Challenges of The Love escrita por Liz Rider, Kiera Collins


Capítulo 52
Quem eu vou ser?


Notas iniciais do capítulo

OLHA, EU NÃO SEI, A FANTASIA DO SPOCK PODE ATÉ SER RIDÍCULA, MAS ELE PELO MENOS NÃO É A CÓPIA DE UM MUPPET, SÓ ACHO. - E ele é Doutor, que, a propósito, é acima de Mestre, só acho...



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P.O.V Elsa

—            Nós temos que escolher roupas. – diz Anna.

— Quer dizer que vai realmente ter um baile à fantasia? Não vai ser mais uma mentirinha daquela menina lá, não, né? – questiona Rapunzel.

— Tirando o fato de que ela está morta, acharia meio difícil ela organizar um evento tão grande de mentira. – falo, com indiferença.

— Ah. – Rapunzel faz uma expressão chocada e horrorizada, me olhando como se eu tivesse falado a maior blasfêmia do século. – Eu não sabia que era ela.

— Eu já disse, e repito. Acho ridículo isso de santificar alguém por ter morrido. Sei o que Vanessa fez e nunca vou me esquecer disso. Suas trapaças, de algum modo, me fizeram mais forte, me fizeram abrir o olho, sair do meu casulo e me ligar que nem todo mundo é bom nesse mundinho de meu Deus... – faço uma pausa antes de resmungar baixinho. – ...como se eu já não soubesse.

Balanço a cabeça.

— De qualquer modo, eu nem sei se vou. Ainda não confirmei com o Zachary.

— Bem, eu vou com o Kristoff.

— E, se for mesmo à fantasia, acho que vou chamar o Flynn para irmos também. – Zel sorriu.

— Mas pode? – franzo o cenho.

— Se ela comprar o ingresso... – diz Anna. – Você não sabe muito de bailes, Elsinha. – ela diz, dando uma batidinha no meu nariz.

— Como se isso fosse novidade... – reviro os olhos.

— De qualquer modo, bobinha, qualquer um que compre o ingresso pode participar do baile, eu acho. Pelo menos era assim em Seattle.

— E na Arts.

Rapunzel estudava na Arts High School, uma escola para artistas. Aquela pequena cidade que eu agora chamava de lar parecia ser um imã para talentos de todos os tipos, e todas as pessoas importantes pareciam dispostas a aprimorá-los.

— Hm... então, de que vocês vão? – pergunto.

— Não sei, vamos ver... – diz Rapunzel, pensativa.

— Eu quero ir de princesa! – exclama Anna.

— Então Kristoff vai de príncipe? – franzo o cenho, tentando ignorar o fato de quão isso soa clichê. Por algum motivo, não consigo imaginar Kristoff vestido de príncipe.

— Acho que não... – ela faz uma cara tristezinha e dá de ombros.

— Mas você deveria ir. – diz Zel. – Independente de ter ou não um acompanhante.

— Eu vou... – digo, com pouca firmeza.

— Mas de quê?

— Talvez de princesa também? – dou de ombros, um pouco não afim de pagar esse mico.

— Você tem mais cara de... Rainha! – exclama Anna.

— Pois é, Els... algo tipo... Rainha do Gelo. – Rapunzel faz um gesto dramático com as mãos.

— Tipo a de Nárnia? – faço careta. – Passo.

— Não. – Anna balança a cabeça. – Algo mais Cult, mais moderno, melhor.

— Tipo o quê? – pergunto, cética.

— Bem, eu posso pesquisar um pouco e te mostrar algumas ideias mais tarde. – diz Zel.

— E eu ajudo! – exclama Anna, animada.

Bem, tirando o fato de que quem deveria fazer isso era eu... aquela ideia era ótima.

— Tá, né? Vocês não iam aceitar um não como resposta mesmo.

— Nops. – Zel nega com a cabeça.

— Não mesmo.

E então elas partem para suas preciosas pesquisas, cada uma em seu respectivo notebook, enquanto eu tento terminar minha lição de literatura.

— Mas eu estava pensando... – diz Anna, de repente, quebrando o silêncio, algum tempo depois. – Meu aniversário, qual vai ser o tema dele?

— Sua festa de quinze anos? Achei que não tinha tema. – diz Rapunzel.

— É claro que vai ter. Tem tipo, muita coisa. Sei lá, tipo, anos 60, preto e branco, Alice no País das Maravilhas, neon, vitoriano... muita coisa. – replica Anna.

