Amor Leonetta! escrita por Tuka


Capítulo 21
É igual...


Notas iniciais do capítulo

Olá povo bonito, como vocês estão? Gostaram do natal do pessoal do Studio? Acho que sim pois li lindos comentários e quero agradecer a todos.
Aqui está outro capítulo para vocês, espero que gostem!



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POV FRANCESCA

*Três meses depois

Hoje é o dia, o dia que eu vou lutar pela guarda da Julia. Muita gente vai estar lá, o Marco (óbvio), a Vilu e o Leon, a Camila e o Broduey, o Diego e meus pais. Depois de três meses de briga, finalmente vai acabar.

Eu tinha me vestido com uma roupa social, um conjunto de calça e blusa, penteei o cabelo, passei uma leve maquiagem e fui pegar a Julia para vesti-la. Lógico que ela não estava no quarto porque até hoje ela se esconde. Comecei a procura-la mas nada daquela menina aparecer.

–JULIA!!! –chamei-a.

Ouvi uma gargalhada ao passar pela cozinha.

Me abaixei e abri o armário, logo que abri vi uma menininha de cabelos negros, olhos caramelos e pele branquinha com a mão na boca rindo.

–Minha menininha esperta. –falei pegando-a.

–Buita. –ela falou mexendo no meu cabelo.

–Você também. –dei beijos nela. –Agora vamos se trocar para não atrasar.

Levei-a para o quarto e coloquei um vestido nela e como detalhe uma tiara na cabeça combinando com o vestido.

Pequei minha bolsa e dei minha mão para a Julia pegar a guiei até o carro onde coloquei-a na cadeirinha, me sentei no banco do motorista e comecei a dirigir indo para o fórum.

Cheguei lá e a Vilu estava na porta roendo as unhas de nervosa. Estacionei o carro, tirei a Julia, tranquei o carro e fui na direção da Vilu com a Julia no colo.

–Está atrasada Fran. –a Vilu pegou a Julia no colo.

–Me desculpe. –falei entrando.

–Fala isso pro juiz, ele está impaciente. –Ela falou me guiando.

Entrei correndo e vi o Leon, o Diego o Broduey e a Camila. Entrei na sala onde estavam o Juiz e o Marco, logo que entrei o Marco me olhou com desprezo e o Juiz também.

–Odeio impontualidade. –o Juiz disse sério.

–Me desculpe, não costumo ser impontual. –falei me sentando.

–Vou começar ouvindo Marco, pai da menor Julia Cauviglia Tavelli. Comece. –ele pediu para o Marco começar.

–Onde posso começar... –o Marco falou pensando. –Eu sempre cuidei bem da minha filha, desde que ela nasceu eu sempre cuidei dela, pegava ela quando chorava, trocava a frauda e sempre acordava no meio da noite quando ela chorava. Mas agora a Senhora Cauviglia comprou um apartamento e não ia mais pra casa, ela a levava com ela e não me deixava vê-la sempre que eu pedia ela recusava. –o Marco mentiu a história toda. –A senhora Cauviglia não alimentava a filha, era sempre eu que tinha que dar mamadeira porque ela não queria dar de mama, e ela saia e só voltava tarde da noite e nem me dava oi nem mesmo olhava pra cara da filha, ela simplesmente chegava em casa, tomava banho e ia dormir sem dar janta para a Julia, sem trocar a Julia, ela nem mesmo olhava na cara da Julia...

–MENTIROSO! –pulei da cadeira.

–Quieta senhora Cauviglia. –o juiz disse firme. –Prossiga.

–Uma vez fui dar banho na minha filha e vi vários machucados, como não tinha sido eu imaginei que tinha sido a mãe dela, afinal ela ficava ou comigo ou com a mãe, por isso não deixei mais a Francesca vesti-la ou dar banho na Julia.

–MENTIROSO, FICA QUIETO SEU IDIOTA!!!- eu estava inconformada que ele estava falando mentiras.

Ele estava falando o que eu devia falar.

–Senhora Cauviglia, se não ficar quieta vou chamar os seguranças. –o Juiz falou olhando feio para mim.

Me sentei e cruzei os braços.

–Já terminou? –o Juiz perguntou.

–Sim. –o Marco se sentou relaxado.

–Senhora Cauviglia comece. –o juiz disse me olhando com um olhar desconfiado.

–Primeiro eu protesto tudo que este senhor disse. Ele nunca fez nada pra mim nem pra Julia. Quando ela nasceu acordava quatro vezes no mínimo por noite e o senhor Marco sempre se recusava a levantar e pega-la. Toda vez que eu a deixava com ele eu chegava em casa e ela estava sempre chorando de fome e quase sempre com a frauda suja também. –falei sincera. –Me mudei para o apartamento porque o Marco não ligava para nós, sempre nos deixava de lado.

–E o que a senhora diz sobre os machucados encontrados na menina. -o Juiz perguntou ainda desconfiado.

