Amor Leonetta! escrita por Tuka


Capítulo 12
Você não deveria ter feito isso!


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas, desculpa pela demora mas estava com bloqueio para escrever, mas finalmente terminei por vocês. Obrigada a todos que comentaram!



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POV LEON

–Hoje é nosso aniversário. –ela disse chorando. –É o nosso primeiro sem a mama.

–Me desculpa princesa. –falei abraçando-a. –Eu não sabia que era o aniversário de vocês, mas eu vou fazer uma festa ou alguma coisa que vocês quererem. –falei ainda a abraçando.

–Não tinha como você saber. –ela disse saindo do abraço. –Mas eu não quelo festa, eu não quelo nenhum presente nem amigos, eu só quelo a mama. –ela disse olhando fundo em meus olhos.

–Ela está aqui. –falei secando suas lágrimas. –Ela está aqui no seu coraçãozinho. –falei levantando-a no colo.

–Eu sei papa, mas quelo ela aqui do meu lado. –ela disse limpando as lagrimas que caíam.

–Eu sei, ela logo irá voltar. –falei olhando-a. –Acredite, agora vamos trocar de roupa. –falei e ela assentiu.

Troquei a Daniele coloquei a roupa dela para lavar e fomos para o quarto do Dani acorda-lo, mas ele já estava em pé se trocando.

–Já está se trocando filho. –falei deixando a Dani no chão.

–Sim papa. –ele disse colocando a calça. –Você contou pra ele Dani? –ele perguntou para Daniele que assentiu. –Então você sabe que hoje é nosso aniversário? –ele me perguntou já vestido.

–Sim filho, e vamos fazer o que vocês quiserem. –falei tentando anima-los.

–Podemos ir ver a mama? –a Dani pergunto e o sorriso que eu tinha em minha face desapareceu no mesmo instante.

–Eu gostaria que sim, mas vocês não podem vê-la. –falei e vi que eles ficaram com uma cara de quem sabia a resposta.

–Então eu não quero nada. –o Daniel falou.

–Não fala assim filho, eu posso falar com a vovó e com os amigos do papai, então podemos fazer uma festinha para vocês. –falei mas mesmo assim continuar tristes. –Que tal resolvermos isso depois e primeiro comermos panquecas. –falei e eles assentiram ainda tristes.

Desci com eles até a cozinha fiz panquecas com chocolate e chantilly para os dois e fui ligar para alguém, alguém que com certeza iria me ajudar.

#Ligação on#

–Alô? –ela atendeu.

–Oi Fran. –falei.

–Oi Leon, está me ligando cedo. –ela disse bocejando. –O que aconteceu? –ela perguntou.

–Adivinha que dia é hoje? -falei.

– Vinte e dois do oito de dois mil e dezenove, sábado. –ela disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

–Exato. –falei. –Agora me fala qual é a senha da casa da Vilu? –perguntei.

–É, 2208201... –ela parou. –Ai não o que tem hoje? –ela perguntou.

–Esse foi o dia em que meus filhos nasceram. –falei.

–E o que você vai fazer? –ela perguntou.

–Eles não querem nada, querem a Vilu. –falei.

–Mas também né Leon, atualmente a coisa que eles mais vão desejar vai ser a Vilu. –ela disse triste.

–Eu sei, mas não quero ver eles tristes, principalmente no primeiro aniversário comigo. –falei pensando.

–Eu vou falar com as meninas, e talvez poderíamos fazer algo legal para eles. –ela disse e eu pensei no assunto.

–Pode ser, mas como vamos fazer alguma coisa em pouco tempo? –perguntei e ela suspirou.

–Eu tenho meus contatos Leon. –ela disse convencida.

–Você que sabe, vou deixar em suas mãos. –falei.

–Pode deixar, tudo para os pequenos. –ela disse feliz.

–Obrigada Fran. –agradeci.

–Estou apenas retribuindo o favor. Você cuida da Julia e agora eu irei fazer a festa dos pequenos. –Ela disse.

–Obrigada por me ajudar. –agradeci novamente.

–De nada, agora deixa eu ir para começar tudo. –ela se despediu.

–Eu vou distrair eles. –falei. –Tchau Fran. –despedi.

