Paradoxo escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 31
Dust In The Wind


Notas iniciais do capítulo

Oi povo!
Então aproveitem o capítulo relativamente calmo, pois as coisas vão começar a complicar...
E nós queremos agradecer muito a Larissa Redfield, que fez uma linda recomendação para a fic, não só para essa aqui, mas também para The Guest que foi a nossa primeira parceria. Larissa querida, muito obrigado do fundo do coração! Esperamos que goste desse capítulo que é especial para você! Bjs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/559295/chapter/31

“Eu fecho meus olhos
Apenas por um momento
E o momento se foi
Todos os meus sonhos
Passam diante dos meus olhos, em curiosidade”

Dust In The Wind - Kansas

WALLY

Ok. Eu entendo a preocupação de todos com meu bem estar, entendo o porquê dos gritos e o resto, só não entendo por que estão me mantendo dopado! Eu não estou doente ou ferido, já me curei e quanto mais eles me colocam para dormir, mais memórias alteradas do passado, quer dizer, futuro eu revivo e isso está me dando uma baita dor de cabeça. A mais bizarra até agora foi a do meu aniversário de 16 anos, eu havia me tornado o Kid Flash a pouco mais de dois anos na época e meu Tio Barry resolveu me ensinara a dirigir. Detalhe, meu tio literalmente não dirige, sempre foi mina tia Íris quem fez essas coisas.

Dezembro de 2028

–Por que mesmo eu não posso pedir isso ao Ollie ou ao Diggle? –Pergunto temeroso entrando no carro da minha tia ao lado dele. Carro esse que Clark levou para ele até o ponto onde treinaríamos minha direção.

–Por que eu sou seu pai moleque. –Ele se vira em minha direção com um sorriso zombeteiro nos lábios. –E os dois podem fazer isso com os filhos deles, o Ollie já teve a vez dele com Connor, ele que espere a Isis ter idade suficiente para dirigir!

–Tio, não precisa fazer isso. –Tento pela última vez, cheio de esperança. –Não vai ser menos meu pai por não me ensinar a dirigir.

–Wally é impossível com a velocidade de nossos pensamentos acontecer uma batida ou outro tipo de acidente. –Eu me esforço para não revirar os olhos.

É claro que ele estava errado! Quando estávamos em uma estrada deserta, para a segurança da humanidade, descobri que quem estava aprendendo a dirigir era ele e não eu. Por um erro muito bobo tivemos que pular do carro que despencou penhasco a baixo.

–Íris vai te matar! –Meu tio diz com a mão na cabeça olhando o carro cair.

–Eu nem peguei no carro! –Protesto pensando em quantos anos ficaria sem mesada, mas então Hal surge com o carro sendo erguido por seu anel. Nunca na minha vida fiquei mais feliz em ver o Lanterna antes.

–Ei Barry! –Gritou com um sorriso de deboche no rosto. –Posso riscar seu presente de Natal da lista agora! Kid como teve coragem de aprender a dirigir com esse cara? –Eu o olho como quem diz “Não tive, fui obrigado” e Hal dá risada pousando o carro novamente na estrada. –Chamado da Liga. –Informa. –Vou chamar um guincho para o carro e você volta correndo para casa Kid.

–Obrigado Deus. –Murmuro correndo para a sede da Justiça Jovem.

Dias atuais...

–Wally acordou? –Escuto a voz de Dick entrando na caverna.

–Não, estou em coma. –Respondo cheio de sarcasmo me sentando na maca.

–Olha quem não está de bom humor minha gente. –Dick diz se sentando ao meu lado.

–Eu só não queria que você fosse com seu pai. –Tia Íris diz baixando os olhos parecendo se sentir culpada. Me senti mal por causar isso nela, mas não pediria desculpas, não agora.

–O que aconteceu lá? –Pergunto vendo todos descendo as escadas, Felicity se levanta de sua cadeira e se junta aos outros ao redor da maca onde eu e Dick estávamos sentados.

–Laurel está segura agora, e Nyssa ficará com ela, o que nos leva a pensar com quem cada uma de vocês vai ficar. –Oliver diz olhando para Felicity e tia Íris, parecendo estar a ponto de entrar em erupção.

