Vida Irônica escrita por SraPotter


Capítulo 9
Uma Nova Casa


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente.
Bem, a demora dessa vez foi porque uma coisa realmente trágica aconteceu na minha vida. Eu perdi uma das pessoas mais importantes na minha vida, e isso aconteceu da forma mais cruel que poderia ter acontecido.
Ele morreu assassinado com 9 tiros num assalto.
A pessoa que eu perdi foi meu avó, que era quase meu pai. Ele visitava-me todo santo dia. E era novo. Tinha 59 anos apenas. Tão jovem...
Bem. Agradeço a Lídia Mira por estar acompanhando a fanfic e aqui vai mais um capítulo para vocês. Não é O capítulo, mas provavelmente o próximo será melhor, eu prometo.
Boa Leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/559514/chapter/9

Eu descobrira que não havia quebrado a perna, realmente, eu estava feliz por isso. Draco e eu não havíamos conversado desde que nos declaramos. Em parte porque eu estava com vergonha. Em parte porque iríamos nos mudar. Minha perna estava “boa”, pronta para outra.

Finalmente iríamos para a nossa casa!

Eu estava meio triste por isso. Porque estávamos dizendo “adeus” para o hotel onde tantas coisas aconteceram. Na verdade, tudo aconteceu tão rápido. Em um dia, eu estava odiando tudo e todos, porque iria me casar à força. Hoje, eu estava amando a pessoa com quem fui forçada a casar.

Como dizem: as coisas mudam!

Esfreguei as pálpebras de meus olhos e arranquei o lençol de cima de mim. Fazia dias que não o via. Precisava vê-lo. Imediatamente.

Vou confessar uma coisa: eu estava sentindo falta. Eu estava com saudade de Draco. Saudade de tudo. Seus sorrisos, suas mãos, seu rosto, seu corpo, seu beijo, principalmente seu beijo.

Meu coração palpitou só de pensar nisso. Eu estava enlouquecendo completamente.

Peguei as muletas e levantei. Consegui chegar até meio rápido no quarto de Draco, e bati três vezes antes de entrar.

– Pode entrar. – respondeu aquela voz, tão familiar...

Entrei e fechei a porta, virando-me para ele. A surpresa estava estampada em seu rosto.

– Hermione! – exclamou ele.

– Eu! – exclamei, erguendo as mãos.

– Eu não estava te esperando.

– É, eu sei. Mas eu decidi vir aqui, estava muito tedioso dentro do meu quarto.

– Aqui também estava.

Ficamos em silêncio por algum tempo. Eu continuava de pé perto da porta, e meu calcanhar estava começando a doer. Manquei até uma cadeira e sentei-me, largando as muletas do meu lado.

– Hum... e como você está?

– Tudo ótimo, só essa perna que dá trabalho e dói. Fora isso, estou bem.

– Hum...

Silêncio novamente. Esse encontro estava me deixando envergonhada.

Draco levantou-se e sentou-se no chão, ao meu lado, me encarando.

– O que está fazendo? – perguntei.

– Só estou te observando, ora.

Ergui as sobrancelhas e falei:

– Não gosto disso.

– E disso? Você gosta?

Ele, então, ergueu-se um pouco até ficar da altura do meu rosto e me beijou.

Não se renda, não se renda... desisto, pensei. Coloquei minhas mãos no pescoço de Draco e correspondi o seu beijo.

Ele estava ficando mais rápido. Eu já estava sentindo falta de ar, mas não ligava. Finalmente precisamos muito de ar e nos separamos, ainda colados e com os olhos fechados.

Nos separamos e ele me olhava, esperando a resposta de sua pergunta.

– É... – ofeguei. – Quem sabe?

Rimos juntos.

– Bem, eu tenho que ir, tchauzinho! – falei.

– Já?!

Eu estava morrendo de vergonha. Queria ir embora o mais rápido possível!

– É, sabe. Está na hora de meu remédio. – menti.

Ele ergueu a sobrancelha esquerda, mas nada disse. Então, juntei minhas muletas e saí do quarto.

Na teoria, eu não precisava mais de muletas. Mas fui covarde o suficiente para não querer pisar no chão, com medo da dor.

Respirei fundo ao sair do quarto dele. Ele me viciava de tal forma que era impossível deixar o vício chamado Draco Malfoy.

Dali a algumas horas eu estaria morando sozinha em uma casa com Draco Malfoy. Isto estava começando a me desesperar.

