Challenges of The Love escrita por Liz Rider, Kiera Collins


Capítulo 42
No chão - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

BOM DIA ESTRELINHAS, A TERRA DIZ OLÁ! Aqui temos um capítulo mais deprê, para um momento mais deprê. E pra uma escritora mais deprê. Eu to me fudendo no amor igual a Merida, é horrível ter crush gente, não façam isso com a sua vida.
MAAAAAAAAAS como aqui não é twitter pra eu ficar reclamando, vamos ao que interessa:
Boa leitura!



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Inventei uma desculpa qualquer para não sair de casa no sábado. Disse que estava com cólica, que não queria ir para campeonato, nem qualquer outro lugar.
Minha mãe estranhou, tipo, muito. Mas não fez nada.
Não, eu não contei sobre o fim de "Herida". Não quero preocupá-la. Mas já tive que responder uma ou duas vezes onde que o Hans estava, como que estava o Hans e coisas assim. Não foi bom.
O domingo foi melhor. Não tinha nada pra fazer mesmo, não tive que inventar nada.
E tem hoje, que tenho que sair de manhã para ter aula (aff) e mais tarde a Olympic vai receber alguns alunos para as finais do campeonato.
Estou acordada, olhando para o teto. A janela do meu quarto está aberta e nenhuma claridade entra por ela. Bom, acho que ainda está muito cedo. São 4h, 5h da manhã...? Levanto da cama, fecho a janela, pego meu celular e desbloqueio a tela.
Quase acertei, são 4h40. Logo eu, tão preguiçosa, acordando tão cedo. Enrolo-me no lençol e deito de bruços, o rosto enfiado no travesseiro.
Aos poucos, sinto o tecido ficar molhado. As lágrimas rolam sem o meu consentimento. Fico assim por alguns minutos, até sentir falta de ar. Levanto o rosto e afasto alguns fios que grudaram no meu rosto. Jogo o lençol para longe de mim, pego a toalha que deixo pendurada na minha cama e caminho em direção a porta do meu quarto.
Ao abrir a porta, um vento frio me atinge. Desço a escada enrolada na toalha, tentando me proteger do frio. Vou até a cozinha na ponta dos pés, tentando ser silenciosa.
A cozinha está escura. Passo a mão na parede a procura do interruptor e trombo com a cadeira, fazendo barulho. Droga. Paraliso esperando que alguém desça e pergunte o que diabos eu faço aqui. Ninguém aparece, então continuo com a minha procura. Acho o interruptor e a cozinha se ilumina.
Abro os armários e pego café, uma colher, um filtro descartável, o coador e o bule. Como eu sou burra, tento levar tudo ao mesmo tempo para o balcão. Acabo derrubando a colher e o bule. DROGA. De novo faço barulho, de novo paraliso a espera de alguém e de novo ninguém veio. Ok. Encho o bule de água da torneira, o suficiente para todos, e coloco para esquentar no fogão.
Então vou ao banheiro. Observo o meu reflexo no espelho e avalio a minha situação. Os cabelos estão cacheados como eu gosto, aquela maldita espinha sumiu, meu rosto está um pouco vermelho e tenho marcas embaixo ds olhos. Marcas que apareceram após uma noite mal dormida e vermelhidão que apareceu após alguns minutos chorando.
"Adivinha por quê?", penso. "Hans! Isso mesmo, sua idiota."
Tiro o meu pijama e deixo pendurado junto com a toalha. Prendo meu cabelo num coque mal feito, ajusto a temperatura do chuveiro para agradavelmente quente e entro no box. Deixo a água cair nas minhas costas enquanto passo o sabonete pelas minhas mãos até fazer espuma. Me lavo e esfrego, mas principalmente aproveito a água quente para colocar os pensamentos em ordem.
Até que... Me lembro da água que deixei esquentando.

Desço as escadas correndo, só com a parte de baixo do uniforme e com a camisa e o casaco nas mãos. Desligo o fogo e percebo que metade da água evaporou. Aff.
Coloco o filtro no coador, o coador com o filtro na minha xícara de Jogos Vorazes, etc, e espero o café escorrer enquanto visto a camisa e o casaco.
