Paradoxo escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 26
I Have Nothing


Notas iniciais do capítulo

Hello Lover's!
Forninhos caíram com os últimos episódios de Flash e Arrow!
Juramos que a respeito de Flash somos inocentes, não sabíamos da ultima reviravolta do Wells hahahaha.
Ps: Capítulo especial para a Laura, que fez uma linda recomendação para a fic. Flor, sem palavras, nós agradecemos muito, esperamos que curta o momento Olicity especial para vc!
Boa leitura!



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“Você percebe exatamente o que há no meu coração
Você derruba os meus muros
Com a força do seu amor
Nunca conheci amor como conheci com você
Será que as nossas lembranças sobreviverão?
Uma a que posso me apegar

Não preciso realmente olhar muito além
Não quero ter que ir aonde você não me siga
Não vou reprimi-la, esta paixão aqui dentro
Não posso fugir de mim mesma, não tem onde me esconder
Do seu amor me lembrarei para sempre”

I Have Nothing – Whitney Houstson

FELICITY

Como de repente eu fiquei aqui sozinha? Dick Falou que precisava de ar, Roy falou iria para casa, John que precisava ficar com Sara, Wally criou um compromisso inadiável com avô (as duas da manhã), Barry teve uma súbita saudade da Iris, e Oliver simplesmente sumiu. E eu estou aqui jogada na minha cadeira tentando engoli tudo isso que está entalado na minha garganta. Com tudo que Dick disse eu fico pensando como Sara se envolveu nessa bagunça toda.

É, por hoje já tinha dado, eu precisava descansar, minha cabeça doía, meus ombros estavam pesados e meus pés estavam se arrastando. Sai por uma porta lateral para evitar encontrar qualquer pessoa que estivesse trabalhando nos preparativos finais da reabertura da boate, mas foi inevitável. Antes de chegar ao meu carro fui abordada.

–Felicity, certo? –Ouço Thea se aproximando de mim com um sorriso vacilante nos lábios.

–Sim. – Respondo sem saber ao certo que desculpa dar por estar ali a essa hora.

–Você veio atrás do meu irmão?

–Sim. –Disparo em aceitar a desculpa, mas me arrependendo por que agora fiquei parecendo uma stoker maluca. – Não, é bem isso, eu precisava falar com ele... –Mas vejo apenas um sorriso em seus lábios, o que me faz ficar muda.

–Quando eu estava saindo de casa agora a pouco ele estava chegando, não me parecia muito bem, vocês brigaram? Por que para mim está mais que na cara que estão juntos. – Seu sorriso só aumenta, o que me deixa sem graça e ao mesmo tempo feliz.

–É complicado, seu irmão é uma pessoa complicada. – Sai sem nem pensar. –Não é que eu não goste dele, eu gosto, eu o amo. – Tampo a minha boca ao perceber que de novo tinha falado de mais.

–Acho que você já sabe o caminho. – Ela começa a se afastar, mas antes de entrar no clube olha para mim, sorri e fala. – Nos vemos amanhã de manhã. – Eu não entendo o que ela diz mas sei o que eu tenho que fazer.

A cidade está calma pelo adiantado da hora, eu passo entre os prédios residenciais, aciono o portão e paro o meu carro em minha nova vaga. Subo até a cobertura e entro sem fazer muito barulho. O apartamento está escuro, a iluminação que tem são as luzes fracas da cidade quase adormecida. Paro na porta de seu quarto e penso em bater, mas me encho de coragem, giro a maçaneta quando ouço a sua voz grave.

–Speed, não estou em uma boa hora para conversar. – Fico ali encostada na porta enquanto vejo ele deitado de lado de olhos fechados.

–Acho que você me confundiu com alguém, acho que isso não é promissor para um relacionamento. – Deixo minha bolsa cair do meu ombro até que fique ao lado do meu pé no chão. –Você sumiu.

– Eu não estava para conversas. –E lá está o Oliver taciturno de sempre, se cada vez que eu ouvisse esse tom em sua voz eu ganhasse cinco cents, estaria a essa altura morando em um flete em Paris, comendo croissant em frente à Catedral de Notre Dame, falando com esse mala por vídeo conferencia, onde mesmo a distância não seria suficiente para silenciar suas reclamações.

