Challenges of The Love escrita por Liz Rider, Kiera Collins


Capítulo 12
Striptease Na Escola


Notas iniciais do capítulo

Bem personas, sou eu de novo e acho que ainda vou postar mais um capítulo depois desse! Curtam! E eu e a Kiera estamos esperando as recomendações, viu? Não deixem de comentar.



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P.O.V Elsa

A neve caía melancolicamente por todos os lados. É lindo! Simplesmente magnífico.

Lembranças me abalam como um terremoto. Anna e eu sempre gostamos de ficar brincando na neve, principalmente quando crianças. Lembro-me de nossas pequenas luvinhas, as minhas verde azulado e as dela rosinhas. Fazíamos sempre um boneco de neve chamado Olaf.

–Eu sou Olaf e gosto de abraços quentinhos! –lembro que falava com uma voz mais grossa e Anna caía para trás de rir.

Lembro-me de nossos pais abraçados, logo atrás de nós, nos vigiando, fortemente acasacados e com canecas fumegantes de chocolate quente em mãos.

Uma lágrima solitária rola por minha face e congela antes de escorregar para o chão. Toco-a delicadamente e aprecio-a, o gelo é tão lindo, tão fascinante. Jogo-o numa pilha de neve no chão e volto a caminhar.

A rua parece as ruas da minha antiga cidade nos tempos de frio, tão fascinante. Lembro-me que eu, meu pai, minha mãe e Anna saímos e íamos acampar. Anna e meus pais ficavam dentro da barraca enquanto eu ficava do lado de fora, olhando as estrelas, a neve caindo e comendo pequenos floquinhos de neve.

A neve branca deixa meu cabelo quase branco, coberto. Amo isso. Às vezes me dá vontade de me afundar na neve e de lá nunca mais sair, principalmente depois da morte dos meus pais, mas me mantive firme por causa de Anna, ela precisava mais de mim do quê minha autopiedade. Mas agora ela tem Kristoff e talvez um pouco de autopiedade não me fosse mal.

Pulo na neve e nela me enterro, sinto-a derreter sob a quentura – a essa altura do campeonato, nem tão quente – de meu corpo. Comecei a fazer anjinhos de neve como uma criancinha pequena e boba e podia sentir os olhares que me lançavam.

Não podia voltar para a pizzaria e nem queria ir para casa para encarar o olhar questionador de tia Silvia que me faria milhões de perguntas silenciosas.

Soube que há um parque de diversões na cidade, então decido ir para ele. Passo lá boa parte de minha noite e volto pouco depois das onze para casa, aliviada percebo que ninguém estava me esperando. Talvez ainda estejam na pizzaria se divertindo.

Passei a noite inteira me remexendo na cama, mas em algum momento meus olhos se fecharam e tudo ficou escuro.

Na manhã seguinte, tudo ocorreu normal, mas o colégio decidiu implantar um sistema de uniforme, já que éramos de uma escola particular e que as coisas estavam começando a sair dos conformes quando qualquer pessoa entrava na escola dizendo ser um estudante, sem a padronização da farda.

A farda é uma blusa branca, um blazer ou suéter preto com o símbolo do colégio e o nome de seu esporte logo abaixo e saia um pouco acima do joelho e gravata xadrez de cor de acordo com seu esporte. Os esportes de inverno eram branco com azul claro, os de verão, laranja e vermelho e os de ambos ou nenhum, verde e amarelo. O masculino usava tudo igual, a não ser no lugar de saia xadrez da cor de seu esporte, uma calça preta ou jeans. Nós, meninas, temos que, infelizmente, usar meia-calça, mas podemos usar o calçado que quisermos, de saltos a All Star, portanto que seja preto ou da cor de nossas gravatas e os meninos também, apesar deu duvidar que algum apareça de salto na escola.

A mudança, obviamente, não foi bem aceita pelos alunos, inclusive por mim, que estava acostumada a liberdade de não usar uniforme. Havíamos recebido três conjuntos e se quiséssemos mais, teríamos que comprar na secretaria da escola.

–Eles querem nos padronizar, deixar-nos todos iguais! –berra Merida, indignadíssima com a mudança da escola.

Nós tínhamos um prazo até segunda de aproveitar a vida sem o uniforme escolar novo, de terça em diante tínhamos de vir para a escola de uniforme.

–Bruxa. –Astrid sussura sobre a coordenadora e eu não posso deixar de rir.

–Ai, meninas, deixem de ser ruins! –rio. –A gente pode arranjar um modo de deixar esse uniforme cafona e feio mais bonito. Sábado na minha casa? –elas me encaram.

–Tá louca? –Merida diz. –Próxima semana é treino e estudar, o campeonato é em três semanas! Provas em duas! Não dá para perder tempo com jeitos de deixar o uniforme escolar menos pavoroso.

–Vish! Povo mal-humorado. –resmungo e saio de lá.

