Amor Leonetta! escrita por Tuka


Capítulo 1
Passado


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o primeiro capítulo para vocês, espero que gostem!



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POV VIOLETTA

Bom, deixa eu explicar a história desde o começo. Cinco anos atrás eu estava na aula de canto do studio quando comecei a passar muito mal, fiquei com vontade de vomitar, pedi para sair da sala e o professor deixou. Fui até o banheiro e vomitei. Duas semanas depois continuei tendo enjoos e percebi que estava engordando, e comendo demais, então fui até o hospital para saber o que eu tinha. Lá eu recebi uma notícia que eu preferiria não ter recebido, eu estava grávida, grávida do meu namorado Leon. No momento em que eu recebi a notícia eu entrei em choque eu não queria dar responsabilidades para o Leon, outra, meu pai vai me matar por estar grávida com 18 anos. A Primeira coisa que eu fiz foi ir para a casa fazer as malas e fugir para outro país, mas antes de ir fui falar com a Fran, só contei para ela mas pedi para que ela não contasse para ninguém, nem para a Cami. Antes de partir ela me perguntou para onde eu estava indo mas eu não falei, falei que não queria que ninguém soubesse. Pequei o avião e fui para a Italia. O caminho todo fui pensando no Leon como ele ia sofrer, e como o papai deve estar desesperado me procurando, mas preferi sair escondida, sem contar para os dois.

Três messes tinham se passado e era hora de eu saber o sexo do bebê, e adivinha, tive uma surpresa de novo pois descobri que eram gêmeos, uma menina e um menino. Tive que entrar em dois empregos para conseguir manter minha casa, e para sustentar meus filhos. Mas um dia, um dono de uma gravadora me ouviu cantar e gostou da minha voz, e daquele dia em diante e virei famosa, fiz shows, gravei discos, e tive até dinheiro de sobra. Quando completei meus nove meses eu lembro aos mínimos detalhes de quando minha bolsa estourou, lembro de estar com medo, lembro de querer o Leon ou o papai para estar comigo. Fiz um parto normal, lembro da dor, e da solidão, da vontade de querer alguém ao meu lado.

Quando eles nasceram, percebi que tinham os olhos do Leon, e tinham cabelo claro. Quis dar um nome que combinassem então escolhi Daniele e Daniel. Fiquei cuidando deles mas quando eles fizeram um ano, contratei uma babá para cuidar deles, pois precisava trabalhar. Três anos depois eles estavam com quatro anos, me senti confiante para voltar, comprei uma mansão em Buenos Aires, mandei mobilhar e resolvi partir.

–Vou ficar com saudade de vocês meus pequeninos. –a Agatha, a babá disse dando vários beijos na bochecha dos dois.

–Eu tabém Aga. –a Dani falou.

–É, nós vamu fica saudade. –o Dani disse.

–Todos vamos ficar com saudades mas eu prciso ir encontrar o pai deles, e o meu pai, ele deve ter entrado em desespero por não falar comigo por quatro anos. –falei abraçando os dois, um de cada lado.

–Gente vai ve papa? –o Daniel perguntou.

–Sim. –falei com medo. –Vamos ver o papa. –falei pensando na reação do Leon.

–Quando gente vai bola. –a Dani falou, e eu ainda tenho que raciocinar para saber o que eles falam.

–Agorinha. –falei pegando a mala dos dois.

Cada um pegou sua mochilinha de costas e foram para o carro. Depois de pegar todas as malas, coisa que não é pouco, eu me despedi e deixei a babá com a casa. Fui para o aeroporto, meu carro demoraria dois dias para chagar mas eu pego taxi. Coloquei cinto nos dois e fui rumo ao aeroporto. Cheguei no aeroporto pequei os dois e embarquei.

–Mama, vai demola? –o Daniel perguntou.

–Só um pouquinho, mas você pode dormir. –falei colocando o tapa-olho nele o que fez ele rir.

–Mama, posu uga? –a Daniele me perguntou, e eu não entendi.

–O que você quer filha? –perguntei colocando cinto nos dois.

–Uga, no tabeti. –ela falou mostrando o tablet na minha bolsa.