–Eu também não estou, o que é esquisito, são poucas as vezes que falar parece não me distrair. – Dou de ombros. Entro de vez no quarto e fecho a porta, seu olhar me segue, e eu vou até o seu banheiro, ligo o chuveiro e começo a me despir, tomo um banho rápido, escovo os meus dentes com a escova dele, passo por ele que ainda está sentado na cama com uma expressão de incredulidade, vou até o seu closet e pego uma de suas camisetas, era como está sendo vestida por um abraço dele, acho que vou ter que começar a pegar algumas camisas dele emprestada, e nunca mais devolver, para poder dormir. Volto e ele ainda está naquela mesma posição, subo na cama e puxo o lençol que o cobria e faço com que se deite para que eu me deite sobre o seu peito. –Você tem noção como eu odeio quando você faz isso. –Pergunto sentindo o sono chegar em meu corpo pouco a pouco, Oliver envolve seu braço em minha cintura e me prende mais a ele. – Odeio quando você me afasta assim.

–Confusão. –Diz apenas.

–Não é só você, sabia? Mas caramba Oliver, John correu para ficar com Sara e Lyla, Barry praticamente se tele transportou do lado da Iris, e você o que faz é me afastar. Eu não vou discutir isso com você agora, estou muito cansada para isso, nós dois estamos. -Me levanto nos cotovelos e o beijo. – Boa noite.

–Boa noite. – Sinto beijar o alto da minha cabeça, mas já estou muito perto da inconsciência.

OLIVER

Sou um tapado mesmo. Eu afasto a coisa mais importante para mim, como eu consigo fazer isso, e agora sentindo ela ressonar em meu peito, tudo parece tão mais tranquilo. Eu sei que o problema é enorme, e que vamos ter muita coisa para resolver, mas sem ela não tem como isso dar certo. A aperto mais ao meu peito e aos poucos sinto o sono chegar.

[...]

Sinto algo abrindo os meus braços e aos poucos minha consciência vai acordando, e lembro que a preção sobre o meu peito se deve a uma certa loira, muito bom em computadores, mas muito melhor ainda em me fazer cair por ela. Eu sinto ela tentar se levantar sem tentar me acordar, eu finjo que ainda durmo, e ofereço resistência só para quando ela já estava quase conseguindo levantar eu a puxar novamente para o meu peito e aprendo mais forte ali.

–A onde você pensa que vai? –Pergunto sem abri os meus olhos, mas com um grande sorriso no rosto.

–Olha quem voltou. –Sinto o seu sarcasmo.

–Não tem mal humor meu que dure se eu acordar com você assim em cima de mim. – Abro por fim meus olhos e focalizo os seus, seu sorriso deslumbrado, mas dura pouco, então ela fecha a cara para mim.

–Não vem com essa não Oliver, eu ainda estou chateada com você. – Me viro sobre ela e beijo o seu pescoço.

–Você não pode deixar para ficar brava comigo enquanto você estiver trabalhando. –Falo em seu ouvido. –Por que temos pouco tempo e eu quero tanto outra coisa que não brigar no momento. – Faço minha melhor cara de cachorro sem dono.

–Eu ainda vou brigar com você. –Ela diz envolvendo os braços em meu pescoço.

–Acho justo.

[...]

–Oliver você tem que ir receber as mercadorias no clube hoje as duas da tarde. – Thea me diz quando saio do quarto e abro a geladeira a busca de alguma coisa para levar de volta para o quarto. –Você sabe que ela vai chegar atrasada né? – Me pergunta com um sorriso feliz.

–Não se você emprestar uma roupa sua para ela. – Dou um beijo em sua bochecha.

–Tem três vestidos em cima do sofá, e alguma coisa de maquiagem no estojo do lado. Vê o que ela mais gostar ela pode usar, mas agora que vocês estão juntos bem que poderia separar um lugar no seu guarda-roupa para ela.

–Ela já tem as chaves, um lugar na garagem, você acha mesmo que ela não tem um lugar no guarda-roupas? Ela só não teve tempo de trazer as coisas dela ainda. – Pego o suco de laranja, um copo, os vestidos que ainda estavam no cabide e o tal estojo de maquiagem. Entro no quarto e ela está deitada de bruços, o lençol lhe cobre o final das costas até o início das cochas, seus cabelos estão jogados na lateral esparramados no travesseiro. Deixo as coisas sobre uma cadeira e subo na cama cobrindo o seu corpo com o meu, começo a traçar beijos em suas costas até alcançar o seu pescoço. –Ainda vai brigar comigo? – E a olho e vejo o seu sorriso.

