Paradoxo escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 30
I Don't Want To Be


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!
Esperamos que curtam o capítulo de hoje.
Ps: A Laurel aqui foi inspirada nos quadrinhos ok.
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/559295/chapter/30

“Eu não preciso ser nada além de um filho de um guarda de prisão
Eu não preciso ser nada além de um filho de um especialista
Eu não tenho que ser alguém além do nascimento de duas almas em uma
Parte de onde estou indo é conhecer de onde eu venho

Eu não quero ser nada além do que estou tentando ser ultimamente
Tudo o que eu tenho que fazer é pensar em mim, e eu terei paz de espírito
Estou cansado de olhar nos quartos em volta imaginando o que eu tenho que fazer
Ou quem eu devo ser
Eu não quero ser nada além de mim”

I don’t want to be – Gavin Dregew

IRIS

Isso era um final de semana de descanso? Imagina um agitado. Wally se recuperava tão rápido quanto o pai. E quando ele já estava perfeitamente curado, o que levou umas três horas eu, Barry, Felicity e Oliver, quase arrancamos o corro dele de novo.

–O que passou pela sua cabeça? – Eu gritei.

–Eu estava tentando te defender! – Ele gritou de volta se levanta exaltado.

–Não levanta a voz para sua mãe moleque. - Barry o puxa de volta para a cadeira.

–Isso foi imprudente, que irresponsabilidade foi essa, se colocar em perigo desse jeito? - Felicity puxa a orelha dele metaforicamente falando.

–Foi assim que te treinamos? Vamos gastar nosso tempo com você para você vir e fazer uma burrada desse tamanho? – Oliver tinha um olhar de desgosto no rosto.

–Olha para mim Wally. –Barry fala em voz baixa e Wally obedece prontamente. –Eu não quero ser repetitivo. –Seu tom de voz subiu uma oitava. -Você se colocou em perigo, tem noção o que aconteceria com a sua mãe e comigo se alguma coisa te acontece? – Barry olha para ele, Wally diminui na cadeira, ele se encolhe como se tivesse em dor.

–Vocês não sabem o que eu passei. Tudo está confuso em minha mente, as coisas que estão certas no futuro a partir das decisões que vocês estão tomando hoje alteram as minhas memorias, alterou o dia em que eu pedi a mão da minha namorada para os pais dela. – Ele sorri.

–Isso eu não estou muito certo ainda. –John diz em um canto. - E por sinal, eu preciso saber que história e essa de Artémis, e quem eu preciso matar para impedir isso.

– Mudou a memória do dia em que vocês me resgataram. Eu sei que antes, era eu, eu e um bando de policiais, aquele cara caído no chão algemado. É turvo mas eu sei. Agora nitidamente tem você tio, é o Ollie, e John, Roy e você me trazem aqui, e eu fico com você Fel. – Meu coração se aperta a cada palavra. – Mas não importa o quanto o futuro mude, e quanto as minha memorias se alterem, tem uma que está guardada, e me machuca, foi o fato de você ter dado a sua vida por mim mãe, eu não fui forte o suficiente, e por causa disso você morreu o pai enlouqueceu, e tudo isso foi por minha culpa. Eu tenho que impedi que isso volte a acontecer. – O meu Deus, quando o meu menino iria para de sofrer? Eu faço com que ele levante e o abraço com força.

–Eu sou sua mãe, ouça bem, e isso não é uma coisa que alguém vai poder alterar, eu me importo e te amo. Wally você é meu filho, não sabe a dor que eu senti quando você simplesmente sumiu, quase enlouqueci. E se você estiver em perigo e eu puder fazer alguma coisa, nem que para isso eu tenha que perder a minha vida para te salvar, não tenha dúvidas que eu faria isso sem pensar duas vezes. – Eu o solto do meu abraço e faço com que ele olhe nos meus olhos. – É o que fazemos, é o que seu avô faria por mim...

–Foi o que meu pai fez por mim... –Ouço Oliver ao lado de Felicity. – E foi o que minha mãe fez pela minha irmã. Eu sei como você se sente guri, acredite, daria tudo para voltar no tempo e altera tudo, eu queria poder enfiar uma flecha no peito do homem que matou o meu pai, e dessa vez fazer ela ficar lá, mas eu sei que meu pai e minha mãe não mudariam as escolhas deles. -Felicity está abraçada a lateral do corpo de Oliver tentando lhe passar forças.

