Entre Perdas e Conquistas escrita por Amanda R


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!

Espero que gostem do capitulo!!!!!

Boa leitura!



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POV Bella

O resto do dia foi à mesma coisa de ontem, só que com uma diferença, fui ao supermercado comprar as coisas que Amelie pediu para comprar. Fui em dos carros da mansão, com um segurança. Deixei Mel sobre supervisão da Amelie. Ela não se incomodou em ficar sem mim, porque a Amelie disse que ia fazer um bolo de chocolate e ela iria precisar de sua ajuda. Mel ficou na hora e sem reclamações.

No supermercado foi tranquilo. Peguei tudo que tinha na lista, paguei com um cartão que Amelie me deu e fui de volta para o carro, o segurança ficou esperando.
Cheguei na mansão e encontrei Mel toda melada de chocolate. Eu ia brigar com ela, mas quando vi o seu sorriso lindo o meu coração se derreteu, então não disse nada, apenas disse que ela fosse tomar um banho.

Fomos para o banheiro, Mel tomou banho sozinha e eu só fiquei olhando para ver se tudo ia ficar direitinho. Depois vestir uma roupa limpa nela e fomos de volta para cozinha. Antes de chegar lá, eu lhe disse que tinha uma noticia ótima para lhe dar. Mel ficou muito feliz ao saber que ia voltar a estudar. Ela me encheu de perguntas. Respondi todas enquanto trabalhava.

Depois que deixei tudo arrumado na cozinha Amélia me disse que faria o almoço e era para mim ir tirar o pó da casa. Mas apenas do primeiro, segundo e o terceiro piso. Eu perguntei por curiosidade o que era no quarto piso, ela me disse que era o quarto do Edward e que ninguém era permitido de ir ate lá sem sua autorização. Eu apenas assenti e fui fazer o meu trabalho.

Comecei pelo primeiro piso que era a sala jantar, a sala de estar, também tinha a cozinha, despensa, o meu quarto e o banheiro, mas esses já arrumei. Em seguida subi as escadas. Cheguei no topo, tinha duas entradas, entrei na direita que ia me levar em direção ao segundo piso. A entrada à esquerda era como se fosse um atalho para chegar ao quarto piso da casa.

Andei pelo mesmo corredor de um dia atrás quando Edward me chamou para conversar naquele dia trágico que eu preferia esquecer.

Como eu me lembrei tinha quatro portas e se eu não me engano a ultima era o escritório biblioteca. Comecei pelas três primeiras portas e por ultimo abri a porta do escritório, ele estava completamente escuro. Passei minha mão pela parede da porta e encontrei o interruptor, apertei o botão e a luz acendeu. As cortinas estavam tampando as janelas. Coloquei o aspirador e as outras coisas de limpeza em um canto e fui abri as janelas. Aqui estava ficando abafado, mesmo no frio. Abri as janelas e o vento frio com os raios de sol entrou na sala, dando um pouco de vida ao ambiente. Dei as costas para janela e olhei ao meu redor. Essa sala era simplesmente fantástica, ela era a minha preferida da casa. Bem, eu sou meia que fanática por livros. Nesse período eu não tive tempo de ler nada, também não tinha cabeça para isso. O foco da minha vida era trabalhar para dar o sustento a minha filha.

Sai do meu devaneio e comecei a limpar. Depois de um tempo eu finalmente acabei. Estava toda suada e bastante casada, mas ainda tinha o outro andar.

Respirei fundo antes de pegar os produtos e sair da sala. No final do corredor tinha uma entrada à direita onde ficava uma escada que levava para a minha próxima parada.

Subi a escada e fui passando um pano úmido no corrimão. Cheguei ao topo. O corredor era a mesma decoração do anterior só que com mais portas, tinham seis, três de cada lado. A Amelie disse que no terceiro piso só tinha quartos de hóspedes e só era para tirar a poeira dos móveis por uma vez na semana.

Comecei pelas portas da direita, depois fui para a esquerda. Quando já tinha terminado tudo, ajuntei as coisas que trouxe e desci.

