POV VIOLETTA

–Bom, pelo que osso examinar nos exames, o resultado deu negativo, o senhor Leonard Vargas não é pai de Daniele e Daniel. –o médico disse todo formal.

Quando o médico terminou de falar, eu me desesperei, olhei para o rosto do Leon, e estava péssima, não podia ser verdade, as únicas vezes que fui para a cama, foi com o Leon, isso tem que estar errado.

–Não pode ser, tem que dar positivo ele é o pai sim das crianças. –falei segurando as lagrimas que estavam tentando sair.

–Senhorita Castillo, infelizmente seus filhos não são filhos do senhor Vargas. –o médico disse super tranquilo.

–Não acredito que mentiu para mim, nós terminamos aqui. –o Leon disse e saiu bravo da sala.

–Não Leon, espera. –falei e sai correndo atrás dele.

Corri o mais rápido que pude, mas foi complicado eu estava de salto, quando consegui alcança-lo ele estava do lado de fora do hospital.

–Leon espera!!! –pedi.

–Não, eu sabia que você estava mentindo, mas você queria se aproximar de mim de qualquer jeito, só para ter um pai para seus filhos. –ele disse bravo e inconformado.

–Mas Leon, você é o pai deles. –falei.

–Não, eu não sou, e você sabe disso. –ele disse quase gritando.

–ELES SÃO SIM, ACREDITA EM MIM, POR FAVOR. –gritei. –Por favor. –falei baixo já chorando.

–Nunca mais fale comigo. –ele disse e saiu andando.

–Leon. –falei bem baixinho por causa do choro. Peguei meu carro e fui caminho a casa da Fran, tinha que pegar as crianças, eu ficava o caminho todo pensando, pensava que poderia ter perdido o Leon pra sempre, e por um erro do hospital. Eu estava tão destraída que nem vi que o sinal estava vermelho, e quando percebi, um carro veio com toda a força e bateu em minha porta, depois disso tudo ficou preto, lembro do airbag ser disparado, mas depois não lembro de mais nada.

POV LEON

Não acredito, não acredito que ela fez isso, sabia que eles não eram meus filhos, mas agora confundi a cabeça da Daniele, eu não devia ter chamado ela de filha, agora sei que eles não seus meus filhos de verdade, mas é estranho eu sinto uma coisa diferente por eles, não é como o que eu sinto pela Julia, ou pelo Christian, é mais forte parece que conheço aquelas crianças a muito tempo, mas tenho que deixar eles pra lá, eu sempre sonhei em ter filhos, e sempre quis que fossem da Violetta, e eu ainda tenho este sonho. Mas mesmo assim eu nunca mais quero olhar na cara dela, ela fez uma coisa muito grave ela não podia ter mentido deste jeito, falar que eles são meus filhos sendo que não sou, a me poupe.

Eu estava andando por uma praça, quando vejo a Fran vindo em minha direção com uma cara de muito brava, e ela estava com as crianças, elas estavam de uniforme, mas pera ai, por que a Vilu não está com as crianças.

–O QUE VOCÊ FEZ LEON???!!! –ela gritou ao chegar em meu lado.

–Eu, eu não sei do que você está falando, eu não fiz nada. –falei na defensiva, mas era verdade não sabia do que ela estava falando.

–A Leon toma vergonha na cara, minha amiga está em uma ambulância neste momento correndo risco de vida e você não fez nada, eu sei que você estava com ela, o que você fez? –ela perguntou ainda brava.

–Zia Fran cosa é sucesso mamma? (Tia Fran o que aconteceu com a mamãe?) –a Daniele perguntou acho que em italiano.

–Niente, è solo un po 'malato. (Nada, ela só está um pouco doente) –a Fran respondeu, e se ela respondeu, sim é italiano.

–Dá para falar na minha língua, eu não estou entendendo. –falei bravo.

–Não, não vou traduzir o que sua filha perguntou, mas para dar uma dica, ela está preocupada com a mãe. –a Fran disse.

–O que aconteceu com a Violetta? –perguntei preocupado.

–Se eu fosse você também ficaria preocupado. –ela disse. -I bambini, andare a giocare nel parco giochi, sarà. (Crianças, vão brincar no parquinho, vão). –só para me irritar ela vai falar italiano.