–Até mais Leon. –ela se despediu e desligou.

#Ligação off#

Após desligar o telefone eu me direcionei até a mesa onde os pequenos estavam tomando café da manhã. Cheguei perto da mesa e percebi que eles já tinham acabado de comer.

–O que vocês querem fazer hoje? –perguntei me apoiando na mesa.

–Eu não quelo faze nada papa. –a Dani disse se levantando.

A Dani se levantou pegou o prato onde estava comendo e levou para a cozinha.

–E você filho? –perguntei olhando-o.

–Sincelamente papa. –ele começou. –Eu quelia está feliz poque é meu aniversário, mas eu não consigo, eu não consigo fica feliz hoje sem a mama. Eu não quelo nada igual a Dani. –ele terminou de falar e fez a mesma coisa que a Daniele.

Tentei anima-los , mas o ânimo deles está no nível 0, eles não querem fazer nada pois estão muito tristes para fazer alguma coisa, a única coisa que eles vão querer fazer hoje vai ser ficar trancados no quarto sem fazer nada.

Depois de eles levarem os pratos para a cozinha eles subiram cada um para seu quarto e ficaram lá sem fazer nada. Eu tentava anima-los mas eles não queriam fazer nada, apenas ficar no quarto, e assim ficaram à tarde toda. Eu acabei desistindo de tentar fazer alguma coisa com eles, se lá brincar, ir para o parque, eles não queriam sair daquele quarto por nada neste mundo.

*Horas depois

Deram seis horas da tarde e os dois não saíram do quarto, eles não comeram nada desde o almoço eu estou muito preocupado com eles. Eu estava na sala pensando no que fazer com meus pequenos quando ouvi o meu celular tocar.

#Ligação on#

–Oi Leon! –era a Fran.

–Oi Fran. –falei feliz com a ligação dela.

–Eu consegui, está todo mundo aqui. –ela disse feliz.

–E onde vocês estão? –perguntei.

–Sabe aquele salão de festas perto da casa da Cami? –ela me perguntou.

–Sei. –respondi.

–Estamos nele. –ela disse e eu queria matar essa menina.

–Fran você é loca! –falei. –Esse salão é de luxo, é muito caro não precisava.

–Eu não paguei nada, eu sou muito amiga do dono deste salão e como ele estava me devendo algumas coisinhas ele deixou eu usar o salão hoje. –ela disse e eu me aliviei.

–Ainda bem, se não eu ia te matar garota. –falei.

–Sei, talvez você queira me matar quando ver a festa mas isso eu dou um jeito. –ela disse rindo.

–Me fala que você não exagerou Francesca. –fiquei bravo novamente.

–Leon, você me conhece, sabe que eu gosto de tudo perfeito. –ela disse e eu concordei comigo mesmo.

–Eu sei, mas falei que não precisava ser nada de mais.

–Para de reclamar Leon, só venha logo. –ela pediu.

–Vou troca-los e já vou. –falei.

–Até daqui a pouco. –ela disse.

–Até. –me despedi e desliguei o telefone.

#Ligação off#

Desliguei o telefone e caminhei até o quarto do Daniel. Cheguei na porta e bati três vezes antes de entrar, logo ouvi um “Pode entla” do Daniel.

–Oi filho. –falei entrando.

–Oi papa. –ele disse enquanto olhava uma foto da Vilu.

–Eu quero levar vocês em um lugar. –falei me sentando ao seu lado no chão.

–Eu não quelo. –ele disse colocando várias fotos da Vilu no chão e organizando.

–Vamos lá, vai ser legal. –falei tentando anima-lo.

–Tudo bem. –ele disse. –Eu vou.

–Legal! –falei feliz. –Então vamos nos trocar. –falei me levantando.

Fui até seu guarda roupa e comecei a procurar uma roupa lega para ele ir, o problema era que todas as roupas eram boas e bonitas, mas também né, a mãe deles nunca se veste mal, e ela nunca vestiria os filhos mal. Procurei uma roupa e cada vez que eu olhava eu via a semelhança entre minhas roupas ou as roupas que eu usava quando mais jovem. Achei uma camisa e uma calça que ficariam legais para a ocasião, vesti o Daniel e fui ver a Dani. Cheguei no quarto e bati na porta e ela me deixou entrar, ela estava também no chão, só que ela estava brincando.