Cheguei na cozinha e Amelie estava fazendo o almoço. Olhei para todos os lados da cozinha e os meus olhos não alcançaram a Mel.

– Amelie, onde está a Mel? - perguntei indo à despensa para colocar todos os materiais que usei para a limpeza.

Amelie olhou para mim e sorriu.

– Ela está com Edward- disse picando cenouras antes de colocá-las na panela com água fervente.

Meu coração meio que parou um batida com o que ela disse.

– O que? - perguntei espantada.

Ela olhou para mim e assentiu. Amelie também parecia um pouco surpresa.

– Ela está com o senhor Cullen. Quando ele chegou aqui, faz meia hora e a Mel estava comigo. Ele perguntou onde você estava, eu disse que estava fazendo limpeza nos andares. A Mel perguntou se ele queria comer um pedaço do bolo que ela ajudou a fazer, e o senhor Cullen respondeu que sim e lhe perguntou se ela queria assistir tv. Então eles foram para o quarto andar com duas fatias de bolo que a própria Mel cortou e não voltaram ate agora- disse ela esperando minha reação.
Oh meu Deus, eu não podia dar as costas que minha pequena aprontava uma.

– Mas eu não os vi. Estava lá encima esse tempo todo e não ouvi ninguém passando - disse me apoiando no balcão.

– Eles devem ter ido pela escada da esquerda. Que vai direto para o quarto andar- Disse ela parando de cortar as verduras e olhou para mim.

– Tem certeza que foi o senhor Cullen que a chamou para ir lá para cima? - perguntei ainda sem acreditar.

– Foi sim. Confesso que também estou surpresa. O Senhor Cullen não permite quase que ninguém vá lá. Mas a Mel é uma fofa Bella, não a ninguém que não goste dela. Ela já me conquistou e pelo visto o patrão também. Ele parece gostar muito dela.

Eu assentir. Mas a preocupação ainda estava solado em mim. Será que devo confiar nele?

Parece que Amelie leu meus pensamentos.

– Fica tranquila Bella. O Senhor Cullen pode parecer um pouco duro com as pessoas, mas ele tem o coração de ouro. Foi apenas o tempo e os problemas da vida que fez ele ficar assim .
O meu coração doeu com suas palavras. Eu sabia mais que ninguém como ele era a um tempo atrás, quando ele era o meu Edward.

– E parece que Mel está despertando aos poucos o melhor dele. Então não se preocupe.

– Espero que sim – disse encerrando o assunto.

Ajudei Amelie no almoço, mas antes fui ao meu quarto tirar minha camisa e colocar outra. Eu ainda me lembro da reação do Edward quando me viu com essa camisa da faculdade, não sei o que ele pensou, mas eu não queria causar problemas.

Mesmo tentando me concentrar no que estava fazendo, eu sempre pensava o que Mel e Edward estavam fazendo lá encima. Não tinha como não pensar. Eu também não posso negar que estava preocupada, eu conheço o outro Edward e não esse.

Esse de agora é muito diferente do outro.

Quando acabamos de fazer o jantar,a Amelie ligou para Edward avisando que o almoço estava pronto e era para Mel descer. Edward já tinha comido, então não desceu.
Depois de alguns minutos Mel entrou na cozinha sorridente.

– Mamãe, mamãe o Edwald me deixou assistir o desenho da a moranguinho – disse me abraçando. Apeguei no colo e a apertei em meus braços.
De alguma forma eu estava aliviada por tela em meus braços.

– Você gostou filha?

– Gostei, foi muito legal – disse ela toda empolgada – E o Edwald disse que gostou do bolo que ajudei a fazer. Ele comeu todinho enquanto eu assistia a moranguinho. Ele não é legal?

– E sim filha. Agora vamos comer – disse a colocando no chão.

– Tudo bem.

Coloquei a comida da Mel e a minha e começamos a comer, depois a Amelie veio e se juntou a nós.

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Eu estava sentada na cama com a Mel deitada apoiando sua cabeça na minha perna. Depois do almoço eu arrumei tudo na cozinha e a Amelie disse que eu poderia descansar, que só ia precisar de mim só no preparo do jantar, então resolvi vim para o quarto para colocar Mel para cochilar, mas ate agora ela não pregou o olho.