–Sì. (sim). –eles responderam juntos e foram até o parque.

–O que aconteceu, fala por favor. –implorei, estava preocupado com a Vilu.

–Os paramédicos disseram que ela passou no sinal vermelho, e um carro que vinha na direção do carro dela, bateu com toda a força possível na porta do lado onde ela estava, e o carro dela capotou duas vezes para o outro lado por causa do impacto da batida, ela e o outro motorista estão feridos, mas a Vilu está bem pior, ela ficou presa nas ferragens, ela teve ferimentos muito graves, eu a vi indo para a ambulância, lógico sem as crianças, mas eu a vi, chorei de ver aquela cena Leon, ela estava com vários cortes, estava em carne viva em muitas partes do corpo, até na cabeça, ela quebrou ossos, ela estava destruída, só para ter ideia, se a ambulância não chegasse naquele momento ela já estaria morta, ela ficou presa nas ferragens do carro. –a Fran disse chorando, e aposto que deixei algumas lagrimas escorrerem.

–Em que hospital ela está? –perguntei rápido, querendo ir ver a Vilu, me desculpar com ela.

–Está no hospital San Don Pedro. –ela respondeu.

–Preciso vê-la. –falei e saí correndo.

–Espera, você está a pé e o hospital é longe, vamos em meu carro. –ela disse mostrando a chave.

–Então vamos. –falei apressado.

–Crianças. –a Fran chamou e eles vieram rapidinho.

–Onde a gente vai? –o Daniel perguntou.

–Vamos no hospital. –a Fran falou pegando na mão deles.

Fomos para o carro da Fran e fomos caminho ao hospital, mas no caminho comecei a pensar, como a Fran ficou sabendo.

–Fran, como você ficou sabendo? –perguntei.

–No celular da Vilu, meu número e o da Angie estão como números de emergência. –ela me respondeu bem concentrada na rua.

–Entendi. –falei.

O resto do caminho foi silencio, quer dizer as crianças estavam cantando no banco de trás, mas entre eu e a Fran, não trocamos uma palavra, acho que ela está brava comigo. Finalmente chegamos, e eu pulei do carro, entrei correndo no hospital, e logo na recepção vi a Angie sentada, que quando me viu levantou e foi me segurar pelos ombros, ela sabia que eu estava muito preocupado com a Vilu.

–Ei Leon, fica calmo você não vai poder vê-la agora, ela está fazendo uma cirurgia. –a Angie disse me segurando e me levando até o sofá.

–Como ela está Angie? –a Fran perguntou chegando ao nosso lado.

–Nada bem, ela chegou na parte de emergência e foi direto para a cirurgia, se não ela não iria sobreviver. –a Angie disse triste.

–E 'la madre di chi si sta parlando? (É da mama de quem vocês estão falando? ) –a Dani perguntou preocupada.

–Sí. (Sim). –a Fran respondeu. –Mas podem falar em Espanhol, não tem problema. –a Fran falou.

–Tá bom. –o Daniel respondeu.

–A mama vai morre? –a Dani perguntou chorando.

–Não. –falei. –Ela só está com os médicos para ficar melhor. –falei para acalma-los, mas eu estava com o mesmo medo deles.

–Gente, só um minuto que eu vou fazer uma coisa. –a Fran falou e saiu.

–Faz quanto tempo que ela entrou na sala? –perguntei a Angie.

–Faz uns dez minutos. –ela respondeu meio triste.

–Quanto tempo será que vai demorar. –perguntei impaciente.

–Calma Leon vai dar tudo certo. –ela disse me acalmando.

–Gente a Cami vai ir pegar as crianças na casa da Vilu, vou leva-los lá, e vou precisar entrar na casa dela, tenho que pegar uma roupa para eles, eles não podem ficar de uniforme. –a Fran disse pegando a chave do carro na bolsa.

–Como você vai entrar? –ele perguntou.

–Dã, eu tenho a chave Leon, a Vilu me deu uma cópia para quando precisasse. –ela disse como se fosse a coisa mais óbvio do mundo.

