Boneca escrita por Lady Murder


Capítulo 9
De conversas, contatos e clichês




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Capítulo 9 – De conversas, contatos e clichês

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"Mas eu não fico bem com esse!" Sakura gemeu, quando Karin mostrou-lhe um vestido roxo. Karin bufou, revirando os olhos. Era o quinto vestido que mostrava para a Haruno e a mesma rejeitara. Para cada vestido, uma desculpa diferente de não poder usá-lo.

"Olha, Sakura, se for continuar desse jeito, é melhor ir nua para esse encontro. Eu estava animada em te fazer esse favor e te ajudar a escolher a roupa, mas se você continuar rejeitando tudo eu vou te dar umas bofetadas e sair desse quarto." A ruiva resmungou, jogando o vestido que tinha nas mãos na cama, junto dos outros quatro.

"Desculpe." Ela murmurou, olhando para baixo. "Eu estou nervosa." E começou a mexer em seu guarda-roupa, procurando algo para vestir, até que viu uma caixa branca no fundo de seu guarda-roupa. "Ei, isso é..." tirou, com os olhos arregalados. Abriu a tampa. "Karin! Lembra disso?"

"O quê... Oh, Deus. Esse é... Esse é o vestido que você usou na sua festa da formatura do colegial?"

"Exatamente. Lembra quando eu tinha dito que nunca mais o tinha visto? Pois é, estava aqui. Será que..." tirou o vestido da caixa. Um tomara-que-caia rosa claro, com pequenas flores em preto na ponta direita. "É esse." Murmurou, com os olhos brilhando.

"Amém. Porque você só tem uma hora para se vestir."

"Puta que..." e correu para o banheiro.

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"O que vocês estão fazendo aqui?" Sasori murmurou, ao abrir a porta de seu apartamento e dar de cara com Kitsune e Deidara. A primeira, sorrindo abertamente. O segundo, com um sorriso divertido nos lábios.

"Bem, que eu saiba, eu moro aqui. E o Deidara-san é seu melhor amigo, então..." Kitsune falou, afastando levemente Sasori da porta e entrando.

"E a loja? Você disse que hoje não tinha faculdade, então que não tinha problema de eu sair hoje e você ficar." Ele cruzou os braços, com a sobrancelha arqueada.

"Ora, vamos, Danna! Você tem um encontro! Tem que estar lindo, perfumado e pronto para isso! Claro que tem que ter ajuda dos seus dois melhores amigos." Ela disse, juntando as mãos. Deidara só observava tudo, jogado no sofá, com um sorriso de escárnio no rosto.

"Não estou vendo nenhum amigo aqui." O ruivo falou, revirando os olhos e começando a andar para o quarto. Mas logo depois estava com um sorriso debochado.

"Danna! Isso podia me magoar antes, viu? Mas com vários anos de amizade, isso não me afeta." E cruzou os braços.

"É, é, claro. Agora, se me der licença, eu estava indo tomar banho." Disse, entrando no banheiro do seu quarto.

"Danna!" Kitsune exclamou, indignada. Deidara começou a rir. "Deidara-san! Você não fez nada!"

O loiro deu de ombros. "Eu disse que só ia me divertir com a situação."

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Sakura bebia avidamente o café que estava na xícara que tinha em mãos. Karin acabara de terminar de ajeitar o cabelo da mesma, prendendo sua franja para trás com presilhas, e agora somente ria do nervosismo da amiga. Quando o interfone tocou, a Haruno quase deixou a xícara cair. Atendeu e o porteiro disse que 'um tal de Akasuna no Sasori' a estava esperando. Desligou, com as mãos tremendo. Olhou-se no espelho, ajeitando um amassado inexistente no vestido. E só quando Karin disse que, se ela não descesse logo, ia fazer isso a jogando pela janela, foi que a garota abriu a porta do apartamento e saiu, esquecendo-se completamente que a janela tinha grades.

Com o lábio inferior sendo constantemente mordido, Sakura saiu do elevador e foi para fora do prédio. E lá estava ele. Com o típico sorriso calmo, encostado no carro, displicentemente. Sakura sorriu, com as bochechas levemente coradas, e foi até ele. Conseguia sentir suas mãos suando em contato com a alça da bolsa. Mas percebeu que o nervosismo tinha passado. Levemente, é claro.

"Boa noite." Ele disse, em uma voz grave, no que ele pigarreou para voltasse ao normal.

"Boa... Noite." Não conseguia parar de encarar o chão.