–Pode, mas se vocês brigarem, eu pego. –falei pegando o tablet.

–Tudu bem. –os dois falaram.

Eles não brigaram por milagre. Depois de meia hora mexendo os dois dormiram e eu também. Acordei e já tínhamos chego, pequei minha bolsa e tive que pegar o dois no colo. Pequei os dois, acordei eles coloquei no chão, pequei as malas e me sentei em um banco com os dois, e fiquei esperando a Fran vir me buscar.

POV FRANCESCA

Hoje a Vilu vem para Buenos Aires, faz cinco anos que eu não falo com ela, não sei o sexo do filho dela, como ela está, não sei de nada. E ela não sabe de nada sobre mim, nem que eu tenho uma filha de um ano, eu estou na casa do Leon, pois o Marco está viajando, e não tem ninguém para cuidar da Julia, e o Leon adora crianças então é a pessoa mais indicada.

Pequei a chave do meu carro, deixei a Julia com o Leon, e fui até a porta, mas o Leon me parou.

–Onde você vai Francesca? –o Leon me perguntou com a Julia no colo.

–É... –minto, melhor não. –Vou ao aeroporto, buscar uma amiga. –falei, e não menti, só não falei quem era.

–Qual o nome da sua amiga? –ele perguntou chegando perto e acho que não devo mentir, pois quero que eles voltem.

–Violetta, você se lembra não lembra? –perguntei, e ele entrou em choque.

POV LEON

A Violetta está voltando, finalmente meu desejo vai se realizar, mas tem um probleminha eu estou namorando com a Geri. Mas amo a Violetta não a Geri. Cinco anos atrás quando a Vilu foi em bora eu entrei em depressão, só não fiquei com um caso grave porque o pessoal não deixou, foi quando achei a Geri, já tinha perdido as esperanças de achar a Violetta.

–Como que eu não ia me lembrar. –falei sorrindo.

–E esse sorriso no seu rosto, só para te lembrar você tem namorada. –a Fran disse pegando a Julia do meu colo.

–Sim, mas você sabe melhor do que ninguém que eu gosto da Violetta. –falei ainda nas nuvens.

–Ok, mas se eu não for busca-la, ela vai me xingar. –a Fran falou saindo de casa.

–Fran, posso ir com você? –perguntei, e acho que ela não queria, só não sabia o motivo.

–Pode Leon. –ela me respondeu nervosa.

Pegamos o carro dela, ele é um Fiat Freemont, ele tem sete lugares, é enorme o carro dela, sinceramente, tenho um pouco de inveja do carro dela. No meio do caminho, fiquei pensando, porque ela foi em bora, então resolvi perguntar a Fran, já que ela sabe de tudo.

–Fran, você sabe por que a Vilu foi em bora? –perguntei, e a cara que ela fez, não foi nada boa.

–Não, não sei, ela só me disse que ia em bora. –ela falou, mas parecia estar mentindo, tem momentos que eu não confio na Francesca.

–Tem certeza Francesca. –falei desconfiando.

–Total, lembra que ela fugiu, nem contou para o Germán que ela estava indo, ela não quis nem contar para onde estava indo. –ela falou, senti que ela mentiu um pouco, mas isso é verdade, ela não contou a ninguém que estava indo em bora

O caminho todo estava em silencio, mas pelo jeito a Julia não gostou, ela começou a chorar, o problema, ela queria mamar, só que a Fran não podia parar.

–Calma filha, já estamos chegando. –a Fran disse colocando a mão par trás, para a Julia pegar.

–Fran, quer que eu dirija, assim você pode ir lá atrás com ela. –falei.

–Pode ser. –ela falou.

A Fran estacionou o carro na rua, e foi para o banco de trás, e eu fui dirigindo.

Demoramos mais dez minutos para chegar, mas quando chegamo, a Fran pegou a Julia, e logo gritou enquanto corria em direção a um ninho de pessoas amontoadas.

–Amiga! –ela disse indo na direção de muita gente, ela avistou a Vilu mas eu não.