–Oi filha. –falei fechando a porta.

–Oi papa. -ela disse com uma boneca na mão.

–Queria saber se você quer sair um pouco? –perguntei me juntando a ela.

–Eu não quelo papa, você já veio umas vinte vezes pedir e eu já disse que não. –ela disse dando comida para a boneca.

–Eu sei princesa. –falei. –Mas dessa vez eu não vou desistir até você vir comigo. –falei. –Vem cá. –falei pegando ela no colo e sentando-a no meu colo. –Vamos sair, para se divertir, o Daniel aceitou. –falei mas ela continuou olhando para a boneca.

–Então podem ir, eu plefilo fica na casa da tia Fra, da tia Cami, da vovó ou até mesmo da tia Ludmila ou da Naty, mas eu não quelo ir. –ela disse arrumando o cabelo da boneca.

–Vamos lá filha, vai ser legal! –incentivei.

–EU NÃO QUELO PAPA, JÁ DISSE QUE NÃO QUELO!!! –ela disse chorando e saiu correndo do quarto.

Quando ela saiu do meu colo e correu para fora do quarto eu fiquei muito triste pela rejeição dela, nunca fiquei tão triste, só quando a Vilu foi em bora que fiquei pior. Logo que ela saiu o Daniel entrou no quarto e veio em minha direção.

–O que você fez papa? –ele me perguntou bravo com as mãos na cintura.

–Só chamei ela para sair. –falei e ele balançou a cabeça.

–Olha papa, temos que ter uma conversa sélia. –ele disse me guiando até a cama da Dani. –Eu e a Dani sempre fomos muito apegados na mama, mas a Dani sempre foi muito mais que eu. –ele disse se sentando. –A Dani não vive sem a mama. Quando ela era bebê ela não dormia no berço, ela só dormia no colo da mama. Ninguém podia pegar ela no colo só a mama se não ela chorava desesperadamente. A mama conto que quando ela nasceu nenhuma enfemela podia pega ela só a mama podia. –ele falou me explicando. –Quando eu fui pla escola a Dani não foi junto poque chorava por estar longe da mama, ela não lagava a mama por nada nesse mundo. A mama saia pla trabalhar e lavava a Dani junto com ela se não a Dani chorava e não parava mais. A plimeila vez que ela deixou a mama foi com três anos, a mama conversou com a Dani por horas para convence ela fica sozinha, mas aconteceu uma coisa naquele dia. –ele disse sério.

–O que aconteceu? –perguntei interessado em saber o que aconteceu.

–A mama tinha saído pla trabalha e a Dani foi junto, só que a Dani ficou em uma sala diferente da sala onde a mama estava. Eu estava em casa blincando com a babá quando o telefone começo a toca e ela foi atende, quando ela volto ela tava cholando muito, ela me pego no colo e saiu de casa comigo. Eu não sabia o que tava acontecendo eu estava com medo chorando, a babá tentava me acalmar mas ela também estava chorando muito eu não entendi nada até a alguém me conto. –ele disse ainda sério.

–E o que aconteceu? –perguntei.

–A babá me conto que quando a mama estava tabalhando entro umas pessoas no trabalho dela e bateram nela várias vezes e a Dani foi ver a mama e quando ela chego ela viu tudo, ela estava vendo tudo ela começou a chorar então os bandidos pecebelam que a Dani estava lá jogaram ela da escada e voltaram a bater na mama, eles começaram a jogar coisas em cima dela, e quando acabaram de bater na mama eles... –ele começou a chorar. –Eles...

–Calma filho. –falei pegando ele no colo. –Se não quiser não precisa falar. –falei e ele limpou as lagrimas.

–Eu pleciso te conta. –ele disse. –Eles pegalam uma arma e atilalam na mama mais de uma vez, e a Dani viu tudo papa, logo que os bandidos folam em bola a Dani estava muito machucada mas foi se arrastando até a mama, ela chego do lado da mama e desmaio olhando a mama. A babá só me levo em bola poque os bandido disse que ia me pega. –ele terminou de falar e eu paralisei, a Vilu já levou tiro e já apanhou, e minha princesa já foi jogada da escada, a Vilu nunca me contou isso.

