Paradoxo escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 28
Lullaby


Notas iniciais do capítulo

Oi meu povo lindo
Então, o que vocês tão achando dos nossos três mosqueteiros? Eles não são uma fofura? Quero os três para mim.
Mas vamos para o que interessa.



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Então, só tente mais uma vez
Com uma canção de ninar
E aumente o rádio
Se você pode me ouvir agora
Eu estou chegando
Para que você saiba que você não está sozinha
E se você não sabe disso
Eu estou muito assustado
Porque eu não estou conseguindo falar com você pelo telefone
Então, basta fechar os olhos
Querida, aqui vai uma canção de ninar
Sua própria canção de ninar

Nickeback - Lullaby

IRIS

–Pode deixa Ana, vai para casa eu termino de limpar isso aqui. – Digo para minha amiga que parece um zumbi.

–Valeu Iris, vou direto para cama, eu não durmo direito faz quatro dias. – Ela diz já saído pela porta. Começo a fazer a limpeza do local, quando me viro e vejo Barry sorrindo sentado confortavelmente em uma poltrona.

–Oi. –Me diz com o sorriso que ele só tem para mim.

–Oi. –Largo o pano e me jogo em seu colo. – Senti saudades. – O beijo com paixão. – E pelo jeito eu não fui a única.

–Saudade de você, o que te levou a pensar isso? – Me beija com intensidade.

–Só palpite. –Sorrio com a boca perto da dele. – E aonde está o nosso menino? – Pergunto por que sei que Wally tinha passado boa parte do dia com ele.

–Ficou em Starlling, acho que tem a inauguração de uma boate hoje. – Me aperta mais ao seu corpo.

–Serio que a gente já tem um filho que pode ir a uma boate? Estou me sentindo velha agora. – Começo a ri enquanto ele beija meu pescoço. – Era para nós irmos a boates.

–Prefiro outro tipo de diversão, e só entre você e eu. – Ele é sugestivo.

–Barry! E além do mais eu tenho que terminar de limpar isso ... – Me põe sentada na poltrona e em um piscar de olhos tudo está arrumado.

–O que você estava dizendo? – Ele sorri para mim.

–Você sabe que quando tivermos a nossa casa você quem vai cuidar da faxina, não sabe?

–Podemos ir ... – Mas Barry é interrompido pelo som do meu celular.

–Desculpe amor, é o editor do jornal da faculdade, ele está maluco com o corte do orçamento de algumas atividades acadêmicas, e está querendo mostrar serviço e mostrar serviço para ele é torturar os alunos de jornalismo. – Dou um selinho nele que cai amuado em um canto, tão lindo. – Alô?

–Iris, houve um incidente na fraternidade ΩβΔ, pelo que parece a fraternidade rival invadiu a casa e causou o maior estrago, vai ser a nossa capa, preciso de você lá, e trate de tirar umas fotos boas. – Ele desliga sem nem dar a chance de dizer que eu não poderia ir, me viro para Barry.

–Quão chateado você ficaria se eu dissesse que não posso ir para casa agora? – Pergunto de olhos fechados.

–Eu ficaria muito frustrado, mas é seu trabalho amor, e eu tenho que te apoiar. – Ele vem até mim e me beija o ombro. –Posso te acompanhar?

–Eu adoraria. – Envolvo meus braços em seu pescoço. – Quer dirigir?

[...]

Quando chegamos a fraternidade aquilo estava uma bagunça, os sofás estavam no gramado junto com as TVs, aparelho de som, videogames, tudo quanto era parafernália eletrônica, mas tudo parecia estar encharcado. Alguns garotos estavam chegando com alguns secadores de cabelo, confirmando a minha teoria. Fomos entrando pela porta que estava escancarada quando um jovem vinha descendo as escadas, ele estava usando apenas uma cueca boxe preta, eu fiquei vermelha na hora. E é claro que Barry quis me puxar para fora, e eu já estava para ir com ele, quando o rapaz me chamou.

–Você deve ser do jornal certo? – Ficou obvio que ele apenas estava falando comigo ignorando por completo Barry do meu lado.

–Sim sou do jornal. –Confirmo apenas olhando para o seu rosto.