Adiciono leite ao café e TACO nescau e açúcar (eu não coloco, eu TACO mesmo. Do verbo TACAR) até ficar doce. Mexo com a colher e tomo um gole. Me arrependo um segundo depois, porque a xícara estava quente demais. Queimei a língua e ainda cuspi o café na parede. DROGA. MAS É UMA BELA MANHÃ QUE ESTOU VIVENDO, NÉ? DROOOGA.
Felizmente, a parede em que eu cuspi era revestida com cerâmica. Jogo água e pá, ficou limpo. Depois que fecho a torneira, noto que o barulho de água continua.
Chuva.
Eu já disse que amo chuva? Amo correr na chuva, amo pular nas poças de lama, amo o cheiro de chuva e o barulhinho que ela faz. Nada é mais relaxante que o barulho da chuva. Pelo menos pra mim...

Abro a porta da minha casa com cuidado, para não fazer barulho. Com a porta aberta, tiro a minha caneca do chão, saio de casa e sento no degrau da escadinha que leva até a porta. Tento me distrair observando as gotinhas caindo aos meu pés, mas não dá. Meu pensamento volta para a lamentável cena que aconteceu mais cedo.
Chorar?! Sério, Merida? Lamentável mesmo. Acho que foi a primeira vez. Nunca fui do tipo que se apaixona muito, muito menos a que chora por qualquer besteira. Ok, não foi qualquer besteira... mas ele não merece as minhas lágrimas. Nem a minha atenção. Mas eu não consegui evitar. Nem consigo evitar essa vontade de me esconder, de correr, de ficar em casa. Mas eu também nunca fui o tipo de garota que foge dos problemas. Sou do tipo que enfrenta.
E é isso que vou fazer hoje.
Eu injeto uma injeção de ânimo em mim mesma. Entro em casa decidida: eu vou ignorá-lo, não vou sentir saudade, vou seguir em frente, vou...
– Vai o quê, Merida?! - Minha mãe interrompe o meu discurso mental. Mas... se ela ouviu, não era tão mental assim. Ops. Parece que pensei alto demais.
– Estou repetindo minha lista de coisas-que-eu-tenho-pra-fazer. - Não é uma mentira, mas também não é totalmente verdade.
– Repetindo a lista de "coisas, etc" enquanto entra em casa? Ah tá. E o que você fazia lá fora?
– A chuva. Olhava. Olhava a chuva. - respondo, meio (ou totalmente) enrolada.
Ela me olha desconfiada, mas vai para a cozinha, falando baixo algo como "acordou cedo, foi olhar a chuva e ainda fala sozinha" em tom de brincadeira. Eu vou até o sofá e me acomodo no meio das almofadas, enquanto procuro o controle da televisão.

Quando cheguei no colégio, a sensação foi como se fosse o primeiro dia de aula. Estava nervosa, com medo de ficassem com aquela palavra maldita "coitadinha" pra cima de mim. Mas não tem jeito. Tenho que enfrentar.
Seguro a alça da minha mochila e suspiro. Entro no colégio. Passo pelo corredor principal, cheio de portas, armários e alunos. Tento andar perto das paredes, sem chamar atenção. Mas a verdade é que eu gostaria de entrar nas paredes. A sensação que eu tenho é que todos olham pra mim e que alguns cochicham quando eu passo.
Talvez seja coisa da minha cabeça. Mas... Eu sinto. Meu Deus, que seja apenas coisa da minha cabeça. Imagina, todos falando de mim? E eu não consigoolhar para eles. Não sei o que está acontecendo, eu simplesmente não consigo. Que tortura.
Acelero o passo e subo a escada correndo. Quando chego na sala 42, onde eu iria ter aula de literatura, a porta ainda está fechada e os alunos esperam sentados em frente a ela. Me sento um pouco longe e tiro o celular do bolso. Finjo que estou escrevendo algo importante nas notas, mas só passo os dedos no teclado, escrevendo letras aleatórias.
Faltam cinco minutos para as portas serem abertas e dez para as aulas começarem. Parece demorar tanto. E onde está a Elsa? Nós temos essa aula em comum, ela devia estar aqui!
Continuo digitando palavras aleatórias e desejando que Elsa apareça. Até que sou atendida.
– Meri. - Ela me cumprimenta, usando um sorriso triste.
– Els. Quero um abraço.
