Golpe de Estado escrita por M san


Capítulo 26
A família de um Hokage




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A calmaria após a tempestade é, em sua melhor definição, aliviante. Como não sentir o coração mais leve ao olhar pela janela e ver o Sol abrir espaço entre as nuvens após um pé d’água daqueles? Contudo, às vezes, o pós-tempestade é uma espécie de garoa, de chuvisco, que indica apenas uma trégua entre um dilúvio e outro. Nesses casos, há um misto de alívio e angústia no coração, quando se olha pela janela. Era assim que Naruto se sentia naquele momento. Meio tranquilo, meio apreensivo.

Fazia menos de uma semana que Sasuke dera entrada no hospital da vila, bem mais pra lá do que pra cá, e o susto que Naruto tivera ao receber a notícia ainda doía no peito do garoto. Nunca tivera tanto medo de perder o amigo, não, o irmão, como naquele momento. Viu-se de mãos atadas, completamente inútil, e não gostou de encarar suas próprias limitações. Assim como sabia que Sasuke também não gostara de se ver em um leito de UTI, vencido por um inseto. O choque fora tão grande que Naruto sequer conseguia elaborar piadas a respeito do amigo perder para um besouro. Ainda era cedo demais para isso.

Entretanto, o Uchiha não perdera totalmente para o bichinho, e isso era responsável pela metade aliviada de Naruto. Os dois, agora, estavam sentados sobre o telhado de um dos mais altos prédios da vila, observando o pôr-do-sol pintar a aldeia em tons alaranjados, embelezando a paisagem já estonteante, na opinião do Uzumaki, de Konoha. Estava muito mais frio do que era de se esperar no fim de janeiro, e Naruto tinha certeza de que ele só teria a magnitude do estrago que o vento fazia em suas bochechas quando chegasse em casa e sentisse-as arderem em contato com a água. Mas, e ele podia afirmar isso com toda a sinceridade, não estava preocupado com o rosto cortado. Ou com o porco trabalho do Sol em esquentar o fim de tarde. Estava ali, com seu melhor amigo, fazendo aquilo que se tornara um hábito comum aos dois: conversar sobre os telhados dos prédios. Não macularia sua metade tranquila com algo tão banal quanto o frio. Havia preocupações bem mais imediatas.

A situação política da vila era uma delas. Diante do ataque contra Kakashi e Sasuke, Tsunade partira para a reunião dos Kages, deixando Konoha sob os cuidados do outro Hokage. Desde então, eles esperavam um ataque dos golpistas, visto que a instabilidade de um novo líder era o momento perfeito. Mas nada acontecera. Estava tudo em paz. A própria Godaime chegara bem ao País do Ferro, como mandou avisar por uma ave. A aldeia estava tão calma que parecia a antiga Konoha. E, paradoxalmente, Naruto detestava aquilo. Aquela falsa tranquilidade.

Sendo o responsável por descobrir como os golpistas agiam em meio e para a população da vila, além de, claramente, servir como garoto propaganda do governo perante essa - afinal, essa é a principal função de um herói, não? -, Naruto sabia exatamente qual era o grau de insatisfação dos habitantes com os Hokages. Depois de uma guerra, os civis esperavam paz e prosperidade, mas receberam instabilidade econômica e insegurança. A cada semana, mais comboios de cargas eram saqueados, mais viajantes roubados e mais fraca ficava a fronteira. A população, ainda que tendesse a apoiar Kakashi como sexto, já se perguntava se alguém tão jovem como ele seria capaz de lidar com aquilo. “Deveríamos estar em tempos de paz, mas colocamos um herói de guerra no poder e voltamos ao combate”, bradavam alguns nas esquinas, a quem Naruto rebatia argumentando, e ganhando, mas sabendo que a semente da dúvida já havia sido plantada nos aldeões. Eles precisavam reverter o jogo entre os civis ou então, quando o golpe estourasse, não teriam apoio entre eles. Se a população não os quisesse, não haveria motivo para lutar.

– Preocupado, idiota? - perguntou Sasuke, trazendo Naruto de volta ao pôr-do-sol - O cheiro de queimado denunciou…

– Otário - rebateu Naruto, com um leve sorriso. Era todo o riso que sua parte angustiada lhe deixava expressar.

– O que houve?

Naruto se permitiu um momento calado antes de responder. Afinal, era uma pergunta complicada. O que houve? Era difícil até começar a listar o que houve. A descoberta do golpe, o ataque à Academia, a insatisfação da vila. E, coroando, a recente quase morte de Sasuke. Tivera alguns meses de folga entre a guerra e o mar em tormenta que virara sua vida, mas, agora, com o corpo travado em tensão, sequer conseguia se lembrar desse período. Era como se jamais tivesse saído do campo de batalha.

