*Quatro meses depois

POV VIOLETTA

Hoje é o tão esperado dia, meu casamento com o Leon.

Eu estou na frente da igreja com uma ansiedade me corroendo totalmente. Estou me casando com seis meses de gravidez certinho, minha barriga não está tão grande mas estou casando grávida o que piora minha situação. Descobri mês passado o sexo do bebê e me deixou bem feliz, assim como o Leon, é um menino.

Eu estou na frente da igreja esperando para entrar, todos já entraram menos eu, os pequenos e a Angie.

–Angie. –olho para a Angie.

Ela simplesmente olhou para mim.

–O papai não vem? –perguntei percebendo que o papai não estava.

Ele não me perdoou até hoje.

Angie negou com a cabeça e eu assenti em seguida com lagrimas querendo escorrer.

–Não chora, vai borrar a maquiagem. –ela abanou meu rosto.

A Angie vai entrar comigo já que o papai não vem e eu não tenho tio ou avô, e ela é minha tia.

Chegou a hora de eu entrar, suspirei, olhei meus filhos e acariciei uma vez minha barriga. Olhei para a Angie e ela me olhou com um sorriso enorme em meu rosto.

Comecei a andar tentando não tropeçar, olhava fixamente para o Leon que estava com um sorriso lindo em seu rosto, a cada paço que eu dava eu pensava em tudo que já passei, meus anos no Studio, minha vida com o Leon, meus amigos, minha vida na Itália, meus filhos, pensava na minha vida. Estava triste mas feliz, o papai não veio, sempre sonhei com esse momento e com o papai me entregando ao Leon, com o papai me olhando e confiando em mim, mas não, ele não estava lá para me acompanhar.

Faltava um passo para eu chegar no Leon, meu coração começou a acelerar gritando “Leon! Leon! Leon!” tudo que eu precisava era do Leon ao meu lado.

O Leon esticou a mão, coloquei minha mão sobre a dele e ele me ajudou a subir o pequeno degrau que tinha.

O padre começou a falar e eu nem prestava atenção, simplesmente olhava para o Leon que também olhava fundo em meus olhos, era muito boa a sensação de ser a próxima senhora Vargas. O padre ainda falava quando a porta da igreja começou a ranger em sinal de que estava se abrindo, as crianças ainda não entraram então pensei que eram eles aprontando, mas não, quando olho vejo o papai com um terno. Ele entrou e se sentou na primeira fileira. Eu sorri e meus olhos ficaram encharcados de emoção, ele olhou para mim e assentiu sorrindo, isso foi um sinal de confiança que eu estava louca para ver. Olhei para o Leon e ele sorriu ao ver minha felicidade. A Daniele e o Daniel entraram se aproximando de nós.

–As alianças. –o padre pediu.

Daniele e Daniel se aproximaram de nós, o Leon pegou uma aliança.

–Eu Leonard, recebo-te por minha esposa a ti Violetta, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida. –o Leon falou olhando-me enquanto colocava a aliança.

Pequei a outra aliança.

–Eu Violetta recebo-te por meu esposo Leonard e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida. –falei sem tirar os olhos do Leon e colocando também a aliança.

–Leonard Vargas você promete, diante de Deus e destas testemunhas, receber Violetta Castillo, como sua legítima esposa para viver com ela, conforme o que foi ordenado por Deus, na santa instituição do casamento? Promete amá-la, honrá-la, consolá-la e protegê-la na enfermidade ou na saúde, na prosperidade ou na adversidade, e manter-se fiel a ela enquanto os dois viverem? –O padre olhou para o Leon, assim como todos presentes na igreja.

–Aceito. –o Leon falou calmo e confiante.

–Violetta Castillo você promete, diante de Deus e destas testemunhas, receber Leonard Vargas como seu legítimo esposo, para viver com ele, conforme o que foi ordenado por Deus, na santa instituição do casamento? Promete amá-lo, honrá-lo, respeitá-lo, ajudá-lo e cuidar dele na enfermidade ou na saúde, na prosperidade ou na adversidade, e manter-se fiel a ele enquanto os dois viverem? –todos voltaram os olhares para mim.

