POV LEON

–Ela está muito melhor do que imaginávamos, o que aconteceu com ela foi um milagre, com certeza ela tem um bom anjo da guarda que sabe que não é a hora dela morrer. -o médico disse e eu fiquei muito feliz. -Mas isso não quer dizer que ela não corre risco de vida, a chances de ela falecer é de 95%, ela vai passar um bom tempo no hospital o caso dela é gravíssimo, só quem o responsável dela autorizar vai poder visitar. -ele falou e meu sorriso desapareceu, primeiro o risco de morte dela é 95%, segundo o responsável dela é o Germán e ele não vai deixar ninguém vê-la. -Outra coisa, ela está em coma e suponho que vai demorar de meses a anos para ela acordar. -ele disse e eu fiquei pior.

–Anos? –perguntei preocupado.

–Sim, ela sofreu um acidente grave, outra coisa ela estava grávida, de muito pouco tempo mas estava, ela perdeu. –ele disse e eu lembrei que tínhamos ido para a cama juntos.

–É, eu entendo. –falei. –Posso vê-la? –perguntei.

–Sim, mas já te digo ela não vai fazer nada. –ele me alertou.

–Tudo bem. –falei

–Ela está no quarto 10228. –ele me deu um cartão de visitante.

–Obrigada. –agradeci e fui até o quarto.

Pequei o elevador e coloquei no andar da Vilu, enquanto o elevador subia, eu pensava que eu podia perder a Vilu para sempre, mas eu vou fazer de tudo para cuidar o melhor possível das crianças, vou me esforçar ao máximo, quero que quando a Vilu acorde ela fique orgulhosa de mim, e quero que ela saiba que eu acredito nela. Chequei no andar dela e logo avistei seu quarto tinha uma janelinha, olhei dentro da janelinha e vi a Vilu ligada a vários aparelhos, estava cheia de cortes e tinha algumas faixas pelo corpo e na cabeça, abri a porta entrei olhei e Vilu e fechei a porta e chequei mais perto, coloquei uma cadeira perto dela e pequei em sua mão.

–Desculpa. –falei deixando lagrimas caírem. –A culpa é minha, devia ter acreditado em você, mas vou recompensar, em quanto você estiver assim vou cuidar de nossos filhos, vou dar o melhor de mim, eu te prometo. –falei secando as lágrimas. –Vou cuidar de você e de nossos filhos, vou te ajudar a cuidar deles quando você acordar e nunca vou te deixar sozinha, nunca mais na sua vida vou te deixar. –falei sinceramente enquanto acariciava sua mão. –Perdi quatro quase cinco anos da vida de meus filhos, eu te perdoo por ter fugido, eu te entendo, mas agora quero te ajudar a cuidar deles e não perder mais nenhum dia deles, vou levar para a escola, dar banho trocar, dar comida e levar para passear, vou levar para onde eles quiserem ir, mas te prometo que nunca mais vou te abandonar. –falei chorando, terminei de falar e dei um beijo em sua testa.

Fiquei com ela no quarto o tempo todo, olhava cada movimento que os aparelhos mostravam, mas ela não se mexia, não fazia nada, ela estava pálida, irreconhecível. Fiquei com ela a noite toda, dormi no sofá que tem lá, e quando acordei lembrei que tinha que ligar para a Fran. Como não pode ligar dentro da sala eu tive que sair.

–Eu vou ligar para a Fran, já volto. –falei e beijei sua testa para me despedir.

Saí da sala e liguei para a Francesca.

#Ligação on#

–Leon? –ela perguntou.

–Sim, Fran tive notícias dela ontem. –falei.

–E como ela está? –ela perguntou curiosa.

–Ela está viva, mas tem 95% de chance de falecer, ela está me coma. –nem comentei sobre o bebê, acho que não tem motivo.

–Ai não. –a Fran disse preocupada.

–Calma, ela está viva. –falei.

–É mas... –ela ia falar mas eu interrompi.

–Ela está viva, isso que importa temos que ser otimistas, temos que acreditar que ela vai ficar bem. –falei.

–Sim. –ela disse.

–Hoje vou ir vê-la, a é, a Cami me ligou falando que a Daniele não para de chorar, ela quer a Vilu. –a Fran disse com dó.