– Você não tenso com tudo isso? - perguntou Naruto, deixando o olhar perder-se ao longe - Com esse lance de golpe…

– Hum… - começou Sasuke, também observando o horizonte - Eu teria que ser você pra não me preocupar.

– Eles tão conseguindo virar as pessoas contra o Kakashi-sensei e a Obaa-chan - continuou Naruto, ignorando a provocação do amigo - Toda semana há novos casos de roubos de carga, a Anbu não conseguindo evitar todos…

– Eu queria saber de onde eles tão tirando tanta força militar… - interrompeu Sasuke, enquanto tentava afastar uma mancha da manga da capa - Supostamente, eles não deveriam ter mais que cinquenta ou sessenta ninjas.

– Os relatórios do Kakashi-sensei podem estar errados - ponderou Naruto, fitando Sasuke de canto de olho e encontrando, na expressão do amigo, o que já esperava achar: descrença. Ele mesmo não acreditava em erros nos relatórios. E o motivo era simples.

– Se você acha que a Nana errou, fique à vontade para argumentar isso com ela… - disse Sasuke, desistindo de limpar a mancha.

– Ela disse que acha que a Raiz misturando mercenários entre os próprios ninjas - lembrou o Uzumaki - Por isso têm tantos. Colocam dois da Raiz e vinte contratados…

– Eles não acham que vão nos derrotar com duas dúzias de zé ruela

– Eu sei… - concordou Naruto - Mas o que mais me incomoda agora não é isso. A insatisfação popular é mais urgente. Se a gente não conseguir estabilizar a vida do povo, eles não vão nos apoiar durante o golpe.

Ele viu Sasuke virá-lo para encará-lo com a sobrancelha erguida em surpresa. Calado, esperou que o amigo tivesse alguma ideia sobre o problema exposto. Afinal, o Uchiha era um gênio, não era? Contudo, nenhum pensamento brilhante veio do ex-renegado.

– Acho que estou emburrecendo…– começou Sasuke, abaixando a sobrancelha e voltando a observar o horizonte - Não é possível que você tenha ficado inteligente.

– Sasuke, - continuou Naruto, ignorando, novamente, a provocação e, finalmente, verbalizando uma de suas principais fontes de inquietação - Se a população não nos quiser, não há motivos pra gente lutar…

– Ah, agora o universo se estabilizou - riu-se Sasuke que, diante do cenho franzido de Naruto, continuou - Você voltou a ser o mesmo idiota de sempre.

– Quê?

– Nossos motivos para lutar não passam pelo apoio da população. As pessoas, agora, só estão respondendo ao estímulo externo. Estão insatisfeitas porque estamos em crise. A insegurança aumentou, os salários caíram. Elas precisam culpar alguém, e culpam o governo. Não estão de tudo erradas. O Kagenato tem sua parcela grande de culpa. Mas, por mais que a gente perca o apoio dos aldeões, ainda temos que lutar. Porque o que os estimula a ficar contra nós é causado pelos golpistas. Se nós não lutarmos, os deixaremos justamente à mercê de quem fazendo isso tudo.

Naruto ponderou. E concordou. Até aquele momento, pensara que o que o povo clamasse deveria ser atendido. Mas se eles clamam enganados, deixá-los ter o que pedem é irresponsável. E perigoso. Contudo, mesmo assim, sua preocupação com a insatisfação popular continuava. As pessoas da vila eram as que mais sofriam com toda a crise em Konoha. E, por mais que eles, próximos aos líderes do governo, soubessem os motivos por trás daquilo, os aldeões não sabiam. Para o povo, o mais importante era o progresso da vila, a segurança, o conforto. E, no fim das contas, era para prover tudo aquilo que existia o Hokage.

– O Hokage é como um pai para a vila - começou Naruto, enquanto virava a cabeça a fim de encarar o monumento com os rostos dos Kages. O de Kakashi havia sido recentemente acrescentou à montanha - Não, mais que isso. Ele é um pai para as pessoas da vila. Ou uma mãe - emendou, ao fitar a face de Tsunade - Eu não tive pais enquanto crescia. E eu acho que você também não deve ser muito bom em falar sobre como pais devem ser. Mas eu acredito que os pais, às vezes, precisam negar algo que os filhos queiram, porque eles sabem que não vai fazer bem. E os filhos ficarão bravos, e farão birra. Só que é pro bem deles. É pro bem da família.

“Mas, agora, na vila, temos um outro tipo de situação acontecendo. O que os filhos querem é importante pra eles. Eles querem estabilidade, segurança. O problema é que difícil pros pais darem isso. E talvez eles comecem a pedir pras pessoas de fora da família. A gente tem que dar um jeito nisso. Temos que mostrar que em Konoha, os Kages conseguem proteger a população. A família deles. Mostrar pro povo que eles têm quem cuide deles. Que o que eles querem é justo, então o terão.”