–Aceito.

–Com o poder em mim investido eu os declaro marido e mulher, pode beijar a noiva. –foi só padre falar que o Leon me beijou.

Ele me beijava como se não houvesse ninguém ali além de nós. Percebi que o nosso beijo estava durando de mais então me afastei do Leon.

–As crianças. –sussurrei.

–Eu sei. –ele me deu mais um selinho.

Dei a mão para o Leon e saímos de mãos dadas. Saímos da igreja e fomos até o salão de festas na limusine. O Leon não parava de me olhar de me olhar um segundinho.

–Comprei passagens para Paris. –ele falou me abraçando.

–Você não tinha me contado. –falei me aconchegando em seus braços.

–Era uma surpresa, comprei as duas passagens semana passada. –ele falou sorridente.

–Duas, como assim duas?

–Sim, eu e você.

–E os pequetitos? –perguntei.

–Eles vão ficar com a Angie. –ele falou despreocupado.

–Nunca fiquei longe deles. –falei preocupada.

–Eles vão ficar bem meu amor. –ele me deu um selinho.

–Espero que sim. Quanto tempo vamos ficar lá? –perguntei.

–Um mês, não quero que você complete sete meses lá, não quero correr o perigo de o bebê nascer lá.

–É, não seria legal ter o bebê em outro lugar.

Chegamos no salão de festas e já estavam todos lá a nossa espera. Sem nem pensar eu corri na direção do papai e o abracei com o máximo de força que tinha no momento.

–Estou feliz por você. –ele beijou minha bochecha.

–Eu estava com saudades. –falei deixando uma lagrima de emoção escorrer.

–Eu te amo. –ele limpou minha lagrima.

–Eu também. –abracei-o novamente.

–Não vou mais brigar com você. –ele segurou minha mão e dando um beijo. –Vai ser um prazer cuidar dos meus netos enquanto você está na sua lua de mel.

–Você já sabia?

–Sim, a Angie me contou, vou cuidar bem deles.

–Eu sei que vai.

Depois de me reconciliar com o papai eu fui ficar com o Leon. Começou a tocar uma música lenta então todos os casais foram para a pista de dança, principalmente eu e o Leon. Começamos a dançar olhando um ao outro sem nem ligar para as outras pessoas. Do nada o Leon arregalou os olhos olhando algo atrás de mim.

–Eu não posso acreditar. –ele falou.

–O que foi Leon?

–Olha. –ele apontou.

Vi a Dani dançando com o Christian a música lenta, eles estavam um pertinho do outro.

–Onn, que fofo. –sorri.

–Eu vou lá. –ele disse bravo.

Segurei em seu braço

–Deixa a Dani em paz, eles não estão fazendo nada. –falei.

–Vou tentar. –ele me deu um selinho.

Voltamos a dançar até a música lenta acabar, quando a música lenta acabou eu fui me sentar, afinal, eu estou gravida de seis meses cravado e minha barriga pesa mesmo não estando muito grande.

Estava sentada quando a Fran e a Cami apareceram.

–Parabéns amiga. –a Fran me abraçou.

–Obrigada.

–Parabéns Vilu. –a Cami me abraçou.

–Obrigada Cami, como está o Henry.

–Bem, meu menininho. –a Cami deu um beijo na mãozinha do Henry.

–Daqui a pouco tempo vou ter o meu. –falei pousando minha mão em minha barriga.

–Onde vocês vão passar a lua de mel? –a Fran perguntou.

–Paris.

–Uhh, paris, o país do amor. –as duas riram.

–Vão ficar lá quanto tempo? –a Cami perguntou.

–Um mês, vou voltar com sete meses certinho, não queremos que o bebê nasça lá.