E então nenhum dos dois falou mais nada. Sakura tinha plena noção de que continuavam ali, em frente ao seu prédio, parados na frente do carro. Mas... Não conseguia falar nada. A droga do seu nervosismo não deixava. Sasori só observava Sakura com uma expressão divertida. Era quase engraçado ver todo o nervosismo que ela estava transmitindo. Não ia mentir para si mesmo e fingir que estava completamente normal. Estava um pouco nervoso, apesar de não pelos mesmos motivos que ela. Mas ela... Quase tinha uma faixa na testa dela dizendo 'Eu estou nervosa'. Sasori suspirou.

"Melhor entrarmos, não?" perguntou no que ela levantou rapidamente a cabeça para encará-lo. "Você está bonita demais para ficarmos somente aqui, na rua." 

Sakura assentiu, corada e entrou no carro. Enquanto ele dava a volta para entrar também, ela pegou fôlego e suspirou. Tinha que se acalmar! Se não, ia acabar estragando toda a noite porque não sabia ficar normal perto de um homem que, por acaso, elogiou-a. "Então, para onde estamos indo?" perguntou quando ele sentou-se, arriscando um sorriso animado.

"Vai ver." Falou, misterioso, enquanto ligava o carro.

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"Chegamos." Sasori disse, sorrindo levemente. Durante o trajeto, Sakura aproveitou o silêncio – sendo quebrado somente pela música calma que vinha do CD que ele colocara – para tentar adivinhar a que tipo de lugar iriam. Julgando pelo terno preto que ele usava, deveria ser algum restaurante de renome, o que a deixou meio tensa. Nunca teve preferência por lugares assim.

"Onde..." começou a perguntar, mas Sasori fora mais rápido, tapando-lhe a visão com as mãos, antes que ela conseguisse ver mais do que um lugar que parecia ter dois andares.

"Olhe, vou tirar as mãos e quero que permaneça de olhos fechados. Não os abra, certo? Estou pedindo." Sakura assentiu, mordendo o lábio inferior. Estava realmente curiosa, mas ao mesmo tempo não queria estragar a surpresa. Por isso, apertou bem os olhos quando Sasori tirou as mãos dele de seu rosto. Sasori segurou-a pelos ombros e foi guiando-a pelo lugar que ela não podia ver. Ouviu-o murmurar alguma coisa com alguém. Algo sobre reservas.

"Cuidado com os degraus." Ele disse, deixando-a tensa com a enorme possibilidade de tropeçar. O que quase aconteceu uma vez, mas ele deixou-a firme. Sentiu o vento balançar seu cabelo e seu vestido quando chegaram ao topo da escada. Será que tinha alguma janela aberta? O ruivo continuou a guiá-la e Sakura percebeu que desviavam de pessoas e mesas. O vento estava cada vez mais forte. Bem que podiam fechar aquela janela...

"Pode abrir os olhos agora." Ele murmurou, tirando as mãos dos olhos da Haruno. Mordendo fortemente o lábio inferior, Sakura abriu os olhos. E ofegou. À sua frente, não estava uma janela aberta, como imaginara. À sua frente, estava o mar, com somente algumas luzes da cidade e a luz da lua o iluminando. Não conseguiu, e nem queria, conter o enorme sorriso em seu rosto. Só depois de alguns segundos é que finalmente olhou ao redor e seu sorriso só aumentou. Estava no andar de cima de um restaurante à beira-mar, todo feito de madeira, com uma enorme sacada com vista para o oceano. Riu um pouco ao perceber que Sasori estava de terno só porque gostava mesmo e não porque aquele era um restaurante de renome. Tudo ali cheirava à simplicidade que ela amava. "E então?" Sakura virou-se para encará-lo.

"O quê? Está perguntando se eu gostei? Não acha que esse sorriso que não quer sair quer dizer que odiei?" Ela disse, rindo um pouco. Sasori meneou levemente a cabeça e depois indicou a mesa ao lado da sacada. Sentaram-se. "Deixe-me ver se entendi... Está fazendo tudo isso para me fazer esquecer de que eu tinha que estar com raiva de você?"

"Oh, então ainda está com raiva? Tsc, mesa de frente para o mar tinha sido minha última cartada..." Sakura riu. "Devo chamar uma serenata, então?"

"Não, por favor." Riu um pouco mais. "E como você consegue ser tão cínico mantendo uma cara tão séria?"

"É natural." Ele deu de ombros e ela sorriu. Sasori chamou o garçom e fizeram o pedido. Quando o garçom saiu, ele a encarou por alguns segundos, antes de deixar um sorriso calmo escapar. Sakura baixou os olhos quando percebeu e mordeu o lábio inferior. "Descu-"

"Não vamos falar disso, certo?" a Haruno interrompeu, prontamente. O que acontecera apoquentara sua cabeça demais e não queria voltar a falar sobre aquilo. Preferia pensar no agora. "Falemos de coisas mais agradáveis. E então? Como vai a... Kitsune, não é?"