–Mamãe.

– Oi filha – disse acariciando o seu cabelo.

– A gente poderia ir para lá fora – disse ela apontando para janela.

– Você que ir lá?

– Sim, eu queria olhar o jardim e já que hoje está fazendo sol eu queria ir lá – disse ela se sentando na cama e olhando para mim.
Acariciei seu rostinho e assentir.

– Vamos – disse.

– Ebá, vamos – disse se levantando e calçando os seus pés.

– Epá mocinha – disse chamando sua atenção – Você tem que vestir um casaco, lá fora pode está fazer sol, mas também está fazendo frio – disse pegando o seu casaco e lhe entregando.

– Ok – disse pegando o seu casaco e vestindo. Também peguei o meu e vestir.

– Está pronta? – perguntei estendendo minha mão para ela.

– Estou mamãe – disse sorridente e pegou minha mão.

Fomos Para o jardim pelos fundos da casa. Lá fora era completamente lindo e maravilhoso. A Mel soltou a minha mão e saiu na minha frete olhado tudo com curiosidade. Me sentei em um banco debaixo de uma árvore que ainda ficava perto da mansão e disse a Mel que ficasse por perto. Ela assentiu e ficou brincando e olhando tudo. Mel parecia encantada e muito feliz.

Meu coração se encheu de alegria por isso, mas eu não poderia deixar de pensar que isso tudo vai acabar depois de um tempo, quando os meus pais chegarem de viajem eu vou ter que ter uma conversa muito seria com eles, meus pais vão decidir o meu futuro em me aceitar ou não em sua casa com minha filha. Eu sei que eles não tem obrigação nenhuma em me aceitar, mas poxa, eu sou a filha deles. Eu não posso acreditar que eles vão virar as costas para mim e minha filha outras vez.

Eu morro de medo em pensar em voltar para rua novamente. Aquele dia que passei na rua sem ter para onde ir, foi terrível, ninguém tem noção da angustia que sentir no meu peito ao ver minha filha no meu colo sem saber para onde ir. O mundo parecia estar desmoronando pela segunda vez sobre mim, e era pior porque ele não ia cair só em mim e sim sobre minha filha também.

Se qualquer coisa dê de errado depois que os meus pais voltarem, eu não posso deixar me abater. Tenho que ser mais forte que nunca. Sei que é horrível essa possibilidade dos meus pais me ignorarem, mas não tem outro modo a se pensar, depois de tanta coisa que aconteceu na minha vida, eu não duvido de mais nada. Mas de uma coisa eu tenho certeza, minha filha merece cada esforço feito por mim e cada sofrimento, eu protejo ela como minha vida e sem nem mesmo saber, Mel me dar força para ganhar cada luta posta a minha frente. Sem ela eu não teria chegado ate aqui.

Eu não gosto nem de pensar se eu a tivesse perdido.

Respiro fundo, lágrimas já queriam cair no meu rosto. Olho para Mel sorrindo linda e feliz, isso era tudo que importava.

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– Meu amor, as pessoas vão amar você, não pense nisso- disse acabando de fazer uma trança em seu cabelo.

– Mas mamãe, as pessoas podem me odiar. Eu não quero mais ir - disse virando para mim e fazendo aquela carinha de anjo.
Estranhei seu comportamento. Tinha alguma coisa estranha ai.

– Mel você sempre quis voltar a estudar, e quando soube da noticia só faltou soltar fogos de alegria, por que isso agora?- perguntei seria. Mel abaixou a cabeça.

– Ei filha, conta para mim o que está acontecendo- disse colocando minha mão no seu queixo e levantando o seu rosto. Seus olhos estavam expressando medo e hesitação- Me diz Mel.

– É...é que eu não quero ficar longe da senhora – disse olhando para mim, seus olhos me disseram tudo -Tenho medo que algo aconteça se eu não estiver aqui, mamãe - disse ela me abraçando.
Minha filha só estava preocupada comigo. Me senti culpada por ter deixado ela se preocupar comigo. Eu não queria isso para ela. Mel é apenas uma criança.