–Estou tentada a dizer que sim só para você me paparicar mais um pouco. – Deito ao seu lado da cama. –Mas fica difícil quando esse sorriso idiota não sai do meu rosto.

–E o mesmo que o meu. Minha irmã mandou você escolher um vestido. – Eu aponto para as roupas e ela enfia o rosto no travesseiro.

–Ai que vergonha. –O som sai abafado.

–Por que? -Acho engraçado o constrangimento.

–Por que eu a encontrei ontem no clube e ela achou que eu tinha ido te procurar, e ... não importa, no final ela falou até amanhã. Por que ela tinha certeza que eu ia passar a noite com você aqui. – Ela me olha e seu rosto está todo vermelho.

–Minha irmã é uma garota esperta.

Felicity se levanta e mesmo sobre o meu protesto entra no banheiro e tranca a porta, quando ela sai está espetacular, tinha optado por um do vestido verde, que deixava uma parte perigosa das suas coxas a mostra, seus saltos de ontem e eu sei que por baixo do vestido ela usava uma das minha cuecas, eu tinha que me segurar para não arrasta-la para a cama de novo e acho que ela percebeu.

–Nem pensar. –Ela vem até mim é pega o copo de suco que bebia com petulância – Já estou atrasada, se você ficar me olhando assim perco meu emprego por abandono de posto.

–Então e a nossa cessão de cinema? – Tento enrola-la não queria que ela fosse.

– Cessão tortura. Oliver vamos deixar quieto. – Ela quase chora, e eu a puxo para o meu colo.

–E só você pagar a aposta. – Digo em seu ouvido.

–Você esqueceu que eu sou tão teimosa quanto você. – Me olha estreitando os olhos. – Se você inste. Marca a data. Mas vai ficar muito bonito para a sua cara ir na locadora e pegar esses filmes. – E eu não posso evitar de rir em seu pescoço.

BARRY

–Íris o que quer que eu faça a respeito? –Eu andava de um lado a outro na sala do meu apartamento com Íris me encarando frustrada. –Não posso colocar um GPS no Wally. Ela parece cogitar a ideia por um momento o que me faz olhar assustado para ela. –Não! -Me apresso a dizer fitando seu rosto com atenção.

–Barry tenta entender! Vocês dois são diferentes, e eu sei disso, mas ontem ele estava em meio a assassinos super armados e como pensa que eu me sinto a respeito disso? –Íris se joga no sofá levando as mão a cabeça, parecendo cansada demais para continuar falando.

–Eu sei amor. –Me sento ao seu lado colocando meus braços em volta dela. –Ele foi incrível! –Digo animado e Íris me repreende com o olhar. –O que eu quero dizer é que Wally sabe se cuidar. Ele é mais treinado e poderoso do que eu sou hoje. –Assumo e ela deita a cabeça em meu ombro fechando os olhos.

–Ele é só um garoto Barry. –Sorri me lembrando de quando Joe usou as mesmas palavras se referindo a mim para o Wells assim que adquiri meus poderes.

–Nosso garoto! –Digo orgulhoso.

–Me chamaram família? –Wally aparece em um flash se sentando no meio de nós dois. –Senti falta de fazer isso! –Ele diz colocando sua cabeça no ombro de Íris que passa os braços em volta dele com um sorriso bobo no rosto. –Quando era mais novo, nós passávamos as tardes assim, mesmo você tendo que sair toda hora para combater o crime ou algo de tipo tio. –Eu fico o olhando imóvel, encantado com cada parte dele, o que era absurdamente estranho, eu sou jovem demais para ser pai, só que com Wally era como respirar, muito mais forte do que a força de onde tiro meus poderes. –Mas nem percebíamos sua ausência, com o tempo você vai aprender a sumir. –Ele aparece sentado ao meu lado agora. –E reaparecer. –Volta a estar no meio de nos dois. –Sem que nós nem mesmo possamos perceber!

–Wally. Você é feliz? –Íris pergunta de súbito olhando nos olhos do garoto com intensidade.

–Claro que sou. –Responde confuso desviando olhar para mim de forma engraçada como se perguntasse se a mãe havia enlouquecido.

–Como eu deixei você se tornar isso? Que espécie de mãe eu sou para permitir que meu filho se arrisque todos os dias? –Ela começa a chorar e Wally me surpreende a envolvendo da mesma forma que eu faria em seu lugar, sem nem mesmo parecer incomodado com o choro.