Sasori franziu o cenho, mas assentiu. "Vai bem. Ela se adaptou logo à loja. E devo comentar que as vendas aumentaram. Aquela simpatia insistente que você viu mais cedo é um grande apelo para quando pensam em dizer não."

"É, deu para notar." Sorriu. A assistente a fazia lembrar-se vagamente de Naruto.

"O que me preocupa é só o fato de isso parecer agradar bastante o sexo masculino..." E franziu o cenho.

Sakura o encarou. Era a primeira vez que o via assim, mas não sabia dizer exatamente como era esse 'assim'. "Se eu... Perguntar uma coisa, você promete que não vai me interpretar mal?"

"Hm, certo."

"O que exatamente... Bem, qual é a sua relação com a Kitsune?" falou, mas enquanto ia falando percebera as sobrancelhas de Sasori levantando e se desesperou. "Quer dizer! Não, não estou falando disso. É só que agora você pareceu... Sabe, pareceu preocupar-se com ela, então a gente tem a idéia de que ela é bastante importante para você e ela sabia de mim e como você é meio reservado acabei pensando se vo-".

"Ei, ei, calma." Sasori interrompeu e, quando Sakura olhou-o, notou sua expressão divertida. "Você tem razão em perguntar. Eu realmente não costumo falar da minha vida, mas ela e Deidara são um pouco... Insistentes. Bem, como classificar Kitsune? Eu, ela e Deidara, que faz faculdade de Artes comigo, nos conhecemos desde pequenos em outra cidade. Então, eu e Deidara viemos para cá para fazer a faculdade e ela preferiu ficar. Mas acabou desistindo e transferiu-se também. Isso foi recentemente. Ela me ligou dizendo que precisava de um lugar para ficar e, quando vi, ela já estava em frente ao meu apartamento com as malas." Sakura sorriu. "Por ser mais velho que os dois, meio que criei um... Instinto protetor sobre eles, admito. Então, contratei Kitsune. E se o Deidara já não saía da minha casa, agora, com comida de verdade, estou praticamente tendo dois inquilinos novos."

"Nossa. Nunca pensei que você tinha esse lado tão... Papai."

"Acho que prefiro irmão mais velho." E franziu o cenho. Não gostava muito de demonstrar suas fraquezas, mas, quando percebeu já tinha falado tudo. Por fim sorriu. Já havia descoberto que quando estava na presença dela deixava qualquer lado seu à tona, então decidiu não se preocupar. Pelo menos, não por enquanto. De repente, o garçom apareceu com a comida e uma garrafa de vinho, saindo em seguida.

"Sabe de uma coisa? Estou feliz." Sakura comentou, depois de um gole.

"E por quê?"

"Não ria, mas... Finalmente eu estou sabendo algo sobre você." Falou, tentando ignorar que suas bochechas estavam esquentando. "Eu falo demais, então você já deve saber tudo sobre mim. Se duvidar, até as piores coisas. Mas você é sempre tão calado, então eu não sabia lá muitas coisas sobre você." Terminou de falar, num fio de voz, ao notar que Sasori a encarava, sério. "O quê?"

"Não, não foi nada. Só..." franziu o cenho, abriu a boca, mas a fechou novamente. Desistira. "Esquece."

"Ora, diga!"

"Por que não continuamos com o questionário? Você perguntar coisas a mim me dá o mesmo direito de fazer com você, não é?"

Sakura franziu o cenho por uns instantes, mas assentiu. "Claro. O que quer saber? Se é que ainda tem algo faltando."

"Não sei, fale-me sobre a pessoa com quem divide apartamento. Quando estive nele, notei as fotos."

"Ah, a Karin. Digamos que estou no seu mesmo barco. Conheço-a e mais duas desde pequena, de outra cidade. Então nós quatro viemos para cá tentar a vida. A outras duas, Ino e Hinata, dividem outro apartamento, porque decidimos que nós quatro num canto só não ia dar certo. Ficou decidido que eu e Karin dividiríamos um, porque eu sou a única que a controla, por assim dizer. O mesmo com a Ino e a Hinata, sendo que é a segunda que tem juízo. Já estou acostumada a essa vida. Falamos de controlar, mas a verdade é que as quatro acabam cuidando umas das outras." Deu de ombros. "Fora elas, vários amigos nossos também vieram da mesma cidade para cá. É divertido quando todos resolvem se reunir."

"Entendo. Então... Devo supor que elas já me 'conhecem'."

"Ok, isso é vergonhoso, mas sim." Passou a mão pela nuca, nervosa. "Hã... Mudando de assunto, como decidiu começar o ramo de bonecas de porcelana?"