– Filha não vai acontecer nada comigo – disse fazendo carinho em seu rosto - Vá tranquila para escola, faça um montão de amiguinho e depois de tudo, no final do dia, você vai me contar o que aconteceu- disse beijando seu rosto - Agora desfaça essa carinha e coloque um sorriso lindo em seu rosto que eu amo tanto.

Ela sorriu, mas dava para perceber a preocupação em seus olhos.

– Eu te amo mamãe – disse Mel me abraçando mais uma vez.

– Eu também te amo pequena – disse apertando ela nos meus braços.
Ficamos alguns minutos assim, depois nos separamos e disse que tínhamos que ir.

Mel pegou todos os seus materiais e saímos do quarto. Hoje seria o seu primeiro dia na escola nova. Ela estava ansiosa ontem à noite, mas hoje amanheceu tristonha e meio para baixo. Sei que ela tinha mentido quando disse que tinha medo que as pessoas não gostassem dela, porque Mel nunca teve esse problema, ela sempre se dava bem com pessoas novas ao seu redor, ate melhor que eu. Então achei muito estranho ela ficar triste do nada.

Agora eu sei o que lhe afligia, ela ainda está preocupada, mas isso vai desaparecer quando ela voltar para casa e ver que estar tudo bem comigo. Eu só espero que ela aproveite e goste do seu dia na nova escola.

Sei que pode ser besteira minha, mas o meu coração se apertou por ter minha Mel longe de mim o dia inteiro, eu já estava acostumada com ela perto de mim o dia todo. Mas tenho que me reacostomar de novo. Minha filha ia estudar e eu tinha que entender isso, mas nada é fácil para uma mãe babona que nem eu. E também vai ser muito melhor para Mel, porque ela aqui ia ficar sem fazer nada e lá ela vai ter crianças da sua idade para interagir.

Mel tinha que chegar oito horas da manhã, então assim que o Edward sair de sete eu vou levá-la. A Amelie me emprestou algum dinheiro para levá-la a escola, porque eu ainda não tinha nada, o salário só ia receber no final do mês, um pouco antes da ação de graça.

Quando deu sete horas Amelie disse que Edward já tinha ido trabalhar. Mel já tinha tomado seu café da manhã e eu também. Então fomos para escola.


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– Vamos filha, senão você vai chegar atrasada – disse apresando Mel. Eu já estava na portas do fundo da mansão esperando Mel que esqueceu a sua boneca.

– Estou indo, mamãe – disse correndo em minha direção. Ela estava linda com o seu uniforme, ele era branco com preto. Era uma camisa social branca, um bleizer também branco com uns detalhes pretos, uma gravatinha preta, o escudo da escola ficava do lado esquerdo do peito, a saia era preta de pregas rodada e uma sapatilha fechada também preta com meia branca. Minha filha estava linda parecia uma boneca.

Mel chegou perto de mim e eu peguei sua mão. Sorri para ela como se dissesse que tudo ia ficar bem. Ela apertou nossas mãos unidas e começamos a andar em direção a saída da mansão.

Andamos um pouco a pé para chegar ao ponto de ônibus. Eu sabia onde ficava a escola, Edward me deu o endereço ontem a noite junto com as coisas da Mel. Não era difícil de ser encontrada e nem muito longe.

Depois de meia hora chegamos na frente da escola. Ela era muito grande, na realidade era imensa e muito bonita. Olhei para mel e sorri.

– Chegamos filha – disse olhando para Mel. Ela sorriu para mim – Está pronta? – perguntei.

– Sim

Assenti e fomos para entrada que tinha uma mulher. Fiz como Edward me disse, entreguei um papel a mulher, ela leu e disse que estava tudo bem. Lhe entreguei as coisas da Mel e me virei para falar com ela.

– Filha eu venho lhe buscar mais tarde. Okay?

– A senhora vai ficar bem?

– Vou linda, já disse que não se preocupe com isso – disse beijando sua testa.