–Hoje vou pega-los e vou levar eles até minha casa, vou cuidar deles até a Vilu melhorar. –falei preocupado com eles e com a Vilu.

–Onnn, é por isso que sou sua amiga. –a Fran disse.

–Ok Francesca, tenho que desligar. –falei.

–Tchau Leon. –ela se despediu.

–Tchau Fran. –me despedi e desliguei o telefone logo em seguida.

#Ligação off#

Terminei de falar com a Fran e voltei para o quarto da Vilu, tinha que me despedir da Vilu. Entrei no quarto e fui até a cama.

–Tchau meu amor, vou ir cuidar das crianças. –falei e selei nossos lábios, precisava senti-los novamente.

Saí do quarto e pequei um taxi, fui até em casa para pegar meu carro e depois fui até a casa da Camila. Quando cheguei na casa da Camila ela logo me atendeu.

–Graças a deus Leon, a sua filha está chorando entre por favor. –a Camila disse desesperada.

–Onde eles estão? –perguntei entrando.

–Quarto de hospedes, agora eles pararam eu consegui acalma-los. –ela disse fechando a porta.

–Posso? –perguntei apontando para dentro da casa.

–Sim, claro. –ela disse.

Fui até o quarto de hospedes e lá vi os dois brincando, entrei no quarto e a Dani veio em minha direção.

–PAPAI!!! –ela gritou e veio me abraçar, mas me abaixei para ficar do tamanho dela.

–Como você está? –perguntei segurando a cintura dela.

–Tristi, eu quelo a mama. –ela disse chorando.

–Calma, a mama está bem, ela só está um pouco doente, mas eu vou cuidar de vocês. –falei e ela sorriu. –Filho, vem cá. –chamei-o, e ele veio correndo.

–Querem ir para a casa do papai? –perguntei levantando.

–SIM!!! –eles gritaram.

–Então peguem tudo que é de vocês. –falei e eles correram para pegar as mochilas.

–Vejo que animou eles. –a Cami falou entrando no quarto.

–Sim. –falei feliz de estar com eles.

–Aceitou ser pai? –ela me perguntou.

–Lógico, são meus filhos a Fran me convenceu, mas o importante né que vou cuidar deles pela Vilu mas quando ela acordar vou continuar cuidando deles, principalmente porque estou pensando em pedir ela em casamento. –falei e a Cami deu um gritinho.

–Eu sabia. –ela disse e deu um pulinho.

–O quê? –perguntei.

–Eu sabia que vocês iam se casar. –ela disse.

–Pronto papai. –as crianças disseram vindo em minha direção.

–Então vamos, obrigado Cami. –agradeci.

–Obligada por cuida da gente. –o Daniel agradeceu.

–Que nada foi ótimo cuidar de vocês. –ela disse.

Descemos e fomos até a porta chegamos na porta, me despedi da Cami e fui caminho a casa de Violetta, quando cheguei lembrei de um pequeno detalhe, não tinha nem a chave nem o código então liguei para a Fran.

POV VIOLETTA

Depois que bati o carro tudo ficou preto, mas eu lembro de ver um quarto branco, mas eu não conseguia me levantar, não conseguia me mexer, falar, nem abrir os olhos, então foi quando me toquei, eu estava em coma. As pessoas falavam comigo e eu ouvia e via, só não podia fazer nada, e isso estava me matando, estou longe de meus filhos e posso passar anos assim sem poder falar com eles.

Eu estava lá entediada sem poder fazer nada até que alguém entra no quarto e quando vejo é o Leon, ele estava chorando. Ele pegou uma cadeira e colocou ao meu lado, pegou em minha mão e começou a falar coisas lindas, ele disse que vai aceitar as crianças eu queria dar um sinal que eu estava ouvindo mas não dava, eu fazia o máximo de esforço possível para fazer algo mas eu não consegui. Ele dormiu no quarto, naquele sofá duro fiquei com dó de vê-lo assim dormindo desconfortavelmente, mas não podia fazer nada.

De manhã ele me falou que ele ia ir cuidar das crianças, e foi a melhor coisa do mundo ouvir ele falar isso. Depois que ele foi em bora eu fiquei sozinha novamente, mas duas horas depois a Fran entrou no quarto, ela estava com uma cara péssima. Ela chegou mais perto e deixou algumas lágrimas caírem.