–Mãe. –Chama buscando seus olhos. –Você é a melhor, sempre foi. -Ele se vira para mim e sussurra. –Ela faz isso no mínimo uma vez por semana! –Sou obrigada a conter uma risada. –Não foi sua culpa eu me transformar no Kid Flash, nem sua tio. Eu fui treinado, sou capaz de fazer muitas coisas, confiem em mim. –Pede olhando de um para o outro

–Eu sei que provavelmente não vou obter uma resposta, mas preciso perguntar. –Wally respira fundo sabendo o que estava por vir. –Como adquiriu seus poderes? Outra explosão? Eu não consegui te salvar a tempo?

–Não posso responder, não briguem comigo por isso. Se eu respondo vocês mudam as coisas no futuro e eu. –Ele olha pela janela de repente e desaparece por alguns segundos, Íris nem mesmo percebeu sua ausência pois em um piscar de olhos ele estava de volta batendo um pouco de poeira de sua calça jeans. –Não seria o que sou hoje o que me levaria de volta para o limbo. E não obrigado, cansei de brincar de não existir!

–Onde você estava? –Íris se senta direito no sofá ao ouvir minha pergunta.

–Um cara estava prestes a assaltar uma senhora ali do outro lado da rua. –Da de ombros como se o que acabara de fazer não fosse nada muito importante, eu continuo o olhando de queixo caído.

–Como você sabia disso? –Íris pergunta chocada.

–Eu penso rápido, o que me permite usar mais da Força da Aceleração, pois não há nada a limitando, assim percebo coisas que normalmente não perceberia, analiso probabilidades e posso fazer a escolha certa. –Explica. –E... Não deveria ter dito isso! Droga, nunca vou parar de dar spoiler! –Wally dá um tapa na própria cabeça frustrado.

–Quer dizer que eu penso muito devagar? –Constato me levantando.

–Ah, não tio! Não pode descobri isso agora! –Reclama tarde demais.

Eu saio correndo no mesmo instante e agora estou em frente a Caitlin e Cisco na S.T.A.R Labs. –Cisco preciso que crie um programa que ajude Caitlin a medir minha velocidade física com a mental! –Anuncio fazendo com que os dois me olhem intrigados.

–E por que precisa disso?? –Caitlin pergunta em seu jeito desconfiado de sempre, não consigo evitar o sorriso que se forma em meu rosto.

–Wally se move muito mais rápido do que eu, e não é só isso que ele faz, hoje o garoto percebeu que uma mulher estava sendo assaltada só por olhar de relance para a janela!

–Legal! –Exclama Cisco animado.

–E quando eu o questionei como ele disse que pensa rápido.

–Faz sentido! –Cisco começa a dizer se sentando em frente a seus computadores. –Enquanto seu corpo usa o máximo de seus poderes sua mente usa apenas uma fração da força da aceleração.

–Quer dizer que Barry precisa pensar mais rápido... Acho que pode usar seus poderes para isso Barry! Como faz com suas cordas vocais. –Constata Caitlin.

Visto meu traje e saio correndo em direção a Starling City, direto para a caverna do Arqueiro. Oliver, Dick e Roy estavam treinado juntos os garotos contra Oliver que parecia se divertir, o que me assustou, pois julgando a forma que o deixei nessa caverna ontem à noite pensei que o encontraria afogado em mágoas.

–Oliver. –Chamo fazendo com que o treino deles acabe imediatamente assim que olham para mim.

–Por favor, que seja notícia boa! –Exclama Dick, secando o suor do rosto com uma toalha.

–Acredito que seja. –Comecei a dizer e todos me olhavam atento. –Descobri que o que está limitando meus poderes no momento sou eu.

–E no que necessariamente isso pode nos ajudar Barry? –Oliver e sua costumeira impaciência para explicações, reviro os olhos cansado antes de continuar.

–Se conseguir alcançar isso, serei o equivalente a um exército, e com a ajuda de Wally vamos ter como lutar contra a Liga e contra o assassino da Íris. –Nesse momento algo brilha na face de Oliver.

–Precisa que eu te treine? –Constata por fim meu objetivo e eu confirmo assentindo. –Ok Allen, vamos começar!


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Notas finais do capítulo

Nos conte o que acharam, conversem com a gente!
Bjs