Mas depois de olhar tanto vi a Fran conversando com uma pessoa, aqueles olhos chocolate, cabelo castanho escuro com as pontas loiras, a única diferença desde que a vi é que está com o cabelo comprido e está mais velha, mas está a linda Violetta de sempre, com o mesmo rosto, igualzinha. A Fran foi levar uma mala no carro e eu fiquei olhando a Vilu, percebi que ela estava me olhando então fui na direção dela.

POV VIOLETTA

–mama, ta demolando. –a Dani falou deitando a cabeça em meu braço.

Sentei ela no meu colo e deitei sua cabeça em meu peito.

–Só mais um pouco filha. –falei procurando a Fran.

Estava procurando, quando ouvi a Fran gritando e vindo na minha direção.

–Amiga! –a Fran chegou perto de mim.

Deixei a Dani no banco e corri na direção dela.

–Fran! –pulei do banco e a abrasei muito forte.

–Quanto tempo Vilu, e seu filho, cadê? –ela perguntou procurando.

–Na verdade, não é filho. –falei.

–É menina? –ela perguntou e eu ri.

–Pequetitos! –esse era meu jeito de chamar os dois.

–Como assim "pequetitos"? –ela não entendeu.

–O que foi mama? –os dois perguntaram chegando um de cada lado.

–São gêmeos. –a Fran perguntou encantada.

–Sim. –falei colocando a mão na cabeça de cada um. –Mas pelo jeito, você teve uma princesa. –falei reparando na bebê no colo dela.

–Sim, a Julia. –ela disse acariciando as bochechas dela. –Qual é o nome deles? –ela perguntou.

–Daniele e Daniel. –falei olhando os dois.

–Você achou um emprego, lá onde você foi. –ela me perguntou.

–Fui para Italia, e fiz sucesso como cantora profissional, mas agora pretendo abrir uma escola da música, já escolhi o terreno mas por enquanto, vou continuar com a gravadora. –falei.

–Que legal amiga, tenho certeza que vai fazer sucesso. –ela disse feliz.

–Tomara. -torci.

–Onde eu posso te deixar? –ela me perguntou.

–Você pode me deixar em casa. –pedi.

–Claro, mas na sua casa ou na casa do seu pai? –ela me perguntou.

–Na minha. –respondi pegando minha mala.

–Vou lá deixar essa mala no carro e já volto. –a Fran falou levando uma mala.

Eu fiquei olhando no meio de tanta gente, até que eu vi aqueles olhos verdes, o cabelo claro quase loiro. Fiquei olhando-o por um bom tempo, só que quando presto atenção nele tudo fica em câmera lenta, não ouvia mais nada, até ver ele vindo na minha direção, paralisei na hora.

–Mama, moço chamando. –o Daniel disse puxando minha roupa.

–Não puxa filho por favor. -pedi.

–Acordou. –o Leon disse rindo.

–Desculpa Leon, estou distraída. –falei ainda acordando.

–Mama, quem é ele? –a Daniele perguntou.

–Como assim mama, são seus filhos? –ele perguntou meio chateao, acho que foi por achar que tive filhos com outro.

–Sim, são meus filhos. - com medo de contar.

–Eles são lindos, sorte do pai. -ele disse.

–É. -falei disfarçando. –Filha, esse é um amigo da mamãe, ele se chama Leon. –falei olhando para ele.

–Um grande amigo. –a Fran falou chegando perto de nós. - vamos pegar o resto das malas e voltar para a casa. –a Fran falou me olhando desconfiada, mas joguei outro olhar de volta.

–Vamos. –falei pegando na mão da Daniele, e do Daniel.

Depois de colocar todas as malas no carro a Fran me deixou na minha nova casa, entrei, e estava do jeito que eu mandei. A sala era enorme, os quartos lindos, só que tinha quatro quartos sobrando.

Coloquei todas as malas dentro da casa, pequei as criaturinhas que tanto amo, e as levei para um banho de banheira.

–Você vai entra com agente? –o Daniel me perguntou.

–Vou, preciso relaxar um pouco. –falei pegando o ropão dos três.

–Você tá bem mama? –foi vez da Dani perguntar.

–Sim filha, só estou meio cansada. –falei tirando a roupa deles.