— E qual você quer? – pergunta minha prima.

— Não sei ainda, tenho que pensar. Mas imagina, que meigo, uma festa tema Alice no País das Maravilhas... Tenho medo de quem seria o Gato...

— Eu estava lendo um livro – começo, entrando na conversa. –, que o tema da festa de aniversário de um dos personagens era festa na corte, tipo, todo mundo ia como se fosse uma corte de príncipes e princesas, duques e duquesas, reis e rainhas...

— OH MEU DEUS! – Anna exclama, extasiada. – Isso seria simplesmente incrível.

— Sério? Mas você já não vai de princesa para o baile? – pergunto.

— Sim, mas eu posso repetir.

— Nana nina não. – diz Rapunzel. – Nada de repetir a fantasia. Você vai ter que arranjar outra.

Anna bufa.

— Tá, né? Mas o quê?

— Têm tanta coisa que tu pode ser, menina. – Zel rebate.

— Tipo...? – pergunta Anna, impaciente.

— Não sei, pense em algo que você gosta.

— Eu gosto de muitas coisas.

Rapunzel revira os olhos e eu decido que é mais promissor voltar à minha lição, no entanto, fico ouvindo a conversa.

— Do que você estaria disposta a se fantasiar? – pergunta minha prima, sempre tão paciente.

— Eu não sei! – exclama Anna, frustrada.

— Quanta complicação por causa de uma fantasia! – resmungo. – Você não tava assistindo aquele anime novo? Mirai Vick?

— Mirai Nikki. – ela corrige. – Sim, foi o Kristoff que indicou. – diz, com seus olhinhos azuis brilhando em menção ao namorado tão querido.

— Por que você não se fantasia daquela menina fofinha de cabelo rosa? – pergunto.

— Yuno Gasai? – Anna parece pensar por um momento. – Pensando bem... não é uma ideia tão absurda. Na verdade, o Kristoff poderia até ir de Yuki.

Duvidava que Kristoff topasse fazer cosplay desse tal de Yuki, até porque, se Anna já não se parecia com a garota de cabelos rosas, Kristoff definitivamente não se parecia com o menino medroso. No entanto, eu digo:

— Ohhh... tá vendo? Vai lá pesquisar sua fantasia.

— Mas... e você? – Anna perguntou, após uma pequena pausa, tirando os olhos de seu notebook.

— Realmente, se a festa da Anna for de princesa, você não vai poder usar fantasia de rainha. – observa Rapunzel.

Suspiro profundamente enquanto reviro os olhos.

— Ah, cara. Sério? Se eu soubesse que ia ter tanto problema, eu nem tinha dado a ideia.

— Mas agora já deu. – Rapunzel dá um risinho, a fuzilo com o olhar.

— Vamos, você me ajudou, agora eu vou te ajudar. – Anna diz. – Do que você poderia se fantasiar?

— Eu não sei? – dou de ombros, fazendo careta.

— Hm... vejamos. Tem lido alguma coisa, visto alguma série, anime, sei lá, que te dê vontade de fazer cosplay?

— Vocês tão ligadas que não necessariamente precisam fazer cosplay, né? – pergunta Rapunzel, mas é completamente ignorada por mim e por minha irmã.

— Ahn... não. Duvido que dê para fazer cosplay de Undertale.

— Vamos pensar. Temos várias pessoas que você pode fazer cosplay.

— De que você vai, Rapunzel? – pergunto.

— Não tente mudar o foco da conversa! – diz Anna severamente.

Dou um pequeno pulo no lugar pela autoridade em sua voz. Okay, eu tive um pouquinho de medo dela agora.

— Vamos ver... – ela começa. – Eu digo um e você comenta, okay?

Balanço com a cabeça afirmativamente, preparando-me para o pior.

— Que tal de Misa?

— Eu não gosto muito dela, você sabe. E ninguém nem ia saber que era ela.

— E que tal Nona?

— Quem?

— É uma moça de Mirai Nikki. Hm... vejamos. Alice no País das Maravilhas?

— Talvez.

Vejo, pela visão periférica, Rapunzel anotando num papel.

— Fionna, a Humana?

— Não é uma má ideia, mas você realmente acha que eu combino com ela?

Rapunzel anota.