–Você não consegue entender o que é ser pai Wally. É maior que você, quando olhamos nossos filhos pela primeira vez... –John joga a cabeça para trás. – Não há nada nessa vida que não façamos para protege-los. Nada nessa vida que eu não faça para proteger Sara de tudo.

–Se minha vida for o preço. –Eu volto a olhar para ele. – Eu vou pagar esse preço.

–Eu não posso deixar. –Ele diz chorando e se abraça a mim.

–Não vai ser preciso, Kid. – Barry está atrás de mim, tão firme quanto eu. – Antes não sabíamos o que fazer, agora temos um plano, tem quem lute ao nosso lado...

–Tínhamos também... – Ele soluçava entre o choro. – Estavam todos lá e tinham mais, até Jason estava no meio.

–Está explicado, tudo culpa daquele imbecil. – Dick tenta fazer graça, apesar do momento sério, mas Barry resolve ignorá-lo.

– Caitlin, quem era ela nessa memória? E Cisco ele nem vivo estava, e isso é ponto a nosso favor, e ele sabe disso, está agindo sobre pressão. – Antes mesmo que ele termine de falar o telefone da Felicity começa a tocar.

–Desculpa mas tenho que atender. – Ela mostra a tela para Oliver que faz uma careta, Felicity se afasta um pouco. – Alô? Laurel? –Mas ela fica estagnada de repente. Mas como eu disse esse era um final de semana de descaso.

FELICITY

– Alô? Laurel? – Eu tenho que conter minha careta.

‘Não exatamente’. – A voz que vinha do outro lado da ligação não era a de Laurel, eu me viro e expulso Wally da minha cadeira.

– Então quem está falando? – Tento ganhar tempo enquanto ligo o rastreador do celular da advogada.

‘Uma amiga de um dos seus amigos.’ – Coloco o celular no aplicador para que todo possam ouvir.

–E como você consegui o telefone dela. – Eu olho em volta e vejo que Dick está pálido e isso não pode ser bom sinal.

‘Vamos fazer o seguinte eu te dou a localização e você para de tentar rastrear a ligação, o que você me diz?’ – Sua voz sai cheia de ironia.

–Acho formidável. – Tento manter a calma.

‘Ok, mas hoje a Srtª. Lance fica comigo, sabe eu nunca fui muito ligada a irmã dela, quem sabe eu consiga estreitar os laços com essa aqui.’ – Ela desliga antes que eu consiga a localização.

–Em uma escala de um a dez o quanto isso é ruim? – Iris pergunta assustada.

–Colocando um como roubo de banco e dez uma III GM, essa mulher está para onze, bomba atômica. – Dick faz o movimento de explosão com as mãos. –Bum!

–E a diversão nunca acaba. – Iris puxa uma cadeira e senta ao meu lado. – O que eu posso fazer para ajudar?

–Primeiro temos que saber o que fazer, ou o que ela quer. – John balança a cabeça de um lado para o outro em negação. – Por que sempre parece que Laurel se mete nessas furadas? – Me reprimo para não concordar com ele, mas não posso evitar de nossos olhares se cruzarem.

–Alguma ideia Dick? –Oliver pergunta.

–Normalmente falaria para o meu antigo chefe levar ela para um encontro romântico, mas acho que não é uma opção no momento? – Todos nós olhamos sem entender. – Longa história, vai por mim, estou poupando anos de terapia para vocês.

–Oliver por pior que seja, ela é a nossa melhor saída. – Eu olho para ele, que parece concordar, mas isso não significa que era fácil aceitar, ele sai andando a passos largos e eu vou atrás dele, não o toco até estarmos fora da vista de todos. – Ei? – Seguro em seu ombro o fazendo girar para mim. –Conversa comigo.

–Eu olho os olhos de Barry e vejo o quando ele está sofrendo, ele está sobre tortura, com essa faca sobre a cabeça de Iris, e agora aparece a Liga e...

–E você vê essa faca sobre minha cabeça? – Ele concorda, e isso parecer que vai fazer com que ele quebre, eu o abraço pela sua cintura e coloco minha cabeça em seu peito, ficou ouvindo o seu coração. – Oliver permanecer nessa vida foi uma escolha que eu fiz. – Ele envolve os braços em mim, mas parece mais uma proteção que um abraço em si. –Eu poderia ter ido em bora quando achamos o Walter, quando o Glaides foi destruído e você se isolou na ilha, quando derrotamos Slade, quando você se afastou de mim, e em tantas outras vezes, mas eu decidi ficar, isso faz parte do que eu sou, não me vejo na vida sem isso, não mais, e esse medo que você tem é o mesmo que eu tenho, e posso te garantir que é o mesmo que a Iris tem a respeito de Barry –Me separo dele e dou um beijo rápido em seus lábios.

