Challenges of The Love escrita por Liz Rider, Kiera Collins


Capítulo 39
Playlist da vida


Notas iniciais do capítulo

Oulan! Eu estava com uma puta saudade de vcs, nossan :v No último cap, me segurei pra não responder os reviews, pq ia chover spoiler.
FOI HORRÍVEL, NOSSAN pq eu ADOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORO responder os reviews, ENTÃO MANDEM REVIEWS BEM GRANDÕES PRA TIA KI. Fiquei só rindo dos coments de vcs, nem imaginam o que se passa na minha cabeça doentia AEUAHHJKDKJHKS
Então, esse capítulo é dedicado a:
— Quem ama Star Wars.
— Quem recomendou a fic. Faz tempo que eu n entro aqui, então não sei se as recomends são recentes ou não, mas eu só vi agr... BOM, MUITO OBG. TINHAMU.
— Quem adora uma tretan :v
Agr leiam. E MANDEM REVIEWS GRANDÕES.



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Hans
Naquele dia, acordei muito tarde. Estava tão cansado, que não ouvi o despertador tocando e me atrasei. Quem sabe, se eu tivesse chegado no colégio na hora certa, as coisas não teriam sido diferentes?
Relembro o dia várias e várias vezes deitado na minha cama, olhando para o teto. Mudo as partes que deveriam ter sido diferentes e projeto vários cenários na minha mente.
Como fui idiota.
Era tão fácil, tão simples, mas eu tinha que complicar e estragar. Eu cheguei tarde, não pude ficar conversando com ela antes das competições começarem, como nós sempre fazíamos.
Corri para o ginásio, sabia que sua modalidade seria a primeira do dia. Fiquei na grade que separava a quadra da arquibancada. Acenei, gritei, mas ela não me olhou, talvez nem tenha me escutado, graças ao barulho que estava naquele lugar.
Era o último tiro e a vez dela. Ela segurou no arco e todos se calaram, para não atrapalhar. Ela soltava o ar com força e fechava os olhos quando fazia isso.
Ok, do meu lugar não dava para ver, mas eu tinha certeza que ela estava fazendo isso. Era o que ela fazia quando estava nervosa, assim que ela ficava antes de fazer uma prova. Era engraçado observar. E então, aaah, que novidade, ela acerta, ganha e vai pra final, representando a Olympic.
Fiz menção de correr até ela, mas Elsa, que ainda não tinha visto, arrasta ela para o vestiário feminino. Feminino, vestiário feminino, por isso não as segui. Resolvi ficar esperando ela sentado em um banco fora do ginásio, estava muito quente lá.
Fiquei observando a movimentação. Ping passou correndo, perguntei o porquê. Ele falou que o estavam chamando na sala da direção, porque a Diretora Tooth queria falar com ele. Ping estava muito nervoso, a voz dele estava até fina quando ele começou a falar, mas depois voltou ao normal. Disse pra ele se acalmar, mas ele apenas balançou a cabeça e voltou a correr.
Depois de um tempo, ela apareceu. Andava olhando ao redor, distraída, quando me viu. Sua expressão não mudou e ela me ignorou, passou direto.
– Ei! - sorri e segurei seu braço. - O que foi, Merida?
Ela me olha por um momento e agarra a minha mão, a que estava em seu braço, e joga para o lado com força.
– Que violência. - Merida me dá as costas e eu a sigo. - Ai, o que eu fiz agora?
– Não sei. Tenha adivinhar. Ou melhor, tenta apostar. - ela para, ainda de costas pra mim.
– C-como assim?
– Como assim?! Não se faça de burro! Eu. Sei. De. Tudo.
Os seus olhos furiosos fitavam os meus, arregalados. Engoli em seco e fiquei calado. Como é possível? Gustavo... ele tinha prometido segredo!
– Quem... quem contou? Foi Gustavo? - disse, olhando para o chão. Um segundo depois percebi a besteira que tinha feito.
– Quem contou? É com isso que está preocupado? - Ela olhou pra o lado e juro que a vi enxugar o rosto. - E Gustavo? O que Gustavo tem a ver com... Gustavo sabia?! Ou é mais alguma de suas mentiras?! - Ela gritou e fez menção de correr até o ginásio. Depois eu fiz outra besteira:
– Espera! Deixa eu explicar!
Ela se volta pra mim. Estava furiosa. Mas de repente sua expressão muda para triste, o que acaba comigo.
– Não quero ouvir mais nada. Não quero saber de você, não quero ver você. Não me procure mais. Eu te odeio, Hans.
E ela vai embora. Na frente de todo mundo, ela me deixou. Os burburinhos logo começaram, mas na verdade eu nem ligava pra isso.
Veja como são as coisas, ontem, quando as coisas ainda faziam sentido, eu me despedia dizendo o quanto gostava dela. Hoje, ela se despediu dizendo que me odeia.