– Tudo bem mamãe – disse ela e me abraçou. A mulher a chamou e Mel foi com ela.

Suspirei um pouco preocupada com seu primeiro dia na escola, mas me obriguei a ir embora, hoje eu tinha bastante coisas para fazer na mansão.

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POV Edward

Entrei na empresa sem olhar para os lados. Fui direto para o elevador privado. Esperei menos de dois minutos e já estava no meu andar. Passei pela mesa da minha secretaria. Ouvi um bom dia, mas não me dei esforço para responder. Passei direto e fui para minha sala.


Hoje eu teria uma reunião muito importante, por isso cheguei meia hora adiantado. Tenho que me preparar e me focar no assunto dessa reunião, que poderia me trazer para o meu lado um dos investidores mais influente do mercado.

Me sentei na minha cadeira e vejo uma xícara com café encima da mesa. A pego e dou um gole e começo a ler a papelada que está na minha mesa. Depois de algum tempo a senhorita Luter entra na minha sala avisando que os investidores já estavam me esperando na sala de reuniões. Saio da minha sala com tudo que precisava em mãos e vou para sala de reuniões.


Abro a porta. Todas pessoas se levantaram quando entro. Acenei para todos e seguir para o meu lugar que ficava no topo da mesa. Me sentei e logo em seguida todos se sentaram em seus lugares. Dei bom dia, me apresentei formalmente e fui logo direto para o assunto que me interessava.

A reunião foi longa, mas produtiva, conseguir tudo que desejava. Depois da reunião fui para minha sala. Consultei minha agenda e ainda tinha poucas coisas para fazer antes do almoço. Olhei à hora em meu relógio e já era dez e meia.


Encostei minha cabeça no encosto da cadeira e fechei meus olhos pensando no que ocorreu nas duas últimas semanas da minha vida.


Isabella e Mel. Eram essas duas as protagonistas da minha vida agora, mesmo me esforçando para tira-las da minha cabeça eu não consigo. De um modo ou de outro elas sempre explodem na minha mente, tirando minha concentração de qualquer coisa que eu esteja fazendo.

Eu me sinto vulnerável perto da Mel, ela é a criança mais linda e incrível que eu já vi. Ela quebrou minhas barreiras quando me deu aquele abraço há alguns dias atrás, eu fiquei muito surpreso com o seu agradecimento. Não pude deixar de notar de como ela é bem educada, mas também bastante espontânea ao mesmo tempo centrada. Isso é muita qualidade para uma pessoa de tão pouca idade. Mel era simplesmente encantadora. Eu a chamava de princesa, mas porque ela era uma verdadeira princesa mesmo.


E Isabella. Meu peito se apertou em só pensar em seu nome. Eu simplesmente não conseguia mais dormi, deixei de beber, porque tinha medo de fazer alguma bobagem com ela na minha própria casa, então estava impossível de dormi. Estou exausto e me sinto pesado, como se estivesse uma tonelada de peso nas minhas costas.


Eu continuava sendo groso e distante com ela. Eu simplesmente não podia ficar perto dela mais que o necessário. Ao mesmo tempo que era sufocante ficar perto dela, eu me sentia meio que em paz. A paz que a muito tempo corria atrás e deixei de procurar durante esses últimos anos. Eu me sentia bastante confuso.


Mas meus sentimentos devem estar bem enterrados e escondidos em relação a ela. Eu não posso cair mais uma vez em seus braços e depois quebrar a cara. Eu não quero isso para mim. Ela já me deixou bastante quebrado a cinco anos atrás e isso já foi o suficiente para eu entender que o amor não é um sentimento confiável. Que não se pode apostar todas suas cartas nele. O amor nos deixa cego, ele só nos deixa enxergar o que queremos ver e mais nada.

Então o melhor que faço é me manter afastada dela, só com a relação de patrão e empregada. Agora da Mel eu não posso fazer a mesma coisa, ela é diferente, Mel é inocente e um doce de criança. Eu acho que estou gostando dela.