–Eu não posso te perder. –Fala entre meus lábios.

–Não vou a lugar nenhum, é você que tem que voltar inteiro para mim. – Sorrio. –Vamos temos que achar a melhor irmã dessa família desajustada. – Voltamos e Dick esta ao telefone e não aprecia muito feliz.

– Consegui que mandassem um recado para Nyssa. – Tinha uma cara azeda no rosto.

–E por que o desgosto. –Roy pergunta quase rindo.

–Por que agora estou devendo um favor para a minha ex/ atual/ futura namorada. –Bufa se jogando em um canto.

–Como exatamente é isso? – Barry pergunta.

–Como exatamente funcionou o lance de vinte anos na friendzone? – Dick devolve com sarcasmo.

–Acho melhor deixar quieto. –Iris diz envergonhada.

–Somos dois. – Brinca com uma das bolas de treino que Oliver usa para treinar.

LAUREL

Não sei como sempre consigo me meter no meio dessas coisas. Nem mesmo tenho estado com Oliver recentemente e parece que sempre que ele arruma alguma encrenca eu me vejo no meio do fogo cruzado. Dessa vez a coisa parece ainda mais grave do que antes.

Nesse momento estou em um quarto muito pequeno, com as paredes de concreto, uma cama simples de solteiro, em um canto há uma privada e uma pia. Tudo nesse lugar era nojento e repulsivo. Tento me lembrar de tudo o que Ted me ensinou nesses últimos dias, e procuro analisar todos os ângulos do quarto a procura de uma saída. Merda Oliver! Por que ele não começa a trabalhar aquele gênio dele afim de tentar ser mais simpático... Bom, talvez eu deva fazer isso também...

–Serviço de quarto. –Escuto a voz graciosa dessa mulher louca que me sequestrou. Ela abre a porta e aparece com uma bandeja nas mãos. –Laurel Lance! –Meu nome em sua voz soa como música.

Ela coloca a bandeja no chão a minha frente e posso sentir o cheiro atrativo da sopa enlatada, que estava em um prato fundo. Pego a comida sem pensar duas vezes, meu estomago estava dolorido de fome, nesse momento lembro da voz de Ted em minha mente, “Laurel é preciso conservar sua força.” Ok Ted, é isso que eu estou fazendo.

–Eu acho que podemos ser amigas. –Louca tagarela a minha frente, não me importo em responder, continuo comendo. –Eu posso ser uma boa amiga, se é que me entende... –Ela tira a máscara e vejo seu rosto bonito emoldurado por cabelos castanhos muito escuros, que contratava com sua face branca.

–Quem é você? –Pergunto apenas por que a tagarelice dela estava estragando o gosto da minha sopa.

–Parece que finalmente consegui sua atenção. –Dei a última colherada na sopa e a encarei esperando respostas melhores do que essa. –Acho que nós somos, ou nós erámos o que você pode chamar de concunhadas? Não conheço direito esses termos!

–Não tenho irmãos. –Respondo simplesmente sentindo a ferida em meu peito arder de uma maneira insuportável.

–Não, mas tem uma irmã. –Ela sorri de forma doce. –E eu tenho outra.

–Você é da Liga dos Assassinos. –Concluo sentindo meu coração se apertar. –Sara está morta, e se me pegou pensando que a atrairia está muito enganada! –Grito para ela.

–Não querida, eu sei que sua irmãzinha morreu. –Afirma. –Eu a matei.

Não sentia mais o chão sob meus pés, tento respirar, mas o ar parece não passar por meus pulmões. Ela me olha com ar sádico, parecendo se deliciar por minha dor. Me levanto lentamente, apoiando meu corpo na parede tentando clarear meus pensamentos, não atacar, não mais ser impulsiva, eu precisava pensar, pensar com clareza.

–Por que? –É tudo o que eu consigo dizer.

–Nyssa não é assim tão esperta quanto eu, ela escolheu o amor, mas o amor dela não geraria frutos com o sangue Al Ghul e precisávamos de sangue Al Ghul, então eu providenciei isso. Procurei pelo guerreiro mais valente e nobre que existia e fiz um filho com ele. –Ela parou a minha frente segurando meu rosto com mais força do que eu esperava daquelas mãos delicadas e pequenas. –Não precisamos de amor Laurel, precisamos de continuidade. Sara enfraquecia Nyssa e então percebi o quanto tudo aquilo era injusto. Eu dei a meu pai um neto, dediquei minha vida a ele e a Liga e adivinha quem vai liderar a Liga? –Ela me olha atentamente esperando uma resposta que não vem. –Okay, posso responder mesmo assim. Minha irmã Nyssa! Ela vai liderar, não eu!

