Paradoxo escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 46
Quando Eu Te Encontrar


Notas iniciais do capítulo

Oi amores.
Nem temos palavras para agradecer o carinho de todos, as recomendações, os comentários, os acompanhamentos. Vocês são de longe os melhores leitores do mundo, muito, muito obrigada. Então, nós caprichamos nesse capítulo, e estamos esperando por isso a muito tempo, queremos dedicá-lo a todos vocês que nos acompanham sempre. I love you guys



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/559295/chapter/46

"Eu já sei o que meus olhos vão querer
Quando eu te encontrar
Impedidos de te ver
Vão querer chorar
Um riso incontido
Perdido em algum lugar
Felicidade que transborda
Parece não querer parar
Não quer parar
Não vai parar

Mas nunca me disseram o que devo fazer
Quando a saudade acorda
A beleza que faz sofrer
Nunca me disseram como devo proceder
Chorar, beijar, te abraçar
É isso que quero fazer
É isso que quero dizer

Eu já sei o que meus braços vão querer
Quando eu te encontrar
Na forma de um "C"
Vão te abraçar
Um abraço apertado
Pra você não escapar
Se você foge me faz crer
Que o mundo pode acabar, vai acabar"

Quando Eu Te Encontrar - Biquíni Cavadão

ÍRIS

29 de Abril 2018

Acordo pela manhã com uma dor de cabeça monstruosa, Barry dormia sossegado ao meu lado, como se nada no mundo tivesse importância, sorrio o olhando por um segundo, Barry Allen tem a maior luz interior que alguém pose ter, não suportaria esses anos de espera sem o ter comigo. Me levanto, apenas por obrigação, todos os dias em que eu não estou legal me recuso a ficar em casa. Por vezes fui trabalhar com febre de até 39°g. Simplesmente não posso perder uma chance de talvez encontrar o meu filho, simplesmente por que a minha enxaqueca estava me matando, a minha cólica esteja me fazendo andar curvada, ou por estar sofrendo de um ataque cardíaco. Meu Wally era muito mais importante do que qualquer problema que eu tenha. Ele sempre seria mais importante que tudo.

Chego no jornal meu editor está gritando aos quatro ventos, sério, ele fará com que eu arranque a minha cabeça fora qualquer dia desses. -Você está atrasada. –Preciso me lembrar de que não estou mais no jardim de infância e conter a vontade que sinto de lhe por língua.

– Não estou não, Pitty. - Pitty Marliato, é um senhor de seus 50 anos, mas não pense que ele é um cara simpático, ele é a definição de casca grossa, pedreira pura e apesar disso, devo tudo o que sei a ele. Pitty me ensinou como ser uma boa jornalista, nunca vou poder ser grata o suficiente. - Não tinha nenhuma matéria para mim, vim apenas para fechar algumas coisas que tinha deixado em aberto.

–Quem vê assim até pensa que você não viria. - Me olha por cima dos aros dos óculos meia lua que usa. -Desde o dia que começou a trabalhar aqui nunca te vi perder um dia de trabalho...

–Vai ficar divagando ou vai me dizer o porquê de estar me enchendo a paciência logo cedo? -O interrompo, eu realmente não estava para conversas hoje, e por mais que eu queira colocar a culpa na dor de cabeça, ela era só a consequência do sonho que tenho sempre. Nele eu vejo meu filho pequeno, apanhando de um homem que o rosto eu não consigo sequer ver, e eu estava presa, de mãos atadas apenas assistindo meu pequeno sofrer. Fazia quatro anos que tinha esses sonhos e a cada ano Wally crescia um pouco mais, como se minha consciência me cobrasse o tempo que eu não impedi as lágrimas derramadas do meu filho.

–Você sabe que trabalha para mim, não sabe? -Eu o ignoro. -Mas de qualquer jeito, eu tenho um novo trabalho para você. –Agora ele conseguiu minha atenção, me viro para ele com um sorriso enorme no rosto. - Uma fábrica de calçados, houve denúncias de descarte indevido dos materiais, poluindo o ambiente em volta, o que já causou a morte de pelo menos duas pessoas. Interessada? -Perguntar apenas por rotina, já que sabe que eu não recuso uma investigação.

