Golpe de Estado escrita por M san


Capítulo 8
Aliados?




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Kakashi não saberia dizer precisamente quão avançada estava a madrugada, mas torcia para que não faltasse muito para o Sol nascer de novo. Seu corpo, dedicado à vigília pelas últimas sabe-se lá quantas horas, começava a dar alguns poucos sinais de cansaço, aos quais o Hatake ignorava com facilidade. Já passara semanas em vigilância. Algumas horas eram nada no fim das contas. Assim, o que de fato lhe consumia não era a fadiga, mas a tensão. Sakura garantira ao sensei, depois de horas debruçada sobre Nana, que a kunoichi estava bem. Alguns órgão tinham sido afetados, mas nada que a jovem não pudesse curar. Nana ficará bem, Kakashi-sensei, assegurara a aluna antes de deixar o quarto da mulher, exausta, amparada por um Sasuke estranhamente gentil, na opinião de Kakashi. Mas a gentileza repentina do Uchiha não o preocupava de fato. Aiko lhe preocupava.

A menina não comera desde o retorno de Nana, e se recusava a sair do lado da mãe. Não chorava mais, mas Kakashi desconfiava que a qualquer momento a criança poderia se entregar aos soluços novamente. Além disso, não parecia confiar muito nas garantias de Sakura sobre a saúde da mãe - aliás, não parecia confiar muito em nenhum dos quatro sobre nada. Mostrara-se extremamaente arredia com todos do time e, em dado momento, o Hatake teve certeza de que Naruto e Sasuke a teriam arremessado pela janela caso Sakura não lhes impedissem. Era difícil, a menina. Kakashi tivera que esperar Aiko cair no sono para levá-la para a cama, mas tinha consciência de que o caos o esperava quando a garota acordasse. Faria um escândalo por tê-la levado para “longe” da mãe. Mas até lá, o ninja estava certo de que Nana já teria acordado e controlaria a filha. Bem, certo de que não era bem a expressão correta. Esperançoso, ansioso, desesperado por se adequariam melhor.

Kakashi voltou a encarar o rosto pálido de Nana e, inconscientemente, afastou-lhe as mechas de cabelo dos olhos. Não se permitira, até o momento, pensar sobre a mulher com a significância que, de fato, ela tinha para ele. Primeiro, fora a missão. Depois, a adversária. E, então, a mãe de sua filha. A manipuladora de sempre. Mas agora, vendo-a tão frágil à sua frente, o Hatake achava difícil portar-se racionalmente a respeito de tudo aquilo. Ou mesmo nutrir a raiva que queria da kunoichi. Era inevitável não a ver como sua antiga namorada, a mãe de sua filha, a mulher que, pelo menos por algum tempo, lhe tirara de uma solidão degenerativa, mortal. A kunoichi que, por anos, protegera a vila que a traíra - mesmo que Kakashi, apenas recentemente, passasse a acreditar nisso. E que, possivelmente, a traíra de novo. E, dessa vez, não somente ela.

O vento frio uivava assustadoramente lá fora quando o Hatake decidira aplicar a Nana mais uma dose do medicamento que Aiko trouxera. Seria a quarta, todas respeitando o tempo mínimo de seis horas. A cada dose, o corpo da mulher tremia brutalmente, debatendo-se contra o chão de forma assustadora. Na segunda vez em que o medicamento fora aplicado, a violência dos tremores casou uma fratura no ombro de Nana, obrigando Sakura a trabalhar ainda mais. Desta vez, Kakashi aplicaria a medicação sozinho. Não se sentia à vontade acordando Sakura para isso. Especialmente porque a jovem dormia no quarto de Aiko. E Kakashi, definitivamente, não queria acordar a filha.

Ele abriu a caixinha branca onde uma última dose permanecia intacta, a espera do uso. Desencaixando-a, o ninja retirou a proteção da agulha, demonstrando certa intimidade com o processo. Afinal, não era a primeira vez que assumia a posição de enfermeiro. Em diversas missões, quando seus companheiros não se encontravam em estado suficientemente saudável para curar as próprias lesões, Kakashi os ajudara. Agora, não era muito diferente, afinal. Ele voltou-se à kunoichi, preparando-se para medicá-la, quando levou um susto. Sentada no futon, com um sorriso divertido no rosto, Nana encarava um Kakashi abobado, que não sentira a mulher se mover.