–Nossa, o seu editor falou que iria mandar alguém, mas não falou que era alguém tão gostosa. – Seguro na mão de Barry para evitar que ele faça qualquer coisa, esse imbecil não veria, literalmente, o que o atingiu.

–O que aconteceu? –Pergunto o ignorando.

–Alguém da fraternidade rival deve ter dado um jeito de entrar aqui e acionar os sprinklers e devem ter colocado um timer por que ficou acionado por um tempo absurdo, encharcou tudo. -Ele mostra ao redor.

–Você pode nos mostrar a casa? – Pergunto ainda de mãos dadas a Barry, que tinha o maxilar mais parecido com uma pedra.

–Se você largar esse cara ai...

–Não é uma opção. – Eu o corto, ele começa a nos levar por todos cantos eu faço anotações, Barry vez ou outras abaixa e olha alguns detalhes mas não fala nada, até que por final nós paramos na cozinha.

–Aqui é o último lugar. Se você quiser uma exclusiva? –Diz sugestivo.

–Ela não vai querer uma exclusiva. –Barry diz bravo ao meu lado. – Ou talvez até queira, por que isso não foi obra de sabotagem, isso foi obra de alguém que estava ficando alto aqui dentro, e ativou os sprinklers, e como vocês não fizeram a manutenção do equipamento eles estavam enferrujados e não conseguiram se desativar sozinhos. Acho que essa é uma boa capa não é Iris? – Ele me olha e eu estou boba ao seu lado. - ‘Idiota chapado destrói fraternidade.’

–Adorei a manchete. Você tem um suspeito? –Pergunto

–Faço o trabalho completo. Pelos olhos vidrado, a coloração das unhas, e o fato de que deve ter tirado a roupa para disfarçar o cheiro da droga eu diria que é o nosso amigo ai à frente. - Sorri indicando com a cabeça.

–E ai, ainda está disposto a dar aquela exclusiva? – Sorrio feliz.

[...]

– Eu tive que e segurar para não voar no pescoço daquele cretino. Barry diz enquanto abro a porta da sua casa. -Carinha mais abusado. – Ele passa por mim e eu fico ali olhando a crise de ciúmes dele, tão lindo o meu namorado, ou meu futuro marido. Ele vai até a cozinha e pega um copo de água, ele está tão vermelho quanto o seu uniforme. – E bem que eu vi você olhado para ele. – Eu não estava acreditando no que eu estava ouvindo.

–Claro que eu olhei. Eu fiquei em choque, o cara me apareceu de cueca na minha frente, me diz você como você ficaria se a Felicity aparecesse de calcinha e sutiã na sua frente. – Ele fechou a cara e fez cara de dor.

–Não fala isso.

–Por que? –Não entendo.

–Hoje eu fui treinar com Oliver, e sem querer acabei falando que eu beijei a Felicity antes deles estarem juntos, o cara virou um animal, só não estou todo quebrado por que me curo rápido. – Ele se joga no sofá como se de repente os antigos machucados voltassem a doer.

–Acho pouco! – Mostro a língua e cruzo os braços feitos uma menina birrenta.

–Olha quem está com ciúmes? – Sorri para mim.

–Quem será que começou com isso? – Estreito os meus olhos para ele, seu sorriso não diminui, ele apenas pega a minha mão e me puxa para o seu colo.

– Eu tenho tanta coisa para te contar sobre hoje, eu não via a hora de te encontrar. –Ele estava tão animado, que era impossível não ficar também. – No começo eu apanhei tanto, apesar da minha rapidez eu não era páreo para o treinamento do Oliver e também tinha o Roy, e depois teve o incentivo extra do Oliver. –Ele ri, e eu fecho a cara. – Fala sério Iris, e te vi a minha vida inteira com outros caras, e você acha que isso foi legal para mim? –Eu respirei fundo, ele estava certo eu não tinha esse direito.

–Ok, me desculpa. Pode continuar. –Ele me olha por um tempo e parece se convencer.

–Mas agora eu consegui, eu aprendi como. –Eu o beijo feliz por ele.

–Isso é ótimo. E você quis comemorar essa usa conquista comigo? – Mecho em seus cabelos.