–Um dia a Julia não queria mais vir comigo, ela chorava toda vez que eu chegava perto dela, mas só um dia eu reparei que ela estava machucada, mas eu nunca levantei a mão para minha filha e nunca levantarei. –terminei de falar.

–Terminou? –ele perguntou.

–Sim.

–Quero que se retirem.

Nos retiramos da sala e fui logo pegar Julia no colo.

POV NARRADORA

Francesca estava com uma sensação estranha, ela sentia que o Juiz tinha acreditado mais no Marco do que nela e por esse motivo pegou a filha no colo e a abraçou.

–Deixe-me pega-la. –Marco pediu para pegar a filha.

Francesca não podia recusar então esticou os braços com a menina em mãos. Francesca tremia de nervoso mas não via o mesmo em seu antigo marido.

Marco levou Julia para longe com ele e começou a cochichar no ouvido da menina, Francesca não conseguia ouvir mas ficou desconfiada. Marco cochichava e pela sorte dele e azar de Francesca aquela menina era muito inteligente e estava entendendo tudo que o pai a dizia.

–O juiz está chamando o senhor Vargas. –a ajudante do juiz chamou.

Leon a seguiu até a sala onde teve de se sentar em frente ao juiz, Leon estava nervoso por ser amigo dos dois mas sabia que era apenas falar a verdade.

–Então senhor Vargas, o que você sabe sobre o senhor Marco? –o Juiz perguntou.

–Bom...

Leon falou o que sabia, não mentiu em nada não querendo prejudicar nenhum dos dois.

O juiz começou a chamar um por um dos amigos e cada um não mentiu em nada, nadinha de nada com o mesmo proposito que Leon, não queriam prejudicar ninguém. O Juiz falou com todos mas ainda precisava de mais testemunhas para ter certeza de sua decisão, ele pensou e resolveu chamar Julia mesmo sabendo que ela era muito nova.

–O Juiz quer ver a Julia Cauviglia. –a mesma mulher apareceu.

Francesca arregalou os olhos, ela não acreditava que o Juiz queria falar com a Julia, ela é apenas uma criança.

–Ela é só uma criança! –Francesca quase gritou, mas pulou do banco. –Vocês não podem fazer isso! –Ela estava totalmente inconformada com a situação.

–Quieta senhora Cauviglia.

Julia entrou no colo da assistente, logo que entrou se sentou no mesmo lugar onde os outros tinham sentado. Julia estava confusa ela só tem dois anos não sabia o que estava acontecendo então abaixou a cabeça.

–Olá Julia. –o Juiz disse simpático.

–Oi. – Julia respondeu baixo.

–Eu vou fazer umas perguntas pra você tudo bem? –o Juiz se levantou pegou uma cadeira e se sentou na frente de Julia.

Julia assentiu.

–Você gosta do seu pai?

Julia apenas assentiu.

–E da sua mãe?

Julia demorou um pouco para responder porque estava pensando, mil e um pensamentos passaram por sua pequena cabecinha.

Julia negou com a cabeça, mas não fez isso por querer, fez isso porque seu pai mandou, ele a ameaçou.

–Por que você não gostada sua mãe? Ela te bate? –o Juiz continuou perguntando.

Os mesmos pensamentos vieram na mente dela, ela queria responder o que acontecia, afinal ela é uma criança de dois anos e não mente por nada, a não ser que a ameacem.

Julia não tinha escolha então assentiu novamente.

–Já tenho tudo o que quero, podem leva-la.

A assistente levou a Julia de volta, quando a assistente colocou Julia no chão por extinto da menina ela correu para o colo da mãe e se agarrou em Francesca desesperada, ela começou a chorar de nervoso.

–Shh, Shh. –Francesca começou a nina-la. –Está tudo bem amorzinho, eu estou aqui, tudo bem.

A assistente ainda estava lá fora e viu que a menina correu para o colo da mãe e viu a cara de preocupação que Francesca fez ao ver a filha desesperada, a assistente ficou confusa e apenas entrou na sala de volta e contou o que aconteceu para o Juiz. O juiz não acreditou em nenhuma palavra que a assistente disse.

Todos lá fora estavam nervosos principalmente a Francesca, Francesca olhava o Marco e ficava pensando o porque de ele não estar nervoso, ele estava calmo, calmo demais.

O Juiz chamou Marco e Francesca de volta na sala. Francesca entrou com a Julia dormindo profundamente em seu colo.

–Eu declaro que o responsável pela menor Julia Cauviglia Tavelli vai ser o pai Marco Tavelli. –foi o juiz terminar e a Francesca entrou em desespero, começou a chorar e abraçou forte a filha. –E senhora Cauviglia está presa por agressão de menor.

A Francesca sabia que não tinha encostado um dedo na filha, mas ninguém acreditou.

–Não. –ela disse abraçando a menina. –Minha pequena. –ela beijou a testa da filha.

