Challenges of The Love escrita por Liz Rider, Kiera Collins


Capítulo 2
Talvez minha mãe esteja certa




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São 5h15 da manhã quando minha mãe grita:
– Acorde!
Porém, eu já estou acordada. Não fechei o olho esta noite (deve ser por isso que estou terrivelmente cansada). Um pouco de ansiedade, somado ao nervosismo. Fiquei pensando se vou sobreviver a mais um ano na Olympic High School.
Minha melhor e única amiga, Sophie, não se matriculou na Olympic este ano. Aliás, EX melhor e única amiga, porque depois que ela me contou que ia sair, nós brigamos feio, e não conversei com ela desde então. O meu segundo ano na Olympic nem começou, mas sei que ele será longo...
Ok, talvez eu esteja fazendo drama. Eu tenho outros amigos, claro. Como Jack, Hiccup, Elly. Mas, cara... Sophie era a minha MELHOR AMIGA. Com quem eu mais conversava, com quem eu sempre conversava. Vou sentir muita falta dela.
Após um rápido banho, vou para sala de jantar, onde meu pai, Fergus, está brigando com meu irmão, Harris, por ele estar comendo seu cereal como se não houvesse amanhã. Enquanto isso, Hubert e Hamish estão se estapeando e minha mãe, Elinor, diz para eles ficarem quietos. Só que Harris, Hamish e Hubert são os trigêmeos mais pestinhas do mundo! Eles nunca ficam quietos. NUNCA.
Sento à mesa. Me sinto desanimada e estou com medo. Mexo meu café, fazendo cara feia ao observar que o leite criou natas, enquanto fico imaginando como será meu dia, se vou encontrar novos amigos e, como se lesse meus pensamentos, Elinor diz:
– Não se preocupe, você vai achar novos amigos e tudo vai dar certo. - esboça um sorriso tranquilizante.

A primeira parada do carro é na escola dos trigêmeos. Saio do carro para dar espaço para meus irmãos saírem e ajudo a tirar as três mochilas de rodinhas. Hubert é afobado e, quando põe os pés no chão, sai correndo, deixando a mochila. Os outros correm atrás dele. Imagino que é para lembrá-lo de pegar a mochila, mas os três voltam e pulam em cima de mim, num abraço coletivo sufocante e apertante. Um abraço coletivo no estilo Hubert, Hamish e Harris.
Eles vão até o outro lado do carro, fazem a mesma coisa com os meus pais e saem dando altas risadas. E correndo, é claro. Só andam correndo. Noto que Harris corre arrastando a mochila com as rodinhas para cima, arrastando a cara do Homem-Aranha no chão. Dou uma risada e entro no carro. ENFIM, PAZ. Coloco os fones no ouvido e grudo os olhos na janela.
Não sei exatamente o porquê, mas acho que fiquei mais animada. Foi a música, talvez (?). Só sei que quando chegamos mais perto da Olympic, quando eu vi alunos caminhando com as suas mochilas em direção a escola, eu senti: não vai ser tão ruim assim. Eu perdi uma amiga, uma amiga importante, mas tenho a chance de fazer outras. É assim a vida, né? Hora de seguir em frente.
Desço do carro junto com meus pais e nos abraçamos. Eles me desejam boa sorte e eu aceito. Toda a ajuda é bem-vinda.
Paro em frente ao colégio. Seguro com força a alça da minha mochila e suspiro.
Hora de seguir em frente.

Entro na escola e vou para a secretaria pegar o número do meu armário, seu código e o horário. Peguei o armário 171, então deveria subir as escadas e virar a direita no corredor. Estava na metade dos degraus quando um garoto que passava correndo trombou em mim e derrubou minha mochila, que infelizmente estava aberta. Meus materiais foram caindo da escada e grito, irritada:
– EIIIIIII! VOCÊ DERRUBOU MINHAS COISAS!
Mas o menino nem ouviu e continuou correndo, como se fosse tirar o pai da forca. Olho para o chão, procurando os meus livros. Só conseguia ver tênis. Outro menino passa e bate no meu ombro.
– Todos estão cegos? Toma cuidado... - Levanto meu rosto e me deparo com o cara me encarando -... Hans Stronghold.
Ah. Que maravilha. Um garoto que adora implicar comigo. Comecei bem o dia, não é mesmo? Ele abre um sorriso sarcástico:

– Não fui eu que trombei em você, juro. – Ele diz. Me ajoelho para juntar meus livros. Hans percebe e faz o mesmo. - E não sou cego. Consigo enxergar perfeitamente sua cabeleira ruiva e rebelde. - Sorri novamente e me entrega os livros.
– Pois eu adoraria ser cega, só para não ver essa sua cara feia. - Respondo, usando o sorriso mais sarcástico que posso, tomando os livros da mão dele. Enquanto subo as escadas, olho para trás. Ele me olhava. Franzo o cenho e viro para frente.
Era o que me faltava! 7h10 da manhã e um palhaço com graçinhas pra cima de mim. Ele que retorne ao circo!
Vou em direção da sala 42, onde terei aula de literatura. Procuro uma cadeira que não seja nem muito no fundão, nem muito na frente. Acho uma perfeita, no meio da sala, e espero a aula começar.
Estou observando uma formiga quando a porta abre e uma menina de cabelos loiros entra. Loiros não... Os cabelos dela são muito claros. Quase... Brancos?! Eu diria que é loiro platinado.
A menina observa cada canto da sala, provavelmente a procura de uma cadeira. Ou talvez ela esteja procurando alguém que conheça, algo assim. Ela escolhe uma cadeira bem próxima a minha e me olha, sorrindo:
– Prazer, Elsa Ice. – Ela estende a mão.
Retribuo o sorriso e aperto a mão dela:
– Sou Merida Redhead.


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Notas finais do capítulo

bom, estou muito feliz em escrever esta fanfic. MUITO OBRIGADO, a todos que estão lendo, que favoritaram, que estão acompanhando a fanfic e que vão continuar fazendo isso kkkk I LOVE VOCÊS, :* da Ki