"Essa é mais simples." Sorriu. "Gosto da ideia de poder fazer o meu próprio... Bem, o meu próprio ser humano. Da forma como o vejo. Da maneira que eu gosto. Achei que era loucura minha quando decidi vendê-los, mas acabou dando certo."

"É um ótimo trabalho. Acho que por justamente você colocar tanto... Você mesmo nisso." Comentou, terminando de comer em seguida. "Agora estou me lembrando que, no fim da contas, acabei esquecendo-me de comprar a boneca..."

"Que bom que lembrou. Eu esqueci algo no carro. Por que não pede uma sobremesa para nós? Eu venho logo." E levantou-se, descendo as escadas apressadamente até o carro. Sakura só levantou as sobrancelhas e chamou o garçom.

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"Kiba-kun?!" Hinata exclamou, ao abrir a porta, pronta para sair, mas encontrando o moreno prestes a apertar a campainha.

"Ei, está saindo?" perguntou, sorrindo.

"Sim, Naruto-kun chegou de Konoha ontem e ele me disse que trouxe umas fotos de lá. Então... Eu estava indo para o... Apartamento dele, para vê-las." Disse, mordendo o lábio inferior em seguida. "De-desculpe, mas era... Era algo importante?"

Kiba suspirou. "Não, não era. Só... Vim te visitar mesmo."

"Vo-Você quer vir também?" e o garoto a encarou. Nos olhos perolados, ele a via pedindo para que recusasse.

"Ora, você deve aproveitar esse seu momento com ele, não? Te vejo outro dia."

"Kiba-kun!", mas o Inuzuka já tinha desaparecido pelas escadas do elevador, deixando uma corada e confusa Hinata para trás.

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"Isso é..."

"Fiz no dia seguinte ao que conversamos na faculdade. E, se quer saber, foi um pouco inconsciente." Sasori falou, sentando-se e observando a reação de Sakura à boneca de porcelana em suas mãos. Uma boneca de belos olhos verdes, como os da nova dona.

"Você vai... Ter que me desculpar. Eu não vou mentir e dizer que não posso aceitar."

Sasori deu um leve sorriso de canto. "Eu não esperava isso."

"É... Linda. Obrigada." E colocou a boneca em cima da mesa. Ambos começaram a aproveitar o sorvete.

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Os saltos de Ino ecoariam na calçada, se as várias pessoas ao seu redor não fizessem tanto barulho. Pela primeira vez, ela estava incomodada com essa multidão. Naquela situação, o melhor seria ir para casa, deitar-se e dormir, principalmente pelo fato de sua aula começar tão cedo no outro dia. Mas, antes, ela estava em casa. Estava na cama. Porém, não dormira. Estava incrivelmente desperta, apesar de indiscutivelmente cansada. Poderia conversar com Hinata, se a mesma estivesse em casa.

Por fim, suspirou, pensando em como seria se tivesse coragem de ligar para quem queria ligar.

 

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Pés descalços. Sandálias e sapatos nas mãos. Cabelo no rosto. Vento esvoaçando vestidos e terno sobre os ombros. Sakura tentava se lembrar como ela e Sasori haviam parado ali, mas em sua boca havia muita informação para processar, então sua memória estava com sérios riscos. Assim como qualquer raciocínio.

As sandálias foram jogadas na areia da praia e as mãos, não mais ocupadas, perderam-se nos cabelos ruivos de Sasori. Os sapatos também foram deixados de lado e agora dedos (firmes) seguravam (firmemente) a cintura de Sakura.

Observando-os? Somente o mar. E eles nem ligavam para o quanto isso poderia soar clichê.

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Suigetsu deixou os dedos passarem, um pouco sem jeito, estabanados mesmo, pelos cabelos ruivos de Karin. Os óculos da garota estavam na mesa da sala e ambos estavam no chão, ela com a cabeça no colo dele. O Hozuki deixou os dedos passarem livremente pelas mechas ruivas, sem ligar se estava desarrumando ou não, somente... Passando. Karin dormia profundamente e o outro não a culpava. Os últimos dias tinham sido os mais corridos para ela – talvez seus únicos dias assim – e ele tinha que admitir que ela estava se esforçando. Suspirou. Nada como o Uchiha Idiota fora de circulação.

E ali, sem ninguém para vê-lo, ele sorriu.

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E então Sakura tinha duas opções: ser uma garota comportada que a sociedade aceitava como ideal e aceitar somente o beijo de boa-noite antes de subir para o seu apartamento ou jogar o clichê romântico e machista para o alto e simplesmente dizer que estava a fim de uma boa noite de sexo tórrido.

Ah, que o clichê e a sociedade que se explodissem. Garotas que fazem o que querem são as que se dão bem, no fim das contas.


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