Challenges of The Love escrita por Liz Rider, Kiera Collins


Capítulo 26
Mãe, temos que fazer compras




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Acordo confusa e com um pensamento em mente: "Amanhã é meu aniversário"
Aos poucos, a confusão vai se desfazendo e eu vou lembrando de ontem... Ontem, eu acordei, me arrumei e desci para tomar café, como faço todos os dias. A única diferença é que eu me deparei com um café da manhã especial.
– Hum. O que é isso? - perguntei.
– É seu café de pré-aniversário. - respondeu Fergus, meu pai. Dei um sorriso e ele me abraçou e beijou minha testa.
Ontem eu também falei com as meninas sobre uma festinha para comemorar. Perguntei para Hans o que ele ia me dar de presente e ele respondeu: " é surpresa". E fui falar com Gustavo mas ele faltou (de propósito?).
Então eu acordo de verdade. Meu aniversário não é amanhã. É HOJE!
A porta do meu quarto se abre de repente. Meus pais e irmãos entram fazendo o maior barulho.
– Minha princesa está ficando mais velha! - Minha mãe fala, me apertando. Não sabia se ela ia chorar ou rir. Ficou um pouco envergonhada.
– Eu não sou princesa.

Entro na sala de aula e Elsa me ataca com um abraço.
– Parabéns! Olha, eu vou entregar seu presente sábado, só na festa. - diz ela.
– Obrigado. Tanto faz.
– An?
– Obrigado pelos parabéns e tanto faz entregar o presente hoje ou sábado.
– Ah. - Elsa dá uma risada.
A professora chega e nós nos sentamos. Como os alunos fazem o próprio horário na Olympic, só Elsa me conhece nessa aula. Não sei nem o nome dos outros alunos.
– Mas como vai ser lá no sábado? - sussurra Elsa.
– Assim, eu estava pensando em uma festa na piscina. - sussurro de volta.
– Então vamos torcer para que o tempo esteja bom! - diz ela, se referindo a quando ela, Astrid e Elly foram dormir na minha casa. No dia seguinte a chegada delas, nós íamos tomar banho na piscina, mas começou a chover muito. Sorrio para Elsa.
– Sim! Mas... - começo a mexer no cabelo. - Acho que não vou convidar o seu namorado. Quanto você acha que o Frost pagaria para te ver de biquini? - dou um sorriso malicioso.
– Para, Merida. - responde Elsa, mas ela está rindo.

Quando chega a hora do intervalo, desço para o pátio. Sento numa mesa ao lado de Elsa. Jack passa correndo e dá uma parada para dar um selinho na sua Elsa. Mordo minha maçã enquanto observo este lindo momento. Olho para a frente:
– E os declaro marido e mulher. - dou outra mordida na maçã.
Jack sorri e Elsa faz uma careta.
– Você será a madrinha, Merida. - diz ele e volta a correr para algum lugar.
– Awwwwwwn, ele quer se casar com vocêêêêê! - digo, chacoalhando Elsa.
– Se controle, garota. - diz ela, rindo.
– Não! Me deixa shippar, eu quero shippar!
Elsa apenas ri. Eu sei que no fundo ela gosta que eu fique dizendo que shippo ela com o Jack, que gosto dela com o Jack, que quero ser a madrinha do casamento e essas coisas.
– Parabéns. - Arregalo os olhos quando me dou conta que o arrepio que eu senti foi causado por um simples sussurro de Hans. Ele segura a minha mão e me puxa para longe da mesa. - Vem cá. É rápidinho.
– E os declaro marido e mulher. - fala Elsa, me imitando.
– An? - pergunta Hans.
– Nada. Deixa ela. - viro para Elsa e faço uma careta.
– Hum. Está bem. Olha... - ele sorri e tira lentamente sua mão de trás das costas. - seu presente. - ele estende a mão para mim. Pego o "presente" enrolado numa grossa fita rosa.
– Um pente?!
– É pra você usar. - ele segura o riso.
– Engraçadinho. Estou morrendo de rir.
– Desculpe, eu não consegui evitar. - ele ri. - Mas... o que eu queria mesmo falar...
– O que?
– Ãhn... você quer... - me aproximo dele. Hans fecha os olhos, suspira e recomeça a falar. - Vocêquersaircomigo?
Olho para ele sem falar nada. Junto as sobrancelhas.
– Ah... você sabe. - ele fica vermelho e eu acho engraçado. - Tomar um sorvete... ah, sei lá! Quer? Vai responder ou ficar rindo da minha cara?
– Okay. Eu topo.
– Sério? Então, a gente se vê sábado, passo para te pegar as 12h, a gente vai ao cinema.
– Uau. Já pensou em todos os detalhes, hein? - digo, com um sorrisinho irônico.
– É. Acho que passei a manhã toda ensaiando o que ia dizer. - ele responde, sem perceber o que havia dito.
– Ãhn... Temos que ir, o sinal já vai tocar.
– É. - diz Hans, colocando as mãos nos bolsos de sua calça. Aceno e dou meia-volta. Vou andando até o portão do pátio. Minha expressão é normal, mas por dentro, sou tomada por uma felicidade boba. Isso é esquisito.