— Elizabeth Bennet?  – é a minha prima que tenta. Desde que ela começara a ler Orgulho e Preconceito para a escola, ela ficara meio obcecada em Elizabeth Bennet, Sr. Darcy e todo mundo daquele universo maravilhoso. Eu podia entendê-la, eu também tinha ficado quando eu li.

— Ela nem se parece comigo. – replico.

— Isso, na verdade, é subjetivo. Não me lembro de nenhuma descrição de sua aparência no livro. – rebate minha prima.

— Não. – digo definitivamente.

—Annabeth Chase? – Anna recomeça.

— Não combina.

Vejo que Anna abre a boca para argumentar, mas fecha-a para abrir novamente apenas para chamar.

— Tripulante da Enterprise?

— Fala sério. – eu podia até gostar de Star Trek, mas não tinha nenhuma personagem feminina que se parecesse comigo que eu quisesse “cosplayrizar”.

— Viúva Negra? – propõe Rapunzel.

— Não tenho toda a sensualidade daquela mulher.

— Ladybug? Se bem que pela sua aparência você combina mais com a Chloe... – Anna diz, pensativamente, e eu tento não me ofender. – Ou com a versão feminina do Adrien.

— Seria legal, isso de uma versão feminina do Chat Noir.

— Eu disse do Adrien... – ela protesta fracamente, mas Rapunzel já estava escrevendo.Anna desiste e prossegue rapidamente. –America Singer?

— Eu nem sou ruiva.

— Marlee Tames?

— Não sou tão adorável.

— Hermione Granger?

— Não sou tão inteligente.

— Você não tem que ser! – bufa Anna, frustrada. – É só um cosplay, para de pôr dificuldade.

— Não é só um cosplay, tem que ser bem feito, tem que ter personalidade.

Anna bufa, mas Rapunzel prossegue por ela:

— Arlequina?

— Pouca roupa.

— Na verdade... – ela ativa o modo nerd. – Ela tem várias versões, a de Esquadrões Suicida é só uma versão. A do desenho de Batman, por exemplo, era toda coberta.

— Ainda não sei. – digo, apenas para não dar um categórico não, eu nem sei como é a história da Alerquina direito.

Rapunzel anota do mesmo jeito.

— Mística?

— Se eu reclamei de uma menina de top e shortinho, você nem imagina da que fica nua.

Rapunzel revira os olhos e prossegue.

— Jean Grey?

— Não sou ruiva.

— Mulher Maravilha?

— Não sou morena.

— Hit Girl?

— Nem sei quem é.

— A menina de Kick Ass! – Anna parece insultada.

— Ah, a Chloë Grace Moretz?

— É! – ela exclama.

— Não.

Ela me fuzila, mas Rapunzel, sempre paciente, prossegue.

— Tempestade?

— Não é tão ruim.

Anota, anota.

— Ametista? – pergunta Anna.

— Ahn... não.

— Nem a Rose ou a Garnet, imagino?

— Nada de Steven Universe.

Ela revira os olhos. Estou quase dizendo para ela colocar um coliriozinho para não machucar.

— Pirata? – pergunta.

— Não. – Nunca mais, assinalo mentalmente.

— Cigana?

— Nops.

— Lady Gaga?

— Ahn... Não!

— Cupcake da Katy Perry?

— Aí você já tá apelando.

— Não consigo pensar em mais nada. – admite Anna, parecendo frustrada.

— Nem eu. – concorda Rapunzel. – Mas acho que já temos opções o suficiente. Vou ler: Alice no País das Marvilhas, Fionna, Adriana...

— Quem? – Anna a corta.

— A versão feminina do Adrien. – ela explica. – Posso continuar? – Mas não espera uma resposta e prossegue: – Alerquina e Tempestade. Qual você prefere?

— Eu não sei, vou pesquisar alguns cosplays e depois decido.

— Okay. Eu vou de policial, eu acho. – responde Rapunzel.

— Sério? E o Flynn vai de quê? De ladrão?

— Quem sabe? – Rapunzel dá um misterioso sorriso de gato.

Anna está esparramada no sofá assistindo Tv quando um personagem do desenho me chama a atenção. Eu paro na porta da sala e observo.

— Quem é essa menina?

— Star Borboleta.

Anna, mesmo com quatorze anos, com poucos meses para completar quinze, adorava assistir desenhos, mesmo os mais infantis. Não negarei que também assistia alguns às vezes, como Hora de Aventura, Steven Universe ou alguns animes, a verdade é que eu gostava de desenhos, mas Anna era meio que obcecada.