–Estou com saudades amiga. –ela começou. –O Leon está péssimo, seus filhos não param de chorar eles estão com saudades, e eu sinto falta de você. –ela disse pegando em minha mão.

Ela acariciava minha mão e eu tentava apertar a mão dela, em sinal de que eu a estava ouvindo, mas não consegui. Ela estava me observando quando o celular dela começa a tocar.

–Leon? –era o Leon.

–Não posso agora. –ele pediu alguma coisa.

–Não pode ser mais tarde? –ela perguntou.

–Tá bom, 22082014. -22082014, espera aí, está é a senha da minha casa.

–A chave? –ela perguntou.

–Vai atrás da casa dela lá vai ter as duas piscinas, atrás das duas piscinas vai ter uma mesa com algumas cadeiras, em baixo da mesa vai ter uma gavetinha, lá tem a chave. –ela está dando minha chave secreta.

–Achou? –ela perguntou.

–Então tá bom, tchau. –ela se despediu.

Agora eu estou brava com a Fran, ela tinha que... Espera aí ele vai para pegar as coisas das crianças, então tudo bem. A Fran ficou comigo até umas sete horas, depois ela foi em bora e fiquei sozinha novamente.

POV LEON

Pequei a chave e entrei na casa da Vilu, as crianças me levaram no quarto deles, pequei todas as roupas que eram necessárias coloquei as roupas de cada um em uma mochila e levei até o porta malas do meu carro, tranquei a casa da Vilu e levei os dois até minha casa.

Cheguei em casa estacionei o carro na garagem, tirei eles do carro, tirei as malas e coloquei na sala.

–Gostaram da casa? –perguntei.

–Sim, a casa é linda. –eles disseram.

–Onde vamos dormir? –a Daniele perguntou.

–Por enquanto no quarto de hospedes, mas amanhã vou pedir para começar a construir o quarto de vocês, e semana que vem eles vão estar prontos. –falei e eles sorriram.

–Vamos morar aqui? –o Daniel perguntou.

–Sim. –falei. –Vocês não querem? –perguntei fazendo bico.

–Quelemos, mas é estlanho a gente sempre morou com a mama. –a Dani disse.

–Eu sei, mas agora vão morar com o papa. –falei pegando os dois no colo.

Pequei os dois no e joguei no sofá, e eles começaram a rir. Fiquei brincando com eles e quando vi já era de noite.

–O que vocês acham de tomar banho e depois fazemos uma pizza para a janta? –propus e eles ficaram com um sorriso de orelha a orelha.

–SIM!! –eles gritaram.

–Entendo o que a mãe de vocês fala. –falei tampando os ouvidos.

–Disculpa. –eles se desculparam.

–Então vamos tomar banho. –falei e fui buscar o roupão deles. –Querem tomar banho de banheira? –perguntei.

–Sim. –eles falaram balançando a cabeça.

–Então vamos. –falei e levei eles até o banheiro.

Enchi a banheira e coloquei eles dentro, deixei eles brincarem por um tempo e depois dei banho neles, tirei eles do banho coloquei o roupão e troquei cada um, deixando cada um com seu pijama. Levei eles até a cozinha e pedi para que me ajudassem a fazer a pizza, acho que foi a vez mais engraçada que já passei na cozinha, enquanto eles me ajudavam eu olhava bem eles e percebia que tinham o jeito igualzinho da Vilu, e eles me ajudavam a superar tudo isso que estava acontecendo. Terminamos a pizza, tiramos do forno e eu coloquei na mesa, coloquei um pedaço para cada um e eles começaram a comer.

–Papa, você gosta da gente? –o Daniel perguntou em quanto mordia um pedaço da Pizza.

–Sim, gosto muito de vocês, vocês são meus filhos. –falei.

–E da mama? –a Dani perguntou.

–Vocês querem saber a verdade? –perguntei e eles assentirão com a cabeça. –Eu não gosto da mãe de vocês. –falei e eles se assustaram. –Eu amo muito ela. –terminei de falar e eles suspiraram. –Mas por que da pergunta? –perguntei.

–Poque a mama te ama muito, quando você bligou com ela, ela foi plo quarto tlancou a porta e ficou chorando. –o Daniel disse.

–Mas todo mundo que se ama briga. –comentei.

Terminamos de comer, mandei os dois escovarem os dentes, e fui colocar eles na cama, primeiro o Daniel, depois a Daniele.

