoje a Amelie nos chamou para passar o dia de ação de graça na sua casa, o que você acha?

– Na casa a Amelie?

– Sim, você que ir?

– Quero, mas o Edwald vai ficar sozinho aqui? – perguntou ela preocupada com Edward.

– O Edward não deve ficar aqui sozinho, filha. Ele tem família, então ele deve passa esse dia com eles – disse achando muito bonito sua preocupação com Edward. Mel está gostando muito dele.

– Oh é mesmo. Mas antes da gente ir eu quero falar com ele – avisou Mel.

– Tudo bem, agora termine de comer para gente ir.

Mel começou a comer sua comida e eu também, depois de alguns minutos a Mel e eu acabamos tudo. Lavei a louça, enxuguei e guardei tudo em seu devido lugar.

– Posso ir mamãe? – perguntou Mel apressada.

– Pode, mas você só vai em seu escritório, se ele não estiver lá é porque não estar ou porque ainda está em seu quarto. Ok?

Mel balançou a cabeça em concordância e depois saiu em disparada da cozinha.

Eu coloquei o pano de mão encima do balcão e depois sair da cozinha para esperar Mel na sala. Andei pelos corredores, passei pela sala de jantar. Cheguei na sala de estar e notei um bolsa preta feminina encima do sofá.

A minha respiração estancou por um momento. Tem alguém com Edward lá encima. Demorou um pouco para essa informação ser processada na minha mente. Quando eu me vi já estava subindo as escadas. A Mel, Edward e outra pessoa estão lá encima. E isso não é uma coisa boa.

POV Edward

– Edward? – ouvi a voz do meu pai me chamando no corredor.

Queria ficar sozinho, mas eu sabia que eles não iriam me deixar em paz.

– No escritório – disse e não demorou muito para a porta ser aberta e meu pai entrar.

Eu permaneci do jeito que estava.

– Filho você está bem? – não respondi, porque ele sabia que eu não estava nada bem.

– Porque a Rose não consegue ficar de boca fechada? – perguntei a única coisa que eu sabia pensar nos últimos minutos.

– Edward meu filho, ela só se preocupa com você – disse com a voz calma.

– Você acha que ela pode está certa? – perguntei com medo da resposta.

Meu pai hesitou um pouco antes de falar.

– Eu não sei filho. Mas não me parece que aquela garota que você levou para nos conhecer, seria capaz de usar a própria filha para algum beneficio próprio.

– Ela também não parecia que ia me trair – disse amarguramente.

– Bom, isso é um ponto a se pensar.

– Não tem o que pensar, pai – disse passando minha mão nos meus cabelos – Ela me traiu e pronto, não tenho a mínima duvida disso.

– Sinto muito.

– Eu já superei.

– Você não superou, Edward. A única coisa que você não fez em cinco anos foi superar o que aconteceu.

Ele estava certo.

– Eu a amava.

– Será?

Olhei para ele sem entender para onde ele queria levar essa conversa.

– É lógico que eu a amava.

– Você ainda a ama e isso é muito diferente de amava. É só olhar para você e se percebe isso. Foi por isso que Rose não aguentou ficar calada. Ela sabe que mais cedo ou mais tarde você vai voltar para Bella, se ela continuar aqui.

– Não – disse irritado – Eu nunca mais vou voltar para ela. Eu não a amo mais e nunca perdoaria o que ela fez comigo.

– E a menina?

Agora eu acho que me aproxima de Mel foi um erro. Eu não posso manter nenhuma ligação com Isabella, nem que para isso eu tenha que parar de falar com a Mel.

Algo dentro de mim doeu com esse pensamento, mas eu tenho que ignorar e seguir firme com minha decisão.

– Eu estava gostando dela, mas agora não sei mais.

Quando meu pai abriu a boca para falar mais alguma coisa a Alice entra no escritório com Jasper na sua cola.

– Mamãe e Rose foram ao supermercado fazer as compras do jantar. E o Emmett subiu para ver se Sophia já acordou – avisou Alice vindo para mais perto.

Vi no seu olhar que ela estava preocupada comigo.

– Eu estou bem – disse dando as costas a todos e indo para janela do escritório. Eu não queria que ela me visse assim. Nesse momento, eu não estou me sentindo seguro, as minhas barreiras estavam fracas e me deixando vulnerável. Eu tenho que me recompor o mais rápido possível.

Ignoro todo mundo na sala.

Apoio minhas mãos no beiral da janela e fecho meus olhos.

– Edwarld – abrir meus olhos rapidamente. Era a Mel. Meu corpo ficou tenso.

Droga! Ela não deveria está aqui.

– Edwald – ela me chama outra vez. Mas eu não sei o que fazer. Minha mente estava em branco, só o que se passava na minha mente eram as palavras de Rose.

