Challenges of The Love escrita por Liz Rider, Kiera Collins


Capítulo 27
As Três Espiãs Demais


Notas iniciais do capítulo

Bem, não sei o que vou falar aqui... acho que nada. Mas tipo... Nome do capítulo = Infância.



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P.O.V Elsa

Anna, Zel e eu passeávamos alegremente pelo shopping, entrando em uma loja ou outra e com mais e mais sacolas se acumulando em nossos braços.

Flynn, Kristoff e Jack estavam atrás de nós, mas, na terceira ou quarta loja, eles se cansaram e foram para a praça de alimentação, para onde estamos indo agora. Até que Zel vê “um sapato fofíssimo” e entramos em mais uma loja.

Depois de mais uns quarenta minutos, finalmente vamos para a praça de alimentação. Jack, Flynn e Kristoff estão com mais três outros garotos. Logo reconheço um deles do colégio, o que Jack chamou de Pitch e outros eu nunca vi mais feio. No sentido literal da expressão.

Nos aproximamos, apesar de Anna ter insistido para deixarmos os garotos conversarem e nós irmos tomar sorvete, mas eu e Rapunzel queríamos saber quem eles eram. Ou pelo menos eu queria ficar perto de Jack.

Nos aproximamos devagar, paramos – por causa de Rapunzel – há alguns metros deles, o que era meio ridículo, já que não éramos as Três Espiãs Demais ou algo do tipo.

– Eu sou a Sam! – diz, feliz, Anna, como se lesse meus pensamentos.

– E eu a Alex. – diz, serenamente, minha prima.

– Então você é a Clover! – Anna aponta para mim, se divertindo com tudo.

Espero alguns instantes, mas ela não cede. Suspiro e digo:

– E eu tenho escolha?

– Não! – dizem em uníssono e me carregam para longe do quiosque onde nos escondíamos.

– Oi, meninos! – grita Rapunzel quando estamos a alguns metros deles. Ela está parecendo uma bêbada, mas acho que é essa sua intenção.

– Zel... – sussurro em seu ouvido, ela não está fazendo isso.

– Shhh... – ela sussurra de volta, e então ela corre até Flynn, nos soltando pouco antes de sua cabeça bater – violentamente, eu diria, se me perguntassem – contra o peito de seu namorado.

Anna imita o seu gesto, de uma maneira mais delicada e eu fico parada onde estou. Posso dizer que Jack parece meio decepcionado por eu não ter dado uma de maluca, pulado em seu colo e beijado-o loucamente como se disso dependesse minha vida. Uma pena que esteja decepcionado, porque, de modo nenhum, pularei em seu colo e o beijarei como se não houvesse amanhã, que fique claro.

Kristoff e Flynn parecem meio surpresos, apesar de ficarem passando a mão nas costas delas, como se quisessem reconfortá-las. Então, sem mais nem menos, Zel pisca sutilmente para Anna, elas se soltam deles e saem correndo. Eles olham para elas, depois para mim, como se me perguntassem: “Qual era o problema delas?” e eu simplesmente dei de ombros, olhei para Jack, que me encarava com uma interrogação gigante e corri para as meninas, que me esperavam impacientemente perto de outro quiosque.

– O. Que. Foi. Aquilo? – pergunto pausada e dramaticamente.

– Jerry, missão em andamento... – diz Zel para seu espelhinho compacto.

– Não. Sério. Vocês não vão levar isso a sério, vão? Porque se forem, prefiro ficar com meu namorado.

Elas fazem cara feia para mim, trocam um olhar e depois dizem em uníssono:

– Tchau.

– Ah é? Pois então, tchau. – digo e me afasto, com raiva.

Mesmo Rapunzel e Anna tendo três anos de diferença na idade, às vezes me parece que elas são da mesma idade. Que elas que são irmãs e não primas e às vezes eu me sinto excluída por isso, mas ninguém sabe, ninguém precisa saber, já me tranquei demais no meu Castelo de Gelo para fazer aquilo de novo.

Principalmente depois de Jack.

Aproximo-me da mesa, novamente, puxo uma cadeira e sento-me ao lado de Jack.

– Oi. – murmuro timidamente.

– Oi. – ele responde, igualmente baixo. Vejo pelo canto de olho que sua mão procura a minha.

Minha mão pega a dele e eu a aperto. Ele logo aperta em resposta e se vira para mim. Eu me viro para ele. Ele sorri. Eu sorrio. Aproximamos nossos rostos vagarosamente. Nossos lábios estão a alguns centímetros de distância quando alguém pigarreia.

Eu e Jack nos afastamos e viramos ao mesmo tempo – posso ver que em seu semblante também há uma expressão frustrada – para olhar quem pigarreou e estragou o nosso momento: Flynn.

– Ah! Qual é, José Bezerra? Eu segurei vela para você e para minha prima milhões e milhões de vezes e eu não posso nem beijar o Jack?

Acontece que eles não estavam olhando para nós. Os três meninos que surgiram quando estávamos fora, Flynn e até mesmo Kristoff encaravam uma morena de vermelho. Acho que ele pigarreou para dizer algo como: “Ei, Kristoff, temos namorada!”, já que ele nem ao menos estava nos olhando para poder estar reclamando do nosso quase beijo. Porém, a menção do seu nome verdadeiro – pois é, Flynn Rider é o nome de “rapaziada” de Flynn, ou melhor, de José Bezerra, porque parece que a mãe dele – que morreu há alguns anos – era de outro país –, Flynn se virou indignado para minha pessoa.

– A Rapunzel te contou, foi? Aquela morena! Ela não tinha o direito! Era segredo nosso!

Acontece que eu não o tinha chamado de “José Bezerra” de propósito, para chateá-lo, chamar sua atenção ou coisa do tipo, simplesmente saiu sem querer.

– Não, Flynn... – tento consertar, Rapunzel ficará com muita raiva de mim por isso – É que... – não sei se devo contar, porém... – um dia eu ouvi a Zel conversando com você e ela te chamou de José e eu achei estranho, aí eu perguntei e ela falou que não podia contar, mas que se pudesse ela contaria, aí eu disse que ia perguntar com você, aí ela me explicou, mas pediu para eu não fazer o que eu acabei de fazer. Mas foi sem querer, eu juro... E acho que eles nem perceberam, estão tão vidrados nessa garota. Né, Jack? – acho que foi a vez que eu mais falei na vida, talvez.

Mas quando me viro para ele, percebo que também não está prestando atenção, que está olhando para a morena.

– Jack! – repreendo, com raiva, batendo uma das sacolas de compras nele.

Ele me olha e parece levemente irritado.

– O que foi?

Lágrimas começam a se formar nos meus olhos. Por que será que pensei que havia mudado? Eu sabia que não havia... Continuava insegura. Instável.

Pego uma das garrafas pet de água que estão na mesa e jogo nele. Ele está pela metade, talvez porque a água que está dentro dela esteja quase completamente pedrada, gelada. A garrafa atinge a cabeça dele e toda – provavelmente – a água não congelada derrama-se nele.

Ele me olha chocado por alguns instantes, mas não olho muito mais para ele, pois, quando percebo, estou saindo de lá, quase correndo, mas mesmo assim pisando duro, indo atrás das meninas. Com lágrimas no rosto, mesmo sem chorar realmente.


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Notas finais do capítulo

O que deu na Elsa, hein? E o Jack, viu? Ficar olhando outra? Claro, sou mais as morenas, porém, isso não dá o direito para o Jack de ficar secando uma. Uma que não seja eu Ashusahsaushaus.
#Iludida
Liz.