–Mas para entrar na casa dela também precisa de código. –falei desafiando-a.

–Eu sei o código Leon. –ela disse e pegou na mão das crianças. –Vamos crianças. –ela disse me encarando.

–A gente vai pla casa? –o Daniel perguntou.

–Sim. –ela respondeu e saiu andando.

POV FRANCESCA

Eu estou muito brava com o Leon, sei que foi por culpa dele que a Vilu bateu o carro. Eu estava no carro indo para a casa da Vilu e o tempo todo eu pensava nela, se eu a perdesse eu não sei se ficaria bem, nós passamos por tantas coisas juntas, aprontamos tantas coisas, seria difícil ficar sem ela mas eu estava mais preocupada com as crianças, eles iriam sofrer muito. Estava pensando tanto na Vilu na Vilu que nem percebi que já tínhamos chego. Desci as crianças do carro, entrei na casa da Vilu, e comecei a olhar, ela é gigante eu nunca tinha entrado, não faço ideia de onde fica o quarto deles.

–Vem cá tia Fran, meu quato é aqui. –a Dani falou puxando minha mão.

–Então vamos. –falei sorrindo, essas crianças são uma graça.

Fui com a Daniele até o quarto, e o Daniel foi para o quarto dele. Quando entrei no quarto eu me impressionei, ele é gigante e a cama dela é uma castelo, a Vilu faz mesmo tudo por eles. Pequei umas três roupas para ela e dois pijamas, depois fui para o quarto do Daniel, e quando abri o guarda roupa dele percebi que a Vilu comprava roupas para ele como se comprasse para o Leon, a roupa que eles tem são muito parecidas, pequei para ele o mesmo tanto de roupas que peguei para a Dani. Estava escolhendo as roupas quando ouço a campainha tocar, e sabia que era a Cami, fui até a porta abrir para ela.

–Oi Cami. –falei em um tom triste.

–Oi Fran, a casa da Vilu é enorme, linda, perfeita!!! –ela disse encantada.

–É mesmo. –falei ainda em tom chateado.

–O que aconteceu que você não quis me contar pelo telefone? –ela perguntou sabendo que tinha algo de errado.

–Cami, a Vilu sofreu um acidente muito grave de carro, e ela está correndo risco de vida. –falei entre choros.

–Não! –ela falou levando as mãos até a frente dos lábios.

–Quero que fique com os filhos dela, preciso ir até o hospital, tentei leva-los mas eles são muito mais inteligentes do que você imagina, eles sabem que alguma coisa aconteceu com a mãe deles, mas só não sabem que é tão grave. –falei e vi que a Camila estava apontando para atrás de mim. –O que foi? –perguntei.

–Atrás de você. –ela disse sorrindo.

Quando olhei para trás eu vi a Daniele e o Daniel atrás de mim, me olhando.

–A mama não está bem, o que ela tem? –a Daniele perguntou.

–Acho melhor vocês sentarem. –a Cami falou.

Eles foram até o sofá e nós duas fomos juntas.

–Crianças, a mãe de vocês bateu a cabeça, e ficou doente, mas ela está bastante doente e para ela melhorar ela vai ter que ficar no hospital. –tentei explicar do melhor jeito, do jeito menos dolorido.

–Ela vai morre? –o Daniel perguntou fazendo bico de choro.

–NÃO!!! –a Cami gritou. –Ela vai ficar bem, mas vai ter que ficar no hospital. –ela falou mais calma.

–E quem vai cuida da gente? –a Daniele perguntou.

–Bom, hoje vocês vão ficar com a tia Cami, mas depois vou ver. –falei.

–Quelo o papa. –ela disse.

–Quem?! –eu e a Cami perguntamos juntas.

–O papa. –ela continuou.

–Ann?! –perguntamos novamente.

–O tio Leon. –ela disse.

–Quem disse que ele é seu pai? –a Cami perguntou.

–Ele e a mama. –ela continuou.

–Ok, não sabia, mas vou falar com ele. –falei. –Mas vamos nos arrumar logo, preciso ir no hospital. –falei me levantando.

Terminamos de arrumar os dois, peguei uma mochilinha para cada um e a Cami foi em bora com eles, tranquei a casa da Vilu e fui para o hospital. Chequei lá e estavam os dois, e o Leon estava muito impaciente.