— Você ia se aproveitar que eu não podia me defender pra me furar, né, Kakashi? - ela provocou, mas, apesar da brincadeira, ainda soava fraca e ofegante.

— Ia medicá-la - respondeu Kakashi, escondendo a surpresa pelo despertar da mulher da voz e indicando a injeção com um leve aceno - Você deve tomar essa dose ou não?

— Não - respondeu Nana, ainda sorrindo - Vocês me deram quantas?

— Três.

— Duas eram suficientes - informou a mulher, mas não havia condenação no tom dela. Era apenas um comentário. Kakashi a viu tentar se levantar e a impediu, segurando-a pelos ombros. Ela ainda estava demasiado pálida para isso. Além disso, ao tocá-la, o ninja pode perceber que a febre não baixara.

— É melhor ficar deitada, Nana. Você fraca. E ainda quente.

Kakashi ajudou a mulher a deitar-se e cobriu-a com a manta até o pescoço. Percebeu a dúvida no olhar de Nana, mas ignorou-a. Ele mesmo não sabia o motivo pelo qual estava cuidando tanto dela. Convenceu-se fracamente que era por causa de Aiko. Afinal, por que mais seria?

— Sasuke me disse que foi uma armadilha - comentou Kakashi, a quem o cenho franzido de Nana já começava a incomodar.

— Sim, - começou a kunoichi, entendendo a deixa para mudar de um assunto que sequer começara - foi sim.

— Ele disse que eles sabiam que a guardiã do norte é você…

Nana não respondeu. Kakashi a viu morder o lábio superior em uma raiva contida e desviar o olhar. Ela detestava falhar e, se eles sabiam, então ela havia falhado. Não necessariamente em permitir que alguém escapasse. Mas, de alguma forma, falhara.

— Como eles sabiam? - perguntou Kakashi, exercendo o poder ainda não investido a ele de interrogar sabendo que as respostas seriam dadas. Mas Nana não respondeu de imediato. Voltou os olhos faiscando em fúria ao ninja e suspirou para se controlar antes de falar.

— Eu não permito que alguem escape…

— Você acha que alguém de Konoha vazou isso? - indagou Kakashi, evitando os rodeios infinitos que a mulher poderia fazer.

— Tenho certeza.

— Você pode ter falhado..

— Eu não deixei que alguém escapasse, Kakashi! - exclamou a mulher, furiosa, enquanto fazia menção de levantar-se e era impedida pelo ninja, que, novamente, a segurou delicadamente pelos ombros. Kakashi sentiu os olhos de Nana caírem confusos sobre ele, mas não os encarou de volta. Pra que todo aquele cuidado? O que havia de errado com ele? Contudo, para o alívio do ninja, Nana continuou - Você mesmo não sabia que eu era a guardiã, sabia?

Kakashi negou. Não sabia mesmo do paradeiro de Nana nos últimos oito anos. Aliás, tinha a certeza de que a mulher estava longe dali. E entendia o argumento da kunoichi: se ele, que era da elite de Konoha, homem de confiança dos três últimos kages, não sabia, como ninjas mercenários meia boca saberiam?

— Pois é! Nem você, famoso e metido do jeito que é, sabia. Alguém contou, Kakashi… E contou porque queria me tirar do caminho! Abrir a fronteira!

— Você acha que estão planejando…

— Um golpe! - completou Nana, teatralmente. Kakashi pensara exatamente na mesma coisa assim que Sasuke lhe contara o acontecido. Mas ouvi-la da boca de outra pessoa era como levar um soco no estômago. Achara que, finalmente, depois da guerra, a cúpula de Konoha havia compreendido a dimensão maléfica de suas atitudes. Mas estava enganado.

Ele permaneceu calado um tempo, abstendo-se de responder à conclusão de Nana. Pensava além daquilo. Pensava nas consequências daquilo. Um golpe de Estado em uma nação ferida como Konoha seria devastador. As forças da vila não teriam condições de evitar o sofrimento dos civis e, mesmo confiante de que ganhariam, afinal Naruto e Sasuke estavam do lado deles, a situação econômica do lugar iria beirar a falência (isso se não a atingisse). Fome, desemprego, insatisfação… O País do Fogo seria alvo de outros ataques e sequer poderia confiar nos aliados para ajudá-los. A situação seria tão desesperadora que tinha certeza de que as nações amigas se sentiriam tentadas a elas mesmas atacarem. Tudo que Konoha não precisava agora era de instabilidade política, guerra. Ou seja, de um golpe.