– Você quer que a gente contra-ataque? - perguntou Sasuke, fitando Naruto de canto de olho.

– Uhum - confirmou o Uzumaki, os olhos brilhando em excitação. Ele queria trazer a população de volta para o lado deles. Mas, mais que isso, queria dar ao povo o que eles mereciam. Homem de Kakashi, que era, queria que as pessoas encarassem o sensei como ele o encarava. Como alguém da família. Alguém em quem se pode confiar - Mas não vamos precisar lutar pra isso…

– Que bom, - falou Sasuke, distraidamente - porque a Sakura não me deu nem alta ainda. Duvido que ela me deixaria pegar a espada e partir pra batalha.

Naruto voltou os olhos para o amigo e riu com o que viu. Abrindo a capa, Sasuke indicava, mal humorado, o uniforme branco de paciente que vestia indicando sua condição.

– A Sakura-chan vai te matar se te ver aqui… - constatou Naruto, ainda rindo.

– Por que eu? - rebateu Sasuke - Vou dizer que você me arrastou até aqui…

Naruto alargou o sorriso.

__

– Eu não posso permitir que vocês façam isso - começou Kakashi, perdido em meio a dezenas de pastas e folhas avulsas sobre sua mesa - Não sem antes descobrirmos exatamente como…

– Kakashi-sensei, não há tempo! - exclamou Naruto, à frente da mesa do Hokage, desesperando-se. Por que o sensei não entendia que aquele era o melhor plano? - Temos que dar uma neles! A gente só apanhou até agora…

– Eu não vou arriscar a vida de vocês por algo que já está perdido…

– Podemos recuperar - argumentou Sasuke, as costas apoiadas nas janelas atrás de Kakashi.

– Até parece que eles são páreos pra nós dois juntos! - acrescentou Naruto, cruzando os braços - E a gente nem vai precisar lutar! O Sasuke joga eles num genjutsu e pronto!

– O Sasuke sequer teve alta ainda, Naruto! - ralhou Kakashi, jogando meia dúzia de pastas para o lado enquanto procurava a que queria - Aliás, a Sakura vai ficar uma fera quando perceber que você não está no hospital.

– O turno dela é de madrugada… - explicou Sasuke.

– Bem, já escureceu. Que tal voltar? - propôs o sensei, claramente tentando se livrar dos alunos.

– Kakashi-sensei, se a gente recuperar a carga roubada… - começou Naruto, pausadamente, quase didaticamente, mas Kakashi interrompeu:

– Naruto, presta atenção. Nós achamos que haverá uma tentativa de transportar a carga roubada hoje, mas não temos certeza. De qualquer forma, nós temos certeza da movimentação de um grupo de mercenários há alguns quilômetros daqui. A Anbu vai agir onde temos certeza. Obviamente, coloquei ninjas pra seguirem a Raiz e descobrir onde é o novo depósito deles, já que o que o Sai descobriu foi desativado…

– Mas Kakashi-sensei…

– De qualquer forma, - continuou Kakashi, o tom sobrepondo-se à interrupção de Naruto - interceptá-los agora pode ser uma declaração de guerra e nós temos que…

– Eles já declararam guerra, Kakashi-sensei! - exasperou-se Naruto - Eles atacaram a Academia, atacaram o senhor e o Sasuke, a sua filha, sua namorada…

– Nana não é minha namorada…

– Eu não sou namorada dele - confirmou uma voz atrás de Naruto, que o fez dar um salto. Nunca a percebia entrando - Aqui, Kakashi-sama. Uchiha, seja útil e feche as cortinas.

Sasuke bufou, mas fez o que a mulher mandou. Assim que as cortinas abaixaram e cobriram as janelas, Nana foi até a mesa do Hokage e jogou uma pasta parda sobre ela, juntando-as às outras. Ela abaixou o capuz e tirou a máscara da Anbu, esfregando a face com as mãos enquanto colocava o objeto de disfarce ao lado da pasta. Naruto voltou o rosto à mulher para encará-la e a viu exausta. Ela precisava de férias.

– Você tem dormido? - perguntou Naruto, por instinto.

– Não, - ela respondeu, fitando-o - culpe seu sensei.

– Você descobriu alguma coisa nova? - perguntou Kakashi à Nana, folheando o relatório recém-entregue.

– Eles vão mesmo mudar a carga roubada de lugar - respondeu Nana, olhando ao redor - Não tem nada pra comer?

– Viu, Kakashi-sensei! - exclamou Naruto, imediatamente - A gente pegar a carga e devolver à população é trazer o povo de volta pro seu lado!

– Naruto, eu… - começou Kakashi, o tom de negativa cravado na voz.

