Challenges of The Love escrita por Liz Rider, Kiera Collins


Capítulo 20
As Garotas Nem Tão Reais


Notas iniciais do capítulo

Bem, para quem não entendeu o negócio de ficar com diabetes (*Cofcof*Kiera*Cofcof*), é porque esse capítulo vai ser bem fofo e açucarado ;)
Curtam.
P.S.: Para as que tentarem, Jackson Overland Frost, mais conhecido como Jack Perfeito Frost é meu ;)



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P.O.V Elsa

“Oh, bosta! Minha bolsa!”

–Olha quem está aqui. –diz uma voz enjoada. Nem preciso virar-me para saber que é Vanessa. –E olha! Ela está vestida de pirata! –ela pôs a mão na boca num gesto teatral e exagerado de surpresa. –Finalmente deixou seu lado delinquente a mostra, foi, ladra de namorados?

Eu até que faço um pouco de ideia do que ela está falando, do Jack é claro, mas faço minha melhor cara de inocente e desentendida e digo:

–Não faço ideia do que você está falando. –tiro o chapéu, já que sem ele, minha fantasia nem parece tanto uma fantasia. –Agora, se me dá licença, me convidaram para uma festa e pretendo aproveitar dela. –sorrio cinicamente para ela e desapareço entre as pessoas.

Um braço me puxa e eu suspiro e me viro, encontrando Jack olhando-me ansiosamente.

–Oi, Elsa.

–Olá, Frost. –sorrio fraco para ele, a leve memória de seus lábios fracamente pressionados contra os meus por alguns milésimos de segundo não saiu de minha memória, mas ele não precisa saber disso. –Como você está?

–Melhor agora, falando com você.

–Sabia que essa cantada é tão velha quanto o Big Bang? –tento parecer casual, mas não sei se é realmente assim que minha voz saí. Não estou muito acostumada a levar cantadas.

Ele ri e replica:

–Talvez não tanto quanto o Big Bang, mas o primeiro homem pré-histórico deve tê-la passado para a primeira mulher pré-histórica. –ele sorri para mim e eu retribuo o sorriso.

Um silêncio constrangedor nos envolve. Desesperada para achar assunto, digo a primeira coisa que me vem à mente.

–E aí, está gostando de participar da equipe de patinação?

–Não pelos motivos certos. –ele diz, misteriosamente e me lança um olhar malicioso. Foi o bastante para eu captar a ideia.

Mesmo assim, hoje estou um pouco ousada. Sorrio e pergunto:

–Está interessado em alguma menina da patinação? Quem é a azarada? –rio suavemente.

–Haha. Muito engraçado. –ele diz, mas está sorrindo. –Tem certeza que não sabe? –ele fica sério, eu balanço a cabeça em afirmativa. –Tem certeza? –sua boca se aproxima lentamente da minha.

–Absoluta. –respondo, encarando nada sutilmente seus lábios.

–Você. –ele sussurra e minhas pernas ficam bambas.

Eu já desconfiava que Jack Frost gostasse de mim, mas... ouvir dele, de sua boca, torna tudo tão diferente, tão melhor. Mesmo assim...

–Eu não acredito. –ouço-me responder.

–Por que não?

–Porque você não me parece o tipo de garoto que gosta de garotas como eu. –minha boca lhe responde.

–Que tipo de garota? –ele questiona, sua boca a centímetros da minha.

–O tipo de garota recatada que tenta manter-se longe de confusões e garotos. O tipo que está bem em comer na biblioteca lendo um livro por não ter com quem sentar. O tipo que prefere se dedicar aos estudos e ao esporte ao invés de sua vida amorosa ou social. O que não se incomoda em ter só quatro ou cinco amigos, contanto que estes estejam sempre lá. O tipo totalmente oposto ao seu.

Ele me olha boquiaberto e depois pergunta:

–E qual é o meu tipo?

–O tipo de garoto que troca de namorada de duas em duas semanas. O popular, que tem sua própria torcida feminina disposta a fazer tudo o que puder para chamar sua atenção. –penso em Vanessa. –O tipo que tem milhões de amigos, que vai a milhões de festas, que tem milhões de garotas, somente estralando os dedos. Que tem tudo o que quer na boca, o que, depois da escola, provavelmente vai se tornar um bem sucedido jogador ou um vagabundo. O que sempre se lembrará da escola como tempos gloriosos. O tipo que não gosta de garotas como eu.