Foi por isso que fiz questão que ela estudasse em uma das melhores escolas da elite de Washington. Ela merece. Usei todo o meu poder para matriculá-la na escola durante o meio período letivo. Não tive que fazer muito esforço, apenas disse meu sobrenome e as portas se abriram para mim. A conversa que tive com a Isabella foi quase toda uma mentira, menti na parte que eu disse que a empresa bancava todos os custos da escola. Na realidade a empresa só paga a metade da mensalidade e não é para todos os funcionários, só para quem tem estrutura o suficiente para pagar a outra parte da mensalidade, os materiais escolares e vários outros custos que a escola oferece.

Mas como eu sabia que Isabella não tinha dinheiro para nada disso, eu resolvi fazer essa proposta a ela. Mais uma vez, fiz questão de dizer que não era por ela. Vi a magoa atravessar o seu olhar com minhas palavras duras, mas ignorei e sair o mais rápido possível de perto dela.

Admito que é difícil falar assim com ela, a pessoa que mais amei na minha vida, que fiz tudo que estava no meu alcance para fazê-la feliz um dia, mas agora a trato como um nada. Mas é assim que deve ser. Eu tenho que me manter inteiro, com minha muralha em torno de mim, me protegendo de todos os sentimento e pensamentos errados em relação a ela.

Pelo menos com a Mel acho que posso ficar perto sem quebrar nada dentro de mim. Ela me faz bem. Sorri ao me lembrar de quando sai cedo da empresa e fui para casa e a encontrei na cozinha. Ela me ofereceu bolo de chocolate que tinha ajudado a fazer. Eu aceitei meio hesitante. Afinal, era tudo novo para mim e manter uma relação tão próxima de uma pessoa depois de tantos anos era difícil. Eu sempre vivi recluso durante esses últimos anos, afastado de tudo e de todos, e de repente chega uma menina na minha vida me oferecendo uma amizade pura e sincera é meio que assustador. Mas eu me perguntei no escuro da minha mente “E por que não?” foi ai que eu me obriguei a lhe perguntar se ela queria assistir TV comigo. Mel me deu um sorriso mais lindo, pegou sua boneca e disse que sim.

Fiquei meio nervoso, mas deu tudo certo. Subimos para o ultimo andar da mansão, onde só tinha o meu quarto e a sala que ficava a TV, meus CDs, DVDs e tudo de entretenimento. A Mel se sentiu a vontade. Perguntou se podia assistir desenho e eu disse que sim. Ela falou o nome do desenho, eu coloquei o que ela queria e Mel focou sua atenção na TV. Só nos intervalos que ela dava atenção para mim e me perguntava se eu estava gostando do desenho. Eu ria e falava que era muito bom e ela sorria. Comi o bolo todinho que por sinal estava muito bom, perguntei se ela queria, mas ela disse que não podia comer, senão sua mãe brigava. Encarei ela sem entender, Mel riu me explicou com toda paciência do mundo que ela tinha que comer a comida do almoço e se comece bolo naquela hora não ia sentir fome.

Eu rolei os olhos para mim mesmo por causa da minha burrice. É lógico Edward que ela não pode comer doce antes do almoço.

Depois de algum tempo ela me perguntou se eu trabalhava. Eu respondi que sim e disse que era dono de uma empresa. Seus olhinhos verdes intensos se arregalaram e me perguntou se eu era igual ao tio patinhas. Eu ri com sua comparação e comecei a lhe dizer sobre o que eu fazia. Ela me ouviu com se fosse a coisa mais interessante do mundo. Depois da conversa, ela ficou apenas me olhando. Me sentir como se ela estivesse vendo a minha alma, era a mesma coisa que sua mãe fazia comigo.

De repente ela me disse que eu parecia um príncipe dos seus contos de fadas. Eu ri da sua comparação, eu estava longe de ser um príncipe, mas ela era apenas uma criança para entender isso. Agradeci o elogio dizendo que ela era uma princesa.