–Tia Íris fica comigo e meu tio! –Reivindico imediatamente. –Felicity pode ficar com você e Speed, acho que os dois podem cuidar dela. –Oliver e Roy me olham como se tivesse acabado de dizer a maior blasfêmia já dita no mundo, estava muito confuso com as mudanças das minhas memórias para me segurar a ponto de não soltar esse Spoiler.

–O que disse? –Ollie perguntou sério.

–Roy pode ajudar. –Tento concertar. –Ou leva o Dick e fala que é um amigo seu que não tem onde passar a noite. –Justifico, e ele parece comprar, mas Diggle não, posso ver no seu olhar que ele sacou algo a mais. Tem noção de como é complicado ter um sogro capaz de ler todas as entrelinhas?

–Vocês podem ficar no apartamento da Felicity. –Ollie diz para mim e minha família jogando um molhe de chaves para tio Barry. –Wally tem o quarto dele lá mesmo e vocês dois ficam no nosso. –Fel sorriu ao perceber como Ollie já havia unificado os dois em sua mente. –Vou levar Felicity para minha casa comigo. –Roy você vai para a casa de Diggle e reforça a segurança de Sara, Dick acho que vou aderir a ideia do Wally e te levar como reforço. –Dick concorda descendo da maca.

–Eu comprei algumas roupas para você Wally. –Diz Felicity me dando um abraço rápido antes de seguir Ollie. –Estão todas em seu guarda roupas, Íris pode usar o que quiser meu, não sabemos quanto tempo vão ficar aqui. –Ela olha para Barry que sorri adivinhando o que ela falaria. –Não acho que as roupas de Oliver sirvam em você. –Murmura e eu disfarço uma risada tossindo. –Se cuida moleque, não tem como cuidar de sua mãe se não estiver com 100% de sua força. –Felicity beija meu rosto e sai com Ollie e Dick.

–Ela sabe que eu vou voltar para o futuro não sabe? –Pergunto e meus pais quase engasgam, é acho que eles também esqueceram.

–Tem certeza que está bem? –Diggle pergunta para mim pegando seu casaco e erguendo Roy já estava cochilando na cadeira de Felicity. –Não quero ter que explicar para minha filha que o namorado. –Ele fala a palavra fazendo uma careta de dor. –Dela não voltou por que foi teimoso demais.

–Sara quebraria meus dentes. –Sorrio para ele que retribui, seus olhos estão cheios de perguntas. –Ela é incrível, linda, decidida, forte. –Respondo vendo seu sorriso se alargar. –Você fez um ótimo trabalho, não foi como se tivesse opção, ela nasceu com aura de heroína. –Dou uma risada cheia de nostalgia. –E você se orgulha muito dela.

–Me orgulho de você também Kid. –Acrescenta tocando meu braço. –Posso te pedir uma coisa?

–Claro.

–Nunca mais faça uma coisa dessa sozinho, somos um time, uma família. Cuidamos um do outro. –Balanço a cabeça concordando

–Sim senhor.

. –Além do mais, imagina o idiota que Sara pode acabar namorando se algo acontecer com você. –Ele arqueia a sobrancelha gostando tanto da ideia quanto eu. –Boa noite para vocês. –Sai arrastando Roy.

–E nós? –Tia Íris pergunta olhando de uma para o outro. –Pegamos um taxi?

Meu tio e eu nos olhamos achando graça de sua expressão adorável, ele me passa a chave e no mesmo segundo estávamos dentro da casa de Felicity. Dou um beijo no rosto de minha mãe e meu pai me abraça antes que eu siga para meu quarto para ser atormentado por mais lembranças do futuro que está mudando.

FELICITY

Chegamos a casa do Oliver e ele teve um pequeno ataque de pânico ao perceber que Thea não havia voltado da boate ainda, o que o levou a ligar para o pai dela, Merlin vulgo chefão do final do jogo, e perguntar se ele sabia do paradeiro da filha. Malcom disse que Thea estava sob seus olhos, ela tinha saído com amigas e acabou indo dormir na casa de uma delas e ele estava de tocaia. Algo nessa história me parece errado demais, mas não quero encher Oliver com mais questionamentos, então vou guardar minhas suspeitas para mais tarde, quem sabe uma conversa a sós com Wally?