–Qual o endereço? –Respondo animada, já pegando minha bolsa.

[...]

Fiquei o dia inteiro olhando a fábrica de longe, precisava ver qual era a melhor estratégia para descobrir o que Pitty queria. As primeiras horas do dia foram tranquilas nada de mais, já no horário do almoço um homem loiro saiu da fábrica com uma mulher pele branca mas cabelos negro, ele a beijava e tocava em seus seios, não se importa de estar no meio da rua. Sobe em uma caminhonete e volta uma hora depois. O dia passa sem mais demonstrações públicas de filme pornô. Por volta das sete dá noite ele, o sujeito loiro, sai da fábrica novamente e agora ele grita, mas o que me aterroriza é o soco que ele dá em uma pessoa pequena, não mais de cinco anos, cabelos ruivos...

Sinto que meu coração vai sair do peito, eu esperei por anos para vê-lo, mas em nenhum dos muitos sonhos, dormindo e acordada que tive a respeito desse momento, ele era espancado em minha frente. Meu Wally. Como um monstro pode ter ajudado a pôr no mundo algo assim tão perfeito. Nunca antes havia sentido tamanha fúria na vida.

–Meu Deus! -Levo as mãos a boca, enquanto as lágrimas dessem pelo meu rosto pego o meu celular para ligar para Barry, mas antes de completar a chamada eu desligo, não podia ligar para ele, se visse uma cena como a que eu acabei de ver, Barry pegaria Wally nos braços e sumiria, isso depois de matar o infeliz que ousou encostar nele, e no final, nosso filho não estaria seguro, ele nunca teria uma família, e meu menino merecia isso. Eu precisava de um plano, e sabia a quem poderia recorrer.

'Oi Íris, você se importa de eu te ligar daqui a dez minutos? Estou no meio de uma reunião.' -Mesmo pelo telefone consigo ouvir o sorriso de Felicity.

–Fel, eu o achei. -Digo simplesmente, não precisava de mais.

'Senhores, reunião encerrada' -Ouço sua voz abafada e de repente o barulho dos seus saltos como se corresse. 'Vamos, me diz o que preciso para trazer meu afilhado de volta?'

Um plano um tanto arriscado me vem à mente. –Vou precisar de uma agente treinada em disfarces e talvez uma advogada. Conhece alguém?

‘Tenho tudo que precisa.’ – Felicity diz em um tom decisivo.

WALLY

01 de Maio 2018

Eu aprendi duas coisas em minha família. Primeira, eu não falo, então não apanho. Segunda, eu obedeço, não pergunto o por que, então não apanho. Existe uma garotinha que mora na casa de frente para minha, seu nome é Carly. Ela é legal tem cabelos louros e usa óculos. Eu queria usar óculos, queria que meus pais me levassem para outro lugar que não fosse o local onde eu trabalho. Carly não trabalha, e ela parece ter minha idade.

A verdade é que eu nunca falei com Carly, nunca me aproximei dela, nem sei se esse é mesmo o nome dela, mas gosto de Carly, então decidi que seriamos amigos. Às vezes nos olhamos pela janela por algum tempo, ela sempre sorri e acena para mim, eu tento imitar o gesto, mas não acho que meu sorriso seja tão legal quanto o dela, por que ela tem o sorriso mais legal que já vi.

–Cinco minutos peste. –Minha mãe me arranca da janela e joga um par de sapatos surrados em minha direção.

Escutamos a campainha tocar e eles se preparam para o teatrinho que me fizeram ensaiar por mais de um mês. Minha mãe Ester, é vicia da em calmantes, é a forma que ela chama um vidrinho laranja que fica em cima do armário da cozinha, e meu pai Paul, já esteve preso por vezes seguidas, e apesar de ser dono da sua própria fábrica de sapatos, vive dizendo que dinheiro é o que move o mundo e quanto mais melhor. Não faço ideia do que ele está querendo dizer, mas não pergunto, então não apanho.