Elsa me abraça. Não do jeito que eu abraço, apertando as pessoas. É um abraço delicado, compreensivo, como se ela dissesse "calma, tudo ficará bem".
– Mas e aí? Como você está? - Ela me pergunta, enquanto nós nos levantamos. Encosto na parede e espero o homem abrir a porta. Depois, sou uma das primeiras a entrar na sala, Elsa logo atrás, e vou até uma cadeira na primeira fileira, ao lado da parede. Elsa senta ao meu lado e repete a pergunta. Me surpreendo, pensei que já tinha respondido. Tento encontrar uma resposta, então balanço a cabeça.
– Estou mal. Mas eu já sei o que vou fazer.
– Não fique assim, por favor. Sei que é o conselho mais óbvio de todos, mas você deve seguir em frente, se ocupar com outras coisas. Se você quiser, eu posso ficar o tempo todo com você, tipo o tempo todo MESMO, assim o Hans não...
– Eu sei o que eu vou fazer. - Interrompo Elsa. E percebo que fui grosseira, um segundo depois. - Quer dizer, obrigado por se preocupar, mas não precisa. E eu agradeceria se você não falasse dele.
– Ok, então... - Elsa faz um biquinho e enrola a ponta da trança no dedo.
A porta é aberta e Elsa vira para frente. O professor chegou.

Cara, eu amo minhas amigas.
Durante o intervalo, como sempre, eu fiquei com elas. Mas o clima estava diferente, sabe?
A gente sentou no chão. Eu no meio, Elsa do meu lado esquerdo, Astrid do lado direito. Elly chegou depois e sentou ao lado de Astrid. Todas estavam quietas, comendo o seu lanche sem falar nada.
– Ok. O que vocês querem? - Perguntei, do nada.
– An? Como assim? - Elly respondeu, com a boca cheia de sanduíche. Depois que eu fiz uma cara de nojo, ela colocou a mão na boca para falar.
– Ah, vocês aqui do meu lado, caladas, olhando pra mim e pá. Querem algo?
– Hm. Você disse que a gente devia evitar falar do Hans.
– Disse que "a gente"? Elsa...
– Ué, era segredo? - Ela dá de ombros. - As notícias se espalham rápido por aqui, monamu.
– Monamu. - Repeti o que Elsa disse e dei uma risada.
– Mas voltando ao assunto anterior, Merimu... Por que isso? - Elsa perguntou.
– É, acho que seria melhor se você falasse, tipo, desabafar. - Disse Astrid.
E foi assim que elas conseguiram me fazer falar. Contei tudo. Sobre ter chorado, inclusive.
Elas ouviram tudo atentamente, só fizeram barulho na parte em que eu disse que achava que tinha um pouco de saudade.
– Ah, não Merida. O cara não se explicou direito, não deu um motivo, nem pediu desculpas! Saudade não. Tem que ficar aliviada. - Disse Astrid, a Radical.
Mas ela está certa, né?
Assim como Elly e Elsa estavam certas sobre desabafar. Eu me senti melhor após falar com elas. Principalmente após passarmos por Hans, onde elas fizeram uma barreira na minha frente. Eu não tive coragem, mas elas fizeram cara feia para ele. Também foram me deixar na sala onde eu ia ter mais duas aulas, após um super abraço sufocante.
E agora estou a caminho da final do tiro com arco, "sob os cuidados" de Gustavo.
Arrasto a grade-porta da AAF com a ajuda de Gustavo e nós entramos. Ninguém me encara com uma expressão estranha ou de pena e deixo escapar um suspiro de alívio.
– O que foi? - Gustavo pergunta.
– An?
– Esse suspiro.
– Ah. É que ninguém parou de fazer suas coisas para me encarar, olhar com pena. É a primeira vez hoje. - Esclareço. Mas aí Bruno se aproxima e põe a mão no meu ombro, fazendo a cara de pena que eu tanto odeio.
– Está tudo bem com você? - Ele pergunta.
– Pior agora. - Respondo, ríspida. E ok, talvez um pouco grosseira.
– Credo! - Ele põe a mão no peito, num gesto um tanto exagerado. - Eu vim aqui, fui legal, me preocupei e sou tratado assim?
– É! Estava reclamando agora mesmo que odeio, ODEIO, quando as pessoas têm pena de mim, aí você faz exatamente isso!