–Boa noite filho. –falei beijando sua cabeça.

–Boa noite papa. –ele disse e fechou os olhos.

Acendi o abajur e saí do quarto, fechando a porta logo em seguida. Fui até o quarto onde estava a Daniele para dar boa noite.

–Confortável? –perguntei.

–Sim. –ela disse. –Posso te pegunta uma coisa? –ela me perguntou.

–Sim. –respondi.

–A mama vai fica bem? –ela perguntou preocupada com a mãe.

–Sim filha, sua mãe é uma mulher forte ela vai ficar bem, quando vocês menos esperarem ela já vai estar aqui novamente. –falei tocando na ponta de seu nariz.

–Eu sei. –ela disse.

–Boa noite filha. –falei beijando sua testa.

–Boa noite papa. –ela disse.

Estava indo em direção a porta quando ela me chama.

–Papa, que dia é hoje? –ela me perguntou.

–Dia 20 do mês sete. –respondi.

–Obligada. –ela agradeceu.

Liguei o abajur me retirei do quarto e fechei a porta. Não entendi o porquê da pergunta, mas deixei pra lá tomei um banho e fui me deitar, dormi em pouco tempo eu estava pensando o que seria de mim sem a Vilu.

POV ANGIE

–Ela vai ficar bem, calma Francesca. –falei tentando aclama-la.

–E se não ficar. –ela estava chorando.

–Não pense nisso, pense que ela vai acordar bem, vai sair de lá bem e vai voltar a vida normal. –falei pegando em seus braços.

–É, vou pensar que ela vai ficar bem e que vai sair de lá o mais rápido possível. –ela disse mais calma. –Obrigada Angie. –ela me abraçou.

–De nada, mas obrigada por me informar. –agradeci.

–Bom, deixa eu ir em bora se não a Julia vai morrer de fome com o Marco. –ela disse rindo e eu a acompanhei.

–Entendo, homens. –falei rindo.

–Tchau Angie. –ela se despediu.

–Tchau Fran. –me despedi.

Ela foi em bora e logo o Germán apareceu atrás de mim.

–O que ela queria? –ele perguntou com a mão no queixo.

–Dar notícias de sua filha. –falei brava.

–Mas a Violetta está bem. -ele disse pouco preocupado.

–Não, eu te falei ontem mas pelo jeito você não ouviu, a Violetta bateu o carro, está em caso grave no hospital está quase morrendo lá naquela cama de hospital. –falei brava indo para cima dele.

–EU NÃO ME IMPORTO!!! QUE ELA MORRA, ASSIM AQUELAS CRIANÇAS VÃO PARA O ORFANATO E EU NUNCA MAIS PRECISO OLHAR NA CARA DELES!!! –ele berrou, e aquilo machucou meu coração.

–ELA É SUA FILHA, ELES SÃO SEUS NETOS E O LEON ESTÁ CUIDANDO DELES!!! –berrei mais alto.

–PRONTO, MAIS UM PARA CUIDAR AGORA VOU TER QUE VOLTAR A VER AQUELAS COISAS NOJENTAS NOVAMENTE!!! –ele me machucou muito, depois disso ele não vai encostar um dedo em minha filha.

–COMO VOCÊ OUSA FALAR ASSIM DA SUA FILHA E DE SEUS NETOS, SUA FILHA TEM 95% DE CHANSES DE MORRER E VOCÊ FALA ISSO, ELA É SUA F-I-L-H-A, VOCÊ A CRIOU. –eu estava muito brava estressada, estava até enjoada com as palavras dele.

–FILHA QUE EU ME ARREPENDO DE TER CRIADO, ELA FOI A PIOR COISA QUE ACONTECEU NA MINHA VIDA!!! –ele disse vindo para cima de mim.

–ELA SEMPRE QUIS SUA FELICIDADE, AGO VOC... –parei de falar.

–O que foi Angeles, ficou com medo de mim. –ele disse.

–AI! –gemi, senti uma pontada na minha barriga.

–A Angeles não começa. -ele estava me desafiando.

–Calma filha, ainda não está na hora. –falei indo me apoiar no móvel. –AAAAAIIIIIII!!! –berrei de dor, coloquei a mão na barriga até que senti algo molhado escorrer por minhas pernas. –A bolsa estourou...