Amor Leonetta! escrita por Tuka


Capítulo 17
Três?!


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, eu quero agradecer a todos os comentários, todos lindos como sempre!
Não tenho muito o que dizer então... Espero que gostem do capítulo, e preparem os corações!



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POV VIOLETTA

–É que... –eu queria mentir, mas não podia, ele tem o direito de saber. –Eles não eram dois. –vi pela cara dele que ele não entendeu.

–Quem? –ele não entendeu mesmo.

–Seus filhos. – esclareci.

–Como assim? –ele perguntou.

Eu não queria contar para ele, por isso tentei deixar complicado.

–Eles não eram dois. –tentei deixar mais fácil.

–Como assim?

–Eles eram três Leon. –expliquei.

–O quê? –ele ficou chocado.

–Eu engravidei de trigêmeos. –expliquei.

–Quando você descobriu. –ele estava tentando acreditar.

–Foi quando... –comecei a lembrar daquele dia.

#Flash back on#

Eu já estava na Itália com cinco meses de gestação, minha barriga estava bem grande, maior até que o normal. Tinha marcado o ultrassom para hoje, eu estava na sala de espera, era um consultório particular então não tinha muita gente, apenas umas quatro pessoas.

–Senhorita Castillo, o doutor Paulo te espera na sala dele. –a recepcionista me informou.

–Obrigada. –agradeci.

Levantei com um pouco de dificuldade por causa da barriga. Coloquei minha mão em cima da minha barriga e caminhei até a sala do doutor, onde o encontrei em pé limpando as máquinas.

–Olá senhorita Castillo, como está seu bebê? –ele me perguntou.

–Não sei, ainda não se mexeu. –falei.

–E como você está, ganhou peso? –ele perguntou. –Sente-se. –ele apontou para a cama.

–Obrigada. –me sentei. –Ganhei muito peso desde a última vez que vim. –confirmei.

–Fez o que mandei? –ele perguntou novamente.

–Sim. –confirmei novamente.

Me deitei e ele veio ao lado da cama.

–E então, quero ver esta barriga. –ele pediu colocando luvas.

Levantei minha camisa até a altura dos seios, quando chegou nos seios eu parei.

–Wow, está bem maior do que eu imaginava, da última vez estava bem menor. –ele colocou a mão.

Ele começou a examinar minha barriga com as mãos.

–Pelo que posso ver você está bem. Mas então, você quer o que? –ele me perguntou pegando a maquininha do ultrassom.

–Eu quero uma menina, mas não importa vou amar de qualquer jeito. –falei sorrindo.

–Então vamos começar. –ele disse pegando o gel.

Ele despejou gel em minha barriga e começou todo o processo. Ele passava com força e olhava fixamente para a tela.

–Olha só! -ele sorriu. –E então, acha que é o que, eu já descobri.

–Eu quero menina, mas sei lá, sinto que é menino. –falei sorridente.

–Você acertou, é um menino. –ele disse. –Você queria uma menina, não queria? –ele perguntou.

–Sim, mas se for menino tudo bem.

–Acho que sua filha vai ser linda, já que a mãe também é. –ele disse e eu não entendi.

–Mas você disse que é um menino. –eu não estava entendendo nada.

–Mas é um menino. –ele sorriu.

–Eu não entendi. É menino e menina... –eu entendi. –São dois? –perguntei assustada.

–Não. –ele negou.

–Fala logo doutor, eu não estou entendendo nada. –eu estava totalmente confusa.

–Ah é, eu falei errado, suas filhas vão ser lindas como você. São trigêmeos, um menino e duas meninas. –ele falou e eu não acreditei.

–São três? –choquei.

–Sim, são três. Isso é bem raro, e é sua primeira gravidez, você é jovem, isso é bem difícil de acontecer. –ele disse limpando minha barriga com um pano úmido.

–Eu vou aquentar, quero dizer, eu só tenho 18 anos, sou muito nova. –perguntei preocupada.

–A senhorita é forte, vai aquentar sim. Mas quero te dar um conselho, volte, volte para Buenos Aires e conte ao pai sortudo. –ele disse se sentando na cadeira em frente à mesa.

Abaixei minha blusa e me sentei na cadeira em frente à mesa.

Eu contei toda a história a ele, por isso sabia de tudo.

–Mas é agora que eu não volto mesmo. Eu estava com medo de dar “uma” responsabilidade a ele, e agora vou voltar com três. –falei cruzando os braços.

–Olha senhorita Castillo, voc... –o cortei

–Me chame de Violetta. –pedi.

–Olha Violetta, você tem que parar com essas manias de adolescente, você está grávida, e de três. Você vai ser mãe e vai ter que crescer para isso, já arrumou emprego? –ele perguntou.