Kakashi levantou-se e caminhou em direção à janela, onde, por alguns segundos, observou a escuridão lá fora. No inverno, até mesmo o Sol tinha preguiça de dar sua graça. Demorava pra nascer, se punha cedo. Ainda levaria horas para que os primeiros raios quebrassem o breu, mas o ninja não se importava. Aquele clima, de certa forma, combinava com seu estado de espírito.

— Eu espero que você esteja maquinando algo nessa sua cabeça grande e não entregando os pontos, Kakashi - provocou Nana, depois de minutos em silêncio. Mas ele estava mais próximo de entregar os pontos do que encontrar uma solução boa o suficiente.

— A Vila não aguenta outra guerra, Nana - informou Kakashi, tendo certeza de que a mulher sabia disso - quebrada.

— Todas as vilas estão… - rebateu Nana.

Kakashi, que ainda observava a escuridão, virou-se, apoiando as costas na janela. Ele observou a mulher sentada no futon e, encarando-a, encarou a realidade: não tinha ideia do que fazer.

— Cadê a Aiko? - perguntou Nana, procurando a menina pelo quarto - Achei que ela não sairia daqui!

— Não saiu - respondeu Kakashi, somando aos sentimentos de frustração, decepção e revolta uma pontada de inveja do amor que a filha tinha pela mãe - Quando ela dormiu, eu a levei para o quarto.

— Hum… - murmurou Nana que, em seguida, apoiou-se nos punhos, tentando levantar-se.

— Você não po… - começou Kakashi, correndo para impedir a kunoichi de fazer esforços.

— Nah, Kakashi, deixa de frescura - interrompeu Nana, levantando-se por fim, segundos antes do ninja alcançá-la - Que cuidado repentino é esse comigo?

Kakashi queria ter uma resposta convincente, que calasse a mulher e o convencesse de que não estava ficando louco. Mas não tinha. Não fazia ideia do porque estava se portando daquela maneira com Nana. Nem quando eram namorados, ele tinha tanto cuidado com ela. O Hatake permaneceu imóvel a frente da mulher, que o encarava esperando pela resposta com um ar misto de curiosidade e raiva. Ela sempre estava com raiva.

— Você vem comigo pra Konoha - informou Kakashi, achando que, diante da incapacidade de responder a pergunta da mulher, o melhor a fazer era desviar a atenção dessa.

— Eu o quê?

— Vem comigo pra Konoha - repetiu Kakashi, saindo da posição de estátua e indo em direção à porta, deixando o pavio queimar e bomba explodir atrás dele. Mas não sem antes acrescentar um - É uma ordem.

Ele saiu do quarto da mulher e, rapidamente, passou pela sala, onde Naruto e Sasuke dormiam. Nana não gritara com ele de imediato, nem o atacara, então o ninja nutria uma esperança infantil de que a mulher acataria a ordem sem espernear. Esperança inútil, sabia Kakashi. Mal chegara a cozina, a kunoichi o alcançou, a velha insanidade de volta aos olhos contrastando com a aparência doente do resto do rosto.

— Uma o quê? - perguntou Nana, elevando o tom a cada nota e matando de vez a esperança nutrida por Kakashi.

— Ordem. Eu sou o futuro Hokage no fim das contas, certo? - argumentou Kakashi, servindo-se de um copo d’água.

— Futuro, não presente. E mesmo se fosse o atual, eu não tenho obrigação de obedecer ao Kage, idiota!

— Tem sim. Jurisdição de Konoha, ninja de Konoha, terras de Konoha, salário pago por Konoha. Você é de Konoha, Nana.

— Ah, é? ENTÃO MANDA KONOHA VIR AQUI ME BUSCAR PORQUE…

— Fala baixo! - ralhou Kakashi, segurando a mulher pelo braço e puxando-a para perto - A Aiko tá dormindo!

