Vida Irônica escrita por SraPotter


Capítulo 8
Eu Amo Você


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente!
Er... eu demorei 6 séculos para escrever, né? :
Me desculpem!!! Por favor!!!
Eu tenho que dizer a verdade para vocês: eu conseguia escrever tudo, se vocês forem ver tem até um one-shot novo que eu postei há alguns dias atrás, mas só de pensar em escrever um capítulo para Vida Irônica não vinha nada na minha cabeça, nadica de nada! Eu não sabia se eles morriam, não sabia se eles brigavam, eu estava completamente num "bloqueio criativo", assim por dizer.
Mas finalmente criei coragem e escrevi o capítulo!
Enfim! Quero agradecer infinitamente aos comentários do capítulo anterior, e a Carol Black Di Angelo e a Garota Albina por estarem acompanhando!
Eu sei, vocês devem estar pensando "VAMO LOGO NESSA DROGA DE CAPÍTULO!". Calma, pequenos gafanhotos, calma.
Mentira, calma nada, vamos logo ao capítulo.
Boa Leitura!!



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Acordei levemente tonta e pus as mãos na cabeça, na tentativa de fazê-la parar de girar. Quando minha visão entrou em foco, vi meu padrasto me encarando com ódio e repugnância. Instantaneamente fiquei com medo e com um pingo de raiva. Quem ele pensava que era para me visitar no hospital? Meus pensamentos foram interrompidos por ele.

– Quem você pensa que é para sofrer um acidente de carro? – gritou ele. – Eu não mandei você se COMPORTAR? Hein? Sua moleca depravada! – ele deu um tapa na minha cabeça.

Respirei fundo e tomei coragem para gritar o mais alto que pude:

– SAIA DAQUII!!!

Ele olhou-me assustado por um momento e depois me olhou malicioso.

– Hum, agora você se acha no direito de gritar comigo, sua vadia? Você está toda quebrada aí nessa cama e se eu quiser eu posso quebrá-la mais! Eu só vim lhe visitar para lhe dar um aviso: ou você se comporta e me trata BEM!, ou sua mãe vai morrer, está me ouvindo? Eu me separo dela num instante, a deixo na miséria e ela morrerá de fome!

Comecei a chorar fortemente, de tristeza e de ódio.

– Por favor, por favor... você sabe que ela está doente... por favor...

Ele riu cinicamente.

– Acho bom você se comportar.

E me deu as costas e saiu.

Aquele ser era repugnante! Desabei a chorar. Depois me lembrei do que ele disse: Você está toda quebrada aí nessa cama...

Levantei o lençol e vi que minha perna estava enfaixada. Provavelmente eu tinha quebrado algum osso. Eu teria que usar muletas por um tempo, pensei. Respirei fundo outra vez e limpei meu rosto manchado pelas lágrimas. Que ódio!

Aquele filho da mãe não merecia nenhuma das minhas lágrimas.

Virei minha face para o outro lado da minha cama e olhei as muletas ali dispostas, e imediatamente pensei em Malfoy com desespero. Onde estava ele? Ele havia sobrevivido? Ele estava vivo, acordado, bem, sem nenhuma fratura?

Num ato impensado, levantei da cama e senti uma dor absurda ao pousar a perna fraturada no chão.

– Ah! – gritei em agonia, logo caindo na cama.

Uma enfermeira entrou desesperada no quarto. Eu estava na beiradinha da cama.

– Srta. Malfoy! – gritou ela. – O que estava tentando fazer?

Fechei os olhos e perguntei:

– Como ele está?

Abri-os novamente e a encarei. Ela havia parado no meio do caminho até mim.

– Como ele está? – repeti a pergunta.

Ela cambaleou até mim e respondeu num sussurro:

– Ele está... bem... sem nenhuma sequela... mas... está desacordado.

Abri a boca em choque.

– Como assim? – perguntei.

– Ele não sofreu nenhuma fratura, mas está desacordado!

Me levantei novamente e novamente senti a dor na perna.

– Senhora! Senhora! – gritou a enfermeira assustada.

– Preciso ir até ele... – ofeguei.

Ela olhou-me por um momento, ainda com os olhos arregalados, e quando eu estava prestes a gritar com ela para que fizesse alguma coisa, a mesma ofereceu-me as muletas, desajeitada.

– Tome... aqui estão as muletas...

Quando consegui me equilibrar, ela disse:

– Me siga.

Consegui segui-la até o quarto de Malfoy.