Merida
Eu o odeio. Odeio, odeio, odeio. Já repeti essa palavra tantas vezes que ela perdeu o sentido. Vou odiá-lo muito mais se o que ele falou sobre Gustavo for uma mentira.
Com uma rápida olhada pelo ginásio, eu o vejo. Vou correndo até ele. Tá, não é necessário correr, mas eu preciso saber.
– Gus! - grito. Ele olha, franzindo as sobrancelhas, e sai da rodinha cheia de garotas do seu fã-clube. Ela fazem cara feia pra mim. Reviro os olhos.
– Gus?
– É, não sei por que te chamei assim, só chamei. A gente pode conversar?
– Pode.
– Ok, senta aqui. - aponto para um lugar na arquibancada.
– E você...?
– Não. - continuo em pé na frente dele e cruzo os braços. - Gustavo, que história é essa que você... que você sabia sobre o Hans ter feito aquela aposta maldita?!
Minha voz falha no meio da pergunta, droga. Acabo gritando com o Gustavo, mas acho que não foi por isso que ele empalideceu. Foi porque ele realmente sabia. Minha raiva é tão grande que eu poderia chorar ali mesmo. Cubro o rosto com as mãos e me distancio de Gustavo antes que ele possa responder minha pergunta, não quero ouvir a resposta.
– Escute. - ele puxa as minhas mãos e me obriga a olhar para ele. - Eu descobri sim, e não te contei, porque eu não aguentaria ver você desse jeito, triste. Desculpa.
Não estou triste. Estou com raiva.
– Não estou triste. Estou com raiva. - digo o que tinha pensado.
– É a mesma bosta.
Ele se aproxima e coloca seus braços ao meu redor. O queixo dele fica apoiado na minha cabeça. Acho que isso é um abraço.
– Nunca percebi que eu sou tão menor que você. Eu sou baixinha! Que droga.
– Você não é baixinha, eu que sou meio gigante.
– É melhor assim. - sorrio. Coloco os braços ao redor da cintura dele.
Agora isso é um abraço.