Nana calou-se e olhou por cima do ombro, como se esperasse ver Aiko saindo do quarto para checar a origem do barulho. Não vendo nada, a ninja continuou, muitos decibéis abaixo do tom anterior:

— Vamos lá pra fora.

O quê? — rebateu Kakashi, incrédulo - Você enlouqueceu? Lá fora fazendo fácil menos cinco graus!

— Tem medo de frio agora, é, Kakashi? - provocou Nana, empurrando o ninja para longe de si e soltando o próprio braço.

— Você com febre… - começou Kakashi, mas Nana não prestava mais atenção. A mulher já saíra da cozinha, indo para o quintal e deixando a porta aberta para que o Hatake a seguisse. E ele o fez. Não só porque queria manter todos dormindo. Mas também porque, mesmo que tivesse jogado a bomba para se desviar da pergunta de Nana, ele não mentira. Precisava de Nana em Konoha. Desde o momento em que Sasuke contara sobre o ataque, ele sabia disso.

Kakashi saiu da cozinha, fechou a porta às suas costas e seguiu Nana até próximo ao galpão. Ele sentiu o vento congelante cortar sua face e tremeu involuntariamente. À sua frente, viu Nana, que trajava apenas o pijama leve que Sakura vestira nela, bater os dentes e abraçar os próprios braços tentando protegê-los do frio, enquanto abria a porta do galpão e nele entrava. O ninja novamente a seguiu e, após encostar a porta do lugar, se sentiu aliviado. Ainda era muito mais frio que a casa onde estavam, mas pelo menos não ventava. Além disso, o lugar era bem menos bagunçado do que imaginara. Haviam ferramentas presas em ganchinhos na parede e alguns sacos fechados encostados uns nos outros ao fundo. Mas só. Era tão pouca coisa que, mesmo pequeno, o galpão ainda permitia algum movimento a quem estivesse dentro dele. Contudo, sendo Nana e Kakashi duas pessoas, o espaço disponível para ambos era bem reduzido. Eles estavam a pouco mais de um metro um do outro.

— Você congelando… - começou Kakashi, vendo a mulher tentando disfarçar o frio e falhando miseravelmente.

— Dane-se! Que merda é essa de ir pra Konoha? - explodiu Nana, e o ninja agradeceu por ela estar fraca. Ou começaria tudo de novo.

— Se eles vão dar um golpe, eu preciso de você lá…

— Essa foi a solução que você arranjou, seu idiota? Me tirar da fronteira e deixar todo mundo que quiser entrar?

— Eu vou colocar a ANBU no lugar…

— A ANBU? A ANBU, KAKASHI? QUEM VOCÊ ACHA QUE POR TRÁS DISSO?

— A raiz… - respondeu Kakashi, a pouca paciência que mantinha sendo usada até a última gota. Queria amordaçar Nana. Só assim conseguiria falar.

— EXATO! ASSIM QUE VOCÊ COLOCAR A ANBU AQUI, A RAIZ VAI SABER E…

— A RAIZ JÁ SABE, NANA! QUEM VOCÊ ACHA QUE PASSOU PRA ELES TUDO QUE ELES PRECISAM SABER? HEIN? - explodiu Kakashi, desistindo de controlar a raiva que fluia pelo corpo e descontando-a toda em cima de Nana, o que, na opinião do ninja, era justo. A mulher era uma das principais fontes do seu nervosismo. Justo que ele o jogasse sobre ela - AQUELES VELHOS FILHOS DA MÃE DO CONSELHO TÃO POR TRÁS DESSA MERDA TODA! ELES NÃO ME QUEREM COMO HOKAGE, NÃO QUEREM ABRIR MÃO DA POLÍTICA SUJA QUE ELES MANTÉM HÁ DÉCADAS! SABEM QUE COMIGO DENTRO, ELES TÃO FORA!

— E VOCÊ ME QUER EM KONOHA PRA QUÊ? PRA MATAR OS VELHOS? PEDE PRO SASUKE, ELE FAZ DANDO PULINHOS! - rebateu Nana, gritando na mesma intensidade que Kakashi.

— Ah, se fosse tão simples assim… - suspirou o Hatake, levando as mãos à cabeça enquanto caminhava pelo pequeno espaço disponível no galpão, tentando colocar os pensamentos em ordem.

