Challenges of The Love escrita por Liz Rider, Kiera Collins


Capítulo 23
"Uma Garota de Família"


Notas iniciais do capítulo

Bem, gostaria de desejar a todos um ótimo Natal com todas as coisas boas que se tem direito. Queria agradecer a ALT Forever e a Biia pelas lindas recomendações, amei do coração, só não caso com vocês porque sou garota kkkk, fiquei até tristinha por terem recomendado na vez da Ki de postar e não na minha, mas amei do mesmo jeito.
E aproveitando o clima, queria divulgar uma fanfic que estou escrevendo, chama-se Refletida e é baseada em A Hospedeira de Stephenie Meyer, está aqui o link para quem quiser ler:
http://fanfiction.com.br/historia/575980/Refletida/



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P.O.V Elsa

Chego em casa tentando não fazer barulho, mas três pessoas me esperam na varanda.

–Isso são horas, de uma garota de família, chegar? –diz Rapunzel, tirando sarro e gesticulando ferozmente.

–Deixa a menina, Punzie. Ela tem mais que se divertir e curtir a vida. Quando você tinha 16, você ficava até bem mais tarde na rua comigo. –diz Flynn.

Anna lança um olhar alarmado, suas bochechas levemente vermelhas. Eu rio baixinho, segurando o chapéu de pirata na frente do rosto e Zel dá um tapa forte no ombro de Flynn.

–Precisava disso? Não, não precisava disso. –suas bochechas estão bem mais coradas do que as de Anna, mas eu não sei ao certo se é de vergonha ou raiva. Talvez dos dois.

–Vamos, Elsa, nos conte tudo! –diz Anna animadamente. –Kristoff me ligou e disse que você e Jack Frost estavam se agarrando.

Para uma garota de 15 anos, Anna anda muito soltinha pro meu gosto. Vou ter que conversar com Kristoff sobre esse namoro com a minha irmã.

–Hey, deixa disso, Anna, não aconteceu nada.

–Kristoff me ligou no meio da festa, um barulho imenso de fundo e disse que você e o Frost estavam abraçadinhos quando ele foi chamá-lo para ver os amigos deles quebrarem não sei o que.

–Sim, ele me abraçou porque eu estava com frio. –tento.

–Com esse casaco, frio? –pergunta Flynn, se divertindo com meu embaraço.

–É. –penso rapidamente em uma desculpa. Se isso der certo, vou abraçar a Vanessa na segunda. –Eu estava sem casaco. Para não parecer tanto uma fantasia, porque a vadia da Vanessa mandou uma mensagem falsa para eu ir de fantasia.

–Pois é. E você esqueceu a bolsa no carro. Só percebi quando cheguei em casa, ia te ligar para perguntar como você estava, mas você deixou o celular dentro da bolsa, então... –diz minha prima.

–Certo, certo. Mas tudo acabou bem, afinal. –digo.

–Pois é, você ainda descolou o Jack de bônus. Mas eu sempre te disse que ele tava caidinho por você, você que ficava se fazendo de bobona. Agora você sabe. –vira-se e começa a subir as escadas da casa e entra no hall, sigo-a e Flynn e Zel vem logo atrás, abraçados. –Libre Soy, libre soy. –Anna está cantando.

–Cara, por que tua prima tá cantando música em espanhol? –pergunta Flynn e acho que Zel dá de ombros, pois não ouço resposta.

Eu e Anna subimos e deixamos Flynn e Rapunzel a vontade para se agarrarem no sofá. Entro no quarto que eu e Anna dividimos e deito-me na cama de costas. Aperto com força um travesseiro e penso: “Eu nunca fiquei na vida. Eu nunca sequer beijei alguém na vida. Por que mudar todas as minhas regras por um garoto que eu nem sequer conheço direito, que eu nem sei se vale realmente a pena?” “Ele não é somente “um garoto”, ele é Jack Frost. Pare de mentir para si mesma, você sabe que está apaixonada por ele.”, diz alguma vozinha dentro da minha cabeça, uma vozinha parecida demais com a de Anna.

–E ai? Desembucha.

–Tá. Mas você tem que parar com isso. Sei que o Flynn é super gente boa e legal, mas isso é algo bem íntimo, Anna, eu nem sei realmente se vou contar para Rapunzel, nem sei se devo contar para você.

Anna faz uma cara de magoada, mas diz mesmo assim:

–Fala logo, Elsa.

–Não, Anna.

–Elsa Marie Arendelle Ice, diga.

–Você sabe que odeio meu nome, Anna, pare com isso. Não vou contar, isso é algo íntimo, é meu direito manter para mim.

–Então, –diz Anna com um ar de espertalhona –se é algo íntimo é porque rolou algo. Eu só preciso saber disso. Amanhã mesmo eu pergunto para o próprio Jack Frost o que ele e minha irmã estavam fazendo numa festa até as onze da noite.

Olho alarmada para ela.

–Faça isso e eu faço você e o Kristoff terminarem. Você anda muito soltinha depois que vocês começaram a namorar para o meu gosto.

–Você não faria.