“Sonsa demais e boazinha demais para ser alguém que realmente mostra quem é, e ela mostrou quem era do jeito mais repulsivo que já vi. E agora eu vejo que ela não presta mesmo, usando a própria filha para se aproximar do você. Eu espero que você Edward não caia nessa”.

“Pelo visto você está gostando da menina. Abre os olhos Edward, se eu fosse você tomaria cuidado, a Bella é uma cobra que come pelas beiradas e depois da bote. Tenho certeza que ela chegou aqui depois de cinco anos não foi por nada não. Ela quer alguma coisa”.

Viro meu rosto e vejo Mel. Mais linda do que nunca em seu vestido rosa.

Ela sorri para mim e anda para chega mais perto, sem se intimidar com as outras pessoas que estavam no local.

Ela realmente não deveria está aqui.

..........................................................

POV Bella

Subias as escadas o mais rápido possível, mas não deu para chegar antes que a Mel entrasse no escritório. O corredor estava vazio. Passo pelas portas com longos passos ate chegar na porta do escritório que estava aberta.

Da porta vejo Mel de costas para mim. Ela estava no centro da sala. Olho envolta da sala e o meu coração quase sai pela boca quando vejo Carlisle o pai de Edward, com mais duas pessoas que eu não sabia quem era.

Mas o que me preocupava mais era a mulher de cabelo preto. O seu olhar estava vidrado encima da Mel.

Respira Bella, nada de ruim vai acontecer. Esse era o meu mantra para não pegar a minha filha e sair correndo daqui.

– Edwald- exclamou com a voz feliz – A mamãe me deixou vim aqui antes de sairmos, para eu te dar Feliz dia de Ação de Graças. Eu já dei para mamãe e para Anne, só faltava você – disse Mel. Eu aposto que ela estava do mesmo jeito que a encontre quando acordei hoje de manhã com os olhos brilhando e com um lindo sorriso no rosto.

Esperei Edward falar alguma coisa, mas ele não disse nada.

Eu não acredito que ele vai ignorá-la.

– Edwald – disse Mel dando um passo mais perto dele – Aconteceu alguma coisa? – perguntou Mel inocentemente. Ela percebeu que ele não iria responder. Mel abaixou a cabeça e passou a mão pelos seus cabelos.

Oh ela estava constrangida. Mel só passava a mão nos seus cabelos quando estava com vergonha de algo.

Eu me obriguei a falar. Não vou admitir que minha filha seja ignorada e tratada com indiferença, principalmente por Edward.

– Filha – a chamei entrando no escritório. Mel olhou para mim como todas as outras pessoas na sala. Eu quase cair de joelhos quando vi o seu olhar. Mel não estava mais sorrindo, e a alegria no seu olhar que estava há alguns minutos atrás, foi substituída por tristeza e preocupação.

A raiva tomou conta de mim, mas me controlei. Pelo menos na frente da minha filha eu precisava me controlar.

Estendi minha mão para ela e Mel veio correndo em minha direção.

– Pequena, você vai indo para lá para baixo, que eu vou logo atrás de você. Ok?- ela apenas balançou a cabeça e saiu do escritório.

Me virei e olhei para Edward. Ele ia me ouvir.Eu não me importava com quem estivesse na sala, eu só me importava com o que ele acabou de fazer com a minha filha.

Eu já disse muitas vezes, que todo mundo pode fazer o que quiser comigo, menos com a minha filha.

– Eu não acredito que você fez isso. Você não pode tratá-la dessa forma – disse apontando o meu dedo na direção dele. Eu estava muito irritada – Por que você fez isso? – perguntei, mas não esperei por resposta. Olhei para Carlisle e as outras duas pessoas que deviam ser da sua família – É por causa deles? – perguntei sem acreditar – É por causa deles, Edward? – aumentei o meu tom de voz. Esperei ele responder, mas ele apenas abaixou a cabeça. Eu não conseguir ficar calada – Você não presta – cuspi - Você não pode fingir ser amigo da minha filha durante toda semana e agora ignorá-la na frente da sua família. A Mel gosta de você. Ela não mereceu o que você fez com ela. A Mel acredita que você é o melhor amigo dela – eu tinha que me controlar, senão eu era capaz de fazer uma loucura. Cheguei mais perto dele e murmurei - É melhor você pedir desculpas a Mel, e se eu ver ela triste de novo por sua causa, as coisas não vão presta para o seu lado – acabei de falar e sair daquele lugar fechando a porta com toda minha força.

Eu não acredito que o Edward pode ser tão idiota!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente vocês viram a nova capa da fic? não é linda? foi a Fernanda Pattinson que caiu do céu e fez para mim!!!! Obrigada linda mais um vez!

E meninas desculpas por não ter postado em 2014, eu só acabei de escrever agora. mas o importante é que eu tenha postado rsrsrsr Feliz 2015 para vocês!!!!!!!!

Espero que tenham gostado do capítulo!

Agora a pergunta que não quer calar: Quem ai quer dar uns tapas no Edward?