– Se preferir, posso te tratar com raiva: E AÍ, COMO VAI A PORRA DA SUA VIDA, SUA VAGABUNDA? - Bruno engrossa a voz e faz uma careta exagerada de raiva. Não consigo evitar uma risada e entro na brincadeira:
– PREFIRO ISSO A SER TRATADA COMO SE FOSSE BOSTA, FEITO VOCÊ!
As pessoas que estão por perto nos olham. Fico envergonhada e sorrio amarelo:
– Calma gente, é uma brincadeira.
– Isso. Nós somos migas, gente. - Bruno faz um coração (torto) com as mãos e aponta pra mim. Retribuo o torto coração.
Ouço algumas risadas, vejo algumas reviradas de olhos e dou de ombros. Me volto para Bruno.
– "Somos migas", Bruno? - Dou uma risada.
– É. Ué Merida, você não sabe?
– Não sei...?
– Eu sou gay, filha.
Aperto os lábios.
– Bom, não é algo que eu diria "nossa Bruno, eu nunca esperei isso de você! " - ponho a mão no peito e imito um sotaque francês cheio de drama. - Mas eu não sabia que você tinha "assumido". Faz quanto tempo?
– Uma semana, eu acho.
– E os seus pais? - Eu pergunto. Ele suspira.
– Vamos procurar um lugar para sentar? Aí eu conto.
Procuro um banco vazio por perto. Não acho. Percebo que a AAF está praticamente lotada, com apenas um banco vazio, lá no fundo.
– Vamos pra lá. - Seguro a mão de Bruno e o arrasto até o nosso lugar. Gustavo nos segue. - Pronto. Pode falar.
– Bom, meus pais são separados. Eu moro com a minha mãe e eu tipo, amo muito ela. Ela sempre me apoia em tudo. Já o meu pai...
– O seu pai...?
– Eu já tinha falado com ela. Ela já sabia e me ajudou a arrumar um almoço para contar. Nossa, foi um desastre. Ele ficou furioso. - Ele suspira novamente, com o olhar distante. Encosto a cabeça no seu ombro e passo a mão nos cachinhos loiros dele.
– Cara, eu nem sei o que dizer. Deve... Deve ser horrível. Eu espero que o seu pai te aceite como você é e não fica triste, por favor.
– Não estou triste. Aliás, nem sei por que ele ficou tão irritado. Ele já estava cansado de me ver brincar com Barbie com as minhas primas quando eu era pequeno, ué. - Ele olha pra mim e sorri. Sorri de verdade, depois começa a gargalhar.
– Você é uma gracinha. - Aperto as bochechas gordinhas do Bruno e rio junto com ele. - As meninas te chamam de Anjinho, sabia?
– Que?
– Te chamam de Anjinho, é como um código. Imagino que deve ser porque você tem os olhos claros, o cabelo cacheadinho e loiro. Tipo um anjinho mesmo!
– Ah, que fofo. Já sei a minha fantasia quando eu tiver vontade de ir a alguma festa a fantasia.
– Enquanto isso... Eu sou completamente ignorado aqui! - Gustavo fala. Meio que grita.
– Ah, desculpe-nos. - Bruno ri. - Ei, Merida. Você diz que me chamam de Anjinho. Como chamariam o Gustavo?
– An. Eu sei lá. - Dou de ombros.
– Eu chamaria de Gatinho. - Ele olha para Gustavo e pisca, mordendo o lábio.
Seria sexy, se eu não achasse tão engraçado. Quando vejo o quão vermelho Gustavo está, cubro a boca com a mão, tentando evitar uma risada. Meu Deus, se eu vivi até hoje foi pra ver isso. Bruno ri enquanto Gustavo tenta usar a franja para se esconder.
– Pra quê eu fui lembrar vocês da minha existência... - Ele faz menção de se levantar e Bruno segura seu braço:
– Calma Gugu, foi uma brincadeira.
– Gugu? Eu vou até anotar isso. - Enxugo os olhos. - Agora sério, para Bruno, eu estou chorando de rir. Para, por favor.
– EU VOU EMBORA, TÁ? TÁ. - Gustavo anuncia e se afasta. Vou atrás dele.
– Embora pra onde, cabeça de alface? E a final que você vai disputar?