–Por favor senhora Cauviglia, dê a menina para o pai.

–Não! –ela falou se levantando.

No mesmo momento entraram policiais que iraram a Julia do colo da Francesca e deram para o Marco. Algemaram a Francesca e levaram-na para a viatura.

*Vinte minutos antes (fora da sala)

Francesca e Marco já tinham entrado e todos lá fora estavam muito nervosos. O celular de Violetta começou a tocar e não querendo atrapalhar ninguém saiu do local. Ela atendeu e se surpreendeu ao ouvir a voz de quem estava do outro lado da linha, ela não viu que o Leon estava atrás dela e estava ouvindo tudo.

–Oi, como você está. –ela falava simpática. -Bem, quanto tempo. O que? Onde estava? Obrigada por guardar, não mostra pra ninguém tá? Não quero que mostre pra ninguém só isso. Porque é particular nosso e não quero que ninguém saiba, eu não gosto de falar sobre isso, é mais os únicos que sabem somos nós dois e as enfermeiras que estavam no parto. Obrigada. As crianças estão bem, estão morrendo de saudades de você eles te adoram assim como eu. Quando der eu vou ver se vou aí com as crianças para elas matarem as saudades de você, eu aproveito e pego aquilo. Tá, também estou morrendo de saudades, tchau. –ela desligou e o Leon saiu andando sem que a Violetta percebesse.

Ele ouviu certo mas entendeu tudo errado, neste momento ele pensou que tudo que ele achava era verdade, que os filhos da Violetta tinham pai que não era ele e sim outro cara.

“Ela me enganou e eu estava certo o tempo todo, ela disse até que tinha um assunto particular com ele e ele estava no parto dela, era muito óbvio que as crianças eram filhos dele e não meu. Ela disse que estava morrendo de saudades e as crianças também, é por isso que o teste de DNA deu negativo” - Leon pensou.

Ele saiu correndo mas Violetta viu ele e pegou em seu braço.

–Onde você vai? –ela perguntou sorrindo.

–Em bora, não quero te ver nunca mais. –ele disse grosso com os olhos começando a molhar.

–O que foi? –ela não estava entendendo nada.

–Você é uma mentirosa, eu te ouvi no telefone, eu sabia, não sou pai do seus filhos. Esse cara deve ser muito bom, vocês tem algo particular, ele te acompanhou no parto, você e as crianças estão morrendo de saudades, parabéns, o pai do seus filhos deve ser ótimo. –ele disse sínico e saiu correndo.

–Leon...

POV VIOLETTA

O Leon entendeu tudo errado, ele foi em bora e me deixou lá. Fiquei parada com lagrimas começando a cair desesperadamente, eu não sabia o que fazer par falar com ele.

–Leon... –falei entre choros.

Doeu muito ouvir o Leon falando assim comigo, mas eu tinha que esperar a Fran, não podia ir atrás dele agora e se eu ir ele não vai me escutar, ele tem que estar mais calmo.

Estávamos todos lá fora esperando, todos não já que o Leon foi em bora sem nem me deixar explicar. Vimos a Fran sair algemada sendo levada pela polícia, e logo atrás o Marco com a Julia no colo. Me assustei por que a Fran saiu algemada e levada pela polícia, outra, aquela era a cena que vi naquele meu sonho.

Saí correndo atrás da Fran, assim como o Diego e a Cami.

–NÃÃÃOOO!!!!! –a Fran gritava.

–Fran, o que ouve? –perguntei.

–Estão me levando presa, eu não fiz nada. –ela disse entre choros.

–Com licença senhorita, temos que leva-la. –o policial me empurrou.

Colocaram a Fran em uma viatura e levaram-na em bora.

O Diego ficou desesperado, eu a Cami não ficamos muito diferente.

Pedi para a Cami e o Broduey irem para minha casa já que o resto do pessoal estava lá esperando notícias e eu não poderia deixa-los lá plantados esperando porque eu tenho certeza de que o Leon não foi pra casa.

Fui com o Diego para a delegacia, ele foi no carro dele e eu no meu, mas ele corria desesperadamente então mandei-o parar de correr. Na delegacia encontramos a Fran em uma cela na entrada da delegacia, o Diego foi falar com os policiais e eu fui falar com a Fran. Ela estava sentada chorando desesperada, e com medo.

–Fran! –chamei-a.

–Vilu, me tira daqui. –ela implorou com o rosto vermelho.

–O Diego foi chamar os policiais.

–Como que eu perdi Vilu, eu nunca fiz nada e ele que ganhou, ele mentiu o depoimento todo, ele disse o que eu tinha que dizer e afinal ele ganhou e vai continuar judiando da minha filha. –a Fran disse entre choros.

–Eu sei, é igual o meu... Sonho...


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Notas finais do capítulo

Será que o sonho da Vilu foi um aviso? Isso é muito estranho não é?
Espero que tenham gostado do capítulo!