Peguei a minha mochila na arquibancada e fui seguir o conselho de Gustavo, ir pra casa, comer chocolate e dormir. A parte do chocolate não estava no conselho, mas eu a incluí. Chocolate sempre é bom.
Ando até a portaria, digitando o número da minha mãe no celular. Queria ir para casa andando, me pouparia de perguntas e eu estava precisando ficar sozinha.
Ela não atende, a linha está ocupada. Sento perto do portão e coloco a mochila no meu colo, esperando que ela retorne a ligação.
– Está indo se esconder do Hans, Merida?
Reconheço a voz enjoada de cara, Vanessa. Até ela sabia??? Era o que faltava para coroar um dia péssimo, Vanessa vir me encher.
– Ai, o que você quer, garota?
– Nada. Como está se sentindo, ao ser enganada desse jeito? Meio burra, eu arrisco, porque para um menino bonito daquele querer algo com você, só podia estar sendo obrigado por alguém ou estar apostando! - ela gargalha. Ela acha graça em ver os outros se sentindo mal. Faz os outros se sentirem mal.
– É só o que você sabe fazer. - completo meu pensamento, falando num tom que ela consiga ouvir sem que perceba minha voz embargada. - Você só se sente bem, se alguém se sente mal. Não consegue criar sua própria felicidade, tem que estragar a dos outros?
– Talvez. - ela se senta a minha frente, cruzando as pernas. - Mas quando você se sente mal, eu fico feliz sim. Imagino que saiba o motivo.
– Não, não sei. - respondo, dessa vez mais alto, mas sem tirar os olhos das minha mão. - Não sei o que se passa na sua cabeça, não é só a mim que você ataca. Qual o seu problema, Vanessa? Novatas, novatos, pessoas que você escolhe sem motivo algum. Espalha boatos, o caos. A Elsa, é um exemplo. É minha amiga, será por isso que você a persegue? Ou será que é por causa de Jack?
Vanessa fala algo em protesto, mas não dou importância, continuo a falar, dessa vez quase gritando.
– Não sei como ele te aguentou por tanto tempo, você é uma garota mimada, burra e sem nenhum caráter. Vem falar comigo apenas para me provocar! Eu estou me sentindo um lixo, mas você É o lixo! E é por isso que você está sempre sozinha e sempre estará. Você não presta!
Gritei a última frase. Já estava em pé, enquanto Vanessa se encolhia na cadeira, sem reação.
– Nunca vi os seus pais. Eles te deram educação, carinho, amor? Só alguém completamente abandonada sentiria tanto prazer em ver o sofrimento dos outros. Vanessa, eu te desejo tudo de bom, porque você já é tudo de ruim. E tenho muita pena de você, mas sinto mais ainda dos seus pais. Coitados deles, ter uma filha... assim.
Vanessa levanta da cadeira, olha pra mim por alguns segundos e sai correndo. Ela estava chorando.
Eu também. Chorando de raiva. Não, ela pode chorar rios de lágrimas, mas não, NÃO, me arrependo de NADA do que disse.
E que ela chore o quanto quiser.
Seco as bochechas, coloco minha mochila nas costas e ligo de novo para minha mãe. Ela, novamente, não atende. Como não consigo ficar nem mais um minuto nesta escola, decido sair assim mesmo, sem avisá-la. No caminho eu ligo, ou ela liga, tanto faz.
Coloco os fones de ouvido. Toda a paz que Gustavo tinha me dado foi roubada por Vanessa. Preciso de música pra relaxar. Pelo menos vou ter uma caminhada inteira para fazer isso.
Bom, eu tenho uma doença chamada "falar-com-o-celular", então abro as músicas e clico no modo aleatório, pedindo para que ele ache a música perfeita para o momento.
Começa a tocar Darling I Do.
Ai.
Tiro os fones com um puxão, falando pra mim mesma que o mundo só pode estar de brincadeira comigo.
Recoloco os fones e procuro Style na playlist, já que o celular não consegue achar a melhor música para o momento. Style toca por 30 segundos e eu puxo os fones de novo, falando pra mim mesma que eu não vou ficar ouvindo música de corna. Não, não vou mesmo.
Na última tentativa, coloco o modo aleatório e Grow A Pear toca. Comemoro. Finalmente uma música que combina com o momento.

Hans
Estou deitado na minha cama, olhando para o teto e relembrando (ou lamentando) o dia. Ontem, eu tive uma oportunidade de contar tudo. Pensando bem, não foi uma oportunidade, foi a oportunidade. Eu comecei a contar, no meio do caminho eu desisti. Mas pensando bem, contar a verdade na frente da casa dela... eu fiquei com medo. Então mudei de assunto, disse que gostava muito dela. Não era uma mentira, ainda não é. Mas eu não contei a verdade.
E agora, percebo que tinha que ter contado. Pior que ela descobrir na frente da casa dela, bater a porta com força e se trancar no quarto, só se ela soubesse por outra pessoa.
Não consegui explicar que, na verdade, eu tinha desistido da porra dessa aposta. Nem dinheiro eu pedi. O prêmio foi ela. Tá, tá, eu aceitei me aproximar dela. Mas eu comecei a gostar, tipo, de verdade, dela.
Sério, quem fez isso? Gustavo??? Eu pedi para ele manter segredo, que eu faria isso. Parece que ele não aguentou. Quanto tempo vai demorar até ele pedir pra "ficar" com ela?
Filho da puta. Pois eu não vou deixar. Eu não vou perdê-la.
Vou pedir desculpa. Vou fazer qualquer coisa, mas não vou deixar ela ir assim.


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Notas finais do capítulo

Tá vendo? JULGARAM MUITO NÉ, PAPUDOS? POIS OS FATOS ESTÃO AÍ, QUEBREM A CARA AGR.
Vomiteeeeeeeeeei arco-íris com a cena MeGusta (amo o nome desse shipp, scrr), vomiteeeeeeeeeeeei arco-íris com o Hans e simplesmente vomiteeeeeeeeeeeeei com a Vanessa. Mina chata, bem feito. Tomara que morra.
ai gente, amei esse cap. E vcs?
E acabou. Desculpa qualquer coisa e tchau.