Entre Perdas e Conquistas escrita por Amanda R


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Quem for ler espero que goste! :DBoa leitura!!!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/559854/chapter/1

Estou desesperada, não sei o que fazer.

Encosto a cabeça na parede fria e a minha mente dá uma volta em tudo que aconteceu comigo durante esse dia.

Minha filha e eu fomos despejadas do apartamento que morávamos por não ter dinheiro para pagar. Há dois meses atrás estava com uma vida regular onde  tinha um emprego, e dinheiro suficiente para ter comida, pagar uma escola e o aluguel. Mas a loja em que trabalhava não estava indo muito bem, então o dono despediu a maioria das pessoas e eu estava nesse meio.

Passei dois meses sem pagar o aluguel. Tentei de todo jeito arrumar outro emprego, mas não conseguir.

É difícil arrumar um emprego sem formação. O máximo que poderia conseguir era vendedora ou algum serviço em um restaurante, mas parecia que todos os empregos de Seattle estavam ocupados.

Para a minha infelicidade o proprietário do apartamento não quis saber dos meus problemas em conseguir um emprego. Não teve conversa alguma, quando me vi já estava na rua com apenas uma mala na mão, sem saber para onde ir.

Agora estou aqui sentada em um banco de praça com a minha filha de apenas cinco anos em meu colo, enrolada em um cobertor grosso para protege-la do frio deste lugar, que é deserto e estranho.

Não posso ir para outro lugar, porque não tenho dinheiro algum. O único que tinha comprei um sanduíche para a Mel comer de manhã.

Posso sentir que a minha pequena já está com fome. A Mel não comeu mais nada desde sanduíche. Meu coração de mãe dói por isso.

Não sei a hora exata, mas já está ficando escuro. A chuva não parava e o frio está ficando quase insuportável.

Passo minha mão na cabeça da minha filha tentando me acalmar e pensar em uma solução. Mas não consigo, não consigo pensar em nada.

— Mamãe, a senhora está chorando?- disse meu anjinho preocupada.

Não tinha percebido que lágrimas saiam dos meus olhos. Passo rapidamente minhas mão no meu rosto limpando qualquer vestígio de lágrimas.

— Não pequena, mamãe não está chorando- segurei ela mais junto de mim- Dorme pequena, você está cansada - sussurre acariciando seu rosto.

— A senhora também vai dormi?- perguntou ela olhando para mim coma sua ternura inocente.

Como eu queria fazer isso, depois acordar e perceber que tudo que estar acontecendo não passava de um pesadelo.

— Vou sim, logo depois de você. Agora fecha os olhinhos pequena.

Ela me obedeceu e depois de alguns minutos ela dormiu.

Fiquei velando seu sono. A Mel é tão linda, ela me lembrava a uma pessoa. Como queria esquece-lo, tirar certas lembranças da minha cabeça. Mas parece impossível.

Edward, Edward Cullen é o pai da minha filha.

O homem que tanto amei,  foi o mesmo que causou uma imensa ferida no meu coração, que parecia que nunca ia cicatrizar.

Ainda me lembro com se fosse ontem quando cheguei em sua casa cheia de medo e assustada em ser mãe tão cedo, com apenas dezenove anos.

Quando entrei em sua casa ele estava muito estranho, mesmo assim dei a noticia que estava grávida. Edward ficou calado, com o olhar perdido. Eu não sabia que ele apenas estava segurando a raiva que ia ser direcionada a mim em poucos minutos.

Edward cuspiu na minha cara dizendo que o bebê que crescia dentro de mim não era dele. Ele ainda me acusou de traição e que não esperava isso de mim. Eu fiquei sem reação ao ouvir aquilo, nada que ele falou fazia sentido para mim.

Edward começou a perder o controle e gritar que era para sair de sua casa e nunca mais procura-lo. Tentei dizer que não tinha para onde ir, porque meus pais me avisaram que se ele não assumisse a criança, eu podia esquecer que tinha pais, mas Edward não quis me ouvir. Ele me botou para fora de sua casa como se fosse ninguém.

Meu coração ainda doí quando penso nisso. Eu o amava tanto, pensei que o nosso amor seria para sempre.

Depois disso nunca mais o vi. Só fiquei sabendo dele pelos jornais. Edward conseguiu realizar seu sonho. Hoje ele comanda uma das empresas que mais crescem no estado de Washington, no ramo da tecnologia.

Cinco anos se passaram, criei minha filha com muita garra e lutando a cada dia para não desmoronar. Eu tinha que ser forte por ela. Tudo que conseguir durante esse tempo foi para ela. A Mel era tudo que tinha na minha vida e eu não podia desistir agora.