–O que está pensando Felicity? –Oliver pergunta se deitando ao meu lado na cama. –E nem adianta dizer que não é nada, pois seu silencio consegue ser mais tagarela do que suas palavras.

–Muitas coisas. –Respondo apoiando meu corpo nos cotovelos de bruços para conseguir o olhar nos olhos. –Futuro, presente. Essa batalha e tudo mais. –Respondo vagamente.

–Mas se existimos no futuro significa que sobrevivemos a ela. –Oliver revida me surpreendendo.

–Você está bem? –Toco sua testa com minhas mãos como se estivesse medindo sua temperatura o que o faz dar risada.

–Não exatamente, mas nesse momento não tem nada que eu possa fazer além de esperar a Liga dos Assassinos. –Ele respira fundo e posso ver todo o cansaço no seu rosto. Reviro minha mente buscando algo que possa o distrair de seus problemas, qualquer besteira que seja.

–Eu acho que Diggle vai ficar meio mal humorado com os anos. –Comento o fazendo me olhar confuso. –Acho que é por causa de Sara, ele vai ficar careca também, talvez com uma barriguinha. –Oliver dá risada da minha lógica totalmente ilógica.

–Roy deve voltar com Thea. –Entra no jogo virando seu corpo totalmente de frente para o meu com seus olhos azuis brilhando de animação. –Acho que daqui a alguns anos, talvez se casem.

–Barry ainda vai ser Barry. –Acrescento.

–Íris vai virar uma onça. –Dou gargalhada me lembrando de como Íris muda quando o assunto é Wally.

–Ela é assustadora. –Concordo em meio ao riso. –Dick vai virar EMO, tenho certeza! –Sussurro com medo do garoto escutar do quarto ao lado.

–Você deve estar ainda mais linda. –Diz acabando com a brincadeira com seus olhos intensos fixos em meus lábios. –A mãe dos meus filhos. –Fico estática vendo um sorriso de pura alegria em seus lábios. –Connor e... Como acha que vai se chamar nossa filha? –Pergunta me surpreendendo com a seriedade dele, Oliver Queen estava discutindo nome de filhos comigo. Quase me belisquei para saber se isso era mesmo verdade.

–Léia? –Digo o primeiro nome em minha mente, o que me faz parecer incrivelmente nerd.

–Quer colocar princesa na frente? –Debocha Oliver e eu reviro os olhos em resposta. –O que acha de Hilary?

–Ruim. Me lembra aqueles filmes de patricinhas.

–Não é nerd o suficiente para você, entendi. –Falou fazendo graça. –Eu gosto de Megah? –Brinca subindo com seu corpo sobre o meu e depositando vários beijos estalados em meu pescoço.

–E eu que vim o caminho todo pensando em como conseguiria fazer com que você tirasse a roupa, achando que estaria deprimido demais para...-Só então percebo que estava pensando alto, tampo minha boca com as mãos e Oliver deixa seu corpo cair ao lado do meu se contraído em gargalhadas.

Escondo meu rosto com a coberta como se pudesse ficar invisível. Não sei quanto tempo fiquei assim sem me mover, constrangida demais ouvindo o riso incansável dele. Mas em um determinado momento sinto seu corpo deixar a cama e o riso cessar.

–Pode ficar envergonhada a madrugada toda, ou podemos desperdiçar nosso sono com algo melhor. –Escuto sua voz dizer e descubro o rosto devagar procurando por ele desconfiada. –Se quiser tirar minhas roupas, não precisa tramar muito.

Oliver sai das sombras e então posso vê-lo, completamente nu sob a luz da lua que entrava em feixes pela janela do seu quarto. Se existisse a personificação da beleza essa seria a descrição dele. Me sento na cama esquecendo imediatamente os motivos pelos quais estava envergonhada a pouco. Tiro a camisa dele que estava usado e a jogo em sua direção com um sorriso enorme no rosto, em seguida me livro de minhas peças intimas afim de igualar o jogo.

–Ok. –Falo para ele. –Não quero pensar muito a respeito disso que vou te pedir, mas qual a chance de você dizer que eu falhei com a cidade antes de vir até aqui? –Oliver solta um riso baixo, mas fica sério em seguida, sito uma onda de excitação percorrer todo o meu corpo. Era como um sonho virando realidade!