Abro a porta da AAF. Estou um pouco atrasada e todos já estão lá, incluindo Gustavo. Já tinha visto ele no intervalo, mas ele não pareceu me notar e agora é a mesma coisa. Nesses dias tenho ficado com as garotas. São todas legais, porém não posso negar que sinto a falta do Gustavo.
Pego uma flecha da minha aljava e encaixo no arco. Atiro e acerto o centro do alvo. Nesse momento, Gustavo passa atrás de mim. Observo ele ir até o outro lado, onde estão os garotos. Ele fala com eles e volta o olhar para onde eu estava. Tento desviar o meu olhar, mas sou devagar demais. "Droga", penso, quando ele dá um tapinha no ombro de um garoto e vem andando até mim. Pego uma flecha, encaixo no arco e atiro. Faço isso repetidas vezes, até que meu alvo está cheio de flechas amontoadas no centro. Caminho até o alvo para pegar as flechas e Gustavo me segue. Seguro uma flecha.
– Merida. - ele fala casualmente, como se não houvesse um clima estranho entre nós. Desisto de puxar o braço de volta e minha mão fica pousada na flecha, o alvo se transformando num apoio.
– Oi. - respondo depois de um tempo, mas continuo olhando para o chão.
Sem o menor aviso, Gustavo me abraça. Fico um pouco assustada, mas não demoro a retribuir o abraço. Nos "desgrudamos" e ele sorri.
– Desculpa por... aquele dia.
– Tá louca? Você não fez nada. Eu que fui infantil. - diz ele.
– Ah... - digo, pondo o cabelo atrás da orelha. - deixa isso pra lá.
Com isso, encerro a conversa e nós dois começamos a agir como se nada nunca tivesse acontecido - que bom! Gustavo trás um alvo para perto de mim e nós voltamos ao treino.
Depois de 10 ou 11 flechadas, começo a me preocupar. Agora está tudo bem... mas até quando? Vou sair com Hans, tenho que conversar com Gustavo.
– Gustavo...
– Ei. Vamos mudar isso. Toda vez que alguma pessoa vem falar comigo, ela diz GUSTAVO. Gustavo é tão longo. A partir de agora, você vai me chamar de Guga. Ou Gus?
– Prefiro Tavo. - digo, brincando.
– Ah, Tavo é muito feio. - diz ele, pondo a pontinha da língua para fora.
– "Gus" também é muito feio. A menos que se pronuncie "Gâs". -falo. Ele pressiona os lábios e arqueia as sobrancelhas.
– É legal. - "Gus" ou "Guga" diz. Lembro o que eu tinha que dizer.
– Olha, eu estava adiando essa conversa faz um tempinho. - ele olha pra mim com expectatica. -Eu... vou sair com o Hans. - a expressão dele não muda. - E... eu vejo você como amigo.
– Eu vejo você como melhor amiga. Serve? - ele sorri. Dou uma sonora risada. - Merida, não sei o que você pensa, mas é só isso.
Sinto um alívio, embora não tenha certeza se o que ele fala é verdade. Tento voltar a me concentrar no treino, mas Gustavo chama minha atenção novamente.
– Ei! - ele joga um pacote para mim. - Sei que hoje é seu aniversário.
Abro o pacote. Nem acredito quando vejo. É o vestido que deixei na casa de Vanessa.
– Que? - dou uma risada. - onde você conseguiu isso?
– Com a Vanessa. Naquele dia... Foi isso que ela me entregou. Nem me pergunte por que, eu também não sei.
Continuo rindo. Hoje tiraram o dia para me dar presentes ruins.

Está na hora de sair da escola, e vou para o pátio esperar minha mãe. Ela chega sozinha, de carro e fala com as minha amigas, como sempre. Vamos andando até o carro. Quando sento no banco, lembro-me do meu encontro com Hans:
– Mãe, temos que fazer compras.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado do capítulo *estou sem criatividade para fazer notas legais*
P.S.: eu li o texto de recomendação, o texto que as pessoas fazem quando recomendam a fic, ou... sei lá como se chama isso, só sei que eu me emossioney com o que uma menina disse, muito lindo, obrigado pelos elogios :')
Beijos da Kiiii :*



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