–E o que o Arqueio tem a ver com isso? –Pergunto quando ela me solta.

–Ele foi meu pretexto para ver a cidade. Não me importo com ele, esse é um assunto de meu pai. Não é ele que quero atrair.

–Nyssa. –Concluo e ela sorri.

–Ela fez uma promessa a sua irmãzinha, vai cuidar de você.

–Não preciso que ninguém cuide de mim, não mais. –Digo girando meu corpo e a chutando, o que a pega de surpresa me dando vantagem.

–Ah sua vadiazinha! -Exclama me atacando com um golpe rápido que me leva a inconsciência.

NYSSA

Só queria ver a Sara mais uma vez, tempo o suficiente para perguntar QUE INFERNO DE CARMA É ESSE? Ela morreu a pouco mais de um mês, destruiu meu coração e ainda me deixou a pior parte da família como herança. –Obrigada Sara! –Murmuro sorrindo enquanto entro para a emboscada que a demente lunática da minha irmã armou contra mim.

Mas para a tristeza dela eu sou tão temida quanto ela na Liga e por ser a sucessora de meu pai, me torno muito mais influente. Os homens que faziam guarda para ela não ousaram me tocar. Sincronizei minha frequência a do Dick, Barbara ficaria me devendo uma, claro que ela me ajudou a saber da situação que essa malinha da Laurel se encontrava, mas ter o namoradinho dela me irritando com suas piadinhas pelos próximos dias é um bônus que não pedi para ganhar.

Ando calmamente pelo corredor escuro onde podia ver um quarto no fim do corredor. E lá estava ela, sentada em uma cadeira com suas adagas em mãos, e um sorriso doentio nos lábios, cara essa mulher precisa de uma noite de sexo selvagem, e seria melhor o resultado se o homem não estivesse dopado dessa vez. Laurel estava desacordada, mas não parecia ter sofrido nenhum ferimento grave, que pena!

–Oi Nyssa! –Cumprimentou me olhando de forma sugestiva antes de lançar uma adaga em minha direção que eu desviei com facilidade.

–Solta ela Thalia. –Ameaço com ela na mira de meu arco.

–Ou? –Ela atira a outra adaga e eu a desvio com uma flecha.

Thalia parte para o ataque e nossa luta é acirrada, conhecemos os movimentos uma da outra o que torna quase impossível que algo seja realmente letal entre nós. Consigo prender seu braço por um momento e a girar lançando-a na parede. Mas minha irmã é mais resistente do que parece, ela se volta contra mim e em um movimento rápido eu estou no chão. Giro meu corpo sobre o dela e pego uma flecha aleatória em minha aljava. Pronta para crava-la em sua garganta.

–Damiah! –Ela grita o que me faz recuar imediatamente. –Não quer deixar seu sobrinho tão novo sem mãe!

–Você deveria estar cuidando dele, ou ter a decência de entrega-lo para o pai. –Cuspo as palavras me levantando.

Thalia me dá uma rasteira nesse momento e em um segundo uma espada de encontra no meu pescoço. –Eu cuido do meu filho, não você, meu pai ou o Batman! –Ela estava prestes a cortar minha garganta quando cai nocauteada para o lado, atrás dela vejo Laurel que tinha acabado de atingi-la com um belo chute. Talvez a mala não seja assim tão mala afinal.

–É melhor sairmos daqui. –Laurel diz me estendendo a mão para me ajudar a me levantar.

–Acho uma ideia incrível!

O Arqueiro e sua trupe chegou quando estávamos saindo do local. Oliver me olha com gratidão e eu me contenho para não acertar um soco em sua cara novamente, só que precisava fazer justiça a morte de Sara e ele era o caminho mais curto para vencer a loucura da minha irmã.

–A Liga está a caminho, não vai levar mais que dois dias. –Aviso.

–Vai nos ajudar? –Dick pergunta.

–Sim. –Respondo e posso ver o alivio no rosto de todos. -Mas só por que quero honrar Sara.

–Obrigado. –Oliver diz.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não esqueçam de nos dar o feedback!
Bjs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Paradoxo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.