O doutor era meu melhor amigo da Itália.

–Sim, dois. –respondi.

–Isso é bom, pois três é complicado, por isso estou pedindo para voltar, como sei, seu pai é rico e ele pode te ajudar com isso. -ele falou.

–Mas você não entende, se meu pai souber, ele nunca vai me perdoar. –tentei explicar.

–Então faz uma coisa, tenha seus filhos aqui na Itália, espere para que eles fiquem um pouco mais velhos com três ou cinco anos, e depois volte. Eles já vão estar entendo as coisas e isso vai te ajudar. –ele me deu um conselho.

–Pode ser. –assenti.

–Então pense nisso. –ele pediu.

–Te prometo que vou pensar. –sorri.

–Então até mês que vem. –ele se levantou.

–Até. –me levantei.

Me despedi e fui até em casa. O Paulo era meu melhor amigo, nós saíamos, passeávamos, fazíamos várias coisas juntos, mas só para deixar claro ele está de casamento marcado.

*Quatro meses depois

Eu estou de nove meses e estou com medo. Minha barriga está imensa, assim como eu. Mal consigo andar, tive que contratar uma empregada, ela vai ser babá das crianças, e é enfermeira também, então me ajuda muito. Eu escolhi três nomes parecidos, assim não vou esquecer, é Daniele, Daniela e Daniel, sei que é meio que sem criatividade, mas é o que tem.

Eu estava sentada pois quase não dava para ficar em pé. Eu estava lendo quando de repente eu derrubei o livro e coloquei as mãos na barriga.

–Uhh. –senti dor. –Aiiiiii! –estava doendo. –EDNA!!! –berrei.

–Senhorita. -ela apareceu.

–Me leve para o consultório do Paulo, chegou a hora.

Ela me ajudou e me levou para o consultório. Cheguei lá e o Paulo já estava preparado, a sala estava pronta. Ele me levou para a maca e me deu. Ele preparou as enfermeiras e falou comigo.

–E então Vilu, chegou a hora. –ele sorriu.

–É, chegou a hora. –sorri fracamente.

Ele começou e pediu para eu fazer força, eu fazia, mas cada vez doía mais e mais, isso estava me matando. Fiz força e ouvi uns gemidos e choros.

–A primeira, uma menina. –ele levou-a para uma enfermeira que foi leva-la para limpar e examinar.

–Vamos Vilu, tem mais dois. –ele falou me incentivando.

Fiz mais força, mais, mais, mais e mais. Estava doendo, eu não aquentava mais. Fiz mais força e ouvi outro choro.

–O meninão aqui nasceu. –ele deu novamente para a enfermeira.

Faltava uma, se eu consegui dois tinha que aquentar mais uma. Mas eu já estava exausta, tenho apenas 18 anos, não tenho tanta força. Fiz força mas nada, eu não conseguia.

–Não consigo. –gemi. – Não aquento mais.

–A bebê está presa, vamos precisar fazer uma cesariana. –ele disse.

Fiquei com medo, minha filha estava sofrendo e correndo perigo. Eles me deram a anestesia e começaram a cirurgia. Foi o Paulo mesmo que fez, com outro médico ao lado e várias enfermeiras. Vinte minutos depois eles tiraram a última, mas não a ouvi chorar.

–Levem-na agora. –o Paulo gritou.

–O que foi? –perguntei preocupada.

–Fique calma. -ele pediu olhando em meus olhos. –Levem-na para um quarto. –ele disse e me lavaram para um quarto.

Fiquei lá angustiada, levaram minha filha e não sei para onde, eu não vi nenhum dos três. Eu estava roendo as unhas de tão angustiada que estava, quero saber como estão meus filhos e como são.

–Olá. –a enfermeira trouxe dois berços.

Olhei e vi em um uma menina e no outro um menino.

–Onde está a outra? –perguntei.

–O doutor Paulo já vem. –ela disfarçou.

Fiquei feliz de vê-los aqui, fora de meu ventre, vê-los no mundo finalmente, depois de nove meses. Mas não ficaria bem até ver a outra.

–Olá Vilu. –o Paulo entrou.

–Onde está a Daniela? –perguntei preocupada.

–Olha Vilu. Ela ficou com o cordão enrolado no pescoço e ficou impossibilitada de respirar, ela não aquentou e faleceu antes de nascer. –ele disse.

Deixei várias lágrimas caírem.

–Quero vê-la. –pedi.

–Isso não é bom Vilu. –ele me disse.

–Ela é minha filha, eu quero vê-la. –exigi.

–Tudo bem, você consegue andar? –ele me perguntou.

–Consigo. –falei.

–Vamos. –ele pegou em minha mão.