Vou para a biblioteca, mas parece que lá está mais agitado ainda. Procuro algum lugar tranquilo para comer, mas acabo não achando, então, quando menos percebo, o sinal toca e eu enfio meu sanduíche na boca e corro para a próxima aula.

Mal se viu a semana passou, o treino foi muito cansativo, Jonas teria que escolher logo uma dupla e ele achava que ainda não podia fazer a escolha. Segunda se passa e eu dou adeus ao uniforme, mas ao contrário das meninas, eu tentei ao máximo ficar o melhor possível com meu novo uniforme, não para agradar alguém – ou talvez seja, e daí? –, mas para agradar a mim mesma.

Zel havia achado uma saia igual a nossa, só que mais apertada, justa a perna e um pouco mais longa, batendo no começo da rótula e eu e Anna havíamos amado, mas a saia só coube em mim, então saímos eu, Anna e Zel para o shopping para comprar mais saias iguais. Também conseguimos blazers negros mais justos, o que nos deixava mais bonitas. Aparentemente a coordenadora nem notou nossa pequena mudança e pulamos de alegria por isso.

Eu, Merida, Astrid, Elly e Anna estávamos indo para nossas próximas aulas juntas, mas quando passamos pelo corredor, ouvimos a voz exaltada da coordenadora, que, só para vocês saberem, se chama Lucy Miller.

Astrid, Elly e Anna decidem seguir, mas eu e Merida ficamos. Lá estava Jack Frost encarando a srtª. Miller – sim, a mulher não se casou, mas não fique surpreso ao saber disso – e Vanessa e mais umas três pessoas olham tudo um pouco de longe.

–Você não pode usar essa roupa no colégio, Sr. Frost. –diz Lucy.

–Não? –ele parece genuinamente confuso, mas também irado.

–Não, sr. Frost. Gostaria que o senhor colocasse a roupa adequada ou voltasse para casa. –ela fala com voz sínica.

Merida revira os olhos ao meu lado.

–Não posso usar essa roupa? –Jack repete e a coordenadora assente. –Okay, não vou vestir essa roupa. –e com um sorrisinho igualmente sínico ao da coordenadora, começa a tirar a blusa.

“O-o quê?”, penso, “Nossa Senhora!”

Se quer saber, as roupas um pouco largas demais não fazem jus aos músculos que se escondem, por debaixo da camisa. Jack tem um tanquinho e tanto, sem falar em bíceps bem definidos. “Aiminhanossa!”

–Acho que estou hiperventilando. –comento com Merida, que somente assente com a cabeça, sem tirar os olhos do espetáculo.

Que ainda não havia acabado.

Jack Frost começa a baixar as calças e eu relutantemente desvio meu olhar dele para a coordenadora, que só olha para ele com um olhar luxurioso e devorador. “Vadia!”, berro mentalmente.

–Ahnn, Srtª. Miller?

–An? –ela olha rapidamente para mim e depois diz: –Ah, okay... Menino, pare com isso.

Mas as calças de Jack caem no chão ele começa a se livrar delas e não posso deixar de olhar para o pequeno – ou não tão pequeno assim... – volume na sua cueca boxer preta.

–An, menino, pare com isso!

Ele chuta as calças longe e começa a se livrar dos sapatos.

–Ah, não, não pare não.

Vanessa, eu e Merida nos viramos alarmadas para a coordenadora. Ela tem idade para ser mãe dele! “Ah, o quê? Eu não vejo muito isso! Tenho mais que aproveitar!”, seu olhar diz. Jack simplesmente dá de ombros, e sai caminhando para sua próxima aula. Lucy Miller anda em seus calcanhares mandando ele voltar, mas com um olhar guloso.

Merida e eu nos olhamos e é como se uma dissesse para a outra: “o que diabos foi isso?”, mas também dissesse: “Não sei o que foi, mas sei que eu curti!”. Giramos nos calcanhares ao mesmo tempo e vamos para a próxima aula.

No treino daquela tarde, descobrimos que Lucas quebrou a perna. O único problema, é que nas apresentações do campeonato, só haverá uma dupla por colégio, ou seja, um casal se apresentando junto e Lucas seria o cara da dupla, já que o outro garoto, Fred, diz não sentir-se preparado.

Houve um pequeno desespero, Fred não estava mesmo preparado, era magricela e provavelmente não aguentaria os saltos e pulos, sem falar segurar a garota da dupla – que aparentemente está entre mim, Liana e Vanessa. Jonas estava arrasado, não havia ninguém para substituí-lo, Lucas não ficaria bom a tempo e sem falar que mesmo que ficasse, não teria treinado. As chances estavam contra nós, mas tem que haver uma chance.

E se ela existir, eu vou encontrá-la.


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Notas finais do capítulo

Como estamos de férias, teremos mais tempo para escrever :3
Liz.



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