Coloquei água na banheira e entrei com os dois, fiquei meia hora com eles na banheira brincando e depois dei banho nos dois, troquei eles e fui arrumar as coisas. Pequei todas as malas tirei tudo que tinha dentro, e quardei tudo, quando terminei me joguei no sofá olhei no relógio, e já era tarde da noite.

–Pequetitos! –chamei, e cada um saiu do seu quarto.

–Que foi mama? –eles perguntaram juntos.

–Vocês lembram que eu falava sobre o vovô? –perguntei pedindo para eles sentarem no sofá.

–Sim, eu quelo conhece ele. –a Dani falou.

–Não, eu quelo conhece. –o Daniel revidou.

–Vucê não que nada, quem que so eu. –e a Dani revidou de novo.

–VOCÊ É CHATA! –o Daniel gritou.

–E VUCÊ É BURRO! –pronto, começou.

–Se mais algum de vocês abrir a boca, vocês não vão a lugar nenhum, só no quarto de castigo! –falei brava, eles sempre brigam só não sei de quem eles puxaram essa mania da brigar.

–Disculpa. –eles disseram juntos.

–Querem conhecer o vovó? –perguntei.

–QUELEMOS! –eles gritaram, e eu tampei os ouvidos.

–Sem gritar. –falei rindo.

–Filha, pega a bolsa da mamãe. –pedi.

–Sim. –ela respondeu.

–Filho, você arrumou seu quarto? –perguntei, e ele ficou com uma cara de quem queria fugir dessa situação.

–Não. –ele disse meio chateado.

–Não precisa ficar assim, mas amanhã você vai arrumar. –falei pegando ele no colo.

–Mama, aqui sua bolsa. –a Dani disse trazendo minha bolsa.

–Obrigada filha, vamos? –perguntei pegando ela também.

–VAMOS! –eles gritaram de novo.

–O que eu disse sobre gritar. –falei.

–Disculpa. –eles disseram tampando a boca.

Chamei um taxi, e fiquei no jardim da frente esperando o Taxi chegar, mas o problema de deixar os dois brincando, é que sai briga, sempre. Estava sentada em uma cadeira, quando adivinha, a Dani veio chorando na minha direção.

–O que foi filha? –perguntei preocupada.

–O Daniel me empurro no chão. –ela disse mostrando o machucado.

–DANIEL! –o chamei.

–O que foi mama? –ele me perguntou como se nada tivesse acontecido.

–O que você fez? –perguntei sentando a Dani no meu colo.

–Nada. –ele disse disfarçando.

–Se você não falar, e pedir desculpas, você vai ficar de castigo. –falei brava.

–Mas... –ele ia inventar uma desculpa.

–Mas nada, pede desculpas à sua irmã se não você não vai. –falei e ele ficou bravo.

–Desculpa. –ele disse fazendo bico.

–Eu não desculpo. –a Dani falou toda nervosa.

–Filha! –falei.

–Tudu bem, eu desculpo. –ela disse também fazendo bico.

Logo depois da briga o taxi chegou, fiquei no banco de trás com as crianças e dei o endereço da casa do papai para o taxista. O caminho todo falei para eles ficarem escondidos atrás da planta, para aparecerem só depois que eu mandasse. Quando chegamos, olhei a casa de cima a baixo, me lembrei de quando fuji sem dar noticias, e dos momentos que passei aqui. Toquei a campainha, e no mesmo momento olhei para trás e pedi para que eles ficassem na planta, ouvi passos chegando perto e fiquei com um frio na barriga, quando a porta se abriu eu quase desmaiei, a Olga abriu a Porta mas nunca vi ela tão espantada.

–Oi Olga. –disse emocionada.

–Senhor Germán! –ela gritou. –Minha piquenina. –ela disse também emocionada.

–O que foi Olga, o que foi, eu estava com a Angie. –o papai disse bravo.

Quando ele me viu ele parou ficou parado igual a uma pedra, e eu estava chorando.

–PAI!

Quarto da Vilu


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado, não sei quando posto o próximo capítulo, mas vou tentar postar o mais rápido possível.