– Vocês dois... Rindo da minha cara! - Ele bate o pé no chão.
– Ai, nós só estamos brincando. É porque você cora muito fácil. É engraçado. E muito bonitinho.
Com o meu último comentário, ele enrusbece. Não disse? Rio e não falo nada sobre ele estar vermelho novamente. Fico por trás de Gustavo, seguro os seus braços e o levo de volta para onde estávamos.
– Olha, Bruno! Capturei o fugitivo.
Bruno olha pra mim e faz uma bolha de chiclete.
– Ei! Eu quero um. - Eu e Gustavo falamos. Ao mesmo tempo.

Medalha de ouro! Pelo segundo ano consecutivo! Na categoria Individual e Equipe! AHA UHU!
Eu, Gustavo e Bruno corremos e pulamos pelos corredores com as nossas medalhas imaginárias, já que só vamos receber as reais no encerramento do campeonato, na quarta-feira.
– Ei, gente, olha o que eu sei fazer! - Bruno corre pelo corredor vazio, pula e bate um calcanhar no outro, no ar. Bato palmas:
– Que porra é isso?
– Eu sei lá! Só deu vontade de fazer.
– Parem de gritar! Parece até que estão bêbados! - Gustavo grita.
– Para de gritar para eu parar de gritar! - Grito.
Gustavo pede de novo para eu me calar e eu grito de novo. Então ele me puxa, tapa minha boca com o braço e me arrasta para outro lugar. Dou tapas no seu braço e ele não me solta. Então eu o mordo.
– Ai! Monstrinho! - Ele esfrega o local da mordida e ri.
Gustavo corre atrás de mim, me segura. E revida a mordida. Na orelha.
Minha mãe faz isso ás vezes, eu tenho cócegas. Só que agora eu arrepio e me encolho ao toque dos seus lábios.
– Gustavo, você mordeu minha orelha? - Passo a mão e tenho a impressão que ela está um pouco molhada. - Ou você babou em mim? Você babou E me mordeu?
Bruno observa tudo de perto, com um sorriso malicioso no rosto:
– São mordidinhas e babinhas de amor.
Olho para ele com cara de "você tá doente, cara?" e não olho para Gustavo porque já sei como ele deve estar: vermelho. Ele sorri enquanto tenta se esconder na franja e estende a mão para mim. Pego o impulso e me levanto. Gustavo me puxa e eu bato nele com tudo. Ele me prende num abraço e nós vamos andando assim, abraçados.
– Hoje você está carente, né? - Pergunto para Gustavo.
– Eu estou carente sempre. - Ele faz um biquinho. Observo-o por um tempo e volto a olhar pra frente.
– Gente, eu tô aqui de vela, sos. - Bruno protesta.
– Eu e o Gustavo "somos migas", Brubru. Seje menas.
– Aham... - Ele sorri maliciosamente. Gustavo olha discretamente pra mim e Bruno, dá um pequeno sorriso e volta a prestar atenção no fim do corredor.
Chegamos à saída. Está mais cheia que o normal, com alunos da Olympic e dos outros colégios do campeonato. Bruno pega a sua mochila e se despede.
– Tchau, Gugu. Tchau, Meme. - Ele diz e beija a minha testa. Ai, me senti especial.
– Tchau, Brubru. - Aceno. Gustavo diz "Tchau, Bruno". Muito macho esse Gustavo, nem chama o amiguinho pelo apelido.
– Vamos para o portão? Eu preciso esperar a minha mãe lá. - Gustavo pergunta. Pego minha mochila e o sigo.
Me encosto numa parede e ele fica ao meu lado. Depois de um tempo, ele fala:
– Não olha para o lado.
Eu, burra, olho imediatamente. BUM, Hans apareceu do nada e está sentado no chão. Do meu lado, mas um pouco longe.
Dou uma cotovelada na barriga de Gustavo.
– Ai! Por que isso? - Ele massageia a barriga.
– Pra você aprender: Não me diga para não olhar, porque a primeira coisa que eu faço é olhar. Ele está ali. O que eu faço?!
– Nada. Ignore. – Ele põe o braço em meus ombros.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim, porque vai ter "parte 2". Será postada 15h30, no domingo. Fiquem ligados, abiguinhos.
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