–Acho que você não é muito boa em ler as pessoas, Elsa. –ele sorri docemente para mim. –Eu não sou nada disso, para começar, eu não namoro ninguém desde a Vanessa e a gente terminou faz uns três meses. Claro que eu tenho minha própria torcida, mas não é como se eu me aproveitasse desse fato para ficar com elas. Eu não sou esse tipo de cara, Elsa. –enquanto ele diz isso, acaricia lenta e suavemente meu rosto com as costas de seus dedos. –E sim, tenho “milhões de amigos”, mas só quatro ou cinco com que posso realmente contar, sou convidado para “milhões de festas”, mas não vou nem para a metade, e não, eu não tenho “milhões de garotas”, principalmente quando a única que quero parece não gostar de mim. –ele sorri para mim. –E eu não pretendo seguir jogando profissionalmente depois do colegial, quero fazer direito, minhas notas são altas o suficiente para eu entrar em alguma faculdade razoavelmente boa. Sim, a escola será um tempo bem glorioso no futuro. E eu definitivamente gosto de garotas como você. –ele sorri.

–Duvido. –sorrio um sorriso de sabichona.

–Deixe-me lhe dar um beijo, só um beijo, para lhe provar. Se você não sentir nada, prometo não te importunar mais.

Tenho vontade de perguntar: “Mas e se eu sentir?”, mas não quero dar asa a cobra. Sei que sentirei.

Sua boca se cola na minha e sou só sensações, é como se tudo ao nosso redor sumisse, ficasse preto e só existisse eu e ele. Sua boca na minha, se movendo em uma impressionante sincronia. “Parece sincronizado, mas pode ser explicado: você e eu, nós somos um par.”, a Team Jack – peraê... quando o Jack ganhou um team? – cantarola o novo sucesso de uma banda local em minha cabeça.

Quando nossas bocas se separam, apenas para conseguir mais oxigênio, poucos segundos se passam mas bem, não há mais como negar que há algo entre nós. E isso pode durar um mês, uma semana, um ano ou para o resto de nossas vidas, mas por Jack vale a pena arriscar.

Nossas bocas logo voltam a se encontrar. O incrível é que nossos corpos parecem ter sido moldados um para o outro. “E talvez tenham!”, diz a minha Team Jack interior, pulando feliz, com pompons de líder de torcida. Sorrio amavelmente para ela mentalmente e volto a me concentrar no que está acontecendo fora da minha mente.

Quando nossas bocas se separam novamente, dessa vez definitivamente, é como se o ar que eu deveria buscar, tivesse sido sugado de meus pulmões e tudo que eu precisasse fosse somente ele. Parece que corri uma maratona e ele também, mas parece que ele foi preparado para ela.

Ele sorri para mim, um sorriso bobo, feliz e pergunta:

–E então, Elsa?

Não lhe respondo nada, só encaro seu belo rosto e seus cabelos brancos da cor da neve. Ele me encara, esperando a resposta. É claro que já a tenho. Já a tenho há séculos. Então, lentamente encosto meus lábios nos seus novamente e no segundo seguinte, estamos nos beijando.

–Verdes. –ele sussurra contra minha boca.

–O quê? –pergunto, separando nossos lábios novamente.

–Meus olhos são verdes. –olho para ele com uma grande interrogação tatuada em minha testa e ele explica: –Você disse que era só eu piscar meu olhos azuis, naquele dia no ringue, mas meus olhos são verdes. Verdes terrivelmente azulados. –ele sorri.

Abraço-o forte. Como ele pode lembrar de algo tão simples, algo que eu, certamente, deixaria passar. Jack é tão fofo!

Ele fica um pouco surpreso com meu abraço, mas depois me envolve com seus braços não tão musculosos, mas também não não musculosos.

Kristoff chega logo depois, chamando-o para ver um tal de Ethan e um tal de Zach se enfrentando na queda de braço. Acho que ele não percebe que sou eu que estou com a cabeça enterrada no peito de Jack, porque nem fala comigo, mas quando eu e Jack nos desvencilhamos e Jack dá um beijo no topo da minha cabeça, Kristoff arregala os olhos e depois faz um “Yes” bem fofinho. Ele sorri para mim e acena e sei que na primeira oportunidade ele vai contar tudo o que aconteceu aqui – que nem foi tanta coisa assim – para minha irmã, mesmo assim, estou tranquila.

E feliz.


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Notas finais do capítulo

Amaram? Sim ou claro? Espero que claro ;)
Ainda tem mais hoje :D



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