–Ia ser legal, dois filhos italianos e um francês.

Fiquei conversando com as meninas quase que a festa toda. Quando deu uma hora da madrugada as pessoas começaram a ir em bora, e meus filos já estavam dormindo no sofá do salão de festas. Quando deu quatro da madrugada estávamos eu, o Leon, as crianças, a Angie, o papai e a Julietta. Fomos em bora do salão de festas porque afinal amanhã eu e o Leon vamos ir para a França né.

Hoje acordei tarde, acordei dez horas e ainda estava exausta. Eu e o Leon começamos a arrumar as malas. Quando deu onze horas já tínhamos arrumado todas as malas, até as malas dos pequenos que vão ficar na casa do papai.

Deixamos as crianças na casa do papai, a Daniele fez um belo de um escândalo.

–Eu vou voltar meu amor. –eu tentava convence-la.

–Não, mamma. –ela estava abraçada a mim chorando.

–Vai ser rápido, você nem vai perceber que eu fui, eu vou e depois volto. –continuava na tentativa de convence-la.

–Não... –ela chorava desesperadamente.

–Calma meu amor. –peguei-a no colo.

–Vilu... –o Leon reclamou por eu ter pego ela no colo.

–Calma Leon. –olhei pra ele.

Saí andando pela casa do papai para tentar acalmar a Daniele, ela estava até soluçando de tanto chorar. Fui para o meu antigo quarto que ainda estava intacto, entrei e fechei a porta deixando eu e a Dani sozinhas.

–Não vai mamma. –ela soluçava.

–Shh. –apoiei a cabeça dela em meu ombro.

–Não quelo fica aqui, não quelo fica com o vovô. –ela deitou a cabeça sobre meu peito deixando-a confortável.

Quando ela falou que não queria ficar com o avô eu suspirei triste.

–Ele não vai te machucar, amor. –prometi.

–Eu não quelo mamma. –ela continuava chorando.

–Eu não posso te levar, princesa.

–Não... Eu... não quelo... –ela parava por causa do soluço.

Deitei ela na cama por que estava começando a ficar pesada, carregar um bebê e uma menininha de 5 anos começa a pesar.

–Fique aí. –pedi.

Fui até a estante do quarto e abri a gaveta onde tinha uma coisa muito importante para mim, meu diário. Sorri ao pega-lo. Voltei para a cama e me sentei encostada na cabeceira junto com a Daniele.

–O que é isso, mamma. –ela estava começando a parar de chorar.

–Isso é meu, é meu diário, ele é muito importante para mim. –falei. –Aqui... –falei abrindo. –Tem uma arte que adoro, é a que eu mais gosto. –estava procurando a página.

Comecei a folear o diário a procura da página, quando achei sorri.

–Olhe. –dei uma foto para ela. –Esses bebês são você e o Daniel quando eram bebês, vocês dois eram as coisas mais lindas e fofas do mundo, desde que vocês nasceram eu sempre me preocupei com vocês e odiava ficar longe de vocês, mas quando eu precisava sair sem vocês eu sempre pensava “Eles vão ficar bem Violetta, fica calma” eu tinha medo de algo acontecesse com vocês, mas eu sabia que teria que deixar vocês de novo e de novo e sabia que vocês ficariam bem.

–E nós ficamus bem? –ela perguntou.

–Sempre, e eu sei que sempre vão ficar. –falei. –E enquanto eu viajo eu preciso que alguém cuide do diário para mim, então Dani, você faria a honra de cuidar dele para mim

–Sim. –ela me abraçou sorridente.

É assim que gosto de ver minha filha.

–Então enquanto eu viajo você cuida bem dele, está bem?

–Tá. –ela assentiu.

–Peque. –dei o diário na mão dela.

Consegui convence-la.

Nos despedimos de todos e partimos para o aeroporto. Deixamos o carro em casa e fomos de taxi para o aeroporto. Chegamos no aeroporto na hora, logo que entramos chamou nosso voo. Embarcamos com um sorriso enorme no rosto.