Ao entrar, as lágrimas caíram. Lá estava ele, parecendo morto. A enfermeira olhou-me com pesar e saiu fechando a porta delicadamente.

Manquei rapidamente até ele, ignorando a dor, e consegui ver seu rosto claramente. Chorei mais ainda.

Os lábios estavam meio pálidos, os incríveis olhos fechados, a pele meio pálida.

Mesmo estando com os dedos gelados, acariciei sua bochecha, e uma lágrima caiu lá. Apertei sua mão, mas ele não correspondeu. Chorei em seu peito, abraçando-o. Me recompus e deixei meus dedos passearem por sua boca.

Aproximei-me lentamente e depositei um beijo carinhoso em seus lábios. Depois me levantei e acariciei seus cabelos.

– Ah, Draco... Por favor, não morra... eu preciso de você... fica comigo, por mim...

Beijei-o novamente e sai do quarto.

Melhor dizendo, sai do hospital. Quero dizer, não sai do tipo fui para a rua. Não, eu fui para o jardim do hospital.

Sentei-me na grama e rezei. Sim, eu rezei. Rezei por mim, rezei por Draco, rezei por minha mãe.

– Pai nosso que estais nos Céus, santificado seja vosso nome, venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade, assim na Terra como no Céu. – Respirei fundo e continuei – O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. Não nos deixeis cair em tentação. Mas livrai-nos do mal. Amém.

Levantei-me e enxuguei meu rosto outra vez. Senti uma mão em meu ombro e virei-me assustada.

– Mãe? – perguntei.

Sra. Granger sorriu bondosa.

– Oi, filha. Estava te vendo ao longe. Não queria te atrapalhar.

Sorri fracamente.

– Você está triste por causa dele, não é?

Consenti.

– Ele vai ficar bem, não se preocupe, filha. Draco Malfoy é um homem forte. Ele vai ficar bem. – ela me abraçou.

– Assim espero, mãe. – respondi, passando meus braços por seu pescoço.

– Vamos, está na hora do seu remédio. Venha. Depois nós comemos alguma coisa. – ela piscou um olho.

Ri.

***

Fazia dois dias depois que acordei. Malfoy tinha acordado um dia depois.

Não precisei de ajuda com as muletas, tinha me acostumado. Eu havia ficado tão feliz que Malfoy tinha acordado que quase quebrei a outra perna caindo da cama (rs).

Eu iria começar a rezar mais vezes. Talvez me tornar mais religiosa. Sem a ajuda de Deus, Malfoy não teria acordado.

No dia em que recebi a notícia que Malfoy tinha acordado, fomos eu e mamãe para o mesmo lugar do jardim, rezar em agradecimento.

Depois fui visitar ele, sozinha.

Abri a porta devagarinho e fui até sua cama. Ele me olhou e sorriu. Baixei os olhos, encabulada ao receber um sorriso tão bonito, e dei um sorriso tímido.

– Oi. – sussurrei ao chegar bem perto dele.

– Oi. – ele me olhou ainda sorrindo.

– Como está se sentindo? – eu estava preocupada em quebrar alguma coisa ou fazê-lo sentir dor.

– Eu estou bem. Mas ficaria melhor com um beijo. – ele me olhou maroto.

Ri.

– Você não muda mesmo, hein? – perguntei.

Ele ficou sério de repente e falou:

– Me desculpe. Foi tudo culpa minha.

Franzi o cenho e passei o dedo em sua bochecha.

– Ei, não foi culpa sua.

Ele ergueu a mão e tirou meu dedo de seu rosto.

– Você deve estar me odiando agora. – ele não me olhou nos olhos.

– Na verdade, eu estou mesmo, porque você fica dando uma de idiota e fica se culpando. Olha para mim, Malfoy.

Ele me olhou direto nos olhos rapidamente. A rapidez fez com que eu estremecesse. Ele estava triste.

– Me desculpe. – repetiu.

Ele pousou a mão na minha bochecha. Segurei sua mão e fechei os olhos.

Abri os olhos, larguei sua mão e me aproximei dele. Tão perto, tão lindo... Eu o beijei.

Não foi qualquer beijo. Foi calmo, carinhoso.

Nos separamos, mas ainda próximos. Abri os olhos e encontrei ele me encarando.

– Eu amo você – disse ele.

– Eu amo você.


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Notas finais do capítulo

Eu fui meio sentimental nesse capítulo u.u
Comentem bastante!



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