–Isso que você está me contando é verdade filho? –perguntei.

–É sim papa, a Dani e a mama ficaram bem, mas Dani fico tlaumatizada com isso e nunca mais quis largar da mama, foi muito difícil para ela soltar da mama, e mesmo assim ela odeia fica longe da mama por isso faz tudo por ela, é por isso que ela faz tudo pla vê a mama bem ou feliz. Ela ajuda, nunca deixa bagunça pela casa, obedece tudo, sempre quer sair com a mama, pergunta tudo pra ela, e é uma espiã da mama, tudo que ela sabe ela conta pla mama, mas ela faz de tudo para estar perto da mama. –ele disse se levantando. –Se quise pode olhar pelo corpo da Dani ou da mama que você vai ver que tem marcas. –ele disse se retirando do quarto. –Mas plimeilo vai fala com a Dani, e pur favor não faz ela chora. –ele pediu.

–Eu te prometo filho. –falei e ele sorriu.

Fui andar pela casa a procura da Daniele mas não achei-a em nenhum lugar até que ouvi ela chorando trancada em meu quarto.

–Filha, abre a porta por favor. –pedi encostado na porta.

Fiquei lá esperando algum sinal mas nada aconteceu ela continuou chorando.

–Por favor filha abre. –pedi desesperado mas nada aconteceu.

Tentei pensar em algo mas nada veio à cabeça até que tive uma ideia.

–Filha, eu conheço uma música mas não sei se você conhece. –falei e comecei a cantar “Voy por ti” e lógico que meu plano funcionou, logo ela abriu a porta com os olhinhos inchados e o rosto todo vermelho. –Me desculpa filha. –falei pegando-a no colo.

Entrei com ela no quarto e a sentei na cama.

–Seu irmão me contou a sua história com sua mãe, eu não sabia o que você passava por ter sua mãe longe. –falei.

–Tudo bem papa. –ela disse ainda com a boneca. -Mas ele não conto tudo. -ela disse e eu fiquei na duvida.

–Tem mais? -perguntei.

–Depois que eu e a mama saímos do hospital a mama conveçou muito comigo pala eu fica sozinha, e afinal ela conseguiu. A mama foi tlabalha e me deixo com a babá em casa, o Dani estava na casa do amigo mas e não tinha amigos então fiquei em casa. Eu estava no meu quato dumindo quando ouvi a babá glitando e cholando, ela pediu pala eu corre mais eu não entendi nada. Eu fui até a sala e vi a babá no chão cheia de sangue mas ela não estava acordada, eu corri plo meu quato e tranquei a porta, corri pala minha cama e fiquei lá cholando com medo até que alguém queblo a porta e veio na minha direção, ele puxo meu cabelo e me levo até o jadim, ele me enforco me bateu e quando ele ia em bola ele foi para longe de mim aponto a arma pra mim e atilo, depois eu só lemblo de acoda com a mama me chamando, ela estava cholando muito. -ela disse chorando. -Lemblo como se fosse ontem papa. -ela disse e eu fiquei mais chocado ainda.

–Por que vocês nunca me contaram nunca isso? -perguntei.

–Você nunca pegunto. -ela disse arrumando a roupa da boneca.

–Por que você é tão grudada com essa boneca, desde que sua mãe está no hospital você não larga dela. –falei e ela continuou com a boneca.

–Essa foi a plimeila buneca que a mama me deu, e ela semple blinca comigo, e é semple com essa buneca. –ela me explicou.

–Entendi. –falei. –Filha você ama o papai? –perguntei.

–É clalo que eu amo você papa, eu amo muito você. –ela me abraçou.

–Eu também te amo filha. –falei a abraçando. –Posso ver uma coisa? –perguntei e ela saiu do abraço.

–O que? –ela perguntou.

–Quero ver se você tem fraturas pelo corpo. –falei e ela assentiu.

Tirei seu casaco e logo em seguida sua blusa.

–Nossa...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Que chocante a história, vocês não acham? Por que será que a Vilu nunca contou a ninguém isso?