Ela fez mesmo gesto de uns dias atrás, me abraçou e perguntou se eu queria ser seu amigo. Demorei um pouco pensando em sua proposta, mas respondi que sim. Antes de ela falar mais alguma coisa o telefone tocou. Era Amelie dizendo que o jantar estava pronto e Mel deveria descer. Ela me perguntou se eu queria comer, mas disse já tinha comigo. Desliguei o telefone e avisei a Mel o que a Amelie tinha dito. Mel pulou do sofá e antes de sair me deu tchau.

A parti desse dia, todas as noite quando eu chegava à noite, eu a chamava para assistir TV e avisei a ela que a qualquer hora que quisesse ir para aquela sala, ela poderia ir, mesmo se eu não estivesse em casa.

Me lembrei que hoje era o primeiro dia dela na escola. Mel me falou que estava super feliz em começar a estudar. Com esse pensamento liguei para casa.

– Residências do Senhor Cullen – disse Amelie.

– Sou eu Amelie, o Edward – disse passando minha mão no meu cabelo.

– Aconteceu alguma coisa, Senhor Cullen? – perguntou ela preocupada por eu estar ligando para casa a essa hora.

– Não Amelie, eu só queria saber se a Mel foi para escola – disse me sentindo estranho por está me preocupando tanto por uma garota que eu mal conhecia.

– Ah, sim. A Mel foi para escola – disse surpresa com a minha súbita preocupação.

– Ela foi com quem?

– Ela foi com sua mãe. Elas pegaram um ônibus. A Isabella disse que sabia onde era a escola.

– Mas ela não tinha dinheiro nenhum para pagar a passagem do ônibus – disse estranhando.

– Eu a emprestei – disse Amelie abaixando a voz – Eu disse que não precisava me devolver, mas ela é teimosa e disse assim que conseguisse dinheiro ia me pagar.

Fiquei em silêncio por um momento, pensando no que iria fazer.

– Avise a ela que não precisa ir buscá-la, porque eu mesmo vou fazer isso.

– Mas o Senhor não vai trabalhar.

– Apenas faça o que eu lhe pedir- disse e desliguei o telefone.

A Mel largava de três horas. Eu ia buscá-la porque não tinha cabimento que a Isabella fosse fazer isso, ainda mais de ônibus. É muito perigoso, algo poderia acontecer de ruim com ela. Eu posso sentir todo o desprezo do mundo por ela, mas eu não queria o seu mal. Vou pensar em algo que a impeça de andar de ônibus.

Depois da ligação, o tempo passou rápido, almocei na empresa mesmo, depois voltei ao trabalho. Quando menos esperava estava perto das três horas.

Sai da minha sala e parei em frente da mesa da minha secretaria. Ela me encarou surpresa e meio que abobalhada. Me segurei para não gritar com ela. Eu simplesmente odiava quando as mulheres me olhem desse jeito em hora desapropriada. Eu sinceramente não tinha muita paciência para mulheres desse tipo. Essas mulheres tinham o meu desprezo completo e só serviam para uma coisa para mim. Sexo sujo e depravado, sem mais nada envolvido e só por uma noite.

– Cancele todos os meus compromissos de hoje e remarque tudo para os outros dias de semana – disse ignorando seus olhares. Não esperei ela fala nada e fui embora.

..........................................................

Não demorou muito para eu chegar na escola de Mel. Sai do carro, coloquei meus óculos escuros e esperei encostado na lateral do carro. O Phil, meu motorista, ficou esperando dentro do carro.

Algumas mulheres, que deveriam ser mães e casadas, me encararam quando passavam por mim. Revirei os olhos por trás das lentes do meu óculos e as ignorei.

Não demorou muito e vi Mel no portão da escola olhando para um lado e para outro procurando sua mãe. Sorri para sua aparecia. Ela parecia uma boneca com o seu uniforme. Linda demais. Finalmente seus olhar se encontrou com o meu e vi seus olhos brilhares.

Andei em direção ao portão da escola. Quando eu ia passando pelo portão uma mão me bloqueou minha entrada. Olhei para quem era aquela mão. Era de uma mulher loira e pálida demais. Arquei uma sobrancelha para ela. A mulher parecia meia deslumbrada.

– O...o Senhor não pode entrar ai – gaguejou ela atrapalhada com sua própria voz.