–Boa tarde Galleger’s. –Uma mulher com cabelos negros e um rosto bondoso entra por nossa porta. Segundo meu pai ela era do governo e precisávamos conseguir que ela nos desse um tal de “apoio financeiro”, e disse que quebraria minhas pernas se os fizesse perder isso. –Eu sou Lyla, e vim avaliar o caso de vocês.

–Prazer. –Meu pai fala firme a estendendo a mão, a mulher olha para a mão estendida da mesma forma que eu olho para a sujeira que meu pai faz quando bebe. Ela desvia seu olhar para mim em seguida.

–Oh, que é essa coisa linda? –Se abaixa em minha frente sorrindo, eu apenas imito o gesto dela com medo de que se fizer algo errado o meu pai fique bravo.

–Esse é Wally, meu pequenino. –Minha mãe abaixa e passa a mão em meus cabelos, o simples gesto me faz franzir os lábios para não soltar um murmuro de dor.

–Wally é um nome lindo. –Lyla toca meu rosto com as mãos tão leves que mal posso sentir. –Quantos anos você tem Wally? –Me pergunta com o mesmo sorriso e eu mostro a ela minha mão aberta indicando minha idade, cinco anos.

–Tenho uma garotinha um ano mais nova que você Wally. –Me conta e eu sorrio tímido para ela, dessa vez por que eu quis sorrir. –Vamos avaliar o pedido de vocês. –Ela se levanta agora séria falando com meus pais. –E entrarei em contato em poucos dias, esse garotinho merece o melhor. –Bagunça meus cabelos que foram impecavelmente arrumados por minha mãe mais cedo o que me fez encolher de medo, pois não tinha permissão de me despentear.

Lyla sai pela porta e tudo muda. Meu pai pega uma garrafa de bebida agora sem o sorriso em seu rosto, minha mãe volta para seu quarto trancando a porta em seguida, para se livrar da fúria do Paul que viria assim que essa garrafa acabasse, e eu me viro para a janela, observando Carly e como a vida dela era diferente da minha, e rezando a algum anjo que me protegesse e fizesse com que meu pai estivesse bêbado o suficiente para desmaiar, e não me espancar, quando a garrafa em sua mão ficasse vazia.

–Acorda peste. –Meu pai me sacode pela manhã jogando um pacote de biscoito em minha direção.

Eu me levanto, visto a camisa, e como meu biscoito rapidamente, antes de segui-lo até sua caminhonete que me levaria para o trabalho. Ele cantarola dentro do carro batendo as mãos no painel. Eu me encolho no banco traseiro e tento não fazer barulho. Ele sai sem se importar comigo e me sinto aliviado por isso.

Ao sair vejo uma mulher morena, com os cabelos presos em um coque bem feito, ela me olhava de uma forma estranha, com as mãos sobre o peito e um sorriso no rosto. Eu abaixo minha cabeça e sigo meu pai para dentro da fábrica, mas quando chego a porta a mulher segura meu bracinho e me viro para olha-la assustado e percebo que ela está chorando. Não sei por que eu estendo minha mão e passo por seu rosto secando as lágrimas, ela era tão linda, não poderia estar chorando assim.

–Wally! –Sussurra meu nome pegando minha mão e a levando a seus lábios. Como ela sabe meu nome? Será que era ela o anjo para quem eu rezava todos os dias? Fico a olhando intrigado sem saber o que fazer, então ela me puxa e me abraça com cuidado. –Meu amor, faz tanto tempo. Você é exatamente como eu imaginava, tão lindo, e tem os olhos do Barry. –Eu não estava entendendo nada, mas por algum motivo passei a chorar baixinho com ela, por simplesmente me sentir de uma forma que nunca havia me sentido antes. Ela parecia estar sofrendo tanto, anjos não devem sofre... Eu acho.

Meu anjo tira um telefone da bolsa e disca um número sem me soltar nem por um momento. Ela me coloca em seu colo se levantando e se esconde na lateral da fábrica. –Eu estou com ele Barry. –Diz em um sussurro com o aparelho no ouvido e seus olhos fixos em mim. –Sei que preciso de provas e vou consegui-las. –Diz. –Claro, vou preparar ele. Eu te amo.