Sorrio malignamente para ela.

–Oh, sim, eu faria. Não duvide.

–Você está blefando. –rebate Anna, não tão segura quanto ela provavelmente gostaria de parecer.

–Eu já blefei alguma vez?

–Na verdade sim. –sorri triunfante.

–Mas, bem, dessa vez não estou. –digo, meio desconcertada. –Boa noite, Anna. –apago a luz do quarto e vou para o banheiro.

Na escola na segunda, todos olham e sussurram. De novo. Mas dessa vez por motivos melhores. Jack e eu havíamos nos beijado na noite anterior. E eu ainda não tinha certeza se eu tinha feito a coisa certa, mas não me arrependia de nada.

Depois de alguns minutos sorrindo feito uma boba e olhando para o nada, sonhando acordada e relembrando a sensação da boca de Jack na minha, fui atrás de Astrid, Elly ou Merida. Encontrei Elly conversando animadamente com um menino do basquete, eu acho, e decidi não incomodar. Merida estava conversando com uma menina tão pálida quanto eu ou até mais, talvez não tanto, mas seus cabelos negros faziam contraste com a pele clara, enquanto os meus cabelos quase brancos em nada contrastavam com minha pele igualmente pálida.

Também decidi não incomodá-las. Astrid não estava em lugar nenhum. Quando virei-me, percebi que Jack estava bem atrás de mim, quase bati minha testa na sua. Cambaleei para trás e quase caí em cima de uma mesinha de lanches. Mas antes que eu atingisse o chão, suas mãos firmes envolveram minha cintura e me firmaram novamente. Uma música lenta começa a tocar e a luz diminui.

–Quer dançar? –Jack perguntou e pelo canto do olho vi Vanessa sair batendo os pés, frustrada.

–Claro. –sorri e uma de suas mãos encontrou a minha.

Foi a dança mais maravilhosa que já dancei. Bem, é a primeira dança lenta que dançava com rapaz que não fosse meu pai e uma pequena lágrima escorreu por minha bochecha ao me lembrar.

–O que foi, Elsa? –Jack parece preocupado, a mão que estava na minha secou a lágrima antes que caísse no chão.

–Nada. –menti. –Só estou feliz.

Ele sorriu para mim. Ele me conhecia muito pouco, se me conhecesse direito, saberia que eu não choraria por estar dançando com o garoto que eu gosto. (Ooops, eu admiti isso? Apaga, apaga, apaga.) um garoto.

Volto ao presente e caminho para a primeira aula.

–Oi, Merida. –sorrio para ela quando entro na sala.

–Cara, eu tô meio nervosa com esses campeonatos, vou ter que competir em ambos. E só faltam duas semanas.

–E eu? Eu tenho que criar, ajeitar e treinar uma coreografia que nem está feita. Uma não, várias. Além das solo, a que farei com Jack.

Seu rosto se ilumina e não acho que seja por um bom motivo.

–É verdade que você e ele andaram se pegando? –ela pergunta em tom conspiratório.

–Merida! Não acredito que você, logo você anda acreditando em fofocas.

Ela me olha séria e diz:

–Não fuja do assunto. Sim ou não?

–Sim. –digo, por fim.

Não acho que Merida seja do tipo que fique histérica e grite: “Sério? Me conta tudo!” Mas para evitar esse tipo de constrangimento, digo:

–E você também andou se pegando com aquele carinha da esgrima, então calada.

Ela abre a boca. Uma. Duas. Três vezes. Até parece um peixinho comendo a sua comidinha em seu aquário. E quando ela finalmente começa a falar, o professor surge na sala e a discussão se cessa antes mesmo de começar realmente.

Kristoff insiste em me puxar para a biblioteca. Mas eu passei boa parte da semana passada na biblioteca, pra quê voltar lá? Talvez ele queira minha ajuda com alguma matéria ou ajudá-lo a escolher um livro, já que ele não é visto muitas vezes com um. Na verdade, suas mãos nunca estão em livros, elas estão quase sempre na minha irmã.

–Kris, para quê a gente tá indo para a biblioteca?

–Shhh... –diz ele e continua a me arrastar pelo pulso.

–Mas eu quero comer. –replico. –Estou com fome. Vou desmaiar! Se eu desmaiar você vai ter que me carregar e não sei se minha irmã ficará muito feliz com isso.

–Eu não iria te carregar. –ele murmura e depois fala num tom quase inaudível: –Ele não deixaria. –há um pequeno sorriso em seu rosto.

–Ele quem? Seu mestre vampírico do mal? –eu tenho que parar de ler livros com vampiros.

–Você está viajando. –diz Kristoff com uma careta.

Dou-lhe língua e ele continua a me arrastar pelo corredor que dá para a biblioteca.

–Kristoff, eu estou com fome. Morta de fome. Eu vou morrer de fome, mê deixe comer, depois eu venho sem você precisar me arrastar.

–Mas você têm que estar lá agora, depois você come. Sem falar que se você está morta de fome, não pode morrer. –péssima hora para dar uma de sabichão, Kristoff.

–Chato. –berro e entramos na biblioteca.