A chuva estava ficando cada vez mais forte. Não podemos mais ficar aqui. Tenho que fazer alguma coisa, para o bem da Mel.

E é ai que tomo uma decisão.

Sei que posso ser mais humilhada, mas é meu dever de mãe fazer tudo para ver a minha pequena bem.

Respirei fundo e me levanto com a Mel no colo, pego minha mala que estava ao meu lado e seguir para o único lugar que poderia pedir ajuda.

............................................

Depois de muita caminhada, aqui estou parada na frente de uma mansão. Ela parecia ser de mentira de tão bonita que era. Na frete da mansão tinha um portão de ferro, depois vinha uma estrada de pedra. Esse é o endereço de Edward, pelo menos é o que dizem os jornais. Chego mais perto, toco o botão do interfone e espero alguém responder.

— Quem fala?- a voz que saiu do aparelho perguntou.

— Edward Cullen estar?

— Quem fala?- a voz repetiu.

— Isabella, o senhor poderia dizer ao Edward Cullen que Isabella estar aqui. Eu quero falar com ele, por favor- me controlei para minha voz não sair desesperada e não acordar a minha filha.

— Sobrenome?

— Swan, Isabella Swan.

— O que deseja falar com o Senhor Cullen?

— É assunto particular. Por favor só diga a ele que estou aqui -

— Espere um pouco - disse o homem, e em seguida tudo fica em silêncio.

Demorou alguns minutos e falaram de novamente.

— Senhorita sinto muito, mas o senhor Cullen já deve está dormindo, na casa ninguém atende o telefone.

— Por favor tente mais uma vez, eu preciso falar com ele, é urgente - agora não conseguir controlar o nervosismo e o desespero que saiam da minha voz.

— Vou tentar de novo, mas só mais uma vez.

— Obrigada - disse e fecho meus olhos pedido a Deus para que o Edward atendesse.

Demorou mais um pouco. Meus braços estão doloridos de segurar a Mel.

Ela afundo seu rosto em meu pescoço, tentando se aproximar mais de mim.

Ela está com frio.

A aperto mais em meus braços, tentando amenizar sua situação.

— Sinto muito senhorita- a voz soa no interfone - O Senhor Cullen deve está dormindo mesmo, porque ele não atendeu o telefone e nem seu celular. A senhorita poderia vim amanhã aqui. Assim que ele acordar avisarei sobre você- suspirei derrotada.

— Ok. Depois volto aqui. Obrigada mesmo assim.

Pequei a mala ao meu lado e dei as costas para o portão, atravessei a rua e me sentei debaixo de uma árvore que tinha na frente da mansão. A casa do Edward ficava em um lugar isolado onde não tinha outras casas ao redor. Abro a mala com uma mão só e pego outro pano para cobrir mais a Mel.

Sentir minha pequena se mexendo no meu colo. Ela está acordando. A Mel abriu seus lindos olhos verdes para mim.

— Mamãe onde estamos? - perguntou ela virando o seu rostinho para os lados.

— Estamos na frente da casa de um amigo da mamãe. Vou pedir ajuda a ele, só que ele ainda estar dormindo.

— Que amigo mamãe? Como é seu nome?

— O nome dele é Edward.

— O mesmo nome do meu papai- fecho os olhos e respiro fundo antes de dar uma resposta.

— Sim.

— Por que a gente não vai aonde está o papai?

— Já disse que o papai está longe e não podemos ir ate lá - disse beijando sua testa. Minhas lágrimas tentam cair, mas me seguro.

Com essa resposta Mel se calou.

Quando a Mel completou quatro anos ela começou a perguntar pelo seu pai. Foi ai que não tive como fugir, tive que lhe dizer pelo menos o nome dele sem mentiras. Sei que ela tinha direito de saber quem era seu pai, mas nunca mostrei foto nenhuma dele a ela. E sempre dizia que seu papai estava muito longe e que ele não poderia voltar naquele momento.

Sinto seu estômago ronca. Mel me olha e abaixa a cabeça.

— Filha, você já vai comer, minha linda, espera só mais um pouquinho- ela apenas balançou a cabeça e voltou a fechar os olhos.

Esperei, esperei, mas não conseguir ficar acordada. O cansaço físico e emocional ganhou.

........................

— Senhora, senhora acorde - ouvi uma voz de um homem me chamando.

Abro os olhos.

Um homem de terno e com um rádio de segurança na mão estava na minha frente

— Ainda bem que acordou. o Senhor Cullen está a sua espera.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Continuo com essa fic?
ps: A fic o poderoso homem de preto foi excluída por mim. Mas ela vai ser reescrevi da e postada antes do fim de novembro com o mesmo nome!