Ela sorri me colocando no chão e eu não consigo não responder da mesma forma. –Wally, vou te apresentar para um cara muito legal, que vai ser seu melhor amigo. –Tento imaginar como deve ser ter um amigo que não seja a Carly, parece legal. –Quer conhece-lo? –Pergunta animada e eu balanço a cabeça concordando. –Okay, não se assuste tudo bem? –Balanço a cabeça novamente concordando com ela. –Wally esse é o Flash.

No momento em que ela diz isso um vento muito forte passa por nós, então um homem em uma roupa vermelha está parado em minha frente sorrindo, eu fico boquiaberto olhando para ele, sem conseguir saber o que fazer. Ele me pega no colo e me abraça como meu anjo havia feito antes, eu encosto minha cabeça em seu ombro e deixo que ele me abrace. Meu anjo olha tudo com um sorriso no rosto e lágrimas nos olhos.

–Oi meu garoto. –Sorri me colocando no chão e se agachando a minha frente. Posso ver seus olhos cheios de lágrimas por trás da máscara. –Foram longos anos, e só para você saber, não passaram rápido. –Eu franzo a testa confuso.

–Nós vamos te tirar desse lugar Wally. –Meu anjo se abaixa ficando do lado do meu melhor amigo. –O mais rápido que pudermos, ninguém nunca mais vai machucar você! –Promete de uma forma que me faz acreditar imediatamente nela.

–Ele é tão lindo. –Meu amigo diz me olhando com um sorriso no rosto e parecendo chorar. Por que eles choram tanto? –Você é perfeito. Posso te abraçar mais uma vez? –Pergunta em voz baixa e eu concordo. Ele me pega com carinho e um cuidado que a cinco minutos atrás eu nunca havia sentido antes. –Eu te amo Wally, mais do que qualquer coisa na minha vida. E agora finalmente eu te tenho de volta.

Ele me passa para os braços do anjo que me abraça da mesma forma. –Você trouxe? –Pergunta a meu amigo e ele a entrega um frasco pequeno para ela. –Olha amor, eu tenho duas coisas para você. –Diz me colocando no chão. –Esse é ruim, mas vai se sentir melhor depois que tomar ele. –Ela coloca o frasco em minha mão, sem a tampa e eu o bebo fazendo careta depois, aquilo tinha gosto de cera de ouvido. –Mas isso é gostoso! –Me entrega em seguida uma barra pequena de chocolate que me faz abrir um sorriso enorme. Olho para eles pedindo permissão para come-la.

–Vá em frente amigão. – Meu amigo responde sorrindo. Os dois me olhavam comer como meus pais olham para a televisão.

–Wally! –Escuto a voz furiosa do meu pai e me assusto deixando o chocolate cair no chão. –Meu anjo tira um lenço da bolsa e limpa minhas mãos em seguida minha boca com cuidado.

–Leve ele. –Ela fala me olhando triste, e beija meu rosto antes de me entregar para o meu amigo.

Então estou parado atrás de meu pai e vejo todo meu trabalho feito. Puxo a barra de sua calça o fazendo olhar para mim. –Onde você estava sua peste? –Eu apenas aponto para a mulher parada na porta.

–Oi, eu sou Íris West, vim a respeito da vaga de emprego. –Meu anjo sorri olhando para meu pai, que a olha de baixo para cima.

–Está contratada. –Responde parecendo feliz.

WALLY

2030

–Qual é Tim? Essa missão precisa acabar agora. – Digo impaciente.

– Mano, qual é o seu problema? – Tim Drake ou Red Robin para os não íntimos, lidera a nossa caçada a uma ramificação do bando dos Cobras.

–Eu tenho uma seção pipoca. - Olho para o grupo de homens que entram no prédio a nossa frente, todos vestiam capas e capuz que lhes cobriam as faces.

–Chegaram e são muitos. – Connor diz. – Se eles usarem um dos novos venenos derivados do Bane vamos ter problemas, não deveríamos pedir reforço?