–Felicity Smoak, você falhou com essa cidade. –Ele veio em minha direção como um movimento rápido, quase um golpe de luta e de repente eu estava sentada sobre ele na cama, que me abraçava pela cintura, sentia cada parte se seu corpo contra o meu. –E agora vai pagar por seus crimes. –Disse com a voz rouca em meu ouvido e suas mão enterradas em meus cabelos, que fez com que eu curvasse meu corpo para trás.

–Adoro quando você entra na brincadeira.... –Murmuro sentindo seu riso entre meus seios.

BARBARA

– Serio pai, não vai ser preciso, eu falei para o senhor que eu não ia para casa esse final de semana, que eu ia ficar no campos da Univercidade? - Já passava das quatro da manhã e meu pai devia estar chegando do turno dele do trabalho. Meu pai, Jim Gordan, também conhecido como comissário de polícia da cidade de Gothan.

‘Filha, não tínhamos combinado separa aqueles livros que você não queria mas e doar para a biblioteca?’ –Nossa, eu tinha esquecido disso.

–Pai eu tenho um trabalho para entregar segunda feira no primeiro horário, eu nem fui dormir por que estou tentando terminar, vamos deixar isso para depois? – Minto descaradamente, não é como se eu tivesse uma escolha, ele é um policial e eu uma justiceira, que passa as noites lutando contra o crime usando o manto de um morcego.

‘Ok, então.’ Ele parece acreditar. ‘Vê se não fica sem dormir e coma alguma coisa.’

–Te amo pai.

‘Também te amos filha.’ – Eu sei que não é uma coisa legal mentir para os pais e tudo isso, tenho plena certeza disso, mas o que eu posso fazer, se a cruz da minha vida está nesse momento metido em uma roubada sem tamanho. Tudo por que ele era cabeça dura. Desativo a última trava de segurança, eu devo admitir, essa tal de Felicity era realmente boa no que fazia, levou mais de vinte minutos para eu desativar todos os mecanismos de segurança da base deles.

Desço as escadas com cuidado, não queria alertar ninguém que estava ali, ouço duas vozes masculinas, uma delas não me era estranha, estava um pouco mais grossa, mas a reconheceria em qualquer lugar. Quando eu o vejo ele está de costas, sentado para os computadores enquanto conversava com um outro sujeito que eu desconhecia. Ele estava mais forte, um pouco mais alto, cabelos mais compridos, seu uniforme também estava diferente. Ok, isso não fazia sentido, fazia menos de um mês que eu tinha visto aquela peste pela última vez, e ele não era mais velho que eu, e agora ele parecia que tinha entrado em uma máquina do tempo dado um role, e voltado.

–Fala sério, não devo estar assim tão mal? – Ele se levanta e me olha, e ali está o mesmo sorriso debochado que me tira a paciência, o mesmo queixo quadrado que é a sua maior expressão de teimosia, e principalmente ali estão aqueles olhos azuis que eu tanto amo.

–Acho melhor eu deixar vocês dois sozinhos. – O moço que eu não sei quem é se retira, e eu permaneço no mesmo lugar.

– Não vai dizer nada? – Me pergunta olhando sem sair do lugar.

–Quem ganha o campeonato de hockey na próxima temporada? – Digo a primeira besteira que me vem à cabeça.

–Serio? Esse nem é o seu esporte favorito. – Eu chego mais perto.

–Como eu estou... você sabe, no futuro? – E ri fácil.

–Insuportável como sempre, seu cabelo estava horrível quando te deixei na cama hoje de manhã. – Diz passando a mão em meu rosto.

–Quer dizer que eu não me livro de você mesmo né? – Me afasto fingindo estar emburrada, quando vejo ele está descendo as escadas, não ele, que está atrás de mim, mas ele o que eu vim atrás. Ai meu Deus, que confusão.

–Como se você não soubesse que iria dar nisso. – E lá está o meu sorriso de novo. – O que você está fazendo aqui?

–Vim tentar salvar a sua pele. – Aponto para a versão mais nova. – E pelo que eu estou vendo vou ter trabalho dobrado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comenta e nos contar o que acharam.
Como esses dois vieram para aqui? Ou quem é o outro cara?
Acho que Wally vai ter carona de volta para casa!
Bjs