–Com quem mais seria?

–Me dá quinze minutos para entregara aquela matéria, e como não tenho que trabalhar no final de semana sou toda sua. – Sorrio para ele.

–Um final de semana só nós dois? – Ele sorri, e eu o beijo.

–Vamos ser realistas, algumas horas desses dias para nós, Barry você é um herói, tenho que me acostumar a dividir você com o resto do mundo. Mas hoje você é meu. – Eu o beijo com paixão. – Mas antes eu preciso fazer essa matéria. –Saio com urgência do colo dele se não a matéria não ficaria pronta hoje.

[...]

Matéria relâmpago, sete minutos, Barry me puxa para cama. – A onde foi que estávamos mesmo? – Me diz tirando o sinto do meu vestido.

–Sabe que eu não lembro. – Começo a desabotoar sua camisa.

–Eu também não tenho ideia, acho que vamos ter que começar do zero. – Beija minha orelha.

–Preliminares, quem não gosta das preliminares? – Passeio minhas mãos pelo seu abdome.

– Preliminares, tempo normal, acréscimos, prorrogação, com você gosto de toda a partida. – Morde um lábio inferior.

–Quem diria que o meu nerd entende de esporte. – Sorrio entre os seus lábios.

–Esse esporte em especifico. – Barry fala em meu ouvido e eu estou derretida por ele.

[...]

Acordamos juntos pela manhã, tomamos banho, café e tudo mais que tínhamos direito juntos. Barry saiu pela tarde para fazer a perícia de um caso para a polícia e aproveitou para pegar o bandido. Estávamos agora em minha casa, sentados no sofá, esperando meu pai voltar para ver o jogo com ele. O celular de Barry começa a tocar e ele me libera contrariado de seu abraço.

–Oliver o que aconteceu? –Vejo o rosto de Barry empalidecer gradativamente e suas expressões mudarem para um espanto genuíno, quase pavor. Na mesmo hora sabia que Wally estava por trás de seja lá o que for. –Estou indo para ai agora.

–Barry o que aconteceu com o Kid. –Exijo saber assim que ele desliga o telefone.

–Fica calma, ele já está se recuperando, volto com ele assim que estiver melhor. –Disse apressado.

–Ah, mas sozinho você não vai! –Me levantei pegando a minha bolsa. -E essa não é a explicação que eu quero.

–Íris você entende que não dá para esperar um trem que nos leve para Starlling, não entende? –Barry tenta ser carinhoso, mas tudo que ele queria era sair apressado de lá.

–Me carrega! –Falo tomada pelo pavor, só queria meu filho e queria ele agora.

–É muito para correr com você... Pode ser perigoso. –Barry desaparece e volta com seu traje de Flash.

–Por favor Barry, não me deixa aqui. –Imploro fazendo força para não me debulhar em lágrimas.

–Caitlin. –Ele fala tocando a lateral de sua máscara. –Qual a velocidade que preciso correr para ter forças suficiente para correr com Íris daqui a Starlling. –Ele espera a resposta. –Quais riscos? –Mais silencio, eu andava de um lado para outro ansiosa. –Entendido.

Mais rápido do que esperava Barry já me tinha em seus braços, tentei ficar o mais imóvel possível para facilitar seu trabalho, em poucos minutos estávamos na parte de trás de uma boate. Meu estomago estava revirado, sentia que tudo em mim iria trasbordar. Barry se manteve ao meu lado com as mãos em minhas costas esperando que eu melhorasse.

–Tudo bem com você? Precisa vomitar? –Eu precisava, claro, mas aquela não era a hora. Nego com a cabeça e ele me guia em direção as uma entrada escondida, onde ele digita um código no painel e a porta se abre em seguida.

Descemos em silencio, podia ver que Barry se controlava apenas por minha causa. Senti o piso sumir no instantes em que meus olhos pararam em Wally em seu traje vermelho e amarelo que Cisco tinha desenvolvido a pouco tempo para ele, completamente rasgado e coberto de sangue. Corro para a primeira lixeira que encontro e tudo o que havia em meu estomago fica por lá.


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Notas finais do capítulo

Então, o que vocês acharam? Deixe a gente saber, ok?
Bjs