Ele me ajudou a andar e me levou até seu consultório, onde vi uma bebê deitada totalmente imóvel.

–Oi filha. –deixei uma lágrima cair. –Eu nem cheguei a te ver direito, mas sei que você seria uma menina linda, você com certeza seria uma boa menina. –mais lagrimas caíram. – Mas você vai ser feliz.

–Vamos Vilu. –o Paulo me chamou.

Ele me levou para o quarto onde estavam a Daniele e o Daniel.

–Você será liberada hoje de noite. –o Paulo disse.

Ele se retirou do quarto e ficamos eu e meus filhos.

–Eu amo vocês!

#Flash back off#

–Vilu, ooiii! –o Leon me chamou.

–Ann? –perguntei.

–Você está aí parada a dez minutos. –ele riu.

–Me desculpe, estava pensando. –falei.

–Me conta, quando soube? –ele perguntou.

–No dia do ultrassom. -respondi.

–E onde ela, ou ele está? –perguntou a mim.

–Era ela. –respondi com uma lagrima escorrendo pelo meu rosto.

–Era, como assim era? –ele perguntou novamente.

–Ela morreu, no parto. –respondi.

Ele ficou triste sem mesmo conhece-la, isso mexeu comigo, ele nem chegou a conhece-la, nem mesmo a viu, mas como pai ele sofreu.

–As crianças sabem disso? –ele perguntou limpando a lagrima.

–Não, eu nunca contei a eles.

–Você está bem? –ele se preocupou.

–Estou, tive quatro anos para superar, superar totalmente é impossível mas pelo menos um pouco eu superei. –respondi.

–Por que resolveu me contar isso agora? –ele perguntou pegando em minha mão.

–Não sei, achei que precisava saber, ela era sua filha. –tentei explicar.

–Foi bom. –ele me deu um selinho. –A Francesca está desesperada, ela está louca para saber o que você quer. –ele riu.

–Ela é muito curiosa não é? –ri também.

–É. Eu só vim porque ela só faltava ficar de joelhos para eu vir. –ele disse ainda rindo.

–E como estão as crianças? –perguntei.

–Bem, querem te ver, mas só quando você sair.

–Eu sei. Com quem eles estão? –perguntei novamente.

–Com a Angie, ela teve que ir lá em casa porque a Dani não gosta do seu pai. –ele explicou.

–Ela está traumatizada, tadinha da minha pequetita. –meu coração ficou apertado.

–Sabe de uma coisa, você educou muito bem os dois. –ele disse olhando em meus olhos.

–Por que diz isso? –perguntei não entendendo.

–Você já reparou neles, eles são muito educados apesar das brigas entre eles. Eles levam os pratos para a pia quando terminam de comer, e sempre me ajudam a tirar a mesa e a guardar os brinquedos espalhados pela casa. –ele disse feliz.

–Se você não gostou eu posso deseducar os dois. –falei me rendendo.

–Não, assim está ótimo. –ele disse preocupado.

–Eu sempre os eduquei o máximo possível, eles ajudam bastante para crianças de quatro anos. Mesmo eles tendo uma babá e empregada, eles nunca foram preguiçosos nem mal-educados. –expliquei.

–É verdade. Vilu, tenho que falar sobre uma coisa séria com você. –ele disse totalmente sério.

–O que foi Leon? –me preocupei.

–A Dani e o Christian estão se gostando. –ele disse como se fosse o fim do mundo.

Dei risada da cara dele.

–O que foi, isso não tem graça. Ela é minha filha, ela é muito nova para gostar de um menino. –parecia até o papai.

–Leon, Leon. Ela tem apenas quatro aninhos. –fiz quatro com a mão. –Ela não vai namorar sério com ele, outra, é sempre fofo ver duas crianças assim apaixonados.

–Não é fofo nada, é muito feio ela pensar nisso. –ele disse bravo.

–Você fala como se ela pensasse em ir para a cama com ele. –ri.

–Mas e se sim.

–Me poupe né Leon, ela “SÓ” tem quatro pequenos aninhos, -dei ênfase no “só”. –ela nem sabe o que é isso. Quero ver quando ela der o primeiro beijo, ou perder a virgindade.

Vi ele ficar com uma cara de quem viu um fantasma.

–Só vou deixar ela namorar depois da faculdade. –ele cruzou os braços.

–Ah vai sim. –fui irônica.

–Vou mesmo. –ele insistiu.

–Quer saber Leon, vamos para de discutir e me beija logo. –pedi.

Ele me deu um beijo calmo mas romântico!


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Notas finais do capítulo

E então, o coração de vocês está bem? Espero que sim!
Espero que tenham gostado do capítulo, até mais gente!