— Por que você não sugeriu ela?

Ela se volta para mim, surpresa.

— Não achei que você fosse gostar.

— Eu meio que amei essa menina. – falo.

Ela abre um sorriso enorme.

— Ela é mega fofa, né?

— Aham.

— E o Zach poderia ir de Marco.

Paro.

— O Zach?

Por um momento, passou na minha cabeça que eu ia pro baile com Jack. Que ele tinha me chamado, que nós estávamos bem. Mas então eu me lembrei que na verdade, a única pessoa que tinha me convidado, era Zach, seu colega estranho de time.

— É, não é com ele que você vai?

— Não sei, ainda não o respondi. Ainda posso ir de vela. – dou um sorriso fraco.

— Você vai com ele, Els... – Anna choraminga.

— É, você, segunda-feira, vai aceitar o convite dele. – diz Rapunzel surgindo atrás de mim de repente e me dando o maior susto.

— Se vocês insistem. – digo fracamente, após me recuperar de um mini ataque cardíaco.

Anna se volta para Rapunzel.

— Elsa decidiu que vai dessa menina aí. – ela diz, apontando para a tela.

— A loira? – ela dá um sorrisinho. – É, até parece um pouco. Boa escolha, Els.

Dou um sorriso fraco.

— Agora vamos começar a preparar as fantasias.

Nas primeiras aulas da segunda-feira, Zach não foi, então não pude respondê-lo. Dividíamos Artes e História, mas ele não apareceu. Devo admitir que fiquei um pouco decepcionada, eu estava realmente ansiosa para notificá-lo de minha aceitação.

Na hora do lanche, fiquei sabendo que Merida ia com Gustavo e Bruno – por que o Bruno ia ficar de vela para os dois, eu não sabia –, que eles iam de Gato de Ches-alguma-coisa – aquele gato cujo sorriso me dá calafrios – e Alice, respectivamente. Achei meio estranho, porém fofo... Bruno até que se parecia com a Alice. E a Merida – provavelmente para completar e ter mais um genderbander no grupinho – vai de Chapeleira Maluca. Eu que tinha dado a ideia, e por um segundo me arrependi de não ter escolhido ir de Alice. Seria legal um grupinho saído diretamente do País das Maravilhas. Astrid ia com Soluço e eles combinaram de irem os dois de vikings.

Elly estava meio triste por Lucas ainda não tê-la convidado, e, por isso, ela ainda não tinha ideia do que ia.

— Menina, eu já disse. Você tem que quebrar esses paradigmas. Convida ele. – aconselho.

Ela revira os olhos, provavelmente pela palavra “paradigmas”.

— Ou alguém melhor. – opina Merida em voz baixa. – O Lucas nem é tudo isso.

— Só não vale ficar chorando. – concluí.

— Não é como se o Hans fosse a última bolacha do pacote, né, Merida? – Elly revida, furiosa, ignorando-me.

— Ei. Relaxa. Eu não quis ofender o seu boy, foi só um comentário. – Merida ergue as mãos em sinal de rendição.

— Pois não comente o dos outros, não o seu.

— O Hans não é meu. – ela responde, fazendo careta para Elly.

— Olá, garotas. Eu ouvi “O-Ex-Idiota-Da-Merida”? – diz Bruno, brincando, mega animado, colocando sua bandeja ao meu lado.

— Yeah... – respondo fracamente, enquanto Gustavo senta ao lado de Bruno e eu sou empurrada um pouquinho – talvez muito – para fora do banco.

— O que tem o Hans? – diz Gustavo, que não parece muito bem humorado, antes de morder seu sanduíche.

Ciúmes, talvez?, penso, sorrindo. Eu shippo bastante ele e a Merida. MeGusta. Me Gusta muito MeGusta., penso rindo mentalmente.

O sorriso de Elly se ilumina.

— Oi, vocês dois. – ela tem um sorriso malicioso que eu não entendo.

— Oi, moça Elly. – cumprimenta Bruno. – Como vai?

— Não muito bem, e você?

— “Não muito bem”? Por causa daquele negócio do Lucas? Chama ele logo ou supera, menina.

Será que a Merida tinha contado para ele? Acho que não...

Franzo o cenho.

— Eu vou fazer isso! – anuncia, porém não parece muito segura de suas palavras.

— Então vai logo, antes que outra pessoa convide, ué. – diz Astrid.