Passei minha mão nos meus cabelos sem paciência.

– Eu posso sim, agora tire sua mão da minha frente e me deixe entrar – disse rispidamente. Ela me olhou apavorada e tirou sua mão.

– Mas...

– Edwald você veio me busca – disse Mel impedindo que a mulher terminasse sua fala. Sorte era dela.

Sorri para ela e a peguei no colo esquecendo a loira sem graça ao meu lado.

– Vim sim- disse e beijei sua bochecha. Eu realmente estava melhorando com essas coisas de afeto.

Ela sorriu, mas seu sorriso desfez rapidamente. Seus olhos ficaram preocupados.

– Aconteceu alguma coisa com a mamãe? – perguntou coma voz chorosa.

Estranhei sua pergunta, mas respondi rapidamente.

– Não, claro que não. Está tudo bem com ela. Foi que eu larguei cedo e quis vim te buscar no seu primeiro dia de aula. Não gostou? – perguntei nervoso.

Ela voltou a sorri e entrelaçou seus bracinhos no meu pescoço, me dando um abraço apertado.

– Gostei sim, obrigada por ter vindo me busca – disse no meu ouvido.

– De nada. Prometo que quando largar cedo eu sempre vou fazer questão em vim te buscar. Ok?

– Ok – disse ela toda feliz.

– Mel olha as suas coisas – disse uma mulher atrapalhando nossa conversa. Olhei feio para ela, mas não disse nada, apenas peguei as coisas da Mel e sai andando em direção ao carro com Mel ainda em meus braços.

– Edwald – disse Mel meu nome trocando o r pelo l como sempre. Confesso que já estava gostando dessa sua maneira de chamar meu nome. Olhei para ela e seu rosto estava em descrença.

– O que foi? – perguntei sem entender nada. Eu tinha esquecido alguma coisa?

– Você não deu tchau e nem obrigada para a minha professora – disse ela como se fosse o pior crime do mundo.

– E era para dar?

– Lógico que sim.

– Oh – disse sem saber o que falar. Nessa ela me pegou desprevenido – E..u...eu prometo que na próxima faço isso. Ok?

– Ok.

Ri di mim mesmo. O poderoso Cullen gaguejando por causa de uma bronca de uma garotinha. Só a Mel mesmo.

Quando cheguei perto do carro o Phil saiu e me ajudou pegando as coisas da Mel da minha mão e abrindo a porta do carro. Mel me encarou e arqueou uma sobrancelha.

Meu Deus, eu me sentir uma criança agora.

Olhei para Phil, o próprio estranhou por eu não ter entrado no carro.

– Obrigada – murmurei e olhei para Mel que estava sorrindo.

Entrei no carro com ela no meu colo, Phil colocou ao meu lado as coisas da Mel e fechou a porta.

Mel encostou sua cabeça no meu peito. Sorri por ela ser tão espontânea perto de mim. Entretecei meus braços em sua volta e beijei o topo da sua cabeça.

Definitivamente eu estava gostando da Mel.

b


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Notas finais do capítulo

Oi gente, feliz natal atrasado!
Esse capitulo era para ser postado no dia 25, mas não deu.
Sei que ele não é de natal. Prometo que ainda vai ter sim o natal da Mel, mas vai ser um pouco atrasado kkkkkkkkk ainda tem a ação de graças (vai ser no próximo capitulo que não vai demorar, prometo) vai ter muitas emoções, nesse dia vamos conhecer a família Cullen ehehehhhhhhh para que queria conhecer não deixe de ler o próximo capitulo. bjos!

Agora comentem e me digam suas opiniões ou alguma sugestão, meus olhos estão bem abertos para sugestões, recebi algumas no capitulo passado, queria agradecer. Obrigada meninas, continuem assim!!!!!!!!

ps: Queria agradecer a todos os comentários lindos que vocês escreveram, obrigada de coração mesmos para quem escreveu eles. E quem não comenta nunca é tarde para comentar rsrsrs

Vejo vocês antes de 2015!!!!!!! bjos!!!!!