– Não, espera Kakashi-sama - interrompeu Nana, esticando o braço com a palma da mão aberta para Kakashi, num claro sinal de pausa, e fixando seu olhos em Naruto - Talvez o pirralho tenha razão. Se você devolver a carga roubada à população…

– Como você espera que eu devolva a carga aos donos sem prender meia dúzia de ninjas junto? - interrompeu Kakashi, levantando-se - Nós temos nossa linha de ação determinada…

– O que o Shikamaru traçou é muito bom, mas às vezes podemos improvisar - argumentou Nana. Naruto, atrás dela, acenava enfaticamente a cabeça, concordando com a mulher - Eles três dão conta. Não precisa desfalcar as equipes que tão indo capturar os mercenários. Dá um voto pro seu time…

– Três? - perguntou Sasuke, fazendo-se notar pela primeira vez desde que abaixara as cortinas - Sou só eu e Naruto.

– E a Sakura? - perguntou Nana - Ela sabe mais informações da Raiz que vocês. E a força bruta dela…

– É perigoso - cortou Sasuke.

– Arre… Kakashi, dá um soco no seu aluno, por favor - pediu Nana - E aproveita e coloca os três pra trabalharem. São os heróis da vila, não são?

– O Sasuke ainda internado, Nana - ponderou Kakashi, encostando-se na mesa ao lado da mulher.

– Então eu estou realmente cansada, porque vendo o Uchiha aqui na minha frente - ironizou a mulher, vestindo o capuz novamente e pegando a máscara sobre a mesa - Ele mais saudável que nós dois. Mande-os atrás da carga…

– Kakashi-sensei, - começou Naruto, calmamente - eu já disse: a vila insatisfeita. As pessoas não estão confiantes no senhor ou na Obaa-chan. Precisamos trazê-las de volta para o nosso lado. E, mais que isso…

– Eles são minha família. Preciso cuidar deles - completou Kakashi, pensativo. Naruto confirmou com um aceno e sorriu para Nana em agradecimento. Afinal, ela o ajudara com o sensei. Mas não recebeu sinal algum de reconhecimento em troca. Apenas a viu socar de leve, ou nem tanto, o ombro de Kakashi, tirando-o de seus pensamentos, enquanto recolocava a máscara da Anbu.

– É normal que você se sinta inseguro por agora, Kakashi - ela começou, a voz um pouco abafada pela máscara, afastando-se em direção à porta - Mas você é um líder. Sempre foi. Porte-se como um.

– Desculpa não poder te dar folga… - disse Kakashi, distraidamente.

– Espero receber pelas horas extras - respondeu a mulher. Involuntariamente, Naruto pensou besteira. E olhou para Sasuke, que o fitou de volta com cara de quem pensara o mesmo. O Uzumaki considerou que poderia pagar as horas extras de Nana, se Kakashi pedisse. Mas lembrou-se de Hinata e sacudiu a cabeça para afastar o pensamento. Quando voltou a erguer o rosto, Nana já segurava a maçaneta - Kakashi-sama, - ela começou, estranhamente polida - Ela não tem comido direito. Talvez o senhor possa passar lá e dar uma olhada…

Naruto virou o rosto para o sensei e o viu suspirar enquanto fechava os olhos. O Hatake sussurrou um leve “Pode deixar” e Nana, imediatamente, saiu da sala, deixando-o os três pra trás. O Uzumaki sabia que a kunoichi fora a responsável por ajudar Kakashi e Sasuke há uma semana, e que, obviamente, ela não estava morta. Mas não tinha certeza do que acontecera entre ela e Kakashi. Queria perguntar, mas Sakura o mandou ficar na dele, e ele ficou. Apesar de ter a estranha sensação de que a Haruno sabia um tantinho a mais do que ele e Sasuke.

– Chamem a Sakura - ordenou Kakashi, cortando e silêncio e voltando à mesa - Têm dez minutos. Boa sorte, Sasuke.

Naruto sorriu. Finalmente, iriam começar a contra-atacar.


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Notas finais do capítulo

Mina-san, desculpem a demora! Gomen! A verdade é que eu tive um bloqueio e fiquei dias sem conseguir escrever uma palavra... foi tenso. =((
Anyway, cá está mais um cap, POV de Narutim (saudades, neh?), e é mais um daqueles introdutórios, sabe? Há coisas para serem explicadas e esses caps meio parados são necessários. Espero que gostem =)
Onegai, não deixem de comentar! Cada coment me deixa super happy, então, se estiverem procurando a boa ação do dia, fica a dica ;)

Mais uma vez, desculpem a demora! ='(
E valeu por lerem a fic! Arigato-gozaimassu! Kissus, mina-san!

ps.: A música do cap passado era Who's gonna hide your wild horses - U2 (mais velha que eu... mas tão incrivel *--*, se vocês não gostarem, não me falem! kkkkk)



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