— Eles são velhos! - lembrou Nana, sendo muito bem vinda em sua volta ao mundo das conversas sem gritos - Faça parecer que eles morreram de velhice e pronto.

— Ótimo! É assim mesmo que eu quero começar meu mandato. Assassinatos, conspirações, mentiras… - ironizou Kakashi, chutando de leve um saco próximo a ele.

— Isso é política, Kakashi! Você acha que vai conseguir governar sendo bonzinho? - rebateu Nana, virando-se para encará-lo - Vão te servir de jantar se você der mole!

— Você dizendo que eu tenho que me tornar um mentiroso, um manipulador, pra conseguir governar Konoha? - perguntou Kakashi incrédulo, se aproximando tanto da mulher que podia sentir sua respiração - Logo você, Nana? Fins justificam os meios? Logo você vindo com essa pra cima de mim?

Nana não respondeu. Kakashi a viu se forçar a não desviar o olhar e fez o mesmo. Ele simplesmente não podia acreditar no que ouvira. Não saindo da boca de Nana. Da boca da mulher que foi feita de marionete pela vila durante anos, servindo com uma dedicação sobre humana, enquanto, em troca, era envenenada lentamente.

— Se você é um político, você é um cretino… - argumentou Nana, depois de alguns instantes - Você tem que ser. Porque os outros serão…

— Isso não é verdade - contrapôs Kakashi, seu idealismo falando mais alto que sua própria razão - O Sandaime não foi assim. O Yondaime não foi assim. A Godaime não é assim.

— O Sandaime era um bundão! Deixava o Danzou fazer o que queria por baixo dos panos enquanto aqueles dois velhos do conselho ficavam repetindo que alguém precisava agir pelas sombras! Ele não governou Konoha de verdade. O Danzou o fez!

— Ele protegeu Konoha…

— Dos de fora, não dos de dentro! - rebateu Nana, furiosa - Pergunta pro Sasuke quão bom ele foi. Pergunta pra mim o quão bom ele foi!

— E mesmo assim você quer que eu haja igual a ele? - cuspiu Kakashi, ainda sem desviar os olhos de Nana.

— Você precisa agir por um bem maior! Pelo menos essa coragem o Sandaime teve. Ele só era burro demais pra enxergar o real perigo - começou Nana em resposta, enfatizando cada palavra - O que é melhor, Kakashi? Acabar com os líderes do golpe agora ou deixá-los iniciar a guerra civil, colocando todo mundo em perigo?

— Eu vou acabar com esses caras! - exasperou-se Kakashi - Mas não usando das armas deles! Existe lei, existem procedimentos a serem seguidos…

— Você precisa de apoio pra conseguir fazer as leis funcionarem, conseguir fazer os procedimentos serem seguidos! - exclamou Nana, segurando Kakashi pelos braços e sacudindo-o como se tentasse acordá-lo. Ele sentiu a pele da mulher queimando por cima da própria manga e lembrou de acrescentar a febre dela à sua lista de preocupações - E pra ter apoio você precisa de poder! E pra ter poder, você precisa…

— De você! - interrompeu Kakashi, soltando as mãos da kunoichi de seus braços e segurando os pulsos febris dela - De aliados fortes como você!

— Aliados fortes não são tudo… - rebateu ela, soltando os próprios pulsos - Você tem Naruto, Sasuke, Sakura, Tsunade, Anbu, todos do seu lado. E mesmo assim eles querem dar um golpe. Eles também têm aliados fortes. A crise, por exemplo, é bem forte.

— Eles não contam com você me apoiando…

— Então eles são mais espertos que você, Kakashi.

— Isso significa que você não é minha aliada? - perguntou o Hatake, frio.

— Depende de quem for seu inimigo - respondeu Nana. Fria.


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Notas finais do capítulo

Oi, galera! Bem, voltamos ao Kakashi neste capítulo (não conseguimos ficar muito tempo longe de você, Kakashi-kun! *-*). Esta semana não postarei muito. Proooovaaas! O.O
Anyway, espero que gostem do capítulo! Não deixem de comentar, dizendo o que gostaram, detestaram, faz sentido, não faz sentido... Sou curiosa, quero saber de tuuuudo! Beijos, people!



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