Nos sentamos na parte de luxo que o Leon alugou.

–Você é louco. –ri.

–Louco por você. –ele me deu um selinho.

Ele me abraçou e eu me aconcheguei em seus braços, acabei dormindo, afinal eu ainda estou cansada.

POV LEON

A Violetta mal entrou no avião e logo adormeceu em meus braços. Eu acabei dormindo também.

Acordei e já tínhamos chego então acordei a Vilu.

–Meu amor. –chamei-a.

Ela acordou e me olhou ainda sonolenta.

–Chegamos. –falei e ela assentiu.

Saímos do avião, pegamos todas as malas e fomos pegar um taxi para nos levar até o hotel onde paguei pelo quarto de luxo para mim e para a Vilu. O taxi chegou, nós colocamos todas as malas e seguimos para o hotel que era um pouco longe, a Vilu olhava encantada a cidade, os olhos dela bralhavam ao ver a linda cidade.

–Calma, nós vamos ver toda a cidade. –coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. –Principalmente a Torre Eiffel.

–Você é o melhor. –ela me deu um selinho.

Finalmente chegamos no hotel, mal saímos e já vieram ajudantes para pegar as malas, colocaram em um carrinho e levaram para dentro. Dei a mão para a Vilu que segurou e entrou de mãos dadas comigo.

–Vai ver o hotel que eu vou pegar a chave para o quarto. –dei um selinho nela.

–Tá. –ela assentiu.

Fui até a recepção para pedir as chaves do quarto.

–Com licença, eu aluguei a suíte de luxo.

–Sim. –ela olhou a tela do computador. –Senhor Vargas, não?

–Sim. –respondi.

–último andar quarto 5.000. –ela me deu dois cartões. –Uma chave para você e outra para sua esposa. Suas malas já estão sendo levadas para o quarto.

–Obrigada. –agradeci colocando os dois cartões no bolso.

Agradeci e fui procurar a Vilu, que como eu imaginei devia estar vendo as piscinas. Ela estava em pé olhando o horizonte onde tinham várias piscinas, quadras, salas, e o parquinho.

Pequei no ombro dela e ela levou um susto.

–Vamos conhecer o quarto. –falei e ela assentiu.

Entramos e demos de cara com uma linda sala com um lustre de cristais e uma mesa de centro rodeada por cadeiras e espreguiçadeiras de luxo. A sala dava para o quarto enorme com uma cama linda, janelas enormes assim como a cama e uma TV de tela plana gigante. O banheiro tinha uma bela jacuzzi que ocupava quase o banheiro todo.

–É lindo. –a Vilu falou se sentando na cama.

–Tudo pra você. –me sentei ao seu lado. –Agora vamos tomar um banho para irmos a um lugar.

–Onde vamos? –ela perguntou.

–É surpresa. –dei um selinho nela. –Agora vamos tomar banho.

Tomamos um banho até bem demorado, nos trocamos e pegamos outro taxi que vai nos levar a Torre Eiffel. O caminho todo eu fui abraçado com a Vilu. Ela não parava de sorrir por um minuto, é muito bom vê-la assim tão feliz. Quando chegamos coloquei uma venda nela o que a irritou um pouquinho.

–Leon, posso tirar por favor. –ela pediu batendo o pé.

–Só mais um minutinho. –falei rindo.

Andamos só mais um pouco.

–Pronto, pode tirar. –permiti.

Ela tirou e suspirou fundo ao ver o que tinha em sua frente.

–A Torre Eiffel. –falei abraçando-a.

–Não tem como ser melhor. –ela olhou para mim.

–Tem, tem um jeito de ficar bem melhor. –falei e ela não entendeu.

–Qual é o jeito de ficar melhor? –ela perguntou com expressão de dúvida.

–Assim. –falei e pequei-a em um beijo.

Um beijo romântico e apaixonado!

*Nota final importante