–Ela ainda não saiu da sala de cirurgia? –perguntei.

–Não, e acho que está demorando demais. –o Leon disse batendo o pé.

–Calma Leon, ela vai ficar bem. –a Angie tentou acalma-lo.

–É, ela é forte. –falei.

Me sentei ao lado deles, eu e Angie tentávamos acalmar o Leon, mas se dava certo? Lógico que não dava mas pelo menos isso teve um ponto positivo, isso mostra como o Leon gosta da Vilu. Depois de duas horas esperando a Angie resolve ir embora, mas também tadinha ela está gravida de oito meses, ficar sentada desconfortavelmente não é nada bom. A Angie foi em bora, e mais uma hora se passou, e nada de noticias sobre a Vilu, até que lembrei de uma coisa.

–Leon. –chamei-o.

–Fala Fran. –ele respondeu.

–A Daniele falou que queria ficar com o pai, ela quer que você cuide dela, ela está com medo de perder a mãe, e para passar por isso ela quer você. –falei e ele ficou com uma cara péssima. –O que foi? –perguntei.

–Eu estou confuso, não sei se sou pai deles, mas eu a chamei de filha, mas não tenho certeza. –ele disse.

–Mas eu tenho certeza, antes de ir embora a Vilu foi até minha casa e me mostrou o exame de gravidez, e estava como positivo, ela saiu daqui grávida, mas não quis te contar. –falei pegando em seu ombro.

–Você não está mentindo para mim né Francesca? –ele perguntou desconfiado.

–É lógico que não, ela até guarda aquele exame, não sei onde mais guarda. –falei.

–Não sei o que fazer, se acredito ou não, não sei. –ele disse.

–Por mim você deve acreditar, mas se não quiser não precisa mas te digo que seus filhos precisam de você, e se o pior acontecer você vai ter que cuidar deles, se não vão para adoção. –falei e ele arregalou os olhos.

–Essa noite quero ficar com a Vilu, mas os outros dias eu vou cuidar deles, prometo. –ele disse todo carinhoso.

–A Vilu vai ficar orgulhosa de você. –falei sorrindo.

–Mas é isso que eu quero. –ele disse.

Ficamos mais uma hora, e já tinham dado oito horas, eu preciso ir para a casa cuidar dos meus bebês, tanto do grandão quanto da pequena, que dá menos trabalho.

–Leon, vou para casa tenho que cuidar das crianças. –falei me levantando e pegando a bolsa.

–Tudo bem, te ligo quando souber de algo. –ele disse.

–Ok, tchau Leon. –falei dando um abraço e um beijo de despedida.

–Tchau Fran. –ele disse se despedindo também.

Pequei o carro e fui para casa, quando cheguei a Julia estava chorando que nem uma desesperada, e o Marco estava tentando acalma-la.

–O que está acontecendo aqui. –perguntei fechando a porta.

–Não sei, ela está chorando faz uma hora. –ele falou balançando-a.

–Já tentou dar a mamadeira. –perguntei colocando minha bolsa na mesa.

–Não. –ele disse baixo.

–Vem cá filha. –falei pegando-a no colo.

–Mas ela mama ainda. –ele disse querendo dar uma desculpa.

–Ela só mama de vez em quando. –falei.

–i dai vai saber que ela quer mamar em você não na mamadeira. –ele queria dar uma desculpa.

–Ok, eu dou de mama para ela, mas a próxima vez ne, vem querer dar desculpas. -falei e fui para o quarto dela.

Fui para o quarto da Julia, troquei a frauda, dei um pouco de mama, dei banho troquei-a, dei mais um pouco de mama e ela logo dormiu.

POV LEON

Acabou ficando apenas eu, posso esperar quanto tempo for para que a Vilu fique bem. Depois que a Fran foi em bora dez minutos depois o médico apareceu.

–Paciente Violetta Castillo. –ele chamou um acompanhante.

–Eu. –falei me levantando.

–O senhor é? –ele me perguntou.

–O namorado dela. –falei. –Como ela está doutor? –perguntei.

–Ela está m...