–E quem você sugere? Batman, Flash e o Arqueiro Verde estão em missão. Barbara me mataria se eu tirasse o final de semana dela e do Dick, Jason está do outro lado do mundo com a Estelar... – Tim começa a descartar opções

–Super Choque, Lanterna, Canário Negro... – Connor tenta, mas eu o interrompo, eu precisava me manter um pouco afastado da Canário, só o tempo suficiente para esquecer sua versão grotesca do passado, e não podia correr o risco dela aparecer aqui.

–Será que só hoje não poderíamos fazer um estardalhaço e quebrar todos do bom e velho jeito americano. – Eles me olham e gostam da ideia.

–Ok, mas se perguntarem é para dizer que fomos surpreendidos e não tivemos saída a não ser atacar de primeira. – Tim já está a caminho para o outro prédio.

–Beleza! – Connor dispara uma flecha. -Adoro uma boa pancadaria americana para começar o meu dia.

[...]

É claro que não foi tão simples, é claro que apanhamos bastante, mas é claro que eles apanharam mais. E agora estou parado com um saco de pipoca na frente da casa dos Harper’s, toco a campainha e espero alguém vir atender.

–Olha que fofo, ele trouxe a pipoca. – Thea vem e me abraça, eu a olho sem entender, tecnicamente era para ser uma seção quase didática sobre um filme que eu não tinha assistido ainda.

–Moleque, você está atrasado. – Ouço Roy me gritar em algum lugar atrás da porta.

–Eu estava em missão. – Tento me justificar.

–Isso não impediu eu, o seu pai ou o seu padrinho de chegar aqui no horário. – Ouço a voz de Fel vindo da cozinha e quando eu entro de vez na casa vejo que todos estão lá, Barbara e Dick, Sara, Lyla e John, Thea e Roy, Tia Íris e Tio Barry, meu avô Joe, Cisco, Caitlin e Ronnie, Fel e Ollie.

–Tive que pedir para ser tele transportado para chegar a tempo, e ele chega atrasado? Típico de um Allen. – Cisco faz cara de falsa indignação.

–O que todos estão fazendo aqui? – Pergunto pasmo.

– Você acha que alguém iria perder essa seção? Acho que é o filme mais aguardado nos últimos dezesseis anos. – Ollie entrega uma cerveja para John e outra para o meu avô.

–Agora? – Eu tento esconder a emoção de ter todos aqui por mim.

–Eu tentei trazer um DeLorean, mas... – Dick começa.

– O carro é caro... – Barbara continua.

– E é uma porcaria de dirigir. – Meu avô termia e todos olham para ele assustados.

–O que foi? Sou policial, as vezes entram coisas legais como evidencias e precisão ser checados mais de perto. – Sorri pensativo.

–De qualquer maneira ... – Roy olha para a mulher que traz uma caixa grande. – Isso é um presente nosso. – Eu abro e nele há uma guitarra, e eu não entendo. – Essa é uma Gibson ES-345.

–É um presente maneiro, mas vocês sabem que eu não sei tocar? – Eu olho para todos, e com exceção de Sara que parecia tão por fora quanto eu, todos estão rindo.

–Você foi o viajante do tempo, você é capaz de aprender. – Meu padrinho diz confiante.

–Só tem que prometer para gente uma coisa. – Eu olho para minha madrinha esperando. – A primeira música que você vai tocar é Jhonny Be Good. – Eu não entendo mas confirmo.

–Então esse filme começa ou não? – Tia Íris pergunta se aconchegando no peito do meu Tio Barry.

– Depois de tanto tempo, eu pelo menos espero que esse filme seja bom. – Falo me sentando ao lado de Sara, mas me arrependo amargamente do que disse, por que sou fuzilado por quatorze pares de olhos ali presentes. – É acho que eu não tenho alternativa, eu apenas tenho que gostar.

–Exatamente. – Um coro me faz tremer na base, eu resolvo me proteger a traz da minha namorada e deixar o filme começar.

Meu tio começa a gargalhar ao meu lado, passa a mão em meus cabelos e me diz. – Então meu garoto, bem vindo De Volta Para o Futuro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Veredito final agora. Nos conte o que acharam!
Obrigada mais uma vez amores!
Nos vemos na próxima!
Bjs