— Eu já estou indo. – Mas parece relutante.

Lucas! — Merida grita chama. – Vem cá, por favor?

Lucas se desvencilha do seu grupinho de amigos do outro lado do refeitório e vem até nós.

— Oi? – ele parece meio alienado.

— A Elly quer falar com você. – continua Astrid.

Elly nos olha com puro desespero.

Vai lá., faço com a boca, sem emitir sons.

E eles se afastam.

— Hey, Elsa... – ouço alguém dizer, parando ao lado da mesa.

Olho para o lado e vejo Zachary.

Ele não tinha faltado?

— Já tem minha resposta?

— Sim.

— Sim, tem minha resposta ou sim, você vai comigo?

As meninas olham para mim chocadas, como se o simples fato de eu ter pestanejado ir com ele fosse uma besteira da minha parte. O quê? Elas esperavam que eu fosse com Jack depois de tudo o que rolou?

— Ambos.

Ele dá um sorriso triunfante.

— E do que vamos fantasiados?

— Não sei você, mas ela vai de Star. – diz Astrid, sorrindo para mim.

— Estrela? – Zachary franze o cenho, confuso.

— É... – começo, hesitante. – Ela é uma personagem de um desenho, quer ver uma foto?

— Claro. – ele dá um sorriso amigável.

Levanto-me desajeitadamente do banco e caço rapidamente alguma fanart de Star vs. As Forças do Mal.

— Aqui, olha... – digo, mostrando uma imagem.

— Hm...

— Você poderia ir de Marco, se quisesse combinar comigo... – falo, envergonhada.

— O Marco é o carinha latino? – franzo o cenho. – Meu primo assiste o desenho. – ele explica, com indiferença, antes de seus olhos se fixarem no meu celular novamente. – Não. Eu vou desse. – ele aponta para o cara que gostava da Star, mas que não era correspondido – ou, pelo menos, é essa a relação que eu acho que eles tem... –, o Tom.

Sejamos sinceras: o Tom era, sem dúvidas, meu personagem preferido do desenho que eu poucas vezes assisti, principalmente depois de um episódio com um baile e muita confusão. Ele era tão fofinho, e raivoso, e detestável, e vulnerável... Podia ser bobeira, mas ele era mega fofinho aos meus olhos.

— O Tom.

— Vou dele.

— Está bem... – dou um sorriso. – Boa escolha. – tento.

— Eu sei, docinho. – ele se aproxima, me aperta em seus braços, me dando um beijo na testa e vai embora, para a mesa do hóquei.

Franzo ainda mais o cenho, diante dessa demonstração de afeto inesperada.

Acompanho-o com o olhar e este acaba se cruzando com o de Jack, que não parece nada feliz ou satisfeito.

O Jack que se dane., pensa uma de minhas facetas.

— Por acaso ele acha que aqui é As Meninas Superpoderosas? – Merida pergunta, meio mal humorada, enquanto Elly, que acaba de chegar, exclama, alegremente:

— O que eu perdi?

— Você conseguiu? O que rolou? – pergunto, para desviar o foco da conversa de mim.

— Ele achava que, por estarmos ficando, eu deveria deduzir que íamos juntos. – ela parece confusa.

— Ahhh...

— Menos pior, né, Li? – diz Astrid, carinhosamente.

Quando o apelido dela se tornou “Li”?

— Acho que sim. – ela parece confusa e hesitante.

— O que foi, Elly? – Merida parece perceber o mesmo.

— Nada não...

Não entendo por que ela não quer se abrir conosco, mas relevo. Às vezes é melhor apenas... esquecer.

Que tal se, tipo, a Elly e o Bruno virassem amiguinhos, porque ela queria ter um amigo gay, sei lá. Para não ficar só as meninas, só a Merida e os meninos, etc. Para misturar mais os grupinhos?


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Notas finais do capítulo

Não sei se alguém tá acompanhando - a fic, o negócio lá, acho que não -, mas eu não tô postando as mensagens, porque a Ki tem que responder, o que ela não faz. Se quiserem, podem continuar a mandar. :) Se ela não responder, posto a minha resposta e depois a dela...
L.
P.S.: Tom, melhor pessoa
P.S.S.: Pais e MÃES, não oprimam seus filhos, não sejam racistas, machistas, bolsominions ou LGBT+fóbicos. Vocês não sabem o quanto fazem seus filhos ficarem mal.



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