Há várias pessoas lá. Na verdade não várias, mas mais do que se espera ver na biblioteca, já que o forte do pessoal dessa escola não é exatamente literatura. Jack, Anna, Merida, Elly, Vanessa, o pessoal do time de hóquei, Soluço, Astrid, Lucas e o resto do pessoal de patinação. E o amiguinho de Merida, bem atrás dela.

–Seria bem legal se algum de vocês me contasse o que eu estou fazendo aqui. Porque eu estou morrendo de fome e quero comer, okay? –assim que Kristoff solta meu pulso, me encaminho até a porta, mas Jack é mais rápido e me barra.

–Hmm... fofinho, licença. –dou a minha melhor cara de menina mimada com raiva, o que não é muito difícil, é só imitar a cara de Vanessa.

–Elsa. Quer namorar comigo? –pergunta Jack.

–Ahnn... o quê? –pergunto espantada, minha cabeça vai involuntariamente para trás e tenho certeza que estou parecendo com aquela menininha, a Chloe.

–Eu perguntei se você quer namorar comigo? –ele repete.

–Hm... Licença. –respondo e saio correndo e ele não me barra.

–Kristoff Stronghold, você não tinha o direito. –digo num tom ameaçador para ele no dia seguinte, apontando meu dedo indicador no peito dele.

–Stronghold? –pergunta Merida ao meu lado. –Ele é seu parente? –ela pergunta para Hans, que está do seu outro lado.

–Irmão por parte de pai. –diz Hans, um pouco impaciente, indiferente e desconfortável, eu não acho que ele goste de Kristoff.

–Porque você nunca me disse isso? –ela pergunta, parecendo levemente brava e chateada.

–Porque não lhe devo explicações, Ruivinha. –e com essas palavras ditas, ele se levanta do banco onde estava sentado e vai para longe.

Nesse momento, Jack passa pela frente de minha mesa e sorri para mim, mas não acena, não fala nada, e se quer saber, nem sei se foi para mim ou para Kristoff. Desde ontem Jack não fala comigo, tenho medo de tê-lo magoado. Espero que ele não me entenda mal, eu gosto dele. Eu realmente gosto dele, como nunca jamais gostei de alguém, eu penso nele 24 hrs, 7 dias por semana, mas não tenho certeza se estou pronta para namorar...

Voltando ao assunto...

–Kristoff, e se eu não gostasse dele? E dissesse “não” na frente daquele pessoal inteiro e ele ficasse com raiva de mim? Saiba que eu acho que ele está com raiva de mim?

–Ará! –Anna diz. –Eu sabia que você gostava dele!

Kristoff a ignora quando responde:

–Mas eu tinha que fazer, ele me pediu. E outra, você saiu correndo sem dar uma resposta, acho que um não teria doído menos.

–Kristoff! –Anna dá uma cotovelada no estômago dele.

–Ai! O que? Eu só falei a verdade!

–Não seja indelicado!

–Okay... mas ele não está com raiva de você. Ontem no treino ele falou que só vai voltar a falar com você quando você der uma resposta para ele. Positiva ou negativa. Ele realmente acha que é positiva, ele é meio cheio de si, confiante, mas ele também disse que se for negativa ele vai correr atrás de você.

–Bem, se ele pretende ficar sem falar comigo, acho que será difícil com o treino de hoje.

Mas aparentemente não foi. Jack não trocou uma palavra comigo durante o resto da semana, nem nos treinos, onde ficamos nas posições mais íntimas e estranhas, corpos colados, minha bunda em seu rosto – eu corei no momento, pode ter certeza –, suas mãos em minhas pernas... por ai vai. Mamãe ficaria escandalizada se visse isso. Ainda bem que ela não verá. Infelizmente.

Na sexta, na primeira aula, decido dar um basta nisso. Escrevo um bilhete:

Jack,

Eu aceito namorar com você.

s2,

Elsa.

–Pode passar para o Jack? –digo para a menina ao meu lado. Ela me encara por dois longos segundos e depois passa para a pessoa do lado, repetindo o pedido.

Mas antes que o bilhetinho chegue nas mãos de Jack, o professor surge do nada e arranca o papel das mãos de uma garota negra muito bonita. Que está ao lado do Jack...

–Opa! –ele exclama. –O que é isso? –ele lê rapidamente. Todos olham para ele e depois para Jack, quando o professor olha para ele e por último pra mim, quando ele olha para mim. –Bem, acho que isso não precisa ser mantido em segredo. –minha boca se escancara com a sua ousadia, aquele velho coroca careca! –“Jack, –começa, com uma péssima imitação de minha voz, bem melosa. –Eu aceito namorar com você. Amor, Elsa.” –ele termina, pica o papel e joga na lixeira.

Aquele velho FDP! Tenho vontade de voar em cima dele, mas antes que possa, Jack me alcança e me arrebata com um beijo de tirar o fôlego.

Quem liga para aquele velho FDP?


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Notas finais do capítulo

Uma nova era para os Team Jelsa de plantão, né? Gostaram? Eu amei escrever ;) Beijos



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