***

O carro estacionou, parando em frente à uma bela casa que parecia ser de praia, porém maior que o normal.

Tinha dois andares, uma varanda na frente, era de alvenaria e tinha uma rede na varanda. Descemos do carro, caminhamos um pouco até subirmos a curta escadinha que levava para a varanda.

Draco sorriu para mim, pegando na minha mão e me conduzindo para a sala de estar.

Ela era simplesmente, absolutamente linda. Era pintada de branco, tinha um lustre no teto, um sofá de cada lado e uma mesinha de vidro no meio. Uma lareira estava acesa e no console havia fotos do nosso casamento. Eu parecia absurdamente feliz nelas. Aquilo me causou certo estranhamento, porém ignorei.

O motorista deixou nossas malas e depois se despediu rapidamente.

Sorri largamente para Draco, que me observava apreensivo.

– Quem decorou tudo foi minha mãe. Se não tiver gostado, podemos mudar isso em pouco tempo...

– Eu adorei, Draco! Está tudo tão lindo...

– Você nem visitou o resto da casa.

– Vamos lá, então.

Ele me conduziu para a cozinha, que era meio parecida com a sala nas cores. As panelas, o fogão, a mesa, a geladeira, tudo estava no lugar. Depois fomos para o nosso quarto. Eu fiquei nervosa com essa parte.

O quarto tinha uma cama imensa. Havia duas mesas de cabeceiras dos dois lados.

Tinha uma penteadeira dourada, com perfumes, escova de cabelo e batom em cima. Ela tinha duas gavetinhas e um espelho.

Tinham duas portas no quarto. Abri uma e ela dava acesso ao banheiro, que era um pouco grande demais. Havia uma bancada com um pia branca no meio e um espelho acima. A privada era cinza.

A outra porta dava acesso ao closet, que estava vazio, exceto por alguns vestidos que a Sra. Malfoy havia obviamente me dado.

Fechei a porta do closet e virei-me para encarar Malfoy. Eu continuava nervosa. Porém, aquele quarto era tão lindo que o nervosismo havia passado minimamente.

Minimamente.

Draco me abriu outro sorriso, meio duvidoso.

– Gostou? – perguntou ele.

– Claro. – respondi, sorrindo.

Ele suspirou de alívio.

– Ainda bem. O que você acha de nos deitarmos nessa cama absurdamente grande e fazermos um balanço das coisas que aconteceram recentemente?

Arregalei meus olhos. Ele riu.

– Ah... hum... tá, tudo bem.

Ele riu outra vez e se encaminhou para a cama, sendo seguido por mim. Deitamos lado a lado, olhando o teto, e ele começou a falar.

– Primeiro: o nosso casamento. O que foi que você sentiu nesse dia?

– Eu não gostei muito. Eu ainda odiava você.

– Preciso concordar. Além do mais, aquele terno estava coçando.

Ri, sendo acompanhada por ele.

– Depois: a invasão da mulher no hotel. O que você tem a dizer sobre isso?

– Que eu não menti para você quando disse que eu não estava esperando ela. Ela entrou de surpresa. Bem, prometemos esquecer disso. Lembra que depois eu te beijei?

– Lembro. Mas depois nós ficamos quites, lembra?

– Como assim?

– O Spencer.

– Aaah, lembro. Que safado!

– Eu concordo.

– Pelo menos você foi sincera.

– E depois você se lembra da cena no teatro? A música...

– Ah, sim, lembro, como poderia me esquecer?

– Depois demos uma volta na cidade! – ri com a lembrança.

– Depois aconteceu o acidente. – ele adotou um tom de voz amargo.

Não respondi. Ele se virou para me olhar.

– Viu? Tanta coisa boa que passamos juntos. E pensar que passamos 7 anos na escola brigando!

Concordei com a cabeça. Ele me olhou por algum tempo, em silêncio, e depois depositou um beijinho na minha bochecha. Virei-me para olhá-lo com um sorriso tímido.

Nós nos beijamos, então.

Não foi um beijo feroz. Foi calminho. Tão calmo quanto poderia ser. Mas tão bom quanto um feroz seria.

Depois que nos separamos, eu me levantei e falei:

– Podemos arrumar nossas malas agora.

– Ah, nããão... – falou ele, puxando-me para a cama de novo.

– Draco, precisamos! – falei.

Ele me deu um selinho e falou:

– Ok, então.

Sorri e levantamos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem, por favor. Espero que tenham gostado.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Vida Irônica" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.