Paradoxo escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 37
Let Her Go


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, só queremos agradecer por todo o retorno, vocês são incríveis sempre!
Esperamos que curtam o capítulo de hoje, com mais respostas e o pagamento de nossa dívida Olicity!
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/559295/chapter/37

"Porque sonhos chegam devagar e se vão muito rápido
Você a vê quando fecha seus olhos
Talvez um dia você entenda o porquê
De que tudo o que você toca seguramente, morre

Mas, você só precisa da luz quando está escurecendo
Só sente falta do sol quando começa a nevar
Só sabe que a ama quando a deixa ir
Só sabe que estava bem quando se sente mal
Só odeia a estrada quando sente saudade de casa
Só sabe que a ama quando a deixa ir

Olhando para o teto no escuro
O mesmo velho sentimento de vazio em seu coração
Porque o amor vem devagar e se vai muito rápido
Bem, você a vê quando adormece
Mas para nunca tocar e nunca manter
Porque você a amava muito
E você mergulhou fundo demais[...]

Bem, você a deixou ir

Pois você só precisa da luz quando está escurecendo
Só sente falta do sol quando começa a nevar
Só sabe que a ama quando a deixa ir
Só sabe que estava bem quando se sente mal
Só odeia a estrada quando sente saudade de casa
Só sabe que a ama quando a deixa ir"

Let Her Go - Passenger

NYSSA

“Vamos Nyssa o Ollie não é tão ruim assim” – Sara me diz enquanto treinávamos juntas em uma montanha, onde a neve recém caída embelezava o local.

“Como você namorou aquele idiota?” – Pergunto tentado esconder o meu ciúmes e falhando miseravelmente.

“Ollie foi... Oliver foi muitas coisas na minha vida.” – Diz me dando uma rasteira que antecipo, mas mesmo assim sou forçada a dar um mortal para trás e parar a uma distância segura dela. “Foi meu amante, namorado, cumplice e hoje ele é o meu amigo.” – Se aproxima com graça de uma predadora. – “Ele sofreu muito, e sofre até hoje por achar que não é digno do amor da mulher que ele ama”

“Outra prova que ele é um otário, até eu sei que ele morre por aquela loirinha lá.” – Ataco ela em um movimento frontal, que ela desvia sem problemas, mas a atinjo com um chute curto, que a faz tomar um pequeno espaço.

“Oliver é uma pessoa complicada, nuca soube aceitar a felicidade, antes com a Laurel fazendo burrada atrás de burrada, a pesar de nunca ter achado que ele amasse a minha irmã de verdade.” – Eu entro em seu campo de ataque e prendo uma das suas pernas na minha, mas logo ela sai da minha imobilização e difere dois golpes seguidos e um deles me acerta me fazendo perder o ar. “Agora usando todos os meios que tem para afastar a Felicity dele. Ele tem que fazer alguma coisa.” – Me atinge novamente, me fazendo cair e montando sobre mim. “A primeira vez trouxe alguns benefícios.” – Sara me beija apaixonadamente. “A segunda só vai fazer ele perder a pessoa que ele mais amou na vida” - Cai sobre a neve fofa ao meu lado.

“Que dizer que além de tudo tenho que agradecer aquele imbecil?” – Pergunto cética e Sara ri.

“Você vai sempre estar em debito com ele”

Eu acordo com a turbulência do avião, tinha tirado um cochilo de um pouco mais de vinte minutos, e esse sonho, na verdade essa lembrança vinha a minha cabeça mais vezes que eu gostaria de admitir. Era fato, se eu cheguei a conhecer Sara deve-se a Oliver, por causa dele eu conheci a mulher da minha vida, e quando eu mais precisei ele estava lá ao meu lado lutando para trazer justiça a memória dela, memoria da minha Sara que de algum modo ele também amou.

E essa justiça tem que ser levada a cabo contra a minha irmã, minha querida e adorada irmã que agora se encontrava trancada no compartimento de carga, em uma cela, eu iria leva-la de volta para meu pai, ele precisava saber de todas as atrocidades que ela havia feto, usando o nome da liga para benefício próprio. Olho em meu relógio e vejo que ainda faltavam cinco horas de viagem. Cinco horas de uma longa viagem.

[...]

Chego a Nanda Parbat, meus homens tomam posição, minha irmã estava sendo levada para uma das celas para aguardar a audiência com o nosso pai, e Thalia apesar da sua situação não perdia a pose, andava tão altiva como se continuasse mandando em tudo aquilo, e não como se estivesse beirando os portões da morte.

–Mamãe, mamãe, mamãe? – Um garotinho de não mais de três anos corre na direção de Thalia e agarra as suas pernas. –Você demorou, mamãe. – Ele a pega pela mão e tenta puxa-la. – Vem mamãe eu tenho que te mostrar o que eu aprendi a fazer.

–Damian, eu vou precisar falar com o seu avô antes, depois você me mostra o que aprendeu de novo, está bem? – Diz com um sorriso, e eu vejo naquele pequeno sorriso algo que talvez valha apena salvar.

–Tia. –Damian vira para mim. – O vô disse que você foi atrás de quem foi mal com você, você achou ele? – Eu me virou para meu sobrinho.

–Sim Damian, eu o achei. – Eu olho para Thalia que permanece inabalada.

–Você fez com que ele pagasse pelo mau que te fez tia? – Pergunta como com a inocência de uma criança.

–Vou fazer, Damian pode apostar nisso. – Uma das muitas babas do menino vem e o pega, e eu sigo para o meu quarto, precisava pensar no que eu iria fazer.

[...]

–Senhorita Nyssa? –Ouço me chamarem na porta, me levanto da banheira, me cobrindo com o roupão, abro a porta e há uma das ‘acompanhantes’ do meu pai ali, uma jovem de pouco mais de vinte anos, poderia muito bem ser minha irmã mais nova, sendo ainda mais nova que Thalia.

–Sim? – Digo impaciente.

–Seu pai ira recebê-la em meia hora. – Me informa.

–Ótimo, avise aos meus homens para leva Thalia apenas dez minutos depois. – A jovem apenas assente e de retira.

Me troco e saio, por onde passava os corredores se abriam, isso nem sempre foi assim, não importa se você é uma Al Ghul, para ser reconhecida, para ser respeitada entre os membros da liga você tem que ser forte, tem que fazer por merecer, e eu fiz por merecer cada saudação e olhar de admiração entre os meus, não deixei que ninguém nunca se aproveitasse de mim e nunca me aproveitei de ninguém, me tornei forte como todos aqui tiveram e tem que se tornar, com sofrimento e suor próprio. E é assim com essa certeza que eu abro a porta aonde meu pai, líder do clã, está me aguardando.

–Vejo que sua irmã fez uma grande bagunça. – Fala antes mesmo de me ver. Bagunça isso poderia ser usado como o eufemismo do século, Thalia tinha matado Sara, causado uma guerra entre a Liga e o Oliver, e tudo isso para me matar e assim ser a 1ª na linha de sucessão quando o velho morresse, como se isso fosse acontecer um dia.

–Bagunça? – Levanto minha sobrancelha, me sentando a sua frente.

–O que Thalia fez, foi contra todas as leis aqui dentro. – Meu pai admite.

–Isso é o que ela sempre faz, nunca foi diferente. – Eu afirmo sem levantar o meu tom de voz. – Ela aqui dentro não é melhor que nenhum outro membro, ela é um soldado, um soldado seu, que atentou contra mim.

–Nyssa, sou um homem velho, e isso não está sendo como um banho no posso de lazaro para mim. – Demonstra a sua impaciência.

–Se ela é como qualquer outro soldado, ela tem que ser julgada como qualquer outro soldado. – Não me alongo.

–Você quer que eu condene a sua irmã a morte? – Pergunta sem demonstrar emoção.

–Essa não é a sentença para os crimes que ela fez. –O lembro.

–A sentença dela seria a sua escolha, e qual escolha seria a sua que não essa? – Pergunta quando duas batidas nos interrompe.

–Sua resposta, como líder e não como pai? – O incito. As portas se abrem e dois de meus homens entram com Thalia, seguido de dois anciões da liga.

–Thalia Al Ghul, você está sendo condenada pelos atos contra a Liga que você jurou defender, seus feitos tiveram como principal vítima sua irmã, Nyssa Al Ghul, e segundo as leis da liga agora ela detém o direito a sua vida. – Ele sentencia perante a todos, deixando minha irmã lívida.

–Nyssa Al Ghul, qual é a sentença? – Eu a olho e a única coisa que eu vejo e a assassina de Sara, eu não tenho sentimentos por aquela mulher a minha frente, mas eu tenho uma dívida com o homem que me ajudou a trazer a verdade sobre a morte de Sara.

–Thalia matou e usou o nome da nossa liga para ganhos próprios. – Me levanto e falo olhando para todos, menos para minha irmã, não tinha mais estomago para aguenta-la. – Trouxe transtornos a pessoas inocentes, e pessoas que me ajudaram, uma dessas pessoas que hoje está jurado pelo senhor meu pai. – Me viro para meu pai, e ele sabe a onde eu quero chegar. – Lhe entrego a sentença de Thalia se em troca o senhor me concede a absolvição de Oliver Queen o Arqueiro. – Meu pai estreita os olhos para mim, eu sabia que era um desafio, mas ele sabia que esse era um preço pequeno a se pagar, Oliver Queen ou Thalia Al Ghul?

–Essa é a sua condição Nyssa? – Meu pai pergunta como confirmação.

–O senhor sai ganhando muito mais que eu, posso te garantir. – Ele sente o quanto isso tudo me afeta.

–Então diante de todos aqui presentes, a sentença que antes pertencia a mim sobre Oliver Queen, agora é de responsabilidade de Nyssa Al Ghul, e a de Thalia agora cabe a mim. –Ele olha na direção de minha irmã com uma frieza e distanciamento calculado. –Thalia Al Ghul, a partir desse momento você está destituída de todos seus privilégios nessa organização, e de todos os que seu nome venha a lhe proporcionar por méritos antigos. Todos os seus soldados serão passados para Nyssa Al Ghul. –Ra’s me olha altivo antes de voltar seu olhar para a filha mais nova. –A partir de agora você é um soldado apenas, e vai ter que merecer sua posição novamente.

Saio da sala seguida pelos meus homens, não olho para ninguém, eu os dispenso e volto para o meu quarto me deitando em minha cama, e pela primeira vez me sentia como uma garota perdida.

–Sara. Uma dívida está paga.

OLIVER

Saio do banheiro enrolado na toalha, vejo Felicity sentada em minha cama, com apenas um lençol fino cobrindo seu corpo, olhando para meu celular como se fosse uma bomba atômica. Ao me ver ela apenas me passa o aparelho e continua me observando. Tiro meus olhos dela com certa dificuldade e passo a fitar a tela do aparelho.

“Sua dívida com a Liga dos Assassinos foi perdoada, não te devo mais nada. Espero sinceramente nunca mais precisar te ver em minha vida. A propósito, deixe de ser um idiota.

Nyssa Al Ghul.”

Eu sei que é ridículo dar risada de todo o ódio expresso nessas poucas palavras, mas eu não me cabia em mim naquele momento. Puxo Felicity para meus braços, claro que eu apenas precisava de uma boa desculpa para fazer amor com ela a essa hora da manhã. É errado eu estar mais contente por Nyssa ter me dado um motivo para isso do que ter evitado minha provável morte nas mãos do pai dela?

–Não deveríamos contar isso aos outros? –Sempre sensata ela sussurra enquanto eu beijo seu pescoço.

–Vamos fingir que dormimos até mais tarde, então não chegamos a ver a mensagem. –Sugiro sem dar muita chance a ela de argumentar cubro seu corpo com o meu.

–Posso fazer isso. –Começa a falar sozinha. Felicity fala muito sozinha, essa mulher fala o tempo todo. No banho, trabalhando, no chuveiro e no sexo. E eu adorava isso. –Não vai ser difícil, claro que se alguém me perguntar vou ficar vermelha, ou começar a falar besteira... –Passo minha língua sobre seu seio o que a faz se calar por um segundo, antes de voltar a falar ofegante em meio a pequenos gemidos. –Mas é por uma boa causa não é? –Balanço a cabeça concordando sem parar o que estava fazendo. –Oliver eu te amo. –Diz naturalmente e eu solto seu seio e vou em direção a seus lábios a beijando apaixonadamente.

–Eu sei disso. –Falo quando nos afastamos. –Sabe que com tudo que estava por vir, desde a ameaça da guerra contra a Liga dos Assassinos, só o que conseguia pensar era em como manter você viva. –Conto e Felicity trava suas pernas ao meu redor antes de inverter nossa posição, ficando por cima de mim.

–Solução simples, fique vivo. –Sugere com um sorriso travesso rebolando em cima de mim para me provocar. –Garanto que com você de guarda costas particular, eu chego aos cem anos facilmente. –Eu a levanto em um movimento rápido unindo nossos corpos, soltamos gemidos baixos de prazer e Felicity controla seu ritmo sobre mim, dando início a uma quase dança, cheia de sensualidade.

–Vou estar todo quebrado antes disso. –Digo com a voz rouca me sentando para alcançar seus seios, beijo seus lábios, seu pescoço. Felicity deixa caminhos traçados por suas unhas em minhas costas.

–Posso ser sua enfermeira caso isso aconteça. –Fala em meu ouvido me levando a loucura.

–Felicity, se quiser brincar mais é melhor parar de dizer essas coisas. –Respondo sério a fazendo me olhar nos olhos, e sorrir divertida.

–Posso ser muito nerd se for ajudar, assim desmotivo você! –Sugere sem parar de se mexer, ela morde o lóbulo de minha orelha e volta a me olhar nos olhos.

–Te acho ainda mais sexy quando está sendo absurdamente nerd. –Confesso a fazendo dar risada.

–Nesse caso. –Ela beija meus lábios e quando penso que ela estava realmente decidida a ficar em silencio, me surpreende murmurando a tabela periódica intercalada a gemidos de prazer, aquilo estava me levando a loucura, o que é estranho e excitante ao mesmo tempo, Entrelaço minhas mãos em seus cabelos e sinto as dela passearem por meus ombros, braços e costas. Tudo o que eu sei agora é que uma tabela periódica nunca mais vai ser vista da mesma forma por mim. Me seguro até perceber que ela estava em êxtase, então me junto a ela.

[...]

Entramos na caverna no início da tarde, vendo que somos os últimos a chegar. Wally parecia estranhamente quieto. Felicity foi direto ao garoto o abraçando, sei que a volta dele tem a deixado louca, e tem sido como se cada momento que o vê fosse uma pequena despedida. Observo como ela fica pequena nos braços dele. Wally ficaria mais alto que o pai em pouco tempo, ele beija o alto da cabeça dela antes de se afastarem. Íris os observa cheia de gratidão nos olhos o que me faz sorri.

–Tenho boas notícias. –Anuncio caminhando para o meio da sala.

–Finalmente alguma. –Dick 1.0 murmura passando os braços ao redor de Barbara que tinha o outro Dick ao seu lado assim como o Roy 2.0.

–Não estamos mais em guerra contra a Liga. –Vejo o rosto de todos se aliviar instantaneamente, Diggle caminha em minha direção com um alívio moderado na face.

–Tem certeza disso? –Pergunta se certificando. Tiro o meu celular em resposta e o mostro a mensagem. –Graças a Deus! –Exclama me dando um abraço de lado.

–Então agora só precisamos deter o Flash Reverso. –Wally diz bufando, o que aconteceu com esse moleque?

–Não sabemos onde ele está. –Barry fala automaticamente se colocando na frente de Íris e Wally, como que por instinto.

–Não sabemos. –Felicity começa a dizer parecendo estar arquitetando um plano. –Íris você contou aos seu pai que Eddie é o assassino da mãe de Barry? –Pergunta a garota.

–Na verdade, ainda não tive tempo. –Reponde recebendo olhares de reprovação de todos na sala, incluindo meu. –Me desculpem!

–Não! Isso é bom. –Felicity sorri pegando o celular. –Pode ser que ele ainda esteja em Central, trabalhando normalmente, o que quer dizer que não sabemos do paradeiro do Flash Reverso, mas conhecemos o endereço do Eddie Thawne.

–Essa é minha garota. –Diggle sussurra ao meu lado.

–Minha, você quer dizer. –Entro na brincadeira fazendo com que o sorriso dele se alargasse ainda mais.

–Vocês demoraram a chegar. –Comenta sem nenhuma pretensão. –Kid estava quase indo checar se estava tudo bem, o garoto está meio paranoico. –Conta.

–Felicity estava me ensinando a tabela periódica. –Respondo o fazendo me olhar assustado, e preciso segurar o riso. –Pode ser útil um dia. –Justifico sob seu olhar de espanto.

–Cara, ela vai te transformar em um nerd dos grandes. –Diz dando risada.

–Estou contando com isso. –Murmuro a olhando dar a Íris as instruções de como proceder na ligação. Total e completamente apaixonado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar, nos